Ótimas notícias para os fãs de J. R. R. Tolkien: finalmente publicado (no exterior) o poema The Fall of Arthur, trabalho inédito do autor de O Hobbit e O Senhor dos Anéis. E falando em seus dois mais famosos livros, uma exposição em Oxford mostra os trabalhos artísticos originais, feitos por Tolkien, para as duas obras!
Há sete meses noticiamos que o poema The Fall of Arthur (“A Queda de Arthur”, em tradução livre), de Tolkien, seria publicado pela editora britânica HarperCollins. No último dia 23 de maio isso de fato aconteceu.
Considerada sua melhor e mais hábil realização na métrica aliterativa do Inglês Antigo (ou Anglo-Saxão, língua em que autor era uma autoridade), a mesma que o autor usou no também épico Beowulf, é a única empreitada de Tolkien sobre o Rei Arthur. Entretanto, The Fall of Arthur foi escrito em inglês moderno. Datado da década de 1930, o poema está inacabado (por razões que a família Tolkien desconhece) e foi parcialmente inspirado no poema Morte Arthure, do século XIV. Por décadas ficou guardado na Biblioteca Bodleian, em Oxford, aguardando a luz do dia. Em uma carta de 1934, R. W. Chambers, estudioso e amigo de Tolkien, pede encarecidamente que o autor o termine:
“É realmente muito grande, realmente heroico, independentemente de seu valor em mostrar como a métrica de Beowulf pode ser usada em inglês moderno… Você simplesmente tem de terminá-lo.”
As trágicas consequências do amor adúltero entre Guinevere e Lancelot e as dúvidas e tormentos do cavaleiro em seu castelo na França, além da fuga de Guinevere de Camelot, a campanha de Arthur no exterior, a grande batalha no mar da Bretanha e um retrado do traidor Mordred são alguns dos fatos e acontecimentos narrados no poema que trata dos últimos momentos do mais famoso de todos os reis das lendas e histórias de fantasia.
O livro conta com 233 páginas, das quais apenas 57 dão conta do poema inacabado. As outras páginas restantes trazem notas, comentários e textos de Christopher Tolkien – filho do autor, organizador e editor de suas obras póstumas – onde destrincha os versos e aponta paralelos entre The Fall of Arthur e a Terra-média. Em um ponto da obra, um exército liderado por Arthur e Sir Gawain, cai sobre Mirkwood, o antigo nome dado às florestas do leste da Germânia (Alemanha):
“wan horsemen wild in windy clouds
grey and monstrous grimly riding
hadow-helmed to war, shapes disastrous.”
Todo fã de Tolkien que se preze irá reconhecer imediatamente o nome Mirkwood (a Floresta das Trevas) de O Hobbit, a grande floresta no leste da Terra-média, nome que o Professor emprestou à sua floresta ficcional.
The Fall of Arthur ainda não tem previsão de publicação no Brasil (anunciada, pelo menos), mas os fãs e interessados podem aguardar por novidades.
Outra boa notícia para os fãs de Tolkien (da Inglaterra e também para aqueles que tiverem a oportunidade de visitá-la) é que agora podem ver alguns dos trabalhos artísticos originais, para O Hobbit e O Senhor dos Anéis, feitos pelo próprio Tolkien e que estão atualmente à mostra como parte de uma exposição na Biblioteca Bodleian, em Oxford: Magical Books: from the Middle Ages to Middle-earth (“Livros Mágicos: da Idade Média a Terra-média”).
A exposição também deve agradar os fãs de C.S. Lewis, pois ela apresenta o mapa de Narnia feito pelo autor, além de manuscritos de Philip Pullman.
Fonte: The Telegraph
[…] Dentre elas, C. Tolkien lançou em 2009 A Lenda de Sigurd & Gudrún (Martins Fontes), em 2013 A Queda de Artur (Martins Fontes) e em 2014 Beowulf: A Translation and Commentary (“Beowulf: Uma Tradução e […]
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