Quantos dilemas temos na vida? Viver é fazer escolhas, que nos limitam a liberdade. Não decidir é já decidir pelo pior. Mas como decidir bem, sem se arrepender das opções feitas? Para isso se destaca a virtude da prudência, como a arte de decidir e de escolher o melhor em cada momento. Vale a pena, pois, deter-nos a examinar em que consiste essa virtude e como se desenvolve.
II) A PRUDÊNCIA COMO PRIMEIRA VIRTUDE CARDEAL
A prudência é considerada a primeira das virtudes cardeais e norteadora de todas as outras (cf. Josef Pieper, Virtudes Fundamentais, Aster – Lisboa, pg. 11). E por que isso? Porque da mesma forma que o ser (realidade) precede o conhecer (verdade ou idéia que fazemos da realidade), que precede o admirar (beleza captada do conhecido), que precede o querer (bem desejado após ser inicialmente só admirado), assim também, na ordem do agir, primeiro se decide (prudência) o que fazer (justiça), vencendo as tentações do medo que afasta (fortaleza) e do desejo que atrai além da medida (temperança).
Nesse sentido é que se diz que a prudência é a forma substancial externa das demais virtudes (cfr. Pieper, op. cit. 15), uma vez que estabelece o padrão, a concepção intelectual, a idéia do que será a obra externa justa, corajosa e disciplinada. Com efeito, antes de se esculpir uma estátua, o artista concebe como será. Pois bem, toda ação humana pode ser uma obra de arte quando antes bem concebida pela virtude da prudência.
Prudência não é mineirice, no sentido popular da expressão, sinônimo de indecisão, de ficar em cima do muro, de saber furtar-se aos riscos pessoais e comprometimentos. Pelo contrário, o ato característico da prudência é a decisão ponderada, que começa observando a realidade, continua pedindo conselho, prossegue ponderando os prós e os contras e termina tomando a decisão mais acertada e a pondo em prática.
Os antigos definiam a prudência como a recta ratio agibilium (a reta razão no agir), ou seja, agir segundo a razão, que capta objetivamente a realidade e, a partir dela, toma o melhor rumo para a conduta, o que explica as partes ou atos que a compõem, tal como os mencionamos.
A prudência está ligada, pois, à perfeição moral do homem, o desenvolvimento de suas qualidades interiores morais, o que difere da recta ratio factibilium, que diz respeito à aquisição das virtudes intelectuais e destrezas técnicas, as quais podem ser usadas para o bem ou para o mal, conforme a prudente decisão do homem que as adquire.
Caso paradigmático é o do desenvolvimento das pesquisas nucleares. O que mais impactou os cientistas que descobriram a energia atômica foi que, ao invés de utilizá-la para iluminar uma cidade inteira com um usina atômica, decidiu-se destruir as cidades com a bomba atômica! Portanto, a excelência técnica nem sempre vai acompanhada da excelência ética, que é o que mais importa. Não basta saber fazer (know-how); é preciso saber por que e para quem fazer (prudentia).
III) A OBSERVAÇÃO
O primeiro ato da virtude da prudência é a observação, ou seja a atenção e a disposição para captar a realidade tal qual é, quer em seus princípios universais (leis), quer em seus aspectos particulares (fatos).
Um juiz, por exemplo, para bem decidir, deve conhecer bem o direito que irá aplicar e os fatos sobre os quais esse direito incide. Pode errar ou por desconhecer as leis, ou por não ter captado o que realmente aconteceu com os litigantes.
Pieper esclarece que ”a primazia da prudência significa que a realização do bem tem como pressuposto o conhecimento da realidade” (op.cit. pg. 19). A prudência seria um conhecimento diretivo, uma consciência circunstancial, ou seja, a razão prática que, partindo do conhecimento dos fins do agir humano segundo a captação da realidade, elege os melhores meios para alcançá-los, levando em consideração as circunstâncias concretas de cada momento.
