Madame Ko
"o Processo Ludovico"

A vida é uma contagem regressiva, mesmo que estejamos contando sempre os dias que passam ao invés de contarmos quantos nos restan. Esse é o principal motivo que nos faz não dar valor ao que temos de mais precioso, nos fazendo deixar tudo para o dia seguinte ao invés de aproveitarmos cada instante.
Viver deveria ser simplees, mas nós fazemos com que haja uma gigantesca complexidade. Ao nascermos, nossos pais provavelmente imaginam milhares de possibilidades para que tenhamos um futuro promissor, além de fazerem o máximo para que sejamos felizes e bem sucedidos.
Apesar disso, muitas pessoas acham que a morte tira o sentido da vida, porém, uma reflexão profunda assola totalmente essa questão. Se o homem fosse imortal, a mesma relatividade do significado sobre a vida iria prevalecer, pois o ser humano tem em sua mente um conceito de que tudo que realmente tem valor devedurar para sempre, mas essa não é a verdade. Namorar ou ter um relacionamento com uma outra pessoa tem algum valor? Sim, claro que tem, mas não dura para sempre, da mesma forma que trabalhar em uma grande empresa e fazer obras solidárias também não são eternas, mas fazem a diferença e tem um valor incontável, por isso afirmo que o sentido da vida está nas pequenas coisas.
Osproblemas da nossas vidas começam a ocorrer quando adquirimos um certo nível de conhecimentos e passamos a refletir sobre nosso redor. Quando você era criança, quais eram suas preocupações e seus problemas? E hoje? Quais são seus problemas? Vários? Mesmo assim, você se suicidaria caso “fracassasse” e não conseguisse a aprovação para fazer pós-graduação?
Por incrível que pareça, o maior índice de mortes entre jovens no Japão se dá justamente aos suicídios que ocorrem em virtude do “desgosto” causado pela não aprovação para a entrada na universidade.
Isso é um problema? Sim, com certeza é um problema, mas a maneira como cada ser pensante a encara é diferente.
No Brasil isso seria possível? Hahaha...
A conclusão que tiramos disso é muito óbvia. Em nosso país, nenhum jovem tira sua própria vida, porque o fato de não ser aprovado em uma universidade publica é algo tão comum quanto estar desempregado.
Os fatos que são taxados corriqueiros, como por exemplo, a morte de cinco crianças que por infinito azar, acabam perdendo suas vidas ao atravessarem a rua, ou até mesmo, a questão das pessoas que morrem de fome e frio, além das guerras causadas pela Doutrina Bush, que causam milhares de mortos – 200 mil no Iraque, 1,5 milhões no Vietnã – já não causam mais espanto.
O espanto trás impacto, o impacto trás sentimentos, os sentimentos nos fazem sofrer, conseqüentemente, sofremos por não estarmos preparados.
A morte é inexoravelmente e implacavelmente democrática.
O que isso significa? Significa que todos que nascem morrem. Comum não? Obvio também??
Mas porque algo tão comum nos faz sofrer tanto?
Isso acontece porque não a aceitamos, mesmo sendo ela a única certeza da vida.
Albert Einstein está morto?
Pelo meu ver, ele não está morto, porque seus pensamentos e idéias ainda estão entre nós, não obstante, uma pessoa que vive e não é lembrada não necessariamente esteve entre nós. Portanto, uma pessoa que está em nossos corações NUNCA irá morrer.
Aqueles que amamos nunca morrem, apenas partem antes de nós.
Ko.