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Nas suas palavras: "Os anti-olavistas em atividade não têm a mínima idéia do que se passa no debate científico internacional e por isso não sabem que as leis científicas que aprenderam no ginásio continuam sendo discutidas, contestadas e aperfeiçoadas no mundo civilizado. Imaginam que elas são verdades definitivas das quais só um louco ousaria duvidar. Para complicar mais as coisas, eles não conhecem duas regras elementares de lógica, segundo as quais (1) negar uma afirmação não é afirmar a sua oposta e (2) negar as provas de uma afirmação não é negar a afirmação mesma. Assim, pois, se digo que não há provas cabais do heliocentrismo e que a questão continua em discussão, concluem que estou defendendo o geocentrismo e, pior, fazendo-o contra todo o consenso cientítico atual. E, se digo que a teoria de Newton se baseia em premissas metafísicas que em si mesmas são impossíveis de provar (espaço e tempo absolutos), concluem que “refutei a lei da gravidade” e que portanto sou um doido.Soma-se a isso a compulsão irresistível de dar sentido absoluto a afirmações relativas, ou de atribuir a mim a autoria de notícias que simplesmente retransmiti de passagem, e tem-se então o panorama completo da mentalidade anti-olavista, ela mesma, talvez, o mais nítido sintoma da estupidez nacional."
Mas esses filósofos adicionam algo no conceito de exatidão mais pragmático que decerto é o que interessa ao tópico? Kant ao que sei considera as ciências exatas mais exatas do que um cientista médio considera (certas leis newtonianas seriam a priori). David Hume, ainda que aponte a inexatidão das ciências, trata-se de dúvidas e ceticismos pouco pragmáticos (como questionar a própria causalidade em si). Aristóteles pouco sei, mas na época dele não havia ciências exatas como a temos hoje. E etc.E existe exatidão na ciencias humanas? Elas são menos enviesadas ideologicamente que as humanas? Ou o método das exatas é mais rigoroso? Repito: Kant, Hume, Hegel, Descarthes, Aristóteles, Weber, todos eles tratam desse tema e chegam a conclusòes diferentes. Tá faltando sair um pouco dessa sacralização do conhecimento Exato para refletir mais se o conhecimento não é, a priori, algo enviesado.
Quais posições?Existem posiçòes consideredas sim erradas nos ciclos do pensamento academico de Humanas.
Mais rigor ou não, não há.E existe exatidão na ciencias humanas? Elas são menos enviesadas ideologicamente que as humanas? Ou o método das exatas é mais rigoroso? Repito: Kant, Hume, Hegel, Descarthes, Aristóteles, Weber, todos eles tratam desse tema e chegam a conclusòes diferentes. Tá faltando sair um pouco dessa sacralização do conhecimento Exato para refletir mais se o conhecimento não é, a priori, algo enviesado.
** Posts duplicados combinados **Não. Existem posiçòes consideredas sim erradas nos ciclos do pensamento academico de Humanas. Você está falando do lugar comum, onde o pessoal acha que, a partir do momento que alguém propõem uma ideia na área de Humanas, ela passa a ser debatida ou aceita pq na Humanas não existe caminho único, como alguns acreditam (e não estào certos) que exista na Exatas.
Em minha defesa, foi o Slicer que trouxe a disputa! Eu só tava me referindo aos auto-didatas mesmoFoda, tinha que ser um esquerdista para sequestrar um debate sobre a direita para falar de humanas vs. exatas. Chato pra caráleo.
Evolucionismo social, etnocentrismo, hierarquia racial, entre outros.Quais posições?
Talvez viajei no que você quis dizer, mas nesse vídeo aqui ha uma tentativa de desconstrucao do debate esquerda x direita.
Parece que a Luciana Genro e o PSOL-RS estão apoiando o Fora Dilma, inclusive querem "disputar a rejeição" do governo com a direita. Eu, particularmente, acho essa posição covarde e oportunista.Fala aí, fela, a esquerda não vai sair do armário não? Não saem p bater panela contra Dilma p não se misturar c os coxinhas, mas o silêncio da esquerda é ensurdecedor. Um artiguinho aqui, uma notinha culpando o Levy ali, um blogueiro comprado ridicularizando as passeatas acolá. Essa esquerda não fode e nem sai de cima.
