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Clube cinematográfico

adrieldantas

Relax and have some winey
Então, do mesmo jeito que existe o clube de leitura deveria também existir o de cinema. Sugerimos filmes, votamos, assistimos e comentamos, o que acham?

Os filmes devem ser acessíveis (a.k.a fáceis de achar para assistir).

Quem topar pode começar postando o nome de uma indicação e aí decidimos. :)

Votação toda segunda e terça.
Quartas, quintas, sextas, sábados e domingos ficam para comentar o filme escolhido.

Tópico para a votação do filme da semana.

***

Março:
1. Days of Heaven
2. I, Daniel Blake
3. Terra em Transe
 
Última edição:
tambem to dentro... Sugiro Days of Heaven (faz um tempo já que quero ver e sempre postergo :timido:

PRÓ: Tem por volta de 90 minutos de duração
CONTRA: é dirigido pelo Terrence Malick :hihihi:
 
Gostei da ideia, sugiro que a votação seja feita na segunda e o prazo seja domingo para assistir o filme, quem não curte assistir um bom filme na madrugada de sabado para domingo?

Voto no Days of Heaven que o Nírasolmo indicou!
 
Última edição:
Gostei da ideia, sugiro que a votação seja feita na segunda e o prazo seja domingo para assistir o filme, quem não curte assistir um bom filme na madrugada de sabado para domingo?

Voto no Days of Heaven que o Nírasolmo indicou!

Perfeito, a votação fica pra segunda, os comentários duram a semana inteira até o domingo que aí fica pra comentar o novo.

Voto no Days of Heaven também. @Ana Lovejoy concorda ou tem alguma outra sugestão?
 
Pode comentar já? =]

Adiantando: é uma pena que na Amazon só tenha a versão dublada (nunca tinha visto isso, de um serviço de streaming só ter versão dublada de um filme).
 
Pode comentar já? =]

Adiantando: é uma pena que na Amazon só tenha a versão dublada (nunca tinha visto isso, de um serviço de streaming só ter versão dublada de um filme).


amazon prime? testei aqui e tem audio em inglês e legenda em português :eek:

(mas a amazon prime é meio zoada, tem vezes que tem dois links diferentes para filmes, um só áudio em português, outro áudio em inglês)
 
(mas a amazon prime é meio zoada, tem vezes que tem dois links diferentes para filmes, um só áudio em português, outro áudio em inglês)

Putz, será que foi isso? Eu uso o app no Xbox, digitei e fui direto no primeiro link... vou fazer o teste novamente.

Edit: conferi e só tem um link mesmo, e só tem a versão dublada... que coisa maluca. :think:
 
Última edição:
nossa, não, eu que fiz caca e estava vendo as configurações de outro filme nada a ver que apareceu na pesquisa aqui. só português mesmo. que caca ><'
 
Já podemos?

Gostei do filme, a fotografia é realmente boa (ganhou o oscar por isso), mas a edição não é tão boa, teve horas que eu vi algumas falhas horrendas (como a fala ter terminado, o ator ter parado de atuar, mas a gravação estar no filme final).

A velocidade do filme também é boa, gostei da construção da relação entre a Brooke Adams, o Richard Gere e o Sam Shepard também. Ja a personagem da Linda Manz achei meio fora de contexto em alguns momentos, mas não desnecessaria.

Nota: ★★★☆☆
 
Última edição:
O Malick de Days of Heaven nem parece o Malick dos últimos filmes dele: nesse filme o roteiro realmente se propõe a contar algo, a fotografia (belíssima) realmente se conecta com a estória, a edição não se parece em nada com aqueles cortes nervosos e com a câmera praticamente em cima dos atores, enfim...

A última frase do filme talvez sintetize o que, na minha visão, seja a principal mensagem: há certa instabilidade e mutabilidade na vida, de modo que nossos planos estejam sempre sujeitos à tempestades que não podem ser preditas.

Os vínculos de trabalho, nos campos e nas cidades, na época que o filme se passa (meados da década de 10 do século passado) eram, já por si, marcados por essa mutabilidade. Os personagens principais saem de Chicago para trabalharem no campo e encontram experiências que, em certa medida, jamais sonhariam.

No meio do trabalho no campo – e, ressaltando, acompanhado de estonteante cinematografia que em certos instantes insere o espectador totalmente no espaço –, surge um romance: a dualidade de classes, impedimento recorrente nos romances da época, não é empecilho para a realização do "amor".

Mas mesmo o romance, assim como o romance que já tinha sido mostrado desde o começo do filme, e a condição de vida dos protagonistas mudam totalmente: mas, mesmo nessa situação, Malick não foca muito na condição social agora vivida por aqueles. E, repentinamente, tudo começa a desmoronar: o casamento, a farsa dos "irmãos" e mesmo a bonança da colheita é prejudicada.

Interessante notar que, quem narra o período de tempo compreendido pelo filme, é Linda, talvez a quem a vida fosse menos afetada pelas instabilidades do campo. Ela, no roteiro, relembra com certa nostalgia os "dias no paraiso" a que foi submetida, mesmo que, durante o transcorrer dele o paraíso tornara-se, gradualmente, em um imprevisível inferno.
O título brasileiro não podia ser mais apropriado, a propósito: um paraíso que, construído timidamente, rápida e colossalmente se esvai como cinza.

Nota: ★★★★★
 
Última edição:
O Malick de Days of Heaven nem parece o Malick dos últimos filmes dele: nesse filme o roteiro realmente se propõe a contar algo, a fotografia (belíssima) realmente se conecta com a estória, a edição não se parece em nada com aqueles cortes nervosos e com a câmera praticamente em cima dos atores, enfim...

