O problema para o Coritiba: Ronaldinho mantém planos como craque de aluguel
Ronaldinho em ação pelo Cienciano em jogo amistoso em 2016 (Crédito: Divulgação)
Ronaldinho Gaúcho é o desejo do
Coritiba, que tenta transformá-lo novamente em jogador profissional. O problema é que, para o ex-melhor do mundo e seu estafe, ser craque de aluguel é vantajoso neste final de carreira, aos 36 anos.
São dois os problemas para o Coritiba contratá-lo nos moldes que desenhou: primeiro é que, em média, Ronaldinho fatura US$ 150 mil por evento que participa – em cotação atual, são cerca de R$ 480 mil, por um único jogo normalmente.
Esse valor é R$ 180 mil acima do fixo que o Coritiba planeja pagar ao meia-atacante, de R$ 300 mil.
O segundo problema é que Ronaldinho já tem amarrado acordos para eventos em 2017. Um deles, por exemplo, deve acontecer no México, em abril. O jogador acertou contrato para participar de um jogo amistoso na cidade de Monterrey, atuando pelo Cinco Estrellas, time da terceira divisão local. A partida estava marcada para 2 de dezembro de 2016, mas acabou adiada por, segundo o clube, motivos de segurança.
O Cinco Estrellas informou que o evento foi remarcado para abril de 2017, com Ronaldinho, e que os torcedores que compraram os ingressos poderiam usá-los na nova data. Há também propostas para atuar no Japão, na África e na Rússia, país que este ano será sede da Copa das Confederações, e em 2018 receberá pela primeira vez a Copa do Mundo.
Aluguel
A última partida oficial de Ronaldinho foi em 26 de setembro de 2015, pelo Fluminense, contra o Goiás. Desde então, foram só amistosos e jogos festivos.
Em 2016, Ronaldinho teve eventos o ano todo. Rapidamente: em janeiro colocou a camisa do Barcelona de Guayaquil, no Equador, em maio atuou pelo Las Vegas City nos EUA, em junho foi o craque do Cienciano, no Peru, que comemorava retorno à elite, em setembro foi à China em amistoso com ex-jogadores e em outubro participou do Jogo da Paz, em Roma.
Como mostrou o UOL Esporte, para aceitar a oferta do Coritiba,
Assis Moreira, irmão e procurador do jogador, quer complemento no fixo em moldes parecidos com o que o atleta teve pelo Atlético-MG, de 2012 a 2014. Na época chegou a faturar R$ 700 mil por mês por meio de um contrato de produtividade e da participação na venda de camisas, por exemplo.
Por valor inferior a esse, dificilmente Ronaldinho deixaria de atuar em jogos únicos para voltar a ser profissional. Procurado, Assis Moreira não atendeu às ligações.
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Quem diria que veríamos um dos melhores jogadores do mundo terminando a carreira assim, literalmente "levando na barriga", mas de forma inteligente sempre garantindo um $$$ bom.