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@Bruce Torres que tem problemas é bem claro. E claro também que vão demorar para chegar numa boa grade, isso vai rolar só lá pra 2019, e olhe lá.

Só que essa proposta soa como alguém com medo de pós-modernxs academicistes. :lol:
** Posts duplicados combinados **
E tenho minhas dúvidas se dá pra dizer se a independência dos EUA é mais ou menos importante para nós do que a Guerra dos Farrapos, historicamente falando. A Guerra dos Farrapos foi meramente um movimento separatista dentre uma infinidade de outros, mas a independência dos EUA foi pioneira quando trouxe uma série de conceitos liberais e humanistas que antecederam e inspiraram a Revolução Francesa inclusive.

Isso é verdade: Revolução Farroupilha é que nem a Revolução de 1932: uma peia federal. :lol:
 
É uma questão de equilíbrio e justiça o reconhecimento desses legados.
não é questão de adorar a cultura ocidental cara.
Há de se ter equilíbrio mas também deve-se ter bom senso. O legado Europeu para nossa civilização é muito, mas muito maior do que o Africano e Ameríndio. E o projeto não cita a Revolução Industrial , Francesa e as inglesas que moldaram toda a nossa civilização.
 
Também não é assim, cara. Eu sei que tu amas a cultura ocidental, mas a formação do país passa pela história dos povos colonizados e ela precisa ser contada. O fato de termos marcos civilizatórios da história dos vencedores e que se mantém relevantes ainda hoje não diminui a necessidade de expor a violência do processo colonizador. Ademais, a História não está marcada apenas pela escrita, como também pela Tradição Oral e pela reconstituição dos eventos de acordo com a arqueologia. Há séculos de história a ser contada sobre a África que mal abordamos mesmo durante o Império Árabe, e nós precisamos resgatar isso por uma questão de justiça às nossas origens. Vide como ficamos invocados aqui sobre como a história europeia foi preterida - agora pense que mal abordamos a história alheia, e que também faz parte da nossa como a europeia. É uma questão de equilíbrio e justiça o reconhecimento desses legados.

Não é questão de gostar mais ou menos. Estou falando do que é mais importante para entender como a nossa cultura foi construída. Estudar China antiga é muito mais awesome do que história dos Estados Unidos. Mas qual é mais importante para a gente? E "História", como eu disse, só existe com os registros escritos. Antes disso, é "pré-história". Aí é arqueologia mesmo.

E não existe isso de "querer fazer justiça" com aula de história. Isso é uma das maiores atrocidades que se pode fazer com um povo. Inventar uma história diferente, ou deturpar uma visão política dentro da história. A história tem que ser contada como aconteceu - ou como acreditamos que aconteceu, com a informação que temos até o momento.
 
Concordo com o Thor.... No que diz respeito a História, porque essa história aí de tirar logaritmos e matrizes... :blah:
 
não é questão de adorar a cultura ocidental cara.
Há de se ter equilíbrio mas também deve-se ter bom senso. O legado Europeu para nossa civilização é muito, mas muito maior do que o Africano e Ameríndio. E o projeto não cita a Revolução Industrial , Francesa e as inglesas que moldaram toda a nossa civilização.

Também pudera: o legado europeu sobrepujou os outros dois violentamente... E, no entanto, estamos aqui, com o legado dos três. Mas desmerecer o legado porque não há escrita ou ignorá-lo porque não resultou vencedor dos embates, bom, não é um argumento muito válido - fosse assim, todo mundo leria apenas Edward Gibbon e ignoraria as descobertas recentes da arqueologia sobre o Império Romano e suas origens.
 
Também pudera: o legado europeu sobrepujou os outros dois violentamente... E, no entanto, estamos aqui, com o legado dos três. Mas desmerecer o legado porque não há escrita ou ignorá-lo porque não resultou vencedor dos embates, bom, não é um argumento muito válido - fosse assim, todo mundo leria apenas Edward Gibbon e ignoraria as descobertas recentes da arqueologia sobre o Império Romano e suas origens.
não diria ignorar as demais, mas tem que privilegiar a história europeia sim.
 
mas tem que privilegiar a história europeia sim.
Desenvolva mais essa ideia, por favor (não estou sendo irônico, quero ver os argumentos). Imploro: só essa ideia, não precisa viajar na "revolução comunista do PT".
 
Não é questão de gostar mais ou menos. Estou falando do que é mais importante para entender como a nossa cultura foi construída. Estudar China antiga é muito mais awesome do que história dos Estados Unidos. Mas qual é mais importante para a gente? E "História", como eu disse, só existe com os registros escritos. Antes disso, é "pré-história". Aí é arqueologia mesmo.

A linha de demarcação entre os períodos históricos e pré-histórico é cruzada quando as pessoas deixam de viver apenas no presente e se tornam conscientemente interessadas tanto em seu passado como em seu futuro. A História começa com a passagem da tradição, e tradição significa passar os hábitos e lições do passado para o futuro, quando registros do passado começam a ser mantidos para benefícios das gerações futuras. - EH Carr

Considerando a compreensão que temos hoje da arqueologia, bem como o interesses dos relatos orais, creio que podemos dispensar essa categorização simplista dos registros escritos. História não é apenas um acúmulo dos eventos, mas de como eles passam e influenciam o que vem em seguida. Essa divisão é uma bolha por si.

