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Os cem melhores filmes brasileiros de todos os tempos

  • Criador do tópico Criador do tópico Clara
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"Limite" (1931), de Mário Peixoto

De acordo com com o ranking da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine), que contou com a participação de 100 críticos e jornalistas especializados do país, “Limite”, o único longa-metragem dirigido por Mario Peixoto e apresentado pela primeira vez em 1931, é o melhor filme brasileiro de todos os tempos.

Em segundo lugar aparece “Deus e o Diabo na Terra do Sol” (1964), de Glauber Rocha, um dos filmes mais importantes do movimento do Cinema Novo. “Vidas Secas”, de Nelson Pereira dos Santos, baseado no livro homônimo de Graciliano Ramos, lançado em 1963, fecha o pódio brasileiro, na terceira posição.

O levantamento da Abraccine é o ponto de partida do livro “Os 100 Melhores Filmes Brasileiros”, que será lançado em 2016, pela editora Letramento, primeiro de uma série de publicações coordenada pela entidade. O livro reunirá ensaios de cada um dos filmes mais votados, escritos pelos principais críticos de cinema do país.


Curiosidades


O filme mais antigo da lista é justamente o que o ocupa o topo do ranking, “Limite”, lançado em 1931, seguido por “Ganga Bruta” (1933), de Humberto Mauro, na 24ª colocação, e “O Cangaceiro” (1953), de Lima Barreto, 64.º lugar no cômputo geral.

A obra mais recente listada entre os 100 melhores é “Que Horas Ela Volta?”, de Anna Muylaert, apresentada nesse ano. “O Lobo Atrás da Porta”, de Fernando Coimbra, exibida em 2013, aparece na 60.ª posição. Mesmo ano de “Tatuagem”, de Hilton Lacerda, o 73.º mais votado.

