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Um ano depois...

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Omykron

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Um ano depois de acidente, crise aérea segue sem solução

A crise aérea, iniciada com a queda do avião da Gol, completa neste sábado (29) um ano sem uma solução para o principal problema que impede o bom funcionamento do setor: a deficiência do sistema de controle do tráfego aéreo. Apesar de a situação de trabalho da categoria ter melhorado - controladores da área de defesa aérea foram convocados para reforçar a equipe que monitora a aviação comercial -, o sistema ainda não recebeu novos equipamentos e continua com insuficiência de pessoal treinado.



A falha no controle aéreo foi a principal causa da colisão entre o Boeing que fazia o vôo 1907 da Gol e o jato Legacy da empresa norte-americana ExcelAire, recém-comprado da Embraer, em uma área remota da Amazônia. O acidente, ocorrido em 29 de setembro de 2006, foi o estopim da crise, despertando a atenção da população para os problemas no controle de tráfego.

“Até o momento não sei da compra de nenhum novo equipamento”, afirma o presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores em Proteção ao Vôo, Jorge Carlos Botelho, que reúne os controladores de vôo civis. Ele afirma que a situação está mais tranqüila nos últimos meses porque o país passa por um momento de seca, com pouca chuva, o que ajuda a reduzir problemas com os equipamentos, mas a situação de alerta continua. Em relação às contratações, Botelho explica que a expectativa é de que, até o final do ano, 64 controladores civis se formem em São José dos Campos.

Ele ressalta, no entanto, que seriam necessários pelo menos 600 novos profissionais para operar o sistema de tráfego aéreo com tranqüilidade. “Calculamos que esse seria o efetivo necessário para repor o pessoal que sai de férias, licença médica ou que está se aposentando”, explica. Botelho defende ainda a formação continuada de novos profissionais.



Caos em debate
Apesar de avaliar que poucas modificações relevantes foram feitas desde o acidente da Gol, que vitimou 154 pessoas, o presidente do sindicato dos controladores admite que há um lado positivo nesse caos: a problemática foi colocada em debate. Segundo ele, a partir do acidente, e principalmente após o movimento político feito pelos controladores, foi possível a sociedade participar dessa discussão. “Sabíamos que as coisas não iam ser resolvidas de imediato, mas é bom ver que estamos caminhando para encontrar soluções.”

O diretor do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Marco Reina, ressalta que só depois do choque gerado pelo acidente com o vôo 3054 da TAM, em 17 de julho deste ano, é que as medidas começaram a ser adotadas. Reina afirma que os trabalhadores vêm há muito tempo alertando as autoridades e as empresas sobre os problemas do congestionamento dos aeroportos e para as conseqüências do aumento da jornada de trabalho, mas foi necessário ocorrer um segundo acidente para que algo fosse feito. “No intuito de quererem crescer cada vez mais, as empresas passaram por cima de várias coisas. Essa que é a verdade”, afirma.

O aeronauta lembra que o setor registra crescimento de dois dígitos há vários anos, evolução que não foi acompanhada pela infra-estrutura. Ele critica inclusive os investimentos feitos para “embelezar” os aeroportos, em detrimento do aumento da capacidade. Reina avalia como positiva as restrições anunciadas pelo governo em relação ao aeroporto de Congonhas e explica que é melhor pecar pelo excesso do que pelo desleixo. “Acho que alguns pontos ainda merecem ser atacados, mas acredito que o novo ministro da Defesa [Nelson Jobim] assumiu o cargo com disposição de trazer mudanças”, avalia.

G1

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Familiares e militares voltam ao local da queda do Boeing da Gol

Na manhã deste sábado (29), dia em que faz um ano do acidente com o vôo 1907 da Gol, que vitimou 154 pessoas, familiares e amigos das vítimas viajaram até o local do acidente em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB).




Pais de vítima relembram drama da espera pela identificação

Na passagem pela Fazenda Jarinã, Mato Grosso, área que serviu de base para as equipes de resgate, serão deixadas uma placa e imagens de santos na capela construída depois da tragédia. No local da queda, 154 rosas brancas serão jogadas do alto. Depois, está programada a celebração de uma missa na Base Aérea da Serra do Cachimbo, sul do Pará.





Os parentes carregavam as fotografias dos entes queridos. Margarida Cruz, por exemplo, perdeu Carlos, filho de 26 anos. Para ela, mesmo um ano depois ainda é difícil acreditar. “Não dá pra aceitar. É como se ele não estivesse morto. É muito difícil aceitar”, desabafou.


