Fúria da cidade
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Reprodução/Facebook
Há 30 anos, o mangá "Saint Seiya" ganhava sua versão animada e estreava no canal Asahi, do Japão. Em 1994, já com o título "Cavaleiros do Zodíaco", a animação chegava ao Brasil, na TV Manchete. Além de marcar a infância de uma geração, a série também foi responsável no Brasil por um dos maiores sucessos musicais da época, o álbum homônimo interpretado pela dupla de cantores mirins William Kawamura e Larissa Tassi, de 12 e 10 anos, que vendeu mais de 775 mil cópias em seis meses e ganhou disco de ouro, platina e platina duplo.
Alguns anos depois, as aberturas das outras temporadas da série ganharam também as vozes dos cantores Edu Falaschi (ex-Angra), Ricardo Cruz e Rodrigo Rossi. Após 21 anos da primeira exibição da série no Brasil, a reportagem do UOL foi atrás dos intérpretes de todas as trilha sonora dos Cavaleiros para saber por onde eles andam. A maioria, até hoje, é orgulhosa do trabalho que fez. Juntos, eles lançaram o projeto "Cavaleiros do Zodíaco In Concert", do qual William não faz parte. Entre os fãs da série, eles são considerados celebridades capazes de arrastar pequenas multidões a encontros de fãs da série.
No Brasil, o desenho foi exibido pela Rede Manchete entre 1994 e 1997. Em 2003 foi a vez do Cartoon Network e a Band reprisarem os episódios. Atualmente, é possível assistir alguns episódios no Netflix.
William, 32, é dono de uma microempresa de cestas de café da manhã e nos finais de semana é barman no Citibank Hall. "A carreira de cantor exige muito investimento financeiro e eu não tenho condições", revela. O microempresário lembra que na época a ideia era formar um novo "Trem da Alegria", porém a série fez tanto sucesso que os empresários mudaram os planos.
"Fomos em quase todos os programas de TV da época, como a Xuxa, a Angélica, o Raul Gil e a Hebe. Faltou apenas o Faustão e o Gugu", conta. Com o dinheiro que ganhou na época, ele comprou uma linha de telefone fixo, que era muito cara, e um Del Rey usado para dar de presente para a mãe.
Sem arrependimentos por não seguir a carreira, William orgulha-se dos quatro filhos de 11, 5 e 1 ano e o bebê de 3 meses. "Meu filho mais velho é viciado em 'Dragon Ball Z'. Ás vezes ele me pergunta daquela época. Só guardo boas recordações".
"Sertaneja do Zodíaco"
Com o fim da série, William e Larissa seguiram por caminhos diferentes. Larissa, 31, continua até hoje no meio artístico como cantora sertaneja. "Eu gostava mesmo de assistir desenhos animados como 'Ursinhos Carinhos' e 'Cavalo de Fogo'. Só depois fui conhecer os 'Cavaleiros'", lembra.
Em paralelo com a carreira sertaneja, Larissa continua se dedicando aos Cavaleiros do Zodíaco e junto com Edu Falashci, Ricardo Cruz e Rodrigo Rossi formou o grupo "Cavaleiros In Concert", que se apresenta em eventos de quadrinhos e mangás interpretando as faixas da série. "Sou considerada a cantora brasileira oficial das trilhas em português. Com os outros cantores, fazemos esse tributo à série".
Larrisa disse que perdeu contato com o William e que só recentemente voltou a conversar com ele pelo Facebook. "A vida dele é outra agora. Mas tivemos uma boa amizade naquela época". A cantora lembra quando ela foi ao programa da Xuxa e quase ficou sem voz de tanta emoção. "Dei um chilique quando vi a Xuxa. Mostrei para ela uma foto minha fantasiada de Xuxa. Foi incrível".
Atualmente, mesmo quando sai em turnê com a sua banda sertaneja, escuta na plateia os fãs de Cavaleiros pedindo pelas músicas da série. "Eu estava fazendo um show no Villa Country e cantei 'Pegasus Fantasy'. O pessoal sertanejo não entende, mas eu canto assim mesmo", revela. "Nunca parei de cantar. Depois dos Cavaleiros, eu apostei em uma carreira com cantora de Axé, mas sou do interior de São Paulo, né? Não ia dar certo. Minha verdade é mesmo o sertanejo, onde estou até hoje".
Sai criança, entra metal
Do sertanejo para o metal. Depois que Larissa e William cantaram a versão composta exclusivamente para o mercado brasileiro, o ex-vocalista do Angra e atual Almah, Edu Falaschi, foi convidado para interpretar em português a música japonesa original da série. "Eu lembro que estava me preparando para uma turnê do Angra quando entraram em contato com o meu escritório pedindo por um cantor de heavy metal", disse o vocalista.
A interpretação para a faixa "Pegasus Fantasy" foi tão bem aceita que Falaschi gravou outras duas músicas da série. "O trabalho com 'Os Cavaleiros do Zodíaco' cresceu e ganhou uma importância muito grande na minha carreira", revela. Tanto é que formou o "Cavaleiros In Concert".
A fama, no entanto, foi tão longe que em 2013, em pleno show do Angra no Rock in Rio, Falaschi atendeu aos pedidos da plateia e interpretou "Pegasus Fantasy" a capela. "A versão original da música é também um heavy metal e combina comigo. A banda me acompanha. Mas na maioria das vezes eu paro o show para cantar a capela mesmo".