O paranaense “Estômago” (2010), de Marcos Jorge, aparece em 74.º lugar.
Fonte

1. Limite (1931), de Mario Peixoto

2. Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964), de Glauber Rocha

3. Vidas Secas (1963), de Nelson Pereira dos Santos

4. Cabra Marcado para Morrer (1984), de Eduardo Coutinho

5. Terra em Transe (1967), de Glauber Rocha

6. O Bandido da Luz Vermelha (1968), de Rogério Sganzerla

7. São Paulo S/A (1965), de Luís Sérgio Person

8. Cidade de Deus (2002), de Fernando Meirelles

9. O Pagador de Promessas (1962), de Anselmo Duarte

10. Macunaíma (1969), de Joaquim Pedro de Andrade

11. Central do Brasil (1998), de Walter Salles

12. Pixote, a Lei do Mais Fraco (1981), de Hector Babenco

13. Ilha das Flores (1989), de Jorge Furtado

14. Eles Não Usam Black-Tie (1981), de Leon Hirszman

15. O Som ao Redor (2012), de Kleber Mendonça Filho

16. Lavoura Arcaica (2001), de Luiz Fernando Carvalho

17. Jogo de Cena (2007), de Eduardo Coutinho

18. Bye Bye, Brasil (1979), de Carlos Diegues

19. Assalto ao Trem Pagador (1962), de Roberto Farias

20. São Bernardo (1974), de Leon Hirszman

21. Iracema, uma Transa Amazônica (1975), de Jorge Bodansky e Orlando Senna

22. Noite Vazia (1964), de Walter Hugo Khouri

23. Os Fuzis (1964), de Ruy Guerra

24. Ganga Bruta (1933), de Humberto Mauro

25. Bang Bang (1971), de Andrea Tonacci

26. A Hora e a Vez de Augusto Matraga (1968), de Roberto Santos

27. Rio, 40 Graus (1955), de Nelson Pereira dos Santos

28. Edifício Master (2002), de Eduardo Coutinho

29. Memórias do Cárcere (1984), de Nelson Pereira dos Santos

30. Tropa de Elite (2007), de José Padilha

31. O Padre e a Moça (1965), de Joaquim Pedro de Andrade

32. Serras da Desordem (2006), de Andrea Tonacci

33. Santiago (2007), de João Moreira Salles

34. O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro (1969), de Glauber Rocha

35. Tropa de Elite 2 – O Inimigo Agora é Outro (2010), de José Padilha

36. O Invasor (2002), de Beto Brant

37. Todas as Mulheres do Mundo (1967), de Domingos Oliveira

38. Matou a Família e Foi ao Cinema (1969), de Julio Bressane

39. Dona Flor e Seus Dois Maridos (1976), de Bruno Barreto

40. Os Cafajestes (1962), de Ruy Guerra

41. O Homem do Sputnik (1959), de Carlos Manga

42. A Hora da Estrela (1985), de Suzana Amaral

43. Sem Essa Aranha (1970), de Rogério Sganzerla

44. SuperOutro (1989), de Edgard Navarro

45. Filme Demência (1986), de Carlos Reichenbach

46. À Meia-Noite Levarei Sua Alma (1964), de José Mojica Marins

47. Terra Estrangeira (1996), de Walter Salles e Daniela Thomas

48. A Mulher de Todos (1969), de Rogério Sganzerla

49. Rio, Zona Norte (1957), de Nelson Pereira dos Santos

50. Alma Corsária (1993), de Carlos Reichenbach

51. A Margem (1967), de Ozualdo Candeias

52. Toda Nudez Será Castigada (1973), de Arnaldo Jabor

53. Madame Satã (2000), de Karim Ainouz

54. A Falecida (1965), de Leon Hirzman

55. O Despertar da Besta – Ritual dos Sádicos (1969), de José Mojica Marins

56. Tudo Bem (1978), de Arnaldo Jabor (1978)

57. A Idade da Terra (1980), de Glauber Rocha

58. Abril Despedaçado (2001), de Walter Salles

59. O Grande Momento (1958), de Roberto Santos

60. O Lobo Atrás da Porta (2014), de Fernando Coimbra

61. O Beijo da Mulher-Aranha (1985), de Hector Babenco

62. O Homem que Virou Suco (1980), de João Batista de Andrade

63. O Auto da Compadecida (1999), de Guel Arraes

64. O Cangaceiro (1953), de Lima Barreto

65. A Lira do Delírio (1978), de Walter Lima Junior

66. O Caso dos Irmãos Naves (1967), de Luís Sérgio Person

67. Ônibus 174 (2002), de José Padilha

68. O Anjo Nasceu (1969), de Julio Bressane

69. Meu Nome é... Tonho (1969), de Ozualdo Candeias

70. O Céu de Suely (2006), de Karim Ainouz

71. Que Horas Ela Volta? (2015), de Anna Muylaert

72. Bicho de Sete Cabeças (2001), de Laís Bondanzky

73. Tatuagem (2013), de Hilton Lacerda

74. Estômago (2010), de Marcos Jorge

75. Cinema, Aspirinas e Urubus (2005), de Marcelo Gomes

76. Baile Perfumado (1997), de Paulo Caldas e Lírio Ferreira

77. Pra Frente, Brasil (1982), de Roberto Farias

78. Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia (1976), de Hector Babenco

79. O Viajante (1999), de Paulo Cezar Saraceni

80. Anjos do Arrabalde (1987), de Carlos Reichenbach

81. Mar de Rosas (1977), de Ana Carolina

82. O País de São Saruê (1971), de Vladimir Carvalho

83. A Marvada Carne (1985), de André Klotzel

84. Sargento Getúlio (1983), de Hermano Penna

85. Inocência (1983), de Walter Lima Jr.

86. Amarelo Manga (2002), de Cláudio Assis

87. Os Saltimbancos Trapalhões (1981), de J.B. Tanko

88. Di (1977), de Glauber Rocha

89. Os Inconfidentes (1972), de Joaquim Pedro de Andrade

90. Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver (1966), de José Mojica Marins

