Que vantagem teria pra nós seguir o calendário de lá?
O primeiro deles é que, ao se adequar nosso calendário ao calendário do futebol europeu, pode-se, alargando a pré temporada brasileira, fazer com que esta coincida com a pré temporada europeia. Isso propicia a chance dos grandes clubes brasileiros se confrontarem com os grandes clubes europeus, o que, por sua vez, ajuda a internacionalizar a marca dos grandes clubes brasileiros, gerando ganhos para as agremiações.
O segundo deles é que, ao se fazer a adequação, a “janela” de transferência de jogadores de meio de ano não será tão nociva aos clubes brasileiros que, atualmente, veem seus elencos serem desmanchados em meio à temporada, devido às transferências de seus jogadores. Com o elenco estruturado ao longo de toda a temporada, os clubes tendem a ter uma performance técnica melhor.
O terceiro deles é que, em um calendário racional gregoriano, os clubes têm a possibilidade de ter atividades ao longo de nove dos 12 meses de uma temporada anual (pois se deixa de ter atividades por cerca de três meses: um de férias; um de pré temporada; um de competições de seleções e seus preparativos), enquanto que, em um calendário racional adequado ao modelo europeu, os clubes têm a possibilidade de ter atividades ao longo de dez dos 12 meses de uma temporada atual (pois se deixa de ter atividades por cerca de dois meses: um de férias; um de pré temporada; não há necessidade de se paralisar competições de clubes para haver competições de seleções, pois, nessa situação, as competições de seleções acontecem exatamente nos períodos de férias e de pré temporada dos clubes).
Ora, é muito melhor garantir atividades para os clubes por dez meses, ao invés de nove, pois estes precisam ter receitas para equilibrar os seus fluxos de caixas.
O quarto deles, decorrente do terceiro, é que, tendo-se dez meses para estruturar as competições (caso do calendário adequado), ao invés de nove (caso do calendário gregoriano), é mais fácil se distribuir os certames ao longo da temporada, sem sobreposições de competições, facilitando a compreensão do torcedor.
O quinto deles é que, com a adequação, não se precisa interromper competições de clubes no período de competições de seleções, para retomar-se as competições de clubes quando as competições de seleções se encerram. Essa prática, decorrente do fato do calendário não ser adequado, inibe o potencial de atração das competições de clubes, uma vez que a retomada dos certames é pouco atraente.
O sexto deles é que, para o futebol brasileiro ser mais assistido no exterior, o melhor período é o compreendido de agosto de um ano a maio do ano seguinte, pois esse é o período que os expectadores de esportes da Europa e da América do Norte, principais mercados, estão mais acostumados a acompanhar as competições esportivas.
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