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Com a montagem de um ministério que, de maneira geral, eu considero bom, é um constrangimento grande para o governo uma das pastas assumidas pelo União Brasil ter sido dada a uma deputada com vínculos com a milícia do Rio de Janeiro. De saída, uma puta vidraça para levar pedrada e enfrentar algum desgaste.

Quem gosta de miliciano é o governo do miliciano que fugiu para a Disney e seus apoiadores. Diga-se, de passagem, a deputada objeto dessa polêmica é uma daquelas figuras que caiu do caminhão de mudança do bolsonarismo. Apoiou ativamente a campanha de Bolsonaro em 2018.

Lula deveria, nesse caso, repetir o que Itamar Franco fez com Henrique Hargreaves.* Afastar a ministra de pronto.

Vai fazer isso? Não sei.
Até agora manteve distância do episódio e deixou falarem outras figuras do governo, que, até aqui, estão tentando botar panos quentes.

Até onde acompanhei, as negociações com o União Brasil ainda estão em andamento. Mesmo tendo levado três ministérios, o União Brasil ainda não sinalizou se entrará a compor a base do governo. Com o que veio a público sobre Daniela, esse constrangimento também está na mesa de negociação.

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* no caso de Hargreaves, após provada a sua inocência, ele foi readmitido. Não vejo como isso aconteceria com a deputada. Ainda na hipótese de que não haja nenhum ilícito que lhe possa ser imputado, ela permaneceria sendo um problema político.
 
Última edição:

Lucidez®.

Ou água batendo na bunda. O Dino andou dizendo que tem uns 50 mandados de prisão para financiadores das ações golpistas. Será que o Véio da Havan está na lista?
 
Para a surpresa de ninguém:

Salário dos ministros do STF é referência para todos os demais políticos, segundo a Constituição.
 
Sobre o IR:


Destaco apenas a primeira parte:

Os brasileiros vão pagar mais Imposto de Renda em 2023 porque não há previsão de reajuste da tabela do tributo. O último ajuste integral foi realizado em 1996 e, de lá para cá, a desafagem acumulada é de 147,87%, segundo estimativa da Unafisco Nacional (Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal).

A tabela passou por atualizações parciais ao longo desse período, sendo a mais recente em 2016, durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), quando a faixa de isenção passou de R$ 1.787,77 para os atuais R$ 1.903,98.

Isso significa que se um reajuste integral fosse feito hoje, contribuintes com salários de até R$ 4.719,34 não precisariam arcar com os tributos e 30.061.673 de pessoas seriam isentas da declaração de IR, o que representaria uma redução de pelo menos R$ 239,3 bilhões na arrecadação da União, segundo a associação, que estima os cálculos com base no IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) acumulado entre 1996 e dezembro de 2022.

Sem correção, a arrecadação do governo deve bater R$ 412,2 bilhões na temporada de IR referente ao ano-calendário 2023.

“Temos a noção de que um reajuste integral exige um esforço fiscal gigantesco e não é trabalho para um único governo fazer de uma vez só. Porém, entendemos que é possível dar uma primeiro passo especialmente considerando que foi promessa de campanha não cumprida do governo Bolsonaro e também foi promessa do governo Lula”, afirma Mauro Silva, presidente da Unafisco.

Na visão de Silva, o primeiro passo seria colocar em vigor um reajuste condizente com a inflação acumulada de 2022, de 5,9%, além de um dispositivo de lei que definisse que a tabela deve ser reajustada anualmente. Se isso fosse feito, o reajuste passaria a valer para a temporada de declaração de 2024, referente ao ano-calendário de 2023.

“Sem o reajuste, cada ano que passa, o contribuinte é submetido a mais tributação. Por mais que não seja de forma generalizada, muitas categorias têm o reajuste de salário. Manter a tabela congelada é prejudicar, especialmente, quem tem menos dinheiro, que já perdeu poder de compra com a inflação no período e ainda passaria a ser tributado com o IR”, afirma Silva.

Em 2022, cerca de 36,3 milhões de contribuintes prestaram contas à Receita Federal, resultado recorde, segundo o órgão.

Segundo os dados da Unafisco, se o governo Bolsonaro tivesse feito uma correção parcial na tabela de IR, contribuintes com salários de até R$ 2.505,42 não precisariam pagar o IR, e pouco mais de 15 milhões de pessoas seriam isentas da declaração do tributo, o que representa uma redução de pelo menos R$ 82,6 milhões na arrecadação da União. A estimativa, nesse caso, considera a inflação acumulada entre 2018 e dezembro de 2022.
 

Haddad disse essa semana, no Fórum Econômico Mundial, que o governo quer pautar essa questão no segundo semestre desse ano. A ver...
 

Que cabra safado. O que será que o Ciro teria a dizer sobre isso? :lol:
Pior que isso é extremamente comum, e ninguém fala a respeito. Na nossa nobre Prefeitura, também temos agentes políticos que participam de conselhos fiscais de empresas públicas com jetons que pagam quase o mesmo valor do subsídio de Secretário...
 
Pior não é alguém acumular duas funções mas acumular uma segunda para a qual ele próprio se nomeia. Daí fica bem feio. Não tinha mais ninguém com capacidade para o cargo? XD
 
Pior não é alguém acumular duas funções mas acumular uma segunda para a qual ele próprio se nomeia. Daí fica bem feio. Não tinha mais ninguém com capacidade para o cargo? XD
Então, a maioria dessas posições de conselheiros é só cabide de jetons para afagar a conta bancária dos amiguinhos. Basta participar das reuniões para levar os jetons. E as reuniões são só bate-papo e pedidos de esclarecimentos aleatórios, ainda mais em conselho fiscal. Conselho de administração geralmente tem um ou dois que efetivamente têm que fazer alguma coisa.
 

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