A última frase do filme talvez sintetize o que, na minha visão, seja a principal mensagem: há certa instabilidade e mutabilidade na vida, de modo que nossos planos estejam sempre sujeitos à tempestades que não podem ser preditas.

Os vínculos de trabalho, nos campos e nas cidades, na época que o filme se passa (meados da década de 10 do século passado) eram, já por si, marcados por essa mutabilidade. Os personagens principais saem de Chicago para trabalharem no campo e encontram experiências que, em certa medida, jamais sonhariam.

No meio do trabalho no campo – e, ressaltando, acompanhado de estonteante cinematografia que em certos instantes insere o espectador totalmente no espaço –, surge um romance: a dualidade de classes, impedimento recorrente nos romances da época, não é empecilho para a realização do "amor".

Mas mesmo o romance, assim como o romance que já tinha sido mostrado desde o começo do filme, e a condição de vida dos protagonistas mudam totalmente: mas, mesmo nessa situação, Malick não foca muito na condição social agora vivida por aqueles. E, repentinamente, tudo começa a desmoronar: o casamento, a farsa dos "irmãos" e mesmo a bonança da colheita é prejudicada.

Interessante notar que, quem narra o período de tempo compreendido pelo filme, é Linda, talvez a quem a vida fosse menos afetada pelas instabilidades do campo. Ela, no roteiro, relembra com certa nostalgia os "dias no paraiso" a que foi submetida, mesmo que, durante o transcorrer dele o paraíso tornara-se, gradualmente, em um imprevisível inferno.
O título brasileiro não podia ser mais apropriado, a propósito: um paraíso que, construído timidamente, rápida e colossalmente se esvai como cinza.

Nota: ★★★★★

Me focando totalmente na relação criada entre os três, é realmente interessante que ele aborda isso sem tocar no assunto da dualidade de classes e é engraçado que até o final essa dualidade não é abordada e sim o romance. Pontos para o filme a para você que notou isso @Nírasolmo .
 
Última edição:
É, provavelmente, a fotografia mais bonita que já vi de um filme. O tom naturalista, grande marca da cinematografia do Malick, atinge seu ápice aqui.

É curioso que, ao chegar na fazenda no trem, a personagem Linda já antecipe, ainda que de forma bastante poética, aquele que será o evento divisor de águas da história: a queimada da plantação devido a praga. Sabendo da mística ligação do diretor com a natureza e o divino, eu não acharia estranho que tal praga tivesse vindo como um castigo para aquele ambiente.

Não sei se consigo ter uma opinião sobre a história. Em alguns momentos eu a achei demasiadamente arrastada, mesmo sabendo que esse era o tom que o diretor pretendia dar. O último quarto do filme, quando o conflito se instala de forma permanente, foi de longe o melhor momento do longa.

O filme se torna mais interessante quando se descobre o quão conturbado foi seu processo de produção, muito devido às excentricidades do diretor. A filmagem do filme se arrastou muito mais do que inicialmente previsto no cronograma, pois o perfeccionista Malick nunca gostava de nenhuma cena gravada; muitos membros da produção brigaram com o diretor e se demitiram; o filme demorou tanto para ser gravado que o diretor de fotografia, Néstor Almendros, abandonou a filmagem no meio porque tinha um contrato para filmar um longa do Truffaut; os atores não entendiam direito o que estavam gravando; o orçamento estourou tanto que o produtor executivo teve que hipotecar sua casa para continuar bancando o filme; enfim, foi uma zona.

Como se não bastasse, Malick demorou quase três anos para editar o filme. Ele simplesmente não sabia o que fazer com o material que foi gravado. A solução que o diretor encontrou foi fazer com que a Linda Manz (que interpreta a personagem homônima) fizesse a narração em off do filme – coisa que não estava prevista inicialmente e só foi feita na pós-produção, por isso o estranhamento do @Focr_BR com a personagem "fora de contexto".

A experiência foi tão traumática que Malick só gravaria outro filme trinta anos depois, Além da Linha Vermelha.
 
Eu quero primeiro deixar o joinha para a ideia do clube, porque é o tipo de filme que eu não assistiria por conta própria (do tipo "uau, tem esse filme aqui que eu nunca vi, vamos ver). E eu gostei da experiência, foi um filme bem interessante.

A parte visual é realmente linda. Em uma das primeiras cenas em que a casa do fazendeiro aparece, eu lembrei daquele quadro Christina's World do Andrew Wyeth:

christinas world.jpg

e ele é todo lindo, né. vale pela experiência, até porque por ser de outra década, explora luz e cenários de jeitos diferentes do que fazem hoje em dia. lá para o fim, na cena
em que lutam para conter o fogo na plantação
, caramba, que cena bem executada - se quase tudo ali até aquele momento era mais contemplação, chega essa hora e o coração vai para a boca. acho que principalmente pela música de fundo? vi depois que a trilha é do ennio morricone.

sobre o enredo, a parte de que a classe de linda não seja discutida, não seja relevante me faz pensar na ideia de paraíso mesmo - que só no paraíso esse tipo de diferença estaria em suspenso, seria irrelevante. ainda não decidi se achei richard gere canastrão ou se é a personagem que eu não curti. chega uma porção do filme e eu já estava feliz que
o fazendeiro não estava morrendo
.

ps: assisti atrasada, foi mal. vou me organizar para nesse domingo assistir certinho com vocês!

edit: opa, vou deixar notinha tb. Nota: ★★★☆☆
 

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