Pim
God, I love how sexy I am!
Oie, Lindos, ontem eu estava comentando sobre aberturas de novelas com uma amiga e percebemos que algumas realmente nos tocaram de alguma forma, por diversos motivos. "Esse papo renderia um tópico", e é por isso que resolvi abrir este espacinho para elencarmos aberturas de novelas que nos marcaram e o porquê disso.
O Top é um Top X (variável) para que vocês não fiquem presos a um número específico, tipo 5 ou 10. O meu mesmo é um Top 13, porque não consegui suportaaaaaar a ideia de deixar algumas delas de fora.
E aí, gostou da ideia? Vamos fazer teu Top X também? Começo:
Esta abertura foi a primeira que olhei, ainda criancinha, com uns 6 anos, e falei "WOOW". Além da música ser super animadinha - e isso pra criança é o máximo - a ideia de virar parte da natureza e a natureza virar a gente me fez pensar muito sobre a nossa origem, se éramos natureza e se viramos natureza quando morremos, o que torna todo o processo muito natural.
Nossa, esta daqui me pegou em algumas fases da vida. A primeira e mais rasa foi achar que todos estávamos vulneráveis a ser "a próxima vítima", tomar um tiro e desaparecer, ou então eu ser a pessoa que daria os tiros naqueles que eu não gostava. A segunda, anos depois, foi ao entender melhor a letra e o fato dela ser cantada pela melhor cantora brasileira, IMO. "No meu esconderijo no milésimo andar" "o frio de São Paulo me faz transpirar". Gente, GENTE, GNT!!!
Quem assistiu esta abertura e não quis jogá-la? EU QUIS! Ao mesmo tempo que me colocava no papel da mocinha, eu queria ser o cara que resgatava alguém em perigo, porque as etapas até lá eram muito legais pra serem disperdiçadas gritando "heeeelp, I need somebody, heeeelp". Sem contar que a música Sugar Sugar dá todo um ar vintage e nostálgico à esta delícia, né.
Nossa, essa daqui ainda mexe muito comigo. Eu era adolescentinha rebelde quando ela estreou, não tinha uma boa relação com os meus pais (e que adolescente tinha?), aí *BOOOOM*, surge esta abertura exalando amor paternal/filial por todos os poros. Eu ficava triste porque queria ter com meus pais a relação da Gabriela e da Regina, ao mesmo tempo que fico feliz porque hoje temos algo bem parecido com a mostrada. Além disso o fato da abertura ter foto de mãe e filha das atrizes que são mãe e filha e o foram também na novela é bem forte. Beeem forte.
O Clone veio em 2001, quando eu tinha 15 anos e uma vontade absurda e idealizada de trabalhar com genética no futuro e fazer a diferença na humanidade. Ela veio naquele salto da engenharia genética e tratou de um tema super atual na época, que me interessava muitíssimo, e numa fase bem marcante, que é o colegial, quando começamos a pensar em vestibular. Foi nessa época que tomei consciência do fim da infância e, gente, isso é um fardo bem grande.
Ah, a abertura de mulheres apaixonadas, além de ter uma letra magnífica, me pegou middle teen começando a vida amorosa, mas sem conseguir ser uma "mulher apaixonada". Por muito tempo desacreditei em paixão e achava que isso era algo que os poetas do passado inventavam e os de hoje propagavam. Eu queria muito amar, mas não encontrava quem amar e me amasse. Ainda assim, as fotos reais de mulheres em momentos de intensa felicidade me davam esperança... Ainda bem, porque aprendi o que era o amor 4 anos depois, e foi uma tsunami.
Esta daqui é duplamente nostálgica. 1º) Ela mostra um ambiente de fazenda, o homem subjugando o gado sobre um cavalo, e foi bem isso que fiz durante muitos anos da minha infância e começo de adolescência. Não era a "rainha do gado", mas vivi intensamente num ambiente assim quase todas as férias da minha meninice. 2º) 96 foi o último ano que meus irmãos moraram conosco... Depois eles logo passaram no vestibular e eu virei filha única, aos 10 anos. O Rei do Gado foi a dealine.
O motivo da abertura de Cabocla estar aqui mistura um pouquinho do das duas acima. Além de ser nostálgico pelo redneck factor, o foco da abertura é o amor de um cara por uma cabocla, e o que eu mais queria aos 18 anos era ser a musa de uma canção de amor, ouvir que "o que preciso, só você é que me traz".
Quatro Por Quatro foi ao ar em 94 com uma proposta que meu "eu" de 8 anos nunca tinha visto: em meio a tanto machismo, finalmente o poder era das mulheres. Eu lembro de ter, pela primeira vez, sentido orgulho de ser menina, queria ser liberta como a esgrimista da abertura e escrachada como a Sandra de Sá, que canta a música. Este foi o primeiro tijolo pra fazer a mulher poderosa de hoje.
