Pão-de-viagem dos Elfos. Lembas era usada em grandes jornadas. Provia força aos viajantes e também podia ajudar a curar os machucados ou doentes. Um pão era suficente para um dia inteiro de caminhada. Se enrolada em folhas de mallorn e mantida intacta a lembas permaneceria fresca por muitos dias. Os bolos eram crocante, marrom claro por fora e cor creme por dentro. Eram excepcionalmente saborosos.
Lembas foi originalmente dado aos Elfos por Yavanna. Ela enviou Orome para dar aos Elfos lembas para sua Grande Jornada a Eldamar. Yavanna fez lembas do milho que ela cultivou no campo de Aman e os bolos passavam a energia daquela terra aos que o comiam.
Os Elfos aprenderam a cultivar este milho na Terra-Média. O segredo de fazer lembas foi mantido pelas Elfas chamadas Yavannildi, as criadas de Yavanna. Apenas elas tinham permissão de manusear o milho para transforma-lo em bolo. A mulher mais alta na hierarquia era chamada de massáine ou besain: a Mulher, ou fornecedora de pão.
Os Elfos raramente dividiam as lembas com mortais, pois isso faria com que eles tivessem consciência de sua mortalidade e desejassem Aman, para onde eles não poderiam ir. Melian demonstrou grande favor a Turin quando deu lembas a Beleg para trazer seu amigo para a selva. Essa foi a primeira vez que Elfos forneceram lembas para o uso do Homem.
Galadriel deu lembas para a Sociedade quando eles saíram de Lothlórien em fevereiro de 3019. As lembas deram energia aos viajantes em sua missão. Aragorn, Legolas e Gimli comeram lembas enquanto corriam 45 léguas em menos de quatro dias perseguindo o Uruk-hai que havia capturado Merry Brandybuck e Pippin Tûk. Merry e Pippin comeram algumas lembas para revitalizarem suas forças quando escaparam perto da Floresta de Fangorn. “Lembas does put heart into you!”, disse Merry (As Duas Torres, p. ?). Aragorn pode discernir o que houve com os Hobbits em parte por causa das migalhas de lembas e folhas de mallorn encontrados nos limites da Floresta.
A caminho de Mordor, Sam Gamgee racionou cuidadosamente a lembas, mas ele se preocupava que o suprimento acabaria antes da jornada de volta. Frodo ofereceu lembas a Gollum, mas Gollum cuspiu a chamando de “poeiras e cinzas” (As Duas Torres, p. ?). Os Orcs nas Torres de Cirith Ungol também não gostavam da aparência e gosto de lembas, então deixaram o suprimento de Frodo quando tiraram suas posses. O que foi oportuno, já que sem lembas Frodo e Sam não teriam conseguido chegar à Montanha da Perdição.
“O lembas tinha uma virtude sem a qual os dois teriam há muito tempo se deitado à espera da morte. Não satisfazia o desejo, e algumas vezes a mente de Sam se enchia com lembranças de comida, e o desejo de um simples pão e carnes. E, apesar disso, aquele pão-de-viagem dos elfos tinha um poder que aumentava à medida que os viajantes confiavam apenas nele, sem misturá-lo a outras comidas. Alimentava a disposição, e dava forças para resistir; e para dominar os tendões e os membros, uma capacidade que ia além da medida dos mortais.”
Nomes e Etimologia:
Lembas é Sindarin. A forma mais antiga era lenn-mbass significando “pão-de-viagem”. A palavra em Quenya é coimas, significando “pão-da-vida”. A palavra massánie é derivada de masta a qual significa “pão” em Quenya. A palavra besain é derivada da palavra bast em Noldorin e também significa “pão”. As Yavannildi eram chamadas Ivonwin em Sindarin porque Ivann em Sindarin significa Yavanna. As duas palavras vêm de yab que significa “fruta”.
Fontes:
A Sociedade do Anel: “Adeus à Lórien”
As Duas Torres: “Os Cavaleiros de Rohan”, “Os Uruk-hai”, “O Cavaleiro Branco”
O Retorno do Rei: “A Torre de Cirith Ungol”, “A Montanha da Perdição”
O Silmarillion: “De Turin Turambar”
The History of Middle-earth, vol. V, The Lost Road and Other Writings: “The Etymologies,” entries for mbas and yab.
The History of Middle-earth, vol. XII, The Peoples of Middle-earth: “Of Lembas,” p. 403-405
Traduzido de: The Thain’s Book