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Eu vou fazer Federal
Gostei do texto.Só um jabá aqui, que tem a ver com vestibulares, tal: Superpop e bixos. O texto é um pouco longo, mas eu ia gostar de alguns comentários, porque sempre há muito bafafá sobre trotes universitários e pouca gente tentando entender a importância deles.
Só um jabá aqui, que tem a ver com vestibulares, tal: Superpop e bixos. O texto é um pouco longo, mas eu ia gostar de alguns comentários, porque sempre há muito bafafá sobre trotes universitários e pouca gente tentando entender a importância deles.
Boletim do Instituto de Fisica da USP de 30 de julho de 2004 disse:http://louvre.if.usp.br/bifusp/bifold/bif0420.html
A invasão da Reitoria na Unicamp
Roberto Romano 1,2
A grande conquista democrática, após a reurbanização ocorrida no fim da Idade Média, é a personalidade jurídica dos cidadãos. Antes disso, um indivíduo só existia no seu estamento (nobreza, clero, corporações). Carentes de carapaça social, os pobres suscitavam até mesmo debates para saber se eram mesmo humanos. Os camponeses viveram tal drama durante milênios. Eram percebidos como entes sem fala articulada ou modos polidos. Para abandonar essa aparência, se pretendiam acompanhar cursos acadêmicos, precisavam ser transformados em gente. Nasce o trote. O pobre sem nome ilustre era assim agredido como "bicho" pelos ricos ou remediados de origem urbana. Só depois recebia o status de universitário, mas sempre em situação inferior aos "bem nascidos".
Ao escapar das garras feudais, os camponeses tentavam a vida nas cidades ("So ar das urbes dá liberdade"), mas encontravam a sólida barreira dos privilégios corporativos diante de si. Eles tinham dificuldades inauditas para conseguir emprego, matrimônio, etc. Seu grande número era dirigido para os trabalhos servís. No mister do quintal, do fogão e de outros menos cansativos e mais degradantes, eram chamados com a fórmula "tu". Seu nome não interessava: estavam alí como autômatos para agradar os mestres, os quais podiam castigá-los do modo como julgassem adequado. Eles seriam irresponsáveis e sem dignidade. Estavam presentes na casa, mas anônimos. A Revolução Francêsa combateu essa tara social. Muitos erros de seus adeptos radicais têm origem nos milênios de ressentimento dos servos que agora podiam dar o troco. Muita injustiça foi cometida em nome do ódio e do rancor acumulados após tanta degradação. Com os eventos democráticos, iniciados nas revoltas camponesas da Alemanha no século 16 e na revolução dos Levellers na Inglaterra do século 17, o Estado passou a garantir uma personalidade a todos os indivíduos. Isso tem nome: cidadania.
(....)
1 Publicado no Correio Popular, edição de 5/7. Reproduzido no Jornal da Ciência, SBPC, 9/7/2004.
2 Texto enviado pelo Prof. João C. A. Barata, Departamento de Física Matemática.
Mas é uma coisa meio complicada mesmo.
Já que levar algum segurança ou coisa do tipo pode tirar o espírito do trote. Teria-se que comunicar antes quais seriam os trotes para que fossem analisados ou coisa do tipo, pq senão uma pessoa mais mal-humorada poderia achar que pintar cara é exagero e talz.
Sem contar que o legal tb dos trotes é tentar inventar alguns e talz.
Primula disse:Então o "trote" mesmo quando a gente tenta consertar moldando como "trote cidadão" não parece ter muito futuro. O politicamente correto não tem atrativos, e mais que isso, parece-nos que algo nos impele ao velho caça-presa, onde fico pasma com o bicho-bichete querendo ser "punido" ou "recebido" com trote.
É neste sentido que apesar de concordar com a necessidade de um ritual de passagem, duvido que o trote possa ser consertado.