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A bomba do aumento de preços iria estourar a qualquer momento.

Se fosse na época do Sarney, teria sido pior, ficando congelado o máximo possível até o preço explodir de vez.
 
Ta impossível, aqui a gasolina já chegou a 7.40, a população já adotou há algum tempo, andar a pé, usar a bicicleta e o transporte publico, que a cada dia mais lotado, até pessoas que eu conheço que tinham nojo de transporte publico, deixam na garagem seus carros e foram pro buzão.
 
Sem querer fazer advogado do diabo, mas já fazendo, o petróleo disparou em todo canto do mundo né? É que aqui já estava um valor alto, e agora tá só mais absurdo ainda, mas DESSA VEZ dá pra entender o aumento.
 
Sem querer fazer advogado do diabo, mas já fazendo, o petróleo disparou em todo canto do mundo né? É que aqui já estava um valor alto, e agora tá só mais absurdo ainda, mas DESSA VEZ dá pra entender o aumento.

Um pouco de food for thought sobre o assunto:

1) O Brasil não é autossuficiente em gasolina e diesel. Mesmo se todas as refinarias estivessem produzindo até sair fumaça, ainda assim são necessárias importações para abastecer o mercado brasileiro.

2) Quanto custa para um importador trazer gasolina e diesel e colocar aqui dentro do país? O custo é o famoso PPI, preço de paridade de importação.

3) O que acontece quando o preço aqui dentro do Brasil não aumenta junto com o preço internacional? O importador não importa pq a operação literalmente vai dar prejuízo (preço de venda aqui dentro < custo de importar). Consequentemente falta combustível no mercado.

O resumo da ópera é esse:

1) Ou o preço aumenta e os consumidores sofrem, precisando por muitas vezes até mesmo parar de consumir;

2) Ou o preço fica congelado e o mercado fica desabastecido;

3) Ou a Petrobras importa com prejuízo especificamente para essa operação (já que os importadores privados não o farão)
3.1) A empresa assume essa linha negativa no seu balanço (não significa que a empresa vai dar resultado negativo como um todo, mas sim que vai ter uma parte do balanço dela negativa - a das operações de importação);
3.2) O governo subsidia e paga de volta esse prejuízo para a Petrobras.
 
Certo, mas ajude o debate e vá direto ao ponto: Você acha que a empresa deveria lucrar menos em nome de subsidiar o combustível aqui no Brasil?
 
Tanto faz, não acho que é aí que reside o maior problema. Só trouxe os valores pra complementar a informação.

No meu entender, tem dois pontos que são bem mais críticos: a mentalidade de colônia que exporta petróleo bruto pra importar derivados e a dependência, em um país de escala continental, do transporte rodoviário (fora a péssima qualidade do transporte coletivo).
 
Quer dizer, o tanto faz depende. Alguém me esclareça uma coisa, por favor.
Pelo que entendi, pelo PPI o preço do combustível é determinado como se TODO o combustível fosse importado. É isso mesmo? Porque se for, é bem absurdo.
Agora, se por exemplo, 80% é produzido aqui e custa X, e os 20% importados custam Y. O preço final teria que ser uma média ponderada de ambos. Aí sim faria sentido.
 
Quer dizer, o tanto faz depende. Alguém me esclareça uma coisa, por favor.
Pelo que entendi, pelo PPI o preço do combustível é determinado como se TODO o combustível fosse importado. É isso mesmo? Porque se for, é bem absurdo.
Agora, se por exemplo, 80% é produzido aqui e custa X, e os 20% importados custam Y. O preço final teria que ser uma média ponderada de ambos. Aí sim faria sentido.

Preço = Custo Marginal, que é o resultado fundamental de microeconomia em mercado competitivo (sim, competitivo). Isso significa que o custo da gota adicional (chamada de "marginal") é o preço de equilíbrio de mercado.

Há mais demanda que oferta, então há necessidade de importação. Se o preço no Brasil for menor que a PPI, não há importação por empresas privadas.

Se o preço for essa média ponderada, como você sugere, a única forma de manter o mercado abastecido é se a Petrobras importar derivados, pq nenhuma empresa privada importará (pq preço < PPI). Esse caso, em que a Petrobras importa e vende por um preço abaixo do custo de importação, é a situação 3.1 que eu descrevi no post acima, ou seja, a Petrobras arca com o custo de vender o produto final abaixo de seu custo marginal.
 
Entendi, obrigado.

Então volto à reposta anterior, tanto faz. Não acho que nenhum dessas alternativas resolvam os problemas. Pode resolver um mas cria outro.

Já uma malha ferroviária e hidroviária mais robusta, transporte coletivo de qualidade (e eficiente), além de expandir a capacidade de refino (não só pra combustível, derivados de petróleo são a base de quase tudo quanto é material hoje em dia) me parecem soluções mais sérias. Vai acontecer? não vai. Um problema tem 70 anos, o outro tem 500. Mas sonhar ainda é de graça.
 
Outras matrizes energéticas e priorização total de transporte de cargas e passageiros por meio ferroviário e hidroviário só em sonho mesmo, pois aqui é o país que mais ama andar na contramão do bom senso logístico, priorizando sempre rodovias e com pedágios cada vez mais numerosos e caros. Já tivemos ditaduras, governos democráticos de esquerda e direita e não aparece ninguém nem mesmo em programa de governo com disposição mínima a querer romper com isso e não será agora que vai acontecer.
 
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