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Celtas

Fox disse:
Perdão, mas acho que isso pode não estar correto. Pelo que me lembro, foi um japonês do século XIX que realizou o primeiro transplante de coração.

Deixe eu consultar minha possivel fonte, que aí posto pra confirmar ou desmentir isso...

Ahhh, Fox! Eu só coloquei o que eu li! Veja bem, eu ainda acredito em gatinhos bonsai, hihihi :lol: Tem mais coisa desse site q tb parecem bem esquisitas, como a lenda de um barco que soltava vapor, que chegou voando do céu... nossa... acho que só a parte das fadinhas já basta, hehe
 
~·*Annë*·~ disse:
Ahhh, Fox! Eu só coloquei o que eu li! Veja bem, eu ainda acredito em gatinhos bonsai, hihihi :lol: Tem mais coisa desse site q tb parecem bem esquisitas, como a lenda de um barco que soltava vapor, que chegou voando do céu... nossa... acho que só a parte das fadinhas já basta, hehe

Ahahahahah! Caramba!!! Desculpa!!!!!! :oops:

Eu falei que ia procurar e esqueci. :P

Vou dar uma vasculhada por aqui pra ver onde li e depois procuro algo na net pra dar um apoio extra, caso eu esteja certo. Aí depoiseu posto de novo. Foi mal. :wink:

Luthien Fëanturi disse:
E vc acha que o homem naum inventou nada? Tipo, Deus existe, e naum foi o homem q inventou, tah...

Desculpe me meter, mas a quem foi direcionado esse comentário?

E mais uma vez, não é saudável ficar expondo as SUAS verdades absolutas na cara dos outros, porque isso quase inevitávelmente vai descambar em discussões. Com todo o respeito. :wink:
 
Gente !!!! Achei um texto bem bacana.... como é muita coisa, vou dividir em mensagens, cada um de um tema...aqui vai o primeiro :

Origem dos Celtas

Origem dos Celtas Acreditava-se que os celtas foram os primeiros arianos que das bases do Himalaia se dirigiram para Europa. Sob o nome de gaëls e de kymris fizeram essa longa viagem e deixaram a lembrança do seu linguajar nos limites extremos da Europa ocidental.

Também se afirmou que eram um povo guerreiro e acredita-se que algumas de suas falanges se dirigiram para o Oriente. Os primeiros, ou sejam os gaëls, haviam se estabelecido na Irlanda e na Escócia, na ilha de Man e nas montanhas do norte. Todos eles, entretanto, conservam a linguagem gaélica, língua que no século VI também se falava em Gales e em Devon.

O outro ramo,o dos kymris, tornou-se, entre outras, ma língua britânica falada por gauleses e bretões. Estes últimos, a que chamamos britanos para diferencia-los dos bretões da França, são considerados como galos que passaram a estabelecer-se na país que deverá seu nome a essa imigração, assim como ficou na França o nome de Bretanha.

Durante o século XIII houve muitas controvérsias sobre a questão das origens do idioma celta: alguns o consideravam como raiz de todas as línguas da Terra; outros, todavia, não viam nele mais que um dialeto bastante pobre e uma espécie de cruzamento ou de mistura entre idiomas latinos e germânicos. Todavia parece haver-se provado, posteriormente, que o idioma celta seria um dos primeiros da família indo-européia.

Migração dos Celtas

Dentro do continente tem-se considerado que a conquista das Gálias pelos romanos, do mesmo que as invasões germânicas e escandinavas, os fizeram retroceder até os cantões extremos de Armórica ( na antiga Gália ) e até o arquipélago britânico, em Cournouailles, Cambray, a alta Escócia e Irlanda, onde, como dissemos mais acima, ainda se fala o antigo idioma céltico, claro está que com as alterações que o tempo determina. Como também havíamos dito, o celta compreendia dois ramos distintos e fundamentais.

Estes dois ramos de uma mesma língua oferecem entre si diferenças tão notáveis que não podem deixar de ser consideradas duas línguas distintas, embora comparando certas palavras do vocabulário da Bretanha francesa, do País de Gales, da Escócia e da Irlanda, verifica-se que são muito semelhantes entre si e que, o que é mais importante, tem o mesmo significado. Poderíamos então, com a ajuda de dicionários bretãos e gaélicos, compor um vocabulário onde cada expressão correspondesse a cada um dos idiomas célticos em particular e ao idioma céltico em geral.

Monumentos atribuídos aos Celtas

Uma série de construções de dimensões variáveis, algumas delas colossais, denominadas sob o nome de monumentos célticos ou druídicos, foram atribuídos por alguns historiadores como pertencentes aos celtas. Entre elas encontram-se os dolmens, os túmulos,os menires, as pedras movediças etc. Estas construções não se encontram só nas regiões que possivelmente foram ocupadas pelos celtas, como o são certos lugares da França, Inglaterra, Escócia, Irlanda e a península Ibérica.

