Em recente entrevista concedida à revista estadunidense Entertainment Weekly, o diretor Peter Jackson falou livremente sobre a Batalha dos Cinco Exércitos, o conflito que marca o clímax de O Hobbit e dá título ao último filme da trilogia que conta a história de Bilbo Bolseiro. A publicação ainda traz artes conceituais da batalha e dois esquemas dela desenhados por Peter Jackson.
Como os desenhos trazem nomes de personagens envolvidos na batalha final e até a posição dos exércitos nela, eles podem conter SPOILERS para você, especialmente se nunca leu O Hobbit. Assim, cuidado!
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Para organizar a longa batalha que se desenvolverá na tela por aproximadamente 45 minutos, Peter Jackson disse que antes há um enorme esforço e logística para que isso possa ocorrer.
“Há muitos detalhes logísticos que precisam ser pensados com antecedência. Há anões, elfos, orcs e homens, todos com a sua própria cultura, com diferentes armas, diferentes escudos, vários acessórios e diferentes táticas.”
O grande tumulto que acontecerá aos pés da Montanha Solitária e com vários exércitos disputando o tesouro dos anões que recém-conquistaram Erebor, terá a marca de Jackson no que se refere a retratar batalhas na Terra-média – ele fará tudo com maior escala possível.
“Antes de lançarmos a primeira flecha, tivemos que desenhar a paisagem em si e descobrir, ‘Ok, se temos 10 mil orcs, quanto do espaço eles ocuparão?'”, Diz Jackson. “‘Eles encherão o vale todo ou parecerão com uma mera mancha?’ Assim nós poderíamos começar a desenhar as setas nos esquemas.”
Peter Jackson desenhou de próprio punho o esquema da Batalha dos Cinco Exércitos em que as setas indicam de onde vêm os exércitos e qual seu destino dentro do campo de batalha. Confira:
Ao ler os esquemas é fácil notar que algumas dessas setas estão nomeadas como “Águias”. De fato, as gigantescas aves de rapina que tanto ajudaram a salvar o dia no final de O Senhor dos Anéis e do primeiro filme O Hobbit, voltarão. Jackson reconhece que as criaturas têm o hábito de ser um pouco com um deus ex machina, algo que ele tentou evitar desta vez.
“Tolkien usa as águias de uma forma que pode ser meio estranha, porque elas tendem a aparecer do nada e mudar as coisas muito rapidamente”, diz o diretor. “Então, aqui elas são apenas parte do plano, não as salvadoras. Quer dizer, estou perfeitamente ciente de que se as águias pudessem ter levado Frodo à Montanha da Perdição em O Senhor dos Anéis e tivessem deixado cair o Anel dentro dela, aqueles filmes teriam sido muito mais curtos.”
Depois de fazer a trilogia O Senhor dos Anéis e os dois filmes O Hobbit, Jackson aprendeu que batalhas épicas podem acabar ficando surpreendentemente chatas, especialmente se o público não está vendo os personagens que gosta.
“Temos uma regra de que não podemos usar mais de duas ou três cenas de personagens desconhecidos lutando sem cortar de volta para os nossos personagens principais”, diz ele. “Caso contrário, o público fica cansado da batalha.”
Confira mais duas artes conceituais. A primeira ainda é da revista americana, já a segunda foi capturada pelos fãs do El Anillo Único de teaser nos extras do Blu-ray de A Desolação de Smaug.