Fonte
Há 30 anos, o mangá "Saint Seiya" ganhava sua versão animada e estreava no canal Asahi, do Japão. Em 1994, já com o título "Cavaleiros do Zodíaco", a animação chegava ao Brasil, na TV Manchete. Além de marcar a infância de uma geração, a série também foi responsável no Brasil por um dos maiores sucessos musicais da época, o álbum homônimo interpretado pela dupla de cantores mirins William Kawamura e Larissa Tassi, de 12 e 10 anos, que vendeu mais de 775 mil cópias em seis meses e ganhou disco de ouro, platina e platina duplo.
Alguns anos depois, as aberturas das outras temporadas da série ganharam também as vozes dos cantores Edu Falaschi (ex-Angra), Ricardo Cruz e Rodrigo Rossi. Após 21 anos da primeira exibição da série no Brasil, a reportagem do UOL foi atrás dos intérpretes de todas as trilha sonora dos Cavaleiros para saber por onde eles andam. A maioria, até hoje, é orgulhosa do trabalho que fez. Juntos, eles lançaram o projeto "Cavaleiros do Zodíaco In Concert", do qual William não faz parte. Entre os fãs da série, eles são considerados celebridades capazes de arrastar pequenas multidões a encontros de fãs da série.
No Brasil, o desenho foi exibido pela Rede Manchete entre 1994 e 1997. Em 2003 foi a vez do Cartoon Network e a Band reprisarem os episódios. Atualmente, é possível assistir alguns episódios no Netflix.
William, 32, é dono de uma microempresa de cestas de café da manhã e nos finais de semana é barman no Citibank Hall. "A carreira de cantor exige muito investimento financeiro e eu não tenho condições", revela. O microempresário lembra que na época a ideia era formar um novo "Trem da Alegria", porém a série fez tanto sucesso que os empresários mudaram os planos.
"Fomos em quase todos os programas de TV da época, como a Xuxa, a Angélica, o Raul Gil e a Hebe. Faltou apenas o Faustão e o Gugu", conta. Com o dinheiro que ganhou na época, ele comprou uma linha de telefone fixo, que era muito cara, e um Del Rey usado para dar de presente para a mãe.
Sem arrependimentos por não seguir a carreira, William orgulha-se dos quatro filhos de 11, 5 e 1 ano e o bebê de 3 meses. "Meu filho mais velho é viciado em 'Dragon Ball Z'. Ás vezes ele me pergunta daquela época. Só guardo boas recordações".
"Sertaneja do Zodíaco"
Com o fim da série, William e Larissa seguiram por caminhos diferentes. Larissa, 31, continua até hoje no meio artístico como cantora sertaneja. "Eu gostava mesmo de assistir desenhos animados como 'Ursinhos Carinhos' e 'Cavalo de Fogo'. Só depois fui conhecer os 'Cavaleiros'", lembra.
Em paralelo com a carreira sertaneja, Larissa continua se dedicando aos Cavaleiros do Zodíaco e junto com Edu Falashci, Ricardo Cruz e Rodrigo Rossi formou o grupo "Cavaleiros In Concert", que se apresenta em eventos de quadrinhos e mangás interpretando as faixas da série. "Sou considerada a cantora brasileira oficial das trilhas em português. Com os outros cantores, fazemos esse tributo à série".
Larrisa disse que perdeu contato com o William e que só recentemente voltou a conversar com ele pelo Facebook. "A vida dele é outra agora. Mas tivemos uma boa amizade naquela época". A cantora lembra quando ela foi ao programa da Xuxa e quase ficou sem voz de tanta emoção. "Dei um chilique quando vi a Xuxa. Mostrei para ela uma foto minha fantasiada de Xuxa. Foi incrível".
Atualmente, mesmo quando sai em turnê com a sua banda sertaneja, escuta na plateia os fãs de Cavaleiros pedindo pelas músicas da série. "Eu estava fazendo um show no Villa Country e cantei 'Pegasus Fantasy'. O pessoal sertanejo não entende, mas eu canto assim mesmo", revela. "Nunca parei de cantar. Depois dos Cavaleiros, eu apostei em uma carreira com cantora de Axé, mas sou do interior de São Paulo, né? Não ia dar certo. Minha verdade é mesmo o sertanejo, onde estou até hoje".
Sai criança, entra metal
Do sertanejo para o metal. Depois que Larissa e William cantaram a versão composta exclusivamente para o mercado brasileiro, o ex-vocalista do Angra e atual Almah, Edu Falaschi, foi convidado para interpretar em português a música japonesa original da série. "Eu lembro que estava me preparando para uma turnê do Angra quando entraram em contato com o meu escritório pedindo por um cantor de heavy metal", disse o vocalista.
A interpretação para a faixa "Pegasus Fantasy" foi tão bem aceita que Falaschi gravou outras duas músicas da série. "O trabalho com 'Os Cavaleiros do Zodíaco' cresceu e ganhou uma importância muito grande na minha carreira", revela. Tanto é que formou o "Cavaleiros In Concert".
A fama, no entanto, foi tão longe que em 2013, em pleno show do Angra no Rock in Rio, Falaschi atendeu aos pedidos da plateia e interpretou "Pegasus Fantasy" a capela. "A versão original da música é também um heavy metal e combina comigo. A banda me acompanha. Mas na maioria das vezes eu paro o show para cantar a capela mesmo".
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