São encontradas pelo menos com aspectos semelhantes, também em outros países, sobretudo na Dinamarca, Suécia, Noruega, Córsega, Sicília, Sardenha e, ademais, em certos lugares da Ásia. Também se havia conjeturado que estes monumentos podiam ter sido sua origem em tempos pré-históricos, tendo sido construído por algum povo nômade que tivesse semeado suas obras praticamente pelo mundo inteiro e que essa houvesse sido a única pegada de seus passos.

Outros, em troca, tem atribuído a existências dos mesmos monumentos, em tão diversas regiões, as grandes migrações gaulesas das primeiras idades históricas. A razão de ter atribuído aos celtas a paternidade destas construções é por que se acreditou que eles eram muito afeiçoados aos monumentos de grandes pedras e que esse gosto eles mantiveram até a Idade Média. E os Celtas abarcaram toda esta Terra Da leitura das tábuas cronológicas do teólogo e historiador egípcio Mâneton (do Séc 2 aC), os Celtas Lamaístas dominaram o Egito por 953 anos, entre as dinastias 15 e 18, sendo que até à época de Mâneton haviam governado 31 Faraós...

Se esta é uma leitura à luz dos documentos da História, há uma outra leitura mais abrangente: aquela que nos fala da Civilização Céltica através dos símbolos do Poder, como o Touro (na Europa e Ásia), a Águia (dos romanos e alemães); dos chifrudos capacetes reais; da essência feminina pelas famosas Três Matres e das Druidinas (as sacerdotizas), até ao cisma que levaria o teocrata Ram (que significa Carneiro) a transformar-se em Lam (que significa Cordeiro) e fugir dos adoradores fanáticos do deus Tor - e, depois, a essência masculina desse mesmo mundo através da perseguição cultural à figura da Mulher tornada maldita pelo Homem (movimento do qual veio a surgir um novo povo: os Fenícios)..., assim como o Cordeiro, ou Lam, passou a ser uma simbologia que atravessou culturas e cultos chegando aos nossos dias como algo-cristão, da mesma maneira que a festiva Modra-Nect (a Noite-Mãe) que os católicos passaram a chamar de Natal!

Em traços gerais, eis a Civilização Céltica que tanta lenda e tanta história tem feito correr.. Nomeada em diversos locais, a Civilização Celta, pulverizada em vários povos, é etrusca, é vasca (ou basca), é germana, é viking, é gaulesa, é polonesa, é russa, é irlandesa, é portuguesa, é escandinava...

Há milhares de anos atrás, a Raça Negra (ou Sudeana, por ser de origem equatoriana) dava a si mesma o nome de Atlantes e dominava a fraca Raça Branca, que autodenominava-se de Man (que significa Ser); Atlantes significava Os Senhores, pelo que os Man deram a si mesmos, também, o nome de Kelts (que significa Heróis). Eis aqui a origem do nome Celta, ou Kelt. Enquanto isso, estes brancos apelidavam os negros de Pelasgos (que significa Peles Curtidas).

Quanto àquele primeiro nome Man, ainda usado nos idiomas setentrionais, vem do radical ân ou ôn, que em céltico é o verbo único Ser; daí, o latim ens, o inglês an... E, a talhe de foice, ou de chifre: que Atlantes vem das palavras Atta (Senhor) e Lant (Terra).

Encontramos os sinais da Destruição humana - diremos melhor: da autodestruição - em todas as culturas tocadas pelos Celticos: até entre os Aztecas (leiam o que Vargas Llosa escreveu em Lituma Nos Andes), cujos sacrifícios foram uma continuação daqueles oferecidos ao deus Tor; e, mesmo entre os Tupi, os Guarani e outros grupos amazônicos (já leram a crônica quinhentista do alemão Hans Staden?...); o Minotauro dos gregos, o auto-sacrifício dos Faraós ao deus Thor (Tor), depois à Águia e ao Falcão; as ofertas votivas tão características dos povos africanos e dos cultos afro-brasileiros são, na verdade, uma variante dos Cultos Célticos.

E encontramos o Lamento nos cultos indiano, judaico, essênio, nazareno (seita na qual Jesus era o "cristo" ou o guia espiritual), chinês e japonês, tendo quase sempre o Cordeiro como símbolo: um símbolo que o próprio teocrata Ram (feito Lam durante o êxodo) viria a colocar como figura primeira, como Carneiro, para iniciar o Zodíaco e assim nos contar a sua fantástica história.

