Pode até vender bem... mas... os livros são bons?
Porque o que a direita brasileira produz é algo extremamente rasteiro no campo conservador. No campo liberal nem posso opinar muito porque é algo que já me afasto instintivamente, mas me parece ser de melhor apuro científico e bibliográfico, ou seja, implica em uma maior abertura epistemológica.
O conservadorismo brasileiro ainda não saiu do facebook, das redes sociais, ainda não está na ágora da discussão acadêmica, exceto raríssimos casos onde se sai de uma análise exclusivamente literária ou psicanalítica de um Dostoievski, Tolkien, Lewis e se coloca objetivamente seu problema política. Como discurso filosófico, o conservadorismo é, sempre foi, muito mais pujante que o liberalismo, e isso só se vê no Brasil com o Olavo. E eu não vejo mais esse velho escroto como filósofo sério, já o vi. E nem adianta interpor essas questões de espelhamento, recepção, discurso e hermetismos diversos, o Olavo não faz questão de ser compreendido por ninguém a não ser alguns poucos fieis de sua seita e essa atitude sectarista e intelectualmente desgastante, irritante, passa para os seus discípulos.
Alguém aqui, liberal ou esquerdista, já discutiu algo sério com um olavete? O problema não está nos argumentos, o ideal sectário e místico do guru que paira acima das águas sujas do discurso público com uma ironia rasteira está presente em todo discurso olavético. Sair disso para uma análise e uma crítica filosófica e política das instituições brasileiras? Ainda falta muito e eu não acho que o caminho das pedras seja aquele pelo qual o Olavo queira atravessar. Teremos de procurar mais...