Além da capacidade natural de observação da realidade, S. Josemaría Escrivá lembra do sentido sobrenatural, isto é, da possibilidade de se ver as coisas como Deus as vê, com olhos de eternidade, o que ajuda a perceber o valor relativo de pessoas e acontecimentos, colocando-os no seu verdadeiro lugar:
”As pessoas, geralmente, têm uma visão plana, pegada à terra, de duas dimensões. – Quando a tua vida for sobrenatural, obterás de Deus a terceira dimensão: a altura. E, com ela, o relevo, o peso e o volume” (Caminho, ponto 279).
IV) O CONSELHO
O segundo ato da virtude da prudência é saber pedir conselho quando não se têm todos os dados, todo conhecimento necessário ou toda a experiência para decidir sobre a questão: trata-se de ouvir os doutos.
Na saga do “Senhor dos Anéis”, de J. R. R. Tolkien, um dos capítulos que mais prende a atenção é “O Conselho de Elrond” (Martins Fontes – 1994 – São Paulo, Volume I, Livro II, capítulo 2, pgs. 361-410). Trata-se de uma reunião singular que se realiza em Rivendell, na casa de Elrond, com representantes dos diversos povos da Terra Média. Elfos, anões, hobbits e homens dos diversos reinos discutem o que fazer para salvar a Terra Média do domínio de Sauron, Senhor das Trevas, em, principalmente, que destino dar ao Anel do Poder que se encontra no momento em suas mãos, mas cujo controle absolutamente não detém.
O capítulo é atrativo porque, pela fala de cada um dos personagens, vai-se tendo um quadro completo da situação da Terra Média, indispensável para se tomar qualquer decisão. Por outro lado, os mais sábios do Conselho, Gandalf e Elrond, com toda a sua experiência e sapiência, ajudam a ver o problema com realismo e sem desespero, encontrando uma saída ao mesmo tempo audaciosa e humilde, por fazer a única coisa que o inimigo não esperaria deles: ir direto à Terra de Mordor, reduto do inimigo, para destruir o anel no Monte da Perdição, em que ele fora forjado. A mais prudente das decisões, aparentemente a mais tresloucada aos olhos dos “prudentes”, foi tomada graças à humilde consulta a todos aqueles que poderiam ofertar elementos fundamentais para a tomada de decisão de tamanha envergadura. E graças à decisão acertada, a Guerra do Anel foi vencida pelos povos livres do Ocidente.
S. Tomás de Aquino que ”quem precisa de conselho alheio é porque sabe, se estiver em graça, aconselhar-se ao menos quanto ao fato de precisar de conselho alheio e quanto à distinção entre um conselho bom e um conselho mau” (Suma Teológica, II-II, q.47, art. 14, ad 2). Exemplo de mau conselheiro no Senhor dos Anéls é Língua-de-Verme, cuja perfídia e covardia não é percebida pelo Rei Théoden, já que os conselhos correspondiam à sua desistência da luta. Acontecia com o monarca o problema para o qual alertava o Aquinate como a ruína da memória: a deturpação da realidade, já que a memória fiel ao real seria o primeiro pressuposto da perfeição da prudência (cfr. op. cit. II-II, q. 49, art. 1).
No fundo, apenas pela humildade de se reconhecer a própria incapacidade para dominar e conhecer todos os dados do problema é que torna o homem prudente a ponto de ouvir quem lhe possa melhor aconselhar a resolvê-lo.
Um dos defeitos da juventude é a presunção quanto ao próprio discernimento, desprezando o conselho dos mais velhos e experientes. Há um ditado que diz que devemos “escarmentar em cabeça alheia”, ou seja, tirar experiência dos erros alheios, para neles não incidir. Há, no entanto, pessoas que só escarmentam na própria cabeça, demonstrando, justamente por isso, pouca cabeça.