91. Cabaret Mineiro (1980), de Carlos Alberto Prates Correia

92. Chuvas de Verão (1977), de Carlos Diegues

93. Dois Córregos (1999), de Carlos Reichenbach

94. Aruanda (1960), de Linduarte Noronha

95. Carandiru (2003), de Hector Babenco

96. Blá Blá Blá (1968), de Andrea Tonacci

97. O Signo do Caos (2003), de Rogério Sganzerla

98. O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias (2006), de Cao Hamburger

99. Meteorango Kid, Herói Intergalactico (1969), de Andre Luis Oliveira

100. Guerra Conjugal (1975), de Joaquim Pedro de Andrade (*)

101. Bar Esperança, o Último que Fecha (1983), de Hugo Carvana (*)

(*) Empatados na última colocação, com o mesmo número de pontos.
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Filme brasileiro é complicado pra mim, confesso que tenho preconceito sim, embora tenha me desapontado poucas vezes quando resolvi assistir algum filme brasileiro que não seja badalado, elogiado e aquela coisa toda "Cidade de Deus".

"Limite" (assim como "Deus e o Diabo...") por exemplo é daqueles filmes que ouvi falar trocentas vezes, mas nunca bateu curiosidade suficiente para assistir.
E olha que já assistí cada lixo estrangeiro por pura curiosidade, acho que já passou da hora de eu dar uma chance pros brasileiros.
Vamos ver se crio vergonha e assisto alguns desses menos badalados da lista.

7. São Paulo S/A (1965), de Luís Sérgio Person

8. Cidade de Deus (2002), de Fernando Meirelles

11. Central do Brasil (1998), de Walter Salles

12. Pixote, a Lei do Mais Fraco (1981), de Hector Babenco

13. Ilha das Flores (1989), de Jorge Furtado

29. Memórias do Cárcere (1984), de Nelson Pereira dos Santos

39. Dona Flor e Seus Dois Maridos (1976), de Bruno Barreto

42. A Hora da Estrela (1985), de Suzana Amaral

61. O Beijo da Mulher-Aranha (1985), de Hector Babenco

63. O Auto da Compadecida (1999), de Guel Arraes
 
Nossa! Eu não lembro desse filme, Limite, dos detalhes dele, mas lembro que achei chato.

Aqui tem muito filme bom, nós é que temos síndrome de vira-kata. Junto com nosso hábito de só assistir filme da Globo Filmes e generalizar..
 
Os que eu vi:

2. Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964), de Glauber Rocha

5. Terra em Transe (1967), de Glauber Rocha

8. Cidade de Deus (2002), de Fernando Meirelles

11. Central do Brasil (1998), de Walter Salles

30. Tropa de Elite (2007), de José Padilha

63. O Auto da Compadecida (1999), de Guel Arraes

71. Que Horas Ela Volta? (2015), de Anna Muylaert

72. Bicho de Sete Cabeças (2001), de Laís Bondanzky

73. Tatuagem (2013), de Hilton Lacerda

85. Inocência (1983), de Walter Lima Jr.

95. Carandiru (2003), de Hector Babenco


Na boa, excluiria 63 - prefiro a minissérie ao filme - e o 95 - achei que a quebra do filme para testemunhos sobre o Massacre enfraqueceu-o - um problema semelhante com Olga, de Monjardim, em que uma narração pega o público de surpresa.

Com relação aos dez primeiros, eu gostei da lista principal: é uma mistura da influência expressionista alemã sobre o cinema brasileiro (Limite) com o Cinema Novo (os filmes de Glauber e mesmo o de Person - embora muitos discutam se Person é Cinema Novo ou não), a Retomada (Cidade de Deus) e a narrativa experimental dos documentários (Cabra Marcado para Morrer).
 
