Nossa, eu não sei nem por onde começar. Bom, não tem muito o que comentar da lista. É bem representativa do fórum. O exagero fica por conta de ter dois discos do Blind Guardian, mas é porque não teve uma convergência a um preferido da banda, como é com o Ok Computer. Eu acho o Nightfall bem mais rico, mas tem a parte do gosto.
Sobre o Therion: não, não é simples. Eu não gosto de falar assim e foram poucas as vezes que falei assim nos tópicos do fórum, porque soa como se eu estivesse dizendo uma "verdade". Acontece que nesse caso é isso mesmo. Se estamos todos acostumados a ouvir progressivo, Rush, Dream Theater, Yes, etc, não cabe por isso dizer que bandas sem quebradas de tempo e estruturas menos usuais sejam "simples", querendo dizer "ruim". Eu digo uma banda que muitos aqui adoram, e apesar de mudar bastante de andamento e ter muitas melodias em uma mesma música, é bem simples: o Opeth. Um ótimo exemplo de banda que fica muito tempo no mesmo acorde por um tempão, mas com guitarras harmonizadas que dão a impressão de ser algo super complexo. São só duas guitarras bem executadas na mesma escala.
O Therion não faz só isso. As composições tem passagens instrumentais que são até passíveis de um "não gosto", mas quase nunca de um "isso é ruim". Continuando com os exemplos, uma banda que é do mesmo estilo, o Haggard. Os arranjos do Haggard são magníficos, mas as composições nem tanto. Algumas são muito bonitas, mas você consegue discernir bem ali a "parte metal" da parte "clássica", muitas vezes. No Therion não dá, quase nunca. A parte pesada, se separada do instrumental clássico, descaracteriza a composição, porque é uma coisa só. Isso é bom? Sim, é excelente, mostra que a música em si é consistente, não só aquilo lá que foi gravado. Podemos constatar isso ouvindo uma banda que de fato faz um instrumental superficial, colocando uns coros por cima e achando que é o Therion: Tristania. O contraste fica nítido e fala por si só.
É claro que a banda tem um foco, e em muitas vezes não são as guitarras, são os corais. Nessas partes, como em quaisquer outras músicas bem arranjadas, dá-se a devida licença ao naipe solista. Mas as passagens instrumentais não são poucas, têm mudanças de andamento também, e a bateria não é simplória, tem a sua função muito bem desempenhada e aparece sempre que deve.