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Terá sido a Guerra do Anel uma luta por liberdade religiosa?

À primeira vista os motivos para a Guerra do Anel e para a resistência
dos Povos Livres ao Senhor do Escuro parecem bem claros: o desejo de
preservar a liberdade política e a integridade física da tirania e
violência do Senhor do Escuro. Contudo, Tolkien aponta como causa
principal da resistência algo muito pouco evidente: a luta por
liberdade religiosa.
 
 
 

Num comentário escrito pelo
Professor sobre uma resenha de O Retorno do Rei de 1956, ele explica da
seguinte forma a causa do conflito na narrativa: “Em O Senhor dos
Anéis, o conflito não é basicamente sobre a ‘liberdade’, embora isso
esteja naturalmente envolvido. É sobre Deus, e seu direito exclusivo à
honra divina. Os Eldar e os numenoreanos acreditavam no Único, o
Verdadeiro Deus, e consideravam a adoração de qualquer outra pessoa uma
abominação. Sauron desejava ser um Deus-Rei, e era considerado assim
por seus servos; se tivesse sido vitorioso, ele exigiria honra divina
de todas as criaturas racionais e poder temporal absoluto sobre o mundo
todo”.

Por incrível que pareça, sob esse
ponto de vista a Guerra do Anel toma os contornos de uma verdadeira
guerra santa, e a luta contra Sauron se transforma numa rebeldia contra
a pior das escravidões – a espiritual.

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