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Empresas financiam campanhas com o mesmo intuito que agremiações dos mais diversos fins o fazem: defender seus interesses e visões de país. Agora por que só estressar a falta de altruísmo das empresas? Por acaso outros grupos são diferentes? Incluindo grupos de militantes dos mais diversos tipos que gastam tempo, esforço e dinheiro (quase equivalentes nesse caso) para promover um partido, e também pessoas que recebem benefício direto do Estado.
Se empresas que financiam campanhas têm facilidade em licitações e outras vantagens ilícitas, também pessoas em alta conta do partido vencedor tem vantagens ilícitas, decorrente de um cargo, ou de um financiamento de qualquer tipo, etc. E daí? O caminho é enxutar o Estado, aprimorar os mecanismos de controle e tornar mais objetivo e impessoal esse tipo de concessões. Não justifica a medida de não só tolher a liberdade de grupos de financiarem uma iniciativa legal, como obrigar a todos a financiar involuntariamente iniciativas que julgam deploráveis, que é o que se trata o financiamento público de campanhas.
Haran (e Calib), não queiram nos convencer de que vocês realmente acreditam nisso. Se empresa doasse por ideologia ou interesse no projeto de governo, por que a regra é grandes empresas financiarem duas ou mais campanhas rivais? Podem olhar a prestação de contas de Dilma e Aécio em 2014, as mesmas figurando em ambas. Doação empresarial é reserva de clientela política.Empresas financiam campanhas com o mesmo intuito que agremiações dos mais diversos fins o fazem: defender seus interesses e visões de país.
snme o felagund é militante registrado do PT...Aqui (acho) ninguém tem vínculo com partido ou empreiteira nenhuma
Haran (e Calib), não queiram nos convencer de que vocês realmente acreditam nisso. Se empresa doasse por ideologia ou interesse no projeto de governo, por que a regra é grandes empresas financiarem duas ou mais campanhas rivais? Podem olhar a prestação de contas de Dilma e Aécio em 2014, as mesmas figurando em ambas. Doação empresarial é reserva de clientela política.
Desculpem, mas a impressão que eu tenho é que vocês estão fazendo como o mongol daquele artigo: formaram opinião baseada não nos fatos, mas em quem são os defensores da proibição. Assim como, sem dúvida, muita gente de esquerda deve ter tomado partido favorável sem raciocinar sobre a questão. Aqui (acho) ninguém tem vínculo com partido ou empreiteira nenhuma, todo mundo defende a democracia e a moralidade, então devíamos nos dissociar dos preconceitos. Também estou aberto a me convencer do contrário, mas até agora não vi um argumento razoável para acharmos que a influência econômica implacável das pessoas jurídicas no processo eleitoral seja boa para a sociedade.
Vale dizer: eu acho que a proibição - aliada a uma fiscalização rígida do TSE - vai ser melhor para as empresas e para o Estado, pela lógica de mercado: maior garantia da livre concorrência. Mais oportunidades para empresas de fora da "panelinha" suja e mais opções para baratear o custo de contratos públicos. Meu pai já foi sócio de empresa de construção civil (em Brasília, diga-se de passagem), ele viu como é que funciona: quem não "ajuda" não entra nas licitações grandes. Aquilo que o advogado de uma das empreiteiras (acho que foi da OAS) disse na Lava-Jato é a pura verdade: isso aí que acontece, TODO MUNDO que atua no ramo sabe. E se está firme no ramo, é porque entrou no jogo.* E o pior, o início do problema, que é a doação em campanhas, é legalizada. Na real, a ideia é muito mais de "pagar para se igualar" do que "pagar para se privilegiar"... "visões de país" nem se fala.
* Meu pai abandonou e hoje é servidor público CONCURSADO, vale registrar.
Se as empresas como um todo só corressem atrás de clientelismo, não poderia-se falar que as empresas tendem a beneficiar partidos mais liberais no contexto da disputa (que por incrível que pareça é o caso do PSDB no Brasil). As empresas seriam um ente ideologicamente 'PMDBista' da sociedade, buscando concessões governamentais e neutras ideologicamente. Muitas empresas têm sim esse perfil e são beneficiadas pelo governo - não se trata aqui de influência de "poder econômico" ou influência do mercado sobre a política, mas o contrário, o poder político privilegia certas empresas de seu interesse, e mantém com elas uma relação profundamente não mercadológica, o chamado "capitalismo de Estado" que nada tem de capitalismo. Mas daí para você falar que essa é a característica geral das empresas enquanto tais, então terá que admitir primeiramente que as empresas sejam um ente neutro partidariamente, coisa que duvido que você esteja disposto a fazer.Se empresa doasse por ideologia ou interesse no projeto de governo, por que a regra é grandes empresas financiarem duas ou mais campanhas rivais? Podem olhar a prestação de contas de Dilma e Aécio em 2014, as mesmas figurando em ambas. Doação empresarial é reserva de clientela política.
