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Óperas

e aí, como é a experiência de ver uma ópera pelo cinema? Valeu o ingresso?
 
e aí, como é a experiência de ver uma ópera pelo cinema? Valeu o ingresso?

A transmissão ao vivo de uma ópera no cinema é uma experiência válida, pois tem um ingrediente a mais que o da apresentação gravada, o imponderável; sabemos que qualquer gravação efetuada passa por uma "limpada" naqueles pontos que não estavam satisfatórios, o que logicamente não dá para acontecer ao vivo.

O único senão foi em uns poucos segundos um probleminha com a imagem e o som, que ocorreu devido a problemas de sinal, já que este vem direto de Nova York; fora isso, a transmissão foi muito boa.

Ademais, outro ponto também muito interessante é que nos intervalos a repórter (no caso uma cantora) entrevistava os principais artistas daquela ópera, como o maestro e os principais intérpretes. Foi muito bom.

Portanto, creio que valeu a pena ir até ao cinema; por isso, espero ansiosamente a próxima transmissão, que deverá ocorrer com a próxima temporada.
 
Neste último sábado fui assistir no cinema, com minha esposa, mais uma ópera transmitida pelo Met, mais especificamente Carmen de Georges Bizet.

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Quem gosta do gênero, e ainda não foi assistir a uma dessas transmissões, não sabe o que está perdendo. O espetáculo é muito bem realizado, contando sempre com grandes cantores e uma orquestra impecável. Portanto, vale muito a pena ver.
 
Há exatos 151 anos, ou seja, em 27 de abril de 1867, estreava no Théâtre Lyrique em Paris a ópera em cinco atos Roméo et Juliette (Romeu e Julieta), de autoria do compositor francês Charles Gounod, com libreto de Jules Barbier e Michel Carré, baseado na peça homônima de William Shakespeare.

 
"Cavalleria rusticana", melodrama em um único ato de Pietro Mascagni, foi estreada em 17 de maio de 1890 no Teatro Costanzi, em Roma, ou seja, há 128 anos atrás. O libreto é de Giovanni Targioni-Tozzetti e de Guido Menasci, extraído da novela homônima de Giovanni Verga.

A "Cavalleria rusticana" foi a primeira ópera composta por Mascagni e, com certeza, a mais famosa de todas as compostas por este compositor. O seu sucesso foi enorme logo em sua estreia.

 
O dia de hoje, 22 de maio, comemoramos os 205 anos do nascimento de um dos maiores nomes da história da música, Wilhelm Richard Wagner (1813, Leipzig na Alemanha).
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Wagner é considerado um dos expoentes do romantismo e é, talvez, um dos compositores mais influentes da música erudita; ele contribuiu com inúmeras inovações, principalmente no cenário operístico, tanto em termos de composição quanto no de orquestração. Deve-se salientar as inúmeras inovações para a música que foram trazidas por Wagner, tanto em termos de composição quanto em termos de orquestração. Ele expandiu e enriqueceu as possibilidades da orquestra sinfônica, chegando a inventar um novo instrumento, a tuba wagneriana. A revolução harmônica do século XX de Claude Debussy e Arnold Schoenberg foram associadas à sua ópera Tristão e Isolda.

Uma ideia que Wagner aprimorou, já que não foi o primeiro a utilizá-la, consistia em identificar um personagem, um objeto ou uma ideia através de um motivo musical, Leitmotiv (ou motivo condutor); quando se ouve um determinado tema musical, imediatamente vem à mente o personagem, o objeto ou a ideia que o autor deseja indicar.

Como compositor de óperas, criou um novo estilo, grandioso, cuja influência sobre a música da época e posterior foi muito forte. Polêmico ao extremo, angariou ao longo da vida inúmeros desafetos. No entanto, durante sua vida, o compositor inspirou devoção entre seus seguidores; entre os seguidores estão Anton Bruckner, Hugo Wolf, César Franck, Henri Duparc, Ernest Chausson, Alexander von Zemlinsky e Gustav Mahler, entre outros.

Além de músico era também poeta e escreveu o libreto de todas as suas óperas, inclusive a da tetralogia O Anel do Nibelungo, em que a mitologia germânica recebe uma expressão dramático-musical. Para a respectiva encenação e de outros espetáculos que concebeu, construiu, com a ajuda de amigos e do rei Luís II da Baviera, o teatro de ópera de Bayreuth.
 
Última edição:
Há 201 anos atrás estreava, com grande sucesso no Teatro alla Scala, a ópera La gazza ladra, melodramma semiserio em dois atos, do compositor Gioachino Rossini, com libreto de autoria de Giovanni Gherardini.