Quando se fala da Raça Branca é comum estabelecer certa ligação com a chegada do Ram ao norte da Índia denominando esses brancos como arianos. Isso tem levado alguns a confundir os Celtas com a seita fundada pelo líbio Ario (250-336 dC) que, de Alexandria, ensinava que Jesus não era de origem divina e sim um humano dotado de poderes espíritas... Mas, não posso deixar de dizer que o êxodo do Ram, logo nomeado Lam, fez dos seus seguidores um povo colonizador dando origem, na Ásia, ao lamaísmo; e este, sim, talvez seja o mesmo povo de língua indo-européia que avançou pela Índia através da Pérsia: eram os arianos.

Entretanto, se a semelhança é grande, acrescento que esses Celtas nada têm a ver com os Celtas que ficaram na Europa... Por isso, estorietas publicamente estúpidas e estupidificantes, como aquela da "raça ariana" na exaltação hitleriana, serviram e servem somente para mascarar intenções ideologicamente direcionadas à simples tomada do Poder temporal.

Vejam este exemplo: os Godos (também um povo céltico), quando invadiram Roma estavam imbuidos do ensinamento de Ario e nem por isso podem ser denominados como arianos..!

Sobre a Civilização Céltica é interessante (a)notar que quer os lamaístas quer os cristãos seguiram-lhe a Tradição telúrica e contemplativa. Também, a Arte Céltica revive entre lamaístas e cristãos pela riquíssima Tradição decorativa em iluminuras (recordo, aqui, o famoso The Book Of Kells do início do nosso milênio), as estátuas e os relevos hindus e etruscos; já os velhos cultos a Tor sobrevivem na Arte Tauromáquica (touradas nas arenas, em Portugal, México, Espanha, França); no Touro do Ano (animal que vencendo outros torna-se o Touro da região e o macho primeiro) e na Largada do Touro (nos Açores, na Espanha, no Brasil). Riquíssimo artesanato e joalheria estão expostos um pouco por todo o mundo.

Das artes mais famosas desses povos são a Prática da Adivinhação e a Prática das Runas. Interessante, também, é lembrar que além da atualidade dessas práticas, convivemos muito com as lendas de anjos e fadas e animais grotestos tão caros à Cultura oral céltica.
 
Muito legal o texto TT1.

Sabe, ontem eu assisti o desenho do Scooby-Doo, A bruxa Fantasma no SBt e tinha a bruxa curandeira q bom, nao vou contar o filme... Entao, tinha uma garota q era Wicca, nao sei se aquilo que eles diziam no filme era verdade, mas msm assim foi interessante. Tipo, não se pode confiar mto no q os filmes falam entao, se alguém ja tiver assistido me fale se é vero o q eles explicam sobre Wicca no filme. :wink:
 
Eu posso ser apedrejado pelos wiccans de plantão mas...

todos que estudam Wicca, acham interessante e vêem nela o reflexo de uma fonte antiga e sábia. Mas chegam no fim do cordão e encontram a ponta cortada. Todos os Wiccans que estudam até o fim deixam de se autodenominar wicca, e viram ou druidas ou pagãos propriamente ditos. A wicca é uma coisa, paganismo é outra. Não confundir paganismo com neo-paganismo que é a wicca. wicca é uma modinha de menos de 40 anos. a religião que é referida como tendo mais de 30 mil anos, e a primeira da humanidade, é na verdade o paganismo, e passa longe da wicca. portanto, os wiccans de vários anos, mudam pro paganismo.

eu não discuto wicca. vcs que estão estudando magias e rituais celtas com bons interesses e ideais firmes, peguem as definições de paganismo e wicca, coloquem lado a lado, e perceberão que vcs não são wiccans, e sim pagãos. Ou pelo menos estão caminhando para o paganismo, já que pelo menos pra isso a wicca serve: porta de entrada para o paganismo verdadeiro.

Só pra complementar: wicca começou próximo do despontar de Aleister Crowley, e provavelmente ele é o fundador. o que vem antes é quase tudo paganismo sem o wicca.

e quem disse que wicca é religião, ou que wicca não é magia, ou qq coisa assim...
os que estudam a sério sabem que a palavra WICCA é sinônimo completo e perfeito da palavra BRUXARIA MODERNA.

e os Celtas nada têm a ver com isso. portanto, vamos discernir bem as coisas. Discussões sobre paganismo se encaixam no tema "Celtas". Discussões sobre Wicca não.
 
Rousoku disse:
Só pra complementar: wicca começou próximo do despontar de Aleister Crowley, e provavelmente ele é o fundador. o que vem antes é quase tudo paganismo sem o wicca.

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e os Celtas nada têm a ver com isso. portanto, vamos discernir bem as coisas. Discussões sobre paganismo se encaixam no tema "Celtas". Discussões sobre Wicca não.


desculpe Rousoku...

sou Wiccan a quatro anos e tenho que discordar de vc em alguns pontos...

1) Crowley nunca teve a ver com a Wicca. Quem "fundou" a Wicca foi Gardner. Crowley fundou a Thelema..vc sabe disso...