Ah, esta abertura aqui está ligada ao passado e além: aos antepassados. Sou neta de imigrante italiano, aprendi um pouquinho da língua em casa, com meu pai, e quanto Terra Nostra estreou começou uma fase bem recordativa na minha famiglia. Minha avó contava as histórias do meu avô, se emocionava com as cenas fidedignas, e eu com ela, por condescendência. Nisso abriram milhares de cursinhos de Italiano na minha cidade natal e voltei a estudá-lo. Foi uma época muito gostosa, onde pude sentir bem forte minha parte da Calábria através das minhas veias.
Quem foi criança/early teen na década de 90 sabe do frisson que foi essa novelinha. Não teve uma só alma livre da paixão pelos personagens, atores, músicas e tudo que vinha dessa produção. Todo mundo que eu conhecia brincava de Chiquititas e isso era realmente uma doença rápida e altamente contagiosa. Eu até fiz teste pra ser uma Chiquitita, só pra gravar com a Mili, ficar sob a tutela da Carolina e morar na Argentina. Foi uma época muito, mas muuuuito inocente e feliz da minha vida.
Esta daqui tem um gostinho de infância muito saboroso. Eu era bem pequena em 93, quando ela foi ao ar, foi a primeira vez que ouvi falar de gêmeos e fiquei embasbacada. Além disso a novela em si mostrava um cenário lindo, praiano, com pessoas muito gentis, tudo muito diferente do que conhecia e que eu, menina quase pantaneira, queria muito ir morar. Hoje moro no Rio de Janeiro, perto da praia, rodeada com pessoas muito gentis. É meio que meu sonho de criança virando realidade, e o início desse devaneio foi com essa novela, representada pela abertura.
E pra finalizar...
Pro último spot eu poderia escolher Rainha da Sucata, Kubanacan, Explode Coração e qualquer uma ocuparia muito bem esse lugar de novela temática meio restrita a isso na abertura. Mas aí eu entrei numa faculdade cuja turma era animadíssima, super festeira e que, ao final do curso, adotou uma música tema que coincidentemente virou o tema da novela global. Quantas e quantas festas da faculdade eu dancei kuduro com meus melhores amigos, sorri, rebolei, abracei ao som do "oi oi oi, é pra quebrar, kududo vamos dançar kuduro". Os anos da faculdade foram muito, muito espetaculares, mas mais pelas pessoas em si, e são dessas pessoas que me lembro sempre que ouço kuduro e vejo essa abertura. A vida não para, mas ela deixa rastros, e alguns dos mais significativos pra mim estão representados aqui. É muito bom esse sentimento.
O Top é um Top X (variável) para que vocês não fiquem presos a um número específico, tipo 5 ou 10. O meu mesmo é um Top 13, porque não consegui suportaaaaaar a ideia de deixar algumas delas de fora.
E aí, gostou da ideia? Vamos fazer teu Top X também? Começo:
Esta abertura foi a primeira que olhei, ainda criancinha, com uns 6 anos, e falei "WOOW". Além da música ser super animadinha - e isso pra criança é o máximo - a ideia de virar parte da natureza e a natureza virar a gente me fez pensar muito sobre a nossa origem, se éramos natureza e se viramos natureza quando morremos, o que torna todo o processo muito natural.
Nossa, esta daqui me pegou em algumas fases da vida. A primeira e mais rasa foi achar que todos estávamos vulneráveis a ser "a próxima vítima", tomar um tiro e desaparecer, ou então eu ser a pessoa que daria os tiros naqueles que eu não gostava. A segunda, anos depois, foi ao entender melhor a letra e o fato dela ser cantada pela melhor cantora brasileira, IMO. "No meu esconderijo no milésimo andar" "o frio de São Paulo me faz transpirar". Gente, GENTE, GNT!!!
Quem assistiu esta abertura e não quis jogá-la? EU QUIS! Ao mesmo tempo que me colocava no papel da mocinha, eu queria ser o cara que resgatava alguém em perigo, porque as etapas até lá eram muito legais pra serem disperdiçadas gritando "heeeelp, I need somebody, heeeelp". Sem contar que a música Sugar Sugar dá todo um ar vintage e nostálgico à esta delícia, né.
Nossa, essa daqui ainda mexe muito comigo. Eu era adolescentinha rebelde quando ela estreou, não tinha uma boa relação com os meus pais (e que adolescente tinha?), aí *BOOOOM*, surge esta abertura exalando amor paternal/filial por todos os poros. Eu ficava triste porque queria ter com meus pais a relação da Gabriela e da Regina, ao mesmo tempo que fico feliz porque hoje temos algo bem parecido com a mostrada. Além disso o fato da abertura ter foto de mãe e filha das atrizes que são mãe e filha e o foram também na novela é bem forte. Beeem forte.