 
Há 203 anos estreava no Teatro Argentina, em Roma, Il barbiere di Siviglia, ossia L'inutile precauzione (O barbeiro de Sevilha, ou a precaução inútil), ópera-bufa em dois atos de Gioachino Rossini, com libreto de Cesare Sterbini, baseado na comédia Le Barbier de Séville, do dramaturgo francês Pierre Beaumarchais.
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Rossini era célebre por seu ritmo rápido de composição, e toda a música dessa ópera foi completada em menos de três semanas. A estreia da obra (20 de fevereiro de 1816) foi um fracasso retumbante: a plateia vaiou e gracejou durante todo o espetáculo, e diversos incidentes prejudiciais ocorreram no palco. Partidários de rivais de Rossini, notadamente de Giovanni Paisiello, que estavam infiltrados na plateia, incitaram muitas destas manifestações. A segunda performance teve um destino muito diferente, e fez com que a obra se tornasse um grande sucesso até os dias atuais.
 
Meu primeiro contato com Rossini foi quando eu era garoto e vi um episódio do Pica-Pau em que ele canta justamente Il barbiere di Siviglia (O Barbeiro de Sevilha). Continuo achando lindas as composições dele.
 
E as óperas de Mozart, o que vocês acham delas? Não curtem nenhuma? Idomeneo, Le Nozze, Cosi, Don Giovanni, A Flauta...?
** Posts duplicados combinados **
Meu primeiro contato com Rossini foi quando eu era garoto e vi um episódio do Pica-Pau em que ele canta justamente Il barbiere di Siviglia (O Barbeiro de Sevilha). Continuo achando lindas as composições dele.

Conhece William Tell? A abertura dessa ópera é bem bonita.




E bastante aproveitada em desenhos animados também:

 
Conhece William Tell? A abertura dessa ópera é bem bonita.

Com certeza; trata-se da última ópera escrita por Rossini. Depois "il dolce far niente!"
** Posts duplicados combinados **
E as óperas de Mozart, o que vocês acham delas? Não curtem nenhuma? Idomeneo, Le Nozze, Cosi, Don Giovanni, A Flauta...?

Adoro também as óperas de Mozart. Don Giovanni é a minha preferida.
 
Ferruccio Furlanetto interpretando a bela ária Madamina, il catalogo è questo da ópera Don Giovanni de Mozart.

 
Neste dia 25 de fevereiro nascia em Nápoles, no ano de 1873, aquele que foi considerado, inclusive pelo grande Luciano Pavarotti, o maior tenor de todos os tempos, Enrico Caruso.

Com um vasto repertório, ele foi o primeiro cantor a atrair as grandes plateias em todo o mundo e ainda hoje figura entre os maiores intérpretes da história. O repertório de Caruso incluía cerca de sessenta óperas, além de centenas de canções populares, principalmente de sua terra natal. Caruso apostou na nova tecnologia de gravação de som em discos de cera, sendo que ele foi um dos primeiros cantores a gravar discos em grande escala. A indústria fonográfica e o cantor tiveram uma estreita relação, que ajudou a promover comercialmente a ambos, nas duas primeiras décadas do século XX. Deve-se salientar que a sua interpretação de “Vesti la giubba”, da ópera “Pagliacci”, foi a primeira gravação na história a vender 1 milhão de cópias.

 
Para quem gosta de ópera, mas mora numa cidade onde nunca as apresentam, a Internet felizmente pode compensar um tantinho essa falta.
Aqui, por exemplo, pode-se ver de graça, oficialmente cedida pela Royal Opera House, uma adaptação moderninha da ópera Carmen, de Bizet.
Acho que só estará no ar até 1º de agosto...


Outrs opções, para amantes da música clássica em geral, é tornar-se sócio da Filarmônica de Berlim ou contratar o serviço de streaming da Medici.TV
 
Dar uma olhada no que acontece pelo mundo na tela é bacana de vez em quando, mas por mais que você tenha uma tela gigante e jogue o som no melhor amplificador que tiver em casa pra tentar ter uma reprodução sonora que fique melhor possível, ópera é o tipo de espetáculo que só dá pra vivenciar plenamente em toda sua intensidade vendo ao vivo, não só pelo som e acústica do local, a proximidade dos músicos, mas também a atmosfera e energia do lugar onde o espetáculo acontece que fazem toda a diferença.
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Mesmo vendo algumas coisas gratuitamente que acabam aguçando demais a vontade, eu nunca deixo de juntar um $$$ pra ver uma presencial ao vivo de boa qualidade. Vale muito a pena.
 
