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Metaverso é a nova obsessão das big techs no Vale do Silício: Estamos prontos?

A resposta já está dada ali mesmo: oferta e procura, e maior número de usuários brancos etc.
Os avatares negros não custam menos por racismo. Oi?
Daí eles saltam disso para tratar daquele problema de algoritmos detectando rostos brancos e tal, que não tem naaaaada a ver com o assunto do metaverso e já foi denunciado à exaustão. zZz
Mesmo assim, o cara optou pelo título click-bait. Que sono, hein.
 

É cada uma... :rofl:
 

Era essa pergunta que eu me fazia quando Mark Zuckerberg decidiu dar uma guinada em sua empresa multibilionária. Em meados do ano passado, a companhia foi rebatizada de Meta, e o fundador e CEO do Facebook deixou clara sua estratégia de focar esforços no tal metaverso. A despeito da reconhecida astúcia de Zuckerberg para os negócios e de meu grande interesse por tecnologia, eu não estava nada convencido de que esse “modismo” valia assim tanto empenho. Acabaria em breve, eu pensava.

Até que um amigo, também fã de tecnologia, me emprestou uns óculos de realidade virtual de última geração. Em poucos segundos, ruíram minhas convicções sobre o modismo do metaverso. Subitamente, compreendi por que Zuckerberg e muitos outros analistas de tecnologia apostam tão alto nessa nova fronteira. Entendi ainda que metaverso é um termo totalmente inadequado para descrevê-la.


Não há propriamente um metaverso. O que há é um avanço exponencial na tecnologia de realidade virtual, a tal ponto que, uma vez colocados os óculos no meu rosto, eu não podia acreditar no que estava vendo. À minha volta, de modo absolutamente realista, havia um mundo inteiro, no qual eu podia me deslocar, interagir com pessoas e objetos com tamanha imersão que a experiência se confundia com minha sensação do mundo real.

Naquele momento, respondi à pergunta que dá título a este artigo: a moda não vai acabar nunca. A imersão no metaverso é uma aplicação da tecnologia de realidade virtual, uma das muitas possíveis, que veio para ficar – e só melhora a cada dia. Se você já usou óculos de realidade virtual, provavelmente teve uma vivência ruim. Até bem pouco tempo, os aparelhos disponíveis ofereciam uma experiência de pouca qualidade e pouco conforto. Alguns headsets eram feitos de papelão, outros eram pesados demais. As lentes eram de baixa qualidade, e a operação dependia do acoplamento de um celular top de linha. A imersão e o nível de realismo eram deficientes.

Mas a tecnologia deu um salto recentemente, e os novos headsets oferecem uma experiência absolutamente incrível. Novas plataformas de criação de ambientes ou mundos virtuais (os chamados metaversos) começaram a surgir, trazendo consigo a concreta viabilidade de formação de um ecossistema de realidade virtual. Jogos especificamente elaborados para esse outro mundo surgem a cada dia, cada vez mais perfeitos, e já apontam uma tendência forte no mundo dos games. No último Natal, por exemplo, a venda de óculos de realidade virtual superou pela primeira vez a do console X-Box, da Microsoft.

A tecnologia de hoje se equipara à internet de 1996: ainda pouco conhecida, mas prestes a tomar o mundo de assalto com uma revolução na forma como consumimos conteúdo, interagimos com pessoas e empresas, e nos entretemos. Acredito tanto nisso que passei rapidamente de cético a um apaixonado criador de ambientes em metaverso. Em 2021, pouco depois de Zuckerberg anunciar a repaginação da sua empresa, meu sócio Alexandre Costa e eu decidimos transformar nosso negócio, até então especializado em sistemas de inteligência artificial, em uma startup focada em realidade virtual e criação de ambientes virtuais de metaverso. Nascia a Kubikz, com toda nossa disposição para explorar as incontáveis aplicações desse novo mundo e oferecer os benefícios e a criação de mundos virtuais criativos para todos os tipos de clientes e áreas.

Como já estamos vendo e produzindo, experiências imersivas para ativações de marca deixarão seu público consumidor maravilhado. Eventos esportivos e culturais se transformarão totalmente, permitindo aos fãs assistir a um jogo à beira do campo ou ver seu artista favorito como se estivessem no palco, a poucos metros. O ensino à distância já tem disponível um ambiente de interação e convívio entre docentes e discentes que seria impossível de outro modo. Empresas estão adotando reuniões virtuais, onde os participantes de distintas partes do mundo são trazidos à mesma sala, e interagem como se estivessem juntos no mesmo local. Visando também esse mercado corporativo, Zuckerberg acaba de lançar a versão “Pro” do seu headset, com foco em realidade aumentada e capacidade de capturar e reproduzir no metaverso até as expressões faciais de quem utiliza o equipamento.


Recentemente a CVM autorizou que companhias abertas realizem Assembleias de Acionistas por meio de plataformas de metaverso. O Judiciário já se prepara para realizar audiências e outros atos em ambientes virtuais, com algumas experiências-piloto já em andamento. Não há um setor de atividade econômica ou da administração pública que não será impactado pela nova fronteira tecnológica. E tudo isso está só começando.
 
A parte que achei mais interessante foi a analogia com o início da Internet nos anos 90, que era um ambiente de pouco conteúdo e pouco atrativo. È bem por aí mesmo.
 
Eu queria ver esses tais óculos de última geração.
Porque, na minha cabeça, isso tudo parece bem tosco ainda.
Será que já estão topzera?
 
Acredito que os melhores óculos estão a um custo bem proibitivo pra nossa realidade, mas como tudo que ainda não tá popular, uma hora isso melhora.
 

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