Com efeito, a história não começou conosco nem conosco terminará. A frase presidencial tão repetida – “nunca antes na história deste país” – só demonstra desconhecimento da história ou presunção que o tempo se encarrega de corrigir. A prudência recomenda sempre levar em conta a experiência do passado e dos que nos antecederam (pais, professores, administradores, etc), para dar continuidade às boas obras e corrigir o que tiver de ser corrigido, mas após uma detida e aprofundada apreensão dos problemas envolvidos.
V) A PONDERAÇÃO
O terceiro ato da virtude da prudência é a ponderação ou reflexão, isto é, o ato de estudar e comparar as razões favoráveis ou contrárias a uma determinada decisão.
Nessa tarefa, é de fundamental importância desenvolver a capacidade de prever as consequências dos atos: é a providência ou juízo de consequência. O imprudente por irreflexão é aquele que logo se arrepende do que disse ou fez, ao perceber que sua precipitação no agir voltou-se contra ele mesmo.
Há pessoas que passam pela vida como por um campo minado, desarmando bombas relógio, prontas a explodir a cada passo, porque não souberam planejar o dia, a semana, o mês. Sem capacidade de previsão. Só seguindo a vontade do momento… E sofrendo as consequências de perdas de tempo, dinheiro, amizade, família, emprego e a vida.
Como ajuda na vida um pouco de organização: uma agenda em que se anotam os compromissos e tarefas, que se consulta e verifica, a cada período de tempo, qual a tarefa a fazer, de acordo com a hierarquia de prioridades que se estabeleceu previamente.
Por outro lado, conspiram contra a prudência nesse momento de ponderação, as segundas intenções e os interesses inconfessáveis que pressionam interiormente a inteligência e a vontade numa determinada direção.
Aqui a prudência perde seu nome de virtude e se transmuda na astúcia e sagacidado daquele que pretende ver prevalecer seus interesses em detrimento da verdade e do bem.
A prudência é o meio de implementar a justiça, ou seja, de se agir respeitando os direitos alheios e cumprindo os próprios deveres. Essa a motivação da virtude da justiça, que influi no processo de tomada de decisão.
As segundas intenções estão geralmente ligadas aos conhecidos sete pecados capitais, que por serem feios, não querem mostrar sua cara: a retórica e o discurso apresentam o agir com pele de cordeiro, escondendo o lobo que há por baixo.
Assim, as motivações humanas veladas acabam sendo, quando não desmascaradas, a avareza de só buscar o proveito próprio em detrimento da justiça; a luxúria oculta numa vaidade manifesta de encantar e atrair quando já se está comprometido; a ira canalizada no espírito de vingança que age de forma destrutiva; a inveja que faz criticar e se opor àquilo que não contou com a nossa participação ou não foi idéia nossa; a vaidade que faz agir movido pelo aplauso ou desejo de manter bem a própria imagem; o orgulho que não admite dar o braço a torcer e mantem opiniões e atitudes insustentáveis; a preguiça que busca encontrar o caminho mais fácil e a opção mais agradável e não a mais eficaz; a gula que nas refeições esquece e desliga das pessoas e conversas, concentrado profundamente na árdua tarefa de meter gorduras pelo tubo digestivo…
Dizia Pieper que ”faltando o desejo do bem, todo o esforço em descobrir o que aqui e agora é prudente e bom redunda em ilusão e atividade vazia” (op. cit. pg. 46).
Com efeito, sem retidão de intenção, nenhum ato é bom e nem prudente, pois a própria noção de prudência diz respeito à reta razão no agir. Daí que uma das atitudes mais necessárias para se adquirir e crescer na virtude da prudência é retificar a intenção, quando percebemos que o que nos move a agir são, na verdade e no fundo, motivos menos nobres e que causariam vergonhas se descobertos.-Afinal de contas: O que nos move? Por quem os sinos dobram?
Também aqui, é paradigmático o caso da bomba atômica. Ainda paira no ar a pergunta histórica: Tendo sido do Presidente Truman a decisão de usar a bomba atômica para encurtar a guerra, por que escolheu as duas cidades católicas do Japão, Hiroshima e Nagasaki? Mera coincidência ou uma segunda intenção velada?