O Clone veio em 2001, quando eu tinha 15 anos e uma vontade absurda e idealizada de trabalhar com genética no futuro e fazer a diferença na humanidade. Ela veio naquele salto da engenharia genética e tratou de um tema super atual na época, que me interessava muitíssimo, e numa fase bem marcante, que é o colegial, quando começamos a pensar em vestibular. Foi nessa época que tomei consciência do fim da infância e, gente, isso é um fardo bem grande.
Ah, a abertura de mulheres apaixonadas, além de ter uma letra magnífica, me pegou middle teen começando a vida amorosa, mas sem conseguir ser uma "mulher apaixonada". Por muito tempo desacreditei em paixão e achava que isso era algo que os poetas do passado inventavam e os de hoje propagavam. Eu queria muito amar, mas não encontrava quem amar e me amasse. Ainda assim, as fotos reais de mulheres em momentos de intensa felicidade me davam esperança... Ainda bem, porque aprendi o que era o amor 4 anos depois, e foi uma tsunami.
Esta daqui é duplamente nostálgica. 1º) Ela mostra um ambiente de fazenda, o homem subjugando o gado sobre um cavalo, e foi bem isso que fiz durante muitos anos da minha infância e começo de adolescência. Não era a "rainha do gado", mas vivi intensamente num ambiente assim quase todas as férias da minha meninice. 2º) 96 foi o último ano que meus irmãos moraram conosco... Depois eles logo passaram no vestibular e eu virei filha única, aos 10 anos. O Rei do Gado foi a dealine.
O motivo da abertura de Cabocla estar aqui mistura um pouquinho do das duas acima. Além de ser nostálgico pelo redneck factor, o foco da abertura é o amor de um cara por uma cabocla, e o que eu mais queria aos 18 anos era ser a musa de uma canção de amor, ouvir que "o que preciso, só você é que me traz".
Quatro Por Quatro foi ao ar em 94 com uma proposta que meu "eu" de 8 anos nunca tinha visto: em meio a tanto machismo, finalmente o poder era das mulheres. Eu lembro de ter, pela primeira vez, sentido orgulho de ser menina, queria ser liberta como a esgrimista da abertura e escrachada como a Sandra de Sá, que canta a música. Este foi o primeiro tijolo pra fazer a mulher poderosa de hoje.
Ah, esta abertura aqui está ligada ao passado e além: aos antepassados. Sou neta de imigrante italiano, aprendi um pouquinho da língua em casa, com meu pai, e quanto Terra Nostra estreou começou uma fase bem recordativa na minha famiglia. Minha avó contava as histórias do meu avô, se emocionava com as cenas fidedignas, e eu com ela, por condescendência. Nisso abriram milhares de cursinhos de Italiano na minha cidade natal e voltei a estudá-lo. Foi uma época muito gostosa, onde pude sentir bem forte minha parte da Calábria através das minhas veias.
Quem foi criança/early teen na década de 90 sabe do frisson que foi essa novelinha. Não teve uma só alma livre da paixão pelos personagens, atores, músicas e tudo que vinha dessa produção. Todo mundo que eu conhecia brincava de Chiquititas e isso era realmente uma doença rápida e altamente contagiosa. Eu até fiz teste pra ser uma Chiquitita, só pra gravar com a Mili, ficar sob a tutela da Carolina e morar na Argentina. Foi uma época muito, mas muuuuito inocente e feliz da minha vida.
Esta daqui tem um gostinho de infância muito saboroso. Eu era bem pequena em 93, quando ela foi ao ar, foi a primeira vez que ouvi falar de gêmeos e fiquei embasbacada. Além disso a novela em si mostrava um cenário lindo, praiano, com pessoas muito gentis, tudo muito diferente do que conhecia e que eu, menina quase pantaneira, queria muito ir morar. Hoje moro no Rio de Janeiro, perto da praia, rodeada com pessoas muito gentis. É meio que meu sonho de criança virando realidade, e o início desse devaneio foi com essa novela, representada pela abertura.
E pra finalizar...
Pro último spot eu poderia escolher Rainha da Sucata, Kubanacan, Explode Coração e qualquer uma ocuparia muito bem esse lugar de novela temática meio restrita a isso na abertura. Mas aí eu entrei numa faculdade cuja turma era animadíssima, super festeira e que, ao final do curso, adotou uma música tema que coincidentemente virou o tema da novela global. Quantas e quantas festas da faculdade eu dancei kuduro com meus melhores amigos, sorri, rebolei, abracei ao som do "oi oi oi, é pra quebrar, kududo vamos dançar kuduro". Os anos da faculdade foram muito, muito espetaculares, mas mais pelas pessoas em si, e são dessas pessoas que me lembro sempre que ouço kuduro e vejo essa abertura. A vida não para, mas ela deixa rastros, e alguns dos mais significativos pra mim estão representados aqui. É muito bom esse sentimento.
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