Última edição:
Programação de óperas para 2020 busca antes inovar do que apostar na estabilidade

Temporadas propostas pelas duas principais casas de São Paulo serão mais robustas, mas ainda apresentam problemas


Anunciadas pelas duas principais casas paulistas —o Theatro Municipal (gerido pela Prefeitura) e o São Pedro (pelo Estado)— as temporadas de óperas 2020 mostram ainda insegurança em relação a projetos de fato voltados a seu numeroso público.

Após um ano muito fraco (que teve o melhor momento na apresentação de “Prism”, de Ellen Reid), o Municipal trará uma programação mais robusta, com o retorno da série de assinaturas e a produção de sete títulos em seis espetáculos.

Em março estreia a grandiosa “Aida”, de Verdi, com direção de Bia Lessa, e em junho uma dobradinha sobre textos de Plínio Marcos (1935-1999), “Navalha na carne” e “Homens de Papel”, encomendadas respectivamente aos compositores Leonardo Martinelli e Elodie Bouny (dirigidas por Zé Henrique de Paula e Fernanda Maia).

O segundo semestre trará “Don Giovanni”, de Mozart (em agosto), com direção de Lívia Sabag e, em setembro, “Benjamin”, de Peter Ruzicka (mais um título contemporâneo, com texto em português e direção do próprio diretor do Municipal, Hugo Possolo), sobre a fuga do filósofo Walter Benjamin (1892-1940) do regime nazista.

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Retrato do diretor artístico do Theatro Municipal, Hugo Possolo. - Foto: Bruno Santos/ Folhapress

Encerrarão a temporada “Fidelio”, de Beethoven, que não constará do caderno de assinaturas e será dirigida por Rodolfo García Vasquez fora do teatro, em local aberto, e “O Morcego”, de Johann Strauss, produção da Orquestra Experimental de Repertório.

Ao contrário das temporadas das principais orquestras do país —Osesp e Filarmônica de Minas Gerais à frente—, o release do Theatro não é seguido pela programação detalhada, com os dias exatos das apresentações e —algo absolutamente relevante quando se trata de ópera— a escalação completa dos elencos.

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Vista da entrada do Theatro Municipal de São Paulo. - Foto: Danilo Verpa/Folhapress, COTIDIANO

Por outro lado, nota-se uma personalidade curatorial na escolha dos temas dos enredos, na atração por questões contemporâneas e na presença de mulheres na direção cênica.

Já o Theatro São Pedro, que nos últimos anos parecia ter encontrado um equilíbrio interessante entre produções fortes de títulos do século 20, encomendas de novas obras e um olhar para obras barrocas e clássicas —proposta adequada a suas dimensões e orçamento— parece ter tido uma ruptura desnecessária.

Assim, dos 4 títulos programados para o ano, apenas duas serão óperas no formato tradicional: “Ariadne em Naxos” (agosto), de Richard Strauss (direção de Felix Kreiger e Eiko Senda como protagonista), e “Capuletos e Montéquios” (setembro), de Bellini (direção de Antônio Araújo, com Denise de Freitas e Carla Cottini no elenco).

A temporada abrirá com o musical “West Side Story” (abril), de Leonard Bernstein (direção de Charles Möeller e Cláudio Botelho), e fechará com “Porgy and Bess” (novembro), de Gershwin (direção de Jorge Takla).

Como a quantidade de títulos permanece muitíssimo pequena, a presença das (excelentes) composições dos dois norte-americanos em 50% da programação principal do teatro a deixa instável e sem cara.

Nesse sentido (e para além das soluções criativas) não será ainda em 2020 que teremos uma programação de óperas com maior força quantitativa na cidade. Faltam mais variados títulos canônicos, que só valorizariam a presença das novas obras e da ampliação estilística.

Um exemplo da importância do cotidiano é a trajetória do compositor Leonardo Martinelli, de 41 anos, que está tendo a oportunidade inédita de escrever óperas para as duas casas paulistas em temporadas vizinhas (“O Peru de Natal”, que estreou no São Pedro este ano, e “Navalha na Carne”, encomenda do Municipal para 2020).

Formado pelas escolas de música de São Paulo, a juventude de Martinelli coincide com a inauguração da Sala São Paulo e a maior estabilização das temporadas de concertos por aqui. Ele agora pode devolver à cidade parte da experiência musical conquistada nela mesma, em seu dia a dia.​
 

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