VI) A DECISÃO
O quarto ato da virtude da prudência é a decisão, ou seja, escolher o melhor dos caminhos ou opções que se apresentam.
No entanto, S. Tomás de Aquino nos alerta para um perigo que leva à indecisão, qual seja, querer ter certeza sobre qual a melhor opção ou qual o caminho ideal: a certeza da prudência não pode ser tão grande que afaste por completo a inquietação (Suma Teológica, II-II, q. 47, art. 9, ad 2). E porque é assim? Porque a prudência parte das premissas teóricas da ciência, mas que se aplicam ao que é contingente e circunstancial, sujeito a mutações e não perfeitamente captável pela limitação humana. A casuística de moralistas que pretendem mapear todas as situações possíveis e fixar o comportamento tropeça no mesmo escolho de juristas que sonham com o Código perfeito, abrangendo todas as possíveis situações de conflito e as solucionando previamente.
Quem sonhasse com essa certeza estaria abdicando da liberdade e correspondente responsabilidade: o medo de decidir e de errar faria com que se esperasse de uma instância superior – o chefe ou a lei – a ordem de fazer assim ou assado.
Pieper alerta: Uma vez que se chega à casuística, a primeira coisa que acontece é que a decisão no caso de consciência é subtraída à consciência individual e transferida para a autoridade do especialista”. E conclui: ”A primeira das virtudes cardeais não e apenas o índice da maioridade moral; é também, e precisamente por isso, o índice da liberdade” (op. cit. pg. 44).
Em que pese o pessimismo de seu autor, a conhecida expressão sartreana tem muito de verdade: Estamos condenados a ser livres. Ou seja, não podemos nos furtar a decidir e responder pelo acerto ou erro de nossas decisões.
Com efeito, podemos, no campo do Direito, conhecer bem as leis que regem determinado campo da atividade humana, e saber, teoricamente, como se deve agir numa dada situação. No entanto, para agir é preciso conhecer também os fatos, a situação concreta sobre as quais se aplicam as leis. E estes são mais difíceis de se captar em sua integralidade.
Daí que muitos fiquem paralisados, bloqueados pela ilusão de chegar à solução perfeita para determinada situação, quando, no campo do agir humano, não há certezas matemáticas, mas apenas certezas morais, isto é, a aproximação do que é o justo e o bom no caso concreto.
Se, por um lado, pode-se ficar paralisado diante das várias opções aparentemente igualmente exigentes de sua assunção, por outro, pode-se tomar a decisão errada no momento de fazer a escolha de que caminho a seguir.
Nesse sentido, uma obra que chama a atenção por elencar grandes erros históricos, por decisões equivocadas em momentos cruciais que exigiam escolhas ponderadas e respaldadas na humilde aceitação do conselho dos sábios e prudentes, é “O Minuto Decisivo de Waterloo”, de Stephan Zweig (Livraria Civilização Editora – 1937 – Porto). Descreve não apenas a decisão do Marechal Grouchy, de continuar na perseguição dos prussianos, quando os canhões começaram a troar em Waterloo e seus generais o instavam a sair em socorro do Imperador, já que Bluchër estava se dirigindo para lá e foi o fiel da balança na batalha, a favor de Wellington (cfr. pgs. 7-39), mas também a decisão do Capitão Scott de prosseguir na tentativa de alcançar em primeiro lugar o Pólo Sul, com um membro a mais incluído na expedição, não recomendado por seus comandados, em face da escassez de víveres, vindo a morrer no final, exatamente por ausência dos suprimentos necessários para o retorno (fls. 91-130).
Exemplos não faltam de que a decisão acertada é fruto não apenas da realista análise dos elementos fáticos, quanto da humilde aceitação de conselhos que, pelo seu teor, se mostram fundamentados e prudentes, ponderando-se sem açodamento as várias opções que se mostram viáveis e acertadas para resolver a questão que nos aflige.