Haran (e Calib), não queiram nos convencer de que vocês realmente acreditam nisso. (...)
Desculpem, mas a impressão que eu tenho é que vocês estão fazendo como o mongol daquele artigo (...)
(...) formaram opinião baseada não nos fatos, mas em quem são os defensores da proibição. Assim como, sem dúvida, muita gente de esquerda deve ter tomado partido favorável sem raciocinar sobre a questão. Aqui (acho) ninguém tem vínculo com partido ou empreiteira nenhuma, todo mundo defende a democracia e a moralidade, então devíamos nos dissociar dos preconceitos. Também estou aberto a me convencer do contrário, mas até agora não vi um argumento razoável para acharmos que a influência econômica implacável das pessoas jurídicas no processo eleitoral seja boa para a sociedade.
Claro que desmanchar panelinhas é ótimo, o problema são os meios possíveis e sua legitimidade.Vale dizer: eu acho que a proibição - aliada a uma fiscalização rígida do TSE - vai ser melhor para as empresas e para o Estado, pela lógica de mercado: maior garantia da livre concorrência. Mais oportunidades para empresas de fora da "panelinha" suja e mais opções para baratear o custo de contratos públicos. Meu pai já foi sócio de empresa de construção civil (em Brasília, diga-se de passagem), ele viu como é que funciona: quem não "ajuda" não entra nas licitações grandes. Aquilo que o advogado de uma das empreiteiras (acho que foi da OAS) disse na Lava-Jato é a pura verdade: isso aí que acontece, TODO MUNDO que atua no ramo sabe. E se está firme no ramo, é porque entrou no jogo.* E o pior, o início do problema, que é a doação em campanhas, é legalizada. Na real, a ideia é muito mais de "pagar para se igualar" do que "pagar para se privilegiar"... "visões de país" nem se fala.
BS3. As doações que são significativas para nutrir campanhas são empresariais. O candidato que se restringir às doações de pessoas físicas jamais alcançará o rival que não se impôs a mesma limitação;
Unlike the majority of other presidential candidates, Sanders will not pursue funding through a Super PAC, instead focusing on small individual donations.[26] Saying, "We now have a political situation where billionaires are literally able to buy elections and candidates,"[27] Sanders has called for an overturn of Citizens United v. Federal Election Commission:[28] “To equate the ability of billionaires to buy elections with ‘freedom of speech’ is totally absurd. The Supreme Court is paving the way toward an oligarchic form of society in which a handful of billionaires like the Koch brothers and Sheldon Adelson will control our political process.”[29]
Sanders raised over $1.5 million in the first 24 hours after he announced his presidential campaign on April 30, 2015. This was greater than the amount raised by any of the Republican candidates in the first 24 hours after their respective announcements.[30] By May 5, Sanders campaign had received approximately 75,000 contributions and had raised $3 million, with the average donation being $43. According to a campaign adviser, 99.4 percent of the donations were $250 or less, and 185,000 supporters had signed up on the campaign's website.[31]
Required reports to the Federal Election Commission in July 2015 showed a total of $15.2 million in donations to the Sanders campaign with an average donation of $31.30. He reported total spending of $3 million; Clinton reported $18.7 million. At the end of June Sanders had $12.1 million in cash; Clinton had $28.9 million.[32]
Você tá contrapondo um direito fundamental, claro e simples, o direito de financiar campanhas, a um conceito vago, nada fundamental e tirado do chapéu, a "independência dos projetos políticos em relação aos interesses econômicos". Projetos políticos são dependentes de todo tipo de interesse: filosóficos, religiosos, econômicos, etc (e os interesses econômicos não são de importância menor ou mais mesquinhos - a liberdade econômica é tão importante quanto a liberdade política, liberdade religiosa, etc). Não há jeito objetivo de inferir se um tipo de interesse influencia em demasia os projetos políticos - o que há é jeito objetivo de inferir se um projeto rompe direitos fundamentais. Esse é o caso do financiamento público - isto é, compulsório - de campanhas.O problema não é com a ideia em si. É a incompatibilidade dela com outros valores essenciais - especialmente com a independência dos projetos políticos em relação aos interesses econômicos. A discussão sobre inconstitucionalidade já foi travada no STF e é mais técnica, vamos nos concentrar em olhar para o prático, já que, ao contrário do Judiciário, não precisamos nos limitar a julgar incompatibilidade normativa. A minha construção lógica é a seguinte: 1. Campanha eleitoral é decisiva para o resultado das urnas; 2. Quanto mais dinheiro, mais forte a campanha. Com as regras atuais, aquele que se contenta com o fundo partidário vai sair atrás; 3. As doações que são significativas para nutrir campanhas são empresariais. O candidato que se restringir às doações de pessoas físicas jamais alcançará o rival que não se impôs a mesma limitação; 4. Se (como as evidências demonstram) as doações não vêm naturalmente por ideais ou "identificação com o projeto", o candidato tem que oferecer uma contrapartida à doação; 5. Essa contrapartida não é a publicidade. Nenhuma empresa gosta de associar a sua marca a partido ou candidato.
