Corregedor da Câmara é dono de castelo de R$ 20 milhões em Minas Gerais!
Quem disse que no Brasil não existem castelos? Bem que poderiam realizar um novo plebiscito para substituir a República pela Monarquia. Possuimos ilustres deputados que vivem como Duques em seus feudos, digo, municipios. Desejam de todo coração prolongar seus mandatos, pois são contrarios a alternacia de poderes que a democracia oferece. Então, votemos em um Rei pru Brasil!
Tava refletindo sobre o Brasil, sobre seus contrastes. Ao mesmo tempo em que imaginei como aqueles que detem grande poder econômico e de influência pode colocar na mente de milhões uma mentira gigantesca e mudar a vida de todos de acordo com a conveniência de quem prefere o acúmulo de riquezas à distribuição das mesmas. A política do Brasil inevitavelmente me faz refletir sobre coisas maiores. Fico imaginando se o Brasil hoje tem um governo REALMENTE mais preocupado em sanar sérias deficiências ligadas à educação e disparates sociais do que aquele de D. Pedro II, cujas limitações ocasionadas por uma incipiente estrutura política, limitavam-no em seus anseios.
Para mim, hoje o governo tem a facilidade disponibilizada pela produção volumosa que lhe garante os recursos necessários para o mínimo de desenvolvimento e, por conseguinte, para a eliminação dos problemas socioeconônicos. Eu só gostaria de saber se esse mesmo governo que todos agora elogiam (ou boa parte considera positivo, a despeito dos escândalos jamais vistos na história contemporânea do Brasil) seria capaz de manter sob controle a monarquia no século XIX, como conseguiu de forma absolutamente competente D. Pedro II. Aliás, pergunto se houve político mais desprendido do poder e mais preocupado com o povo do que ele.
Não nos enganemos com o fato de que naquela época ele supostamente mantinha a escravidão e fazia uso do Poder Moderador. Oras, se avaliarmos o contexto da época, vemos que, na verdade, D. Pedro II era um homem à frente de seu tempo. Para mim, foi o maior homem da política na História do Brasil. Principalmente pq não era apegado ao poder e nem através disso procurou silenciar vozes dissonantes, a não ser aqueles ligados à aristocracia, que defendiam interesses próprios ou de uma classe abastada. Todos os que conhecem o mínimo da História do Brasil sabe que D. Pedro II era a encarnação real da Democracia. Era muito mais justo do que Lula. Além de ser muito mais apegado à cultura e valores hoje "ultrapassados".
Hoje o que temos não é um líder preocupado com o saber, como D. Pedro II o era. Na verdade hoje só temos um Brasil relativamente em desenvolvimento muito mais por um panorama externo do que pelos nossos próprios méritos. Se não tivessemos a globalização, estaríamos bem pior do que estamos. Nossos mercados não teriam tantos compradores e teríamos um mercado externo extremamente protecionista. Infelizmente, o Brasil só vai para frente não por causa da sabedoria de Lula, com sua retórica populista, ou com a ajuda de grandes homens burocráticos que se valem dos recursos do país, atraindo empresas estrangeiras que sugam nossos recursos em proveito do lucro e crescimento próprio e não em prol de interesses diretamente do povo brasileiro.
Antes que falem que defendo um governo estatizante, acho que existem certos abusos cometidos por empresas em parceria com políticos brasileiros que infelizmente abocanham uma considerável parcela dos nossos recursos e das verbas que deveriam ser aplicadas em áreas como educação e infra-estrutura. E são justamente nessas áreas onde encontramos a maior precariedade. Boa parte dos recursos é aplicada de acordo com interesses de quem detem poder e dinheiro. É um lugar-comum inevitável. E nessa "democracia", parafraseando o nosso querido Lula, nunca na história deste país houve a possibilidade do povo ter uma voz ativa e que fizesse prevalecer a sua vontade! Nós temos de entrar no jogo estabelecido pelo mercado.
Talvez a minha visão seja carregada de utopia. Mas de que valem os sonhos se os guardarmos para nós mesmos? Queria eu que todos os governos de todos os países não dependessem de bancos, de indústrias que destroem tudo o que é natural. O homem tem tudo o que precisa na natureza. Os recursos não se esgotariam, como erroneamente costumam afirmar os tecnocratas. E se houvesse o bom controle populacional, o que só seria possível com uma educação de qualidade, nenhuma Lei de Malthus seria considerada, como o é na China, por exemplo. Haveria menos pessoas no mundo, o que não acarretaria em demandas excessivas por recursos naturais. Os recursos naturais só ficam cada vez mais escassos justamente pela multiplicação das tecnologias. E o dinheiro compra e vende esses recursos sem o respaldo da maioria. Maldito dia em que o homem inventou o dinheiro. O Dinheiro controla e compra a liberdade de todos. Seria melhor se o homem vivesse de trocas, como nos tempos antigos.
E a reflexão do Elring me faz pensar que só mudam os rótulos em se tratando do poder político. Os valores é que estão deixando de existir a cada dia. Mas os vícios nunca tiveram tão em voga...