Quando a Rainha Vitória (1819-1901) subiu ao trono da Inglaterra, ainda muito jovem (com apenas 18 anos), seu tio, o Rei Leopoldo I da Bélgica, escrevia-lhe, dando conselhos de prudência, que ela incorporou até ao ponto de tornarem-se proverbiais algumas de suas expressões:
a) nunca tomar de imediato uma decisão sobre um assunto importante de governo, sem refletir ao menos de um dia para o outro (quando a pressionavam com assuntos urgentes, respondia: “I will think it over”); e
b) guardar reserva sobre os assuntos pessoais, abrindo-se apenas com quem tivesse o direito de conhecer sua intimidade (quando lhe faziam perguntas indiscretas, respondia apenas: “We are not amused”) (Cfr. Anka Muhlstein, “Vitória”, Companhia das Letras – 1999 – São Paulo, p. 27).
VII) A AÇÃO
O quinto ato da virtude da prudência é a ação, que significa passar rapidamente da deliberação à prática do que se decidiu.
O principal defeito nesse caso é o atraso em colocar em prática o que se viu claramente como o dever a cumprir. É a falsa prudência, do covarde, do preguiçoso ou do sensual.
Na verdade, a ação já refoge ao campo da prudência, pois esta diz respeito à tomada de decisão. No entanto, podemos colocá-la como o epílogo do processo decisório, para mostrar que o prudente que decidiu e não fez é o imprudente.
Também é imprudente o que estanca a ação diante dos obstáculos encontrados. É natural que toda ação encontre resistência para ser implementada. É uma das leis de Newton: “A toda ação corresponde uma reação de igual intensidade e em sentido contrário”. Cabe a nós, com a virtude da prudência, prever e contar com os obstáculos e adversidades como coisas de ordinária administração. Não é possível pensar que tudo o que planejamos irá dar certo do começo ao fim. Alguns objetivos atingiremos, outros não. E então, continuaremos no seu encalço, enfrentando as contrariedades.
Um exemplo histórico interessante é o da Operação “Market-Garden”, na 2ª Guerra Mundial, que Cornelius Ryan tornou célebre através de seu livro “Uma Ponte Longe Demais” (Biblioteca do Exército Editora – 1978 – Rio). Para encurtar a duração da Guerra e invadir a Alemanha ainda no final de 1944, o Marechal Montgomery idealizou um avanço de divisões blindadas sobre a Holanda, cuja rapidez dependia da preservação de três pontes sobre os principais rios do país. Para isso, preparou a maior operação de paraquedistas da História, em que os da primeira ponte teriam que preservá-la por 2 dias, até a chegada dos tanques, os da segunda por 5 dias e os da terceira por mais de uma semana! Tudo teria que sair perfeitamente, para que os paraquedistas encarregados da terceira ponte pudessem resistir por tão longo período sem apoio. É claro que a operação acabou fracassando, pois a terceira ponte era “longe demais” para que os reforços chegassem a tempo! Foi, efetivamente, uma imprudência realizar a operação otimizando todas as estimativas. Dos 10.000 ingleses que saltaram para capturar a última ponte, apenas 1.500 conseguiram sobreviver, após abandonar a posição conquistada.
Portanto, a prudência deve prever os obstáculos, ver se são superáveis e contar com tempo para os vencer. Assim, os obstáculos não serão impeditivos de se alcançar os objetivos almejados e nem se deixará de buscá-los ao tropeçar com resistências na busca do bem árduo.
VIII) CONCLUSÃO.
A prudência, como arte de decidir bem, supõe, portanto, detectar onde falha o processo de tomada de decisão: na observação do mundo, no desprezo aos conselhos, na falta de reflexão imparcial, no adiamento para decidir ou para pôr em prática o decidido. O homem prudente, que influi na sociedade com eflcácia e vive uma verdadeira paz e alegria na vida, é aquele realista, humilde, reflexivo, decidido e ativo: espera o suficiente para refletir, e age com a diligência que a situação exige.