Mas tem diferenças consideráveis aí. As teorias exatas, ainda que desbancadas, são olhadas com respeito pelos cientistas atuais, como uma linha de pensamento válida e coerente para a época. Não sei se esses cientistas que defendem, por exemplo, hierarquia racial, eram cientistas de fato, ou meramente ideólogos. Nesse sentido, até Nietzsche defende a escravidão, e embora alguns queiram relativizar e criar um Nietzsche light e moderno, a escravidão está no cerne de sua filosofia, e é uma filosofia respeitável do ponto de vista meramente racional - assim duvido muito que haja um real desbanque de ideias desse tipo, o que me parece é que se tornam mais ou menos bem-vindas ou politicamente corretas no meio acadêmico. Em exatas também há essa espécie de modismo, mas severamente limitada pelos experimentos e diversos dados retirados da Natureza, de forma que em boa parte das vezes é ela, e não o modismo, que determina as coisas.Em minha defesa, foi o Slicer que trouxe a disputa! Eu só tava me referindo aos auto-didatas mesmo
** Posts duplicados combinados **Evolucionismo social, etnocentrismo, hierarquia racial, entre outros.
Todos já foram tratados como cientificos e verdadeiros, mas com o desenvolver da ciencias humanas passaram a ser considerados retrogrados e não-cientificos, da mesma forma como uma série de teorias das ciencias exatas e biológicas também foram abandonadas com o desenvolver do conhecimento.
Ah tá! Agora entendi. Você está colocando que o Olavo é para direita o que o PC Siqueira é para a esquerda. Assim faz sentido.
Pago uma caixa de breja se qualquer fã do Olavo ou mesmo vc me explicar do que se trata o "gramcismo" sem usar o Olavo ou a Wikipedia.
"As duas últimas décadas conheceram, todavia, uma evolução importante na ideologia (a praxis) do marxismo. Trata-se da obra que o marxista Antônio Gramsci (1891-1937) escreveu durante seus útimos anos nos cárceres da Itália fascista. Nela se da uma moderação das tesis rigorosas do materialismo histórico com fins mais táticos. Para Gramsci as idéias e crenças não são simples emanação passageira da economia, se não que possuem uma realidade que constitui a cultura em que cada homem e cada povo vive imerso.
A idéia propulsora do pensamento gramsciano é a de que Revolução nunca se realizará verdadeiramente enquanto não se produza de um certo modo orgânico e dialético dentro do que Gramsci chama uma cultura, que é o que haverá que desmontar e substituir ao próprio tempo que se utiliza. Se a revolução brota de um ato violento ou de uma ocupação militar, sempre será superficial e precária, e se manterá assim mesmo em um estado violento. O homem não é uma unidade que se justapõem a outras para conviver, se não um conjunto de inter-relações ativas e conscientes. Todo homem vive imerso em uma cultura que é organização mental, disciplinada através de uma autocrítica, que será motor de mudança. A vida humana é um emaranhado de convicções, sentimentos, emoções e idéias; ou seja, criação histórica e não natural. Daí o interesse de Gramsci pelo cristianismo ao que considera germe vital de uma cultura histórica que penetra na mente e na vida dos homens, suas reações profundas. Será preciso, para que a revolução seja orgânica e “cultural”, adaptar-se ao existente e, pela via da crítica e a autoconsciência, desmontar os valores útimos e criar assim uma cultura nova. O aríete para essa transformação será o Partido, vontade coletiva e disciplinada que tende a fazer-se universal. Sua missão será a infiltração na cultura vigente para transformá-la em outra nova materialista, a margem da idéia de Deus e de tudo de valor transcendente.
Sua arma principal será a lingüística (a gramática normativa) que penetre na linguagem coloquial, alterando o sentido das palavras e suas conotações emocionais, até crer em quem fala uma nova atitude espiritual. Se se muda os valores, se modifica o pensamento e nasce assim uma cultura distinta. O meio em que esta metamorfose pode realizar-se é o pluralismo ideológico da democracia, que deixa indefeso o meio cultural atacado. Porque, nela só existem “opiniões” e todas são igualmente válidas. Esse trabalho se alcançará atuando sobre os “centros de irradiação cultural” (universidades, foros públicos, meios de difusão, etc.) nos que, aparentando respeitar sua estrutura e ainda seus fins, se inoculará um criticismo que lhes leve a sua própria autodestruição. Se se consegue infiltrar a democracia e o pluralismo na própria Igreja (que tem nessa cultura o mesmo papel reitor que o Partido na marxista), o êxito será fácil. A democracia moderna será como uma anestesia que impossibilitará toda reação no paciente, ainda quando esteja informado do sistema que está sendo penetrado em sua mente.