Foi a mesma sensação de Antônio Cláudio de Araújo, tio de Marcelo Paixão, o último corpo localizado, 54 dias após o desastre. “A visita ao local parece que traz ainda uma certa apreensão, vamos dizer assim, de que a gente até possa ver mais coisas dele, possa encontrá-lo. Sonhar é uma constante nossa”, contou.

Misturado à emoção de retornar ao local do acidente, havia o agradecimento às equipes de militares e civis que ajudaram no resgate dos corpos. “É complicado. Nós somos pessoas extremamente técnicas, né? Fizemos toda a... Desculpe”, disse emocionado o major da FAB Gláucio de Oliveira.

Os parentes só retornarão no fim do dia. Na hora do acidente do vôo 1907, eles estarão no céu, voando em direção a Brasília. O aviso será dado pelo piloto da aeronave e, neste momento, será feito um minuto de silêncio.

Em 29 de setembro do ano passado, um Boeing da Gol saiu de Manaus com 154 pessoas com destino ao Rio de Janeiro e escala em Brasília. O avião se chocou com um jato Legacy e caiu em região de mata fechada ao norte de Mato Grosso. Todos os ocupantes morreram. Ninguém do Legacy se feriu.

O resgate dos corpos espalhados pela selva durou semanas. Até agora as investigações não apontaram culpados. “Nós, os familiares, não temos nenhuma posição das autoridades. Estamos sentindo uma injustiça incrível”, reclamou o tio de outra vítima, Francis Albert Ribeiro Dias.

De acordo com o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), o relatório final dirá que falha humana foi um dos fatores que contribuíram para a colisão. Mesmo assim, não foi fator determinante do acidente. O relatório ainda não tem data para ser apresentado.

Advogados da Gol ofereceram acordos que garantem aos beneficiários renda igual à que era obtida antes da tragédia. Até agora 32 ajustes foram fechados, beneficiando 82 pessoas. A companhia ofereceu ainda plano de saúde às famílias e reembolso das despesas médicas no primeiro mês depois do acidente.

G1

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Temos orgulho de ter indenizado 32 famílias, afirma presidente da Gol

presidente da Gol, Constantino de Oliveira Júnior, afirmou neste sábado que tem orgulho de já ter indenizado 32 famílias de vítimas do acidente ocorrido há um ano. “Apesar de dizerem que são poucas, temos orgulho de ter indenizado cerca de 80 pessoas”. Constantino afirma também que se dependesse de sua vontade já teria indenizado 100% das famílias. “Porém, boa parte não quer conversar porque entendem que poderão conseguir algo melhor abrindo ações contra outros envolvidos”, ressaltou. Entre eles estariam os pilotos do Legacy, que se chocou contra o Boeing da Gol, e a empresa fabricante do Transponder – aparelho que acusa quando uma aeronave está em rota de colisão com outra.




Entre os obstáculos encontrados para fechar acordos de indenização, Constantino lembra também a dificuldade de se estipular o valor a ser pago. “É difícil estipular quanto vale uma vida e a expectativa do familiar não é a mesma em relação à da empresa”. Segundo o presidente, os cálculos das indenizações feitos até agora foram feitos com base na perspectiva de vida da vítima e o quanto ela poderia gerar caso ainda fosse viva. “Esse valor diz respeito ao salário que ela recebia e a profissão que exercia, por isso é difícil dizer qual seria o valor médio”, explicou.

A presidente da Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do Vôo 1907, Angelita de Marchi, afirmou que as famílias têm aberto ações em outros países porque acreditam que os responsáveis são os pilotos do Legacy, a empresa ExcelAir - proprietária do jato - e a empresa fabricante do Transponder. “Quando o acordo é feito com a Gol, ela pede que se assine um termo de quitação, o que impede conseguir indenização com essas empresas”, afirmou. De acordo com Angelita, a estratégia permitirá a Gol ser ressarcida com os verdadeiros culpados posteriormente. Ela também criticou a postura do governo em relação aos familiares das vitimas do acidente. “Temos um sentimento de indenização porque depois de um ano houve pouca movimentação do governo para amenizar essa dor”, completou.

Culto ecumênico

O primeiro ano do acidente que causou a morte das 154 pessoas que estavam a bordo do vôo 1907 da Gol, completado neste sábado, será lembrado em todo o País por meio das mais diversas celebrações religiosas, incluindo um culto ecumênico no Jardim Botânico de Brasília.

Por meio de sua assessoria de imprensa, a Gol informou que ofereceu passagens e hospedagem aos familiares das vítimas que moram em outras cidades para que eles possam participar da celebração na capital federal. O convite foi feito por meio de carta assinada pelo presidente da empresa.

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