Vamos fingir que vivemos em um mundo diferente e que não sejam negociados interesses escusos. Ainda assim, você estaria permitindo que o interesse econômico tivesse um impacto desproporcional para o resultado das eleições, que deveriam ser, por princípio, o resultado da vontade popular, com mesmo valor para cada cidadão, independentemente da sua capacidade aquisitiva. Se você discorda dessa conclusão, é porque entende que é falso o pressuposto de que a campanha (e consequentemente o financiamento) é fulcral para a eleição do candidato, e aí discutiremos isso.
(...)
É como uma ponderação de valores. Qual você preza mais? A liberdade das empresas em influenciar as eleições ou a liberdade do candidato para construir a sua campanha sem precisar se tornar refém de interesses econômicos antes mesmo de ser eleito?
Não. Mas andamos em círculos nesse ponto. De novo, primeiramente nem sei se isso é verdade para a maioria das empresas, esperava que você me mostrasse já que você está afirmando isso categoricamente e repetidamente, e deve ter em mente fontes confiáveis. Segundo que cabe aos defensores da proibição do financiamento empresarial estimar de modo seguro as empresas com interesses ilegítimos dentre as financiadoras. Como disse anteriormente, para a defesa ter alguma plausibilidade (e plausibilidade meramente utilitária) esse número teria que ser conhecido e ser alto. Não vi isso sendo feito, então em minha mente a defesa da proibição ainda luta para ter plausibilidade.Se resolvermos voltar a pisar no chão e enxergar a realidade, também não podemos desconsiderar que o financiamento de campanha é uma excelente forma de reservar interesses políticos para a empresa. Você já consegue enxergar alguma explicação para a maioria das grandes empresas financiarem as campanhas dos rivais?
Acho curioso argumentar a favor de um imposto dizendo que "pagaria com gosto". O que você pagaria com gosto é uma questão pessoal sua - o fato inquestionável é que pessoas insuficientes pagariam com gosto, caso contrário o imposto não seria necessário, pessoas suficientes pagariam por gosto e o imposto poderia ser abolido.A proibição ao financiamento empresarial é relevante, mas, na minha visão, ainda é pouco. Insisto que a fórmula ideal seria reduzir ao máximo o impacto da campanha eleitoral. Fazer com o que o voto seja o máximo possível uma opinião autêntica, um depósito de confiança sobre um projeto que o cidadão acredita: limitando-se a palhaçada que se faz da eleição. Pura publicidade objetiva através dos meios de comunicação, e somente para isso serviria o fundo partidário (que, nesse sistema, poderia ser BASTANTE reduzido). Eu pagaria imposto com gosto se soubesse que ele está sendo usado para garantir um sistema eleitoral digno.
Não me referi coisa alguma pessoalmente a você - se no post escrevo frases como "você já tem uma mentalidade centralizadora", é questão de mera construção de frase, poderia ter dito "seu post já mostra uma mentalidade centralizadora". Referir-se a pessoa ocorre por exemplo quando você diz que não acredito no que eu digo, fazendo aí sim referência a minha consciência e não ao post. Ainda que isso fosse absoluta verdade - não é, e é um comentário meramente retórico e este sim ad hominem - isso é uma questão pessoal e irrelevante para discussão. Nesse sentido, as duas partes do meu post anterior são igualmente relevantes e impessoais, acho até que a segunda parte vai mais fundo nos princípios envolvidos na discussão, enquanto a primeira discute as empresas meramente. Claro que você é livre para focar-se na parte que quiser, mas acho que ao fazê-lo deixa de lado importante parte da discussão, parte onde encontra-se a fonte de nossas divergências.@Haran Alkarin, não vou responder ao que você se referiu pessoalmente a mim, senão a discussão se torna ad hominem e não acrescenta nada. Falar da impressão que tive não foi uma tentativa de desmerecer sua opinião (tanto que só o fiz após argumentar), foi só porque achei a sua fala de uma inocência típica de quem tomou partido por princípio em vez de por raciocínio. Mas é realmente o tipo de comentário que tem que ser evitado. De qualquer forma, o início do seu último post esclareceu os motivos que você tem para considerar o financiamento empresarial não imoral. E não tome o meu discurso incisivo como sinal de que não vou considerar seus pontos: aprendi a torcer por meus adversários nos debates, é mais enriquecedor quando a gente "perde".