Esta é a revolução cultural, meta principal do atual marxismo, e movimentos como Cristiano para el socialismo e outros semelhantes que desejam o que se tem chamado autodemolizione da Igreja.
Traduzido do espanhol pelo Amigo da Cruz.
CIUDAD, Rafael Gambra. Historia sencilla de la filosofia, Madrid: Rialp. 22 ed., 1997, p. 212-214
Ótimo. Tem que sair mesmo. Aproveita e deixa um espacinho pras vertentes mais coléricas da esquerda ocuparem.
Caralhooooooooo paredão de textooooi
Confesso que o PC Siqueira foi golpe baixo. haha. Mas você ignorou o mais importante desse trecho: que é a parte em que eu solicito indicações de bons autores esquerdistas no Brasil, de preferência que publiquem na Internet, para eu dar uma consultada mais fácil. A única exigência é que saiba escrever com desenvoltura e demonstre bagagem cultural para além da discussão partidária. Não suporto, p.ex., o estilo esquizofrênico do Sakamoto, que não consegue elaborar um texto coeso do início ao fim. E o Duvivier é no mínimo piegas. Outra coisa que passou batida: é que esses nomes são os que me chegam com frequência através das redes sociais, quando os amiguinhos os compartilham e se deslumbram com eles. Por isso os cito.
Olha eu gosto muito do Leandro Karnak, que não é um esquerdista clássico mas um academico de tendencia mais progressita (não gosto desse termo mas não estou achando um melhor). Recomendo os videos dele no Café Filosófico (que tem muito pouco de esquerda, mas serve pra conhecer o trabalho dele).Confesso que o PC Siqueira foi golpe baixo. haha. Mas você ignorou o mais importante desse trecho: que é a parte em que eu solicito indicações de bons autores esquerdistas no Brasil, de preferência que publiquem na Internet, para eu dar uma consultada mais fácil. A única exigência é que saiba escrever com desenvoltura e demonstre bagagem cultural para além da discussão partidária. Não suporto, p.ex., o estilo esquizofrênico do Sakamoto, que não consegue elaborar um texto coeso do início ao fim. E o Duvivier é no mínimo piegas. Outra coisa que passou batida: é que esses nomes são os que me chegam com frequência através das redes sociais, quando os amiguinhos os compartilham e se deslumbram com eles. Por isso os cito.
Ah, eu sei que não, mas o protagonismo que ele dá pro Gramsci na esquerda é tào grande que é até engraçado. O italiano até pouco tempo atrás nem tradução pro português tinhaVocê não acha que ele é o único a falar disso no mundo né?
Parece que a Luciana Genro e o PSOL-RS estão apoiando o Fora Dilma, inclusive querem "disputar a rejeição" do governo com a direita. Eu, particularmente, acho essa posição covarde e oportunista.
Mas há muita coisa sendo dita sim pela esquerda. O próprio Sakamoto, já citado aqui no tópico, se refere ao Levy como Presidente do Brasil, assim como culpa a Dilma por ter mentido em campanha e entregue o país à agenda do PSDB.
É o segundo Café Filosófico dele. 2 horas de vídeo mas vale MUITO a pena ser assistido.Karnak eu conheci esses dias e gostei. Cheguei a compartilhar um vídeo dele falando sobre o Hamlet.
Qual povão? O povão pobre que vota no PT desde 2006 ou os militantes petistas tradicionais e tal?Tô falando do povão, do eleitorado do PT. Cadê?
Pergunto isso porque o @Beren , por exemplo, manifestou certo receio com a coisa. "medo. puro medo ao ler essa matéria." Foi o que ele me disse no Facebook. "Tu sabe que tu é extremamente crítico e analítico, por isso eu não me preocupo (tanto) contigo lendo Carvalho e alguns outros, mas tem muita gente que lê sem criticar e daqui a pouco tão fazendo passeata por aí, falando de ditadura gayzista e batendo em quem tá vestindo vermelho.."
Ele parecia relacionar direita com violência....