Só vi esses


8. Cidade de Deus (2002), de Fernando Meirelles
11. Central do Brasil (1998), de Walter Salles
30. Tropa de Elite (2007), de José Padilha
35. Tropa de Elite 2 – O Inimigo Agora é Outro (2010), de José Padilha
63. O Auto da Compadecida (1999), de Guel Arraes
87. Os Saltimbancos Trapalhões (1981), de J.B. Tanko
95. Carandiru (2003), de Hector Babenco

Mas é bom saber que alguns livros bons foram transformados em filmes por aqui e quem sabe um dia eu correr atrás disso.
Gostaria de saber de um site que dá pra marcar uma wishlist de filmes tipo o Skoob.
 
Não gosto de filmes brasileiros. Acho muito chatos...

É um problema de estética pós-Cinema Novo - eu mesmo assisti parte de Dois Córregos e queria afogar o Reichenbach nesses córregos por esse aí! Também tem a turma Globo Filmes que faz filme-extensão de programa de TV ou adaptação com atores gritando histéricos achando que estão numa peça de teatro. Podemos então resumir o problema de duas maneiras: uma pseudo-intelectualidade que não consegue sair de seu lugar comum e acha que ainda vive em Maio de 1968 ou a produção puramente comercial que nem precisa do cinema pra sobreviver. É f***!

Mas há ótimos filmes, apesar desse monte de m****.

Gostaria de saber de um site que dá pra marcar uma wishlist de filmes tipo o Skoob.

Já tentou o Filmow?
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PS 1: Apesar de ser crítico do roteiro (parcialmente) irregular do Poyart - algo que ocorre mesmo em Terra em Transe, aliás -, 2 Coelhos deveria estar nessa lista: há uma audácia estética que justificaria a inclusão desse filme. Tiraria Dois Córregos daí.
 
ou a produção puramente comercial que nem precisa do cinema pra sobreviver. É f***!

Tipo os filmes com Fabio Porchat e o Leandro Hassum?
Se prestigiar o cinema brasileiro é assistir isso, tô fora!
Fico puta que os cinemas exibem esses filmes semanas a fio enquanto que os filmes bacanas, quando exibidos, ficam uma semana apenas em cartaz e geralmente dublados.
 
Fico puta que os cinemas exibem esses filmes semanas a fio enquanto que os filmes bacanas, quando exibidos, ficam uma semana apenas em cartaz e geralmente dublados.

É o monopólio Globo Filmes que o Kleber Mendonça Filho comentou - claro que há de se pensar em público e bilheteria, mas p****, acho injusto uma produtora ou distribuidora controlar grande parte do circuito. Mas isso eu ainda consigo engolir, o problema é que nem no circuito alternativo os filmes conseguem durar. :tsc:

Aliás, ainda não vi O Som ao Redor, mas fiquei chocado que pouquíssimas salas aqui de São Paulo abriram espaço para um filme que foi considerado um dos 10 melhores de 2012 ao redor do mundo. (E eu acho que Hoje eu Quero Voltar Sozinho só teve uma boa divulgação nas redes de cinema porque o diretor soube fazer propaganda dele pelo Facebook, sem contar os prêmios internacionais.)

Aliás, 2 Coelhos estreou em pouquíssimas salas, mas acabou ganhando maior espaço graças ao boca-a-boca.
 
Só de ver Carandiru nessa lista eu já desanimo... Um filme que mais parece uma minissérie da Globo compactada em 2h não nem merece aparecer, mesmo que seja no final.

Falando sério, não acho que o cinema brasileiro mereça uma lista de 100 melhores filmes. No máximo uma lista de 50 melhores, aí dá pra manter uma qualidade razoável.
 
Tá certo que ainda não vi a grande bola da vez (Ainda estou aqui), mas por enquanto nenhum filme nacional produzido desse século foi suficiente pra chegar perto de ameaçar meu Top 5 que só tem filmes das décadas de 60 e 70, pra mim as melhores da produção brasileira. Sempre torço que isso um dia mude. Quem sabe a partir de agora.
 

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