E não existe isso de "querer fazer justiça" com aula de história. Isso é uma das maiores atrocidades que se pode fazer com um povo. Inventar uma história diferente, ou deturpar uma visão política dentro da história. A história tem que ser contada como aconteceu - ou como acreditamos que aconteceu, com a informação que temos até o momento.

"Fazer justiça" com História é anacronismo. Mas é justo abordar como viemos a ser o que somos.

É que eles ganharam, @Eriadan . :lol:
Brincadeira: creio que esse foco ocorre pelo fato de que nosso sistema de governo, as leis, etc., têm forte influência europeia, desde os gregos.
 
Última edição:
Imagino que pelo Thor só ensinam as operações básicas da matemática...

Eles ensinam muita coisa supérfula para o cidadão comum em Matemática, Química, Biologia e Física, viu? Muita coisa que era assunto para o ensino superior.
 
Desenvolva mais essa ideia, por favor (não estou sendo irônico, quero ver os argumentos). Imploro: só essa ideia, não precisa viajar na "revolução comunista do PT".
bem isso que o @Haran Alkarin citou, a herança cultural europeia é predominante em nossa civilização.

A história da África é tão importante quanto a chinesa pra nós, e embora seja interessante conhecer ambas, elas não são necessárias pra entender nossa sociedade quanto a europeia, apesar que podemos encontrar traços de ambas por aqui.
 
A história da África é tão importante quanto a chinesa pra nós, e embora seja interessante conhecer ambas, elas não são necessárias pra entender nossa sociedade quanto a europeia, apesar que podemos encontrar traços de ambas por aqui.

Cara, ele perguntou referente ao Brasil, não ao Canadá. :lol:
 
Cara, ele perguntou referente ao Brasil, não ao Canadá. :lol:
tá, pode ser que eu tenha exagerado um pouco em comparar a influência africana com a chinesa aqui no Brasil, já que a chinesa é bem menor, mas você entendeu que a europeia é bem maior.
 
tá, pode ser que eu tenha exagerado um pouco em comparar a influência africana com a chinesa aqui no Brasil, já que a chinesa é bem menor, mas você entendeu que a europeia é bem maior.

Só que considerando que somos formados pelo encontro/choque, o estudo do processo de formação da nossa sociedade passa pela história de ambos os continentes, além da América. Pedir pro pessoal estudar a origem do Império do Mali pode ser exagero - vide que mal estudamos a Rússia até Napoleão e a Revolução de 1917 - uma estudiosa mesmo explicou que isso ocorre porque, apesar da importância da Rússia, ela mais recebia influência que influenciava -, mas explicar o período árabe no continente, as relações entre as tribos e os reinos locais e a relação que podemos fazer com a história dos escravos - suas origens, a pluralidade de línguas, etc. -, a origem do ser humano até, são temas muito pertinentes. A abordagem atual começa com a colonização do continente como se fosse algo pronto!
 
Bem maior quanto? Temos influência africana a rodo no Brasil. Na culinária, na música, na religião, no folclore... a chegada (forçada) dos negros mudou demais o país pra ser tão ignorada pelos livros de História. É como o Bruce falou. Hoje se fala da escravidão e ponto. Mais nada dito sobre a Africa, continente de onde descendem mais da metade da população brasileira. É algo que precisa sim ser revisto.
 
Para fins práticos, vamos considerar que a influência européia seja maior que a africana. O quanto você estudou de história africana na escola? Eu não lembro de ter estudado nada.
 
Exato. Só lembro de Egito Antigo, e depois que os europeus escravizavam negros na Africa e os vendiam no Brasil. E sobre o Apartheid beeem superficialmente.
 
O Brasil foi colonizado por europeus, logicamente é óbvio que estudar fatos importantes da história europeia são importantes e não devem ser nunca deixados de lado. O velho continente tem uma história riquíssima, sempre foi muito influente, ainda é sempre será.

Mas num país com uma diversidade cultural bem significativa na formação de nosso povo porque não ampliar os horizontes e ter pelo menos um pouco de tudo?

Quando se fala da história indígena por exemplo, independente do fato daqui não ter havido uma civilização pré-colombiana mais desenvolvida como os Incas, Maias e Aztecas, isso não é motivo pra ignorarmos e desprezarmos completamente nosso passado nativo. Tem muita gente que mal sabe direito ou simplesmente nunca soube qual a origem dos nomes dos estados de Goiás, Paraíba, Paraná, Piauí de origem indígena, sem falar de tantas cidades e o legado que essa cultura deixou no folclore, na alimentação, vocabulário entre tantas coisas. Aliás, o Brasil perde de lavada pra Bolívia e Paraguai que se por um lado são bem pobres economicamente, mas no que diz a valorizar sua história nativa, esses dois são muito mais ricos que nós.

Já África (não limitando apenas ao velho Egito antigo) e Ásia ambos tem uma parcela importante que merece ter uma abordagem mais ampla também.
 

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