2)Foi vc qeum falou de Wicca no tópico Celtas.. ninguem estava comentando sobre isso...

é claro que a Wicca É sim Bruxaria Moderna... apenas um de seus seguimentos, como vários outros são. Realmente é normal os Wiccas se auto-denominarem pagãos ou Bruxos depois, mas a Wicca cumpre muito bem o seu papel de trazer o paganismo de volta para as pessoas...

não vou mais discutir religião aqui e não acho saudável para o tópico ( sério mesmo ) :osigh: então, voltemos para os Celtas.
 
Rei Arthur, líder dos Celtas

As civilizações tendem a escolher seus heróis. E o nome desses heróis, mesmo que ficcionais, fica de tal modo enraizado na história dessas civilizações ao ponto de, a partir de determinado momento, começarem a ser tratados como figuras históricas reais.

A Grécia tem seu inesquecível Odisseu, aquele que após a guerra de Tróia enfrentou a morte mil vezes para retornar ao seu lar; Roma tem Enéias, sobrevivente de Tróia que fundou, sob a proteção dos deuses aquele que viria a ser um dos maiores impérios do Ocidente. A Idade Média não é diferente.

Muitos foram os heróis nascidos sob o signo da civilização medieval e muitos os seus feitos grandiosos. Porém, a palavra grandiosidade não se aplica de maneira tão plena a nenhum deles como se aplica a Arthur e seus cavaleiros. Tem-se notícia de um Arthur histórico. Ele teria sido o líder de uma das inúmeras tribos celtas, que defenderam o território inglês contra as invasões dos saxões.

Entretanto foi o imaginário popular, por motivos não facilmente explicáveis e que não vêm ao caso agora, que o transformou em grande Rei da Inglaterra, aquele que teria unificado todas as tribos que compunham o mosaico inglês em um grande exército que marchou contra os invasores. E o folclore - derivado de folk, da palavra inglesa para povo - vai além, quando lhe atribui uma origem cercada por mistério e feitiçaria, uma espada dotada de poderes mágicos e até mesmo uma morte não definitiva.

Aos poucos, outros personagens que, originalmente não estavam ligados a Arthur e seus cavaleiros foram sendo incorporados à sua côrte, como Tristão de Lionês, Isolda da Irlanda e Marcus da Cornualha.

A lenda de Tristão é de origem celtica, mas sua gênese é incerta e nebulosa, como, aliás, a da maioria dos textos medievais. Entretanto, existem elementos que atestam a ligação entre o texto e os antigos cultos ao Sol daquelas tribos, bem como determinados traços filológicos relativos aos nomes das personagens e a fragmentos de manuscritos mais antigos. Dessa forma, mais por influências externas, uma vez que os escritores dessa época geralmente concebiam seus textos sob encomenda da nobreza, o destino de vários heróis independentes em suas raízes acabou sendo ligado ao de Arthur.

Mas o que realmente importa para o decorrer desta breve análise é a origem celta, e, portanto, pagã desses dois grupos de personagens. Uma vez concebidas por uma cultura completamente diferente da cristã, vigente na Europa durante o período em que foram prosificadas, é natural que essas narrativas apresentem traços bem marcados das crenças, costumes e ideais daquelas sociedades. E, no caso das tribos celtas, estes traços são mais acentuados pelo fato de se tratarem de sociedades matriarcais em que era adotada uma religião de cunho também matriarcal. Outro ponto importante a respeito dessa religião é o fato do sexo ser encarado pelos celtas como uma celebração à vida, uma forma de homenagem à Deusa, à Grande Mãe, ou seja, uma concepção completamente oposta à da Igreja Católica.

Assim, seria inevitável que estas histórias trouxessem consigo toda essa carga ideológica diametralmente opostas a qualquer dos preceitos cristãos. Criou-se então um problema crucial: o que fazer com esse paganismo? Deixá-lo livre, detentor da virtualidade da corrupção da alma do povo, uma vez que essas idéias pagãs eram muito mais atraentes do que o eterno mea culpa do cristianismo? Ou destruí-lo por completo, como seria feito com as chamadas heresias, talvez a maior e mais famosa, a Heresia Albigense?
 
As Deusas Mães na Tradição Céltica

Muitos autores escreveram sobre as Deusas Mães na Tradição Céltica; alguns chagaram a dizer que os Celtas eram matriarcais e que isto pode ser visto nas posições importantes que são alocadas às Deusas Celtas.

Em quase dez anos de estudo dos idiomas, das culturas e da mitologia dos Celtas não podemos chegar à mesma conclusão.

A Supremacia das Deusas Célticas tem sua origem em um tempo em que costumes sociais eram diferentes; onde respeito era dado a quem merecia. O que merece mais respeito que o poder de uma mulher para gerar crianças? Ou a ferocidade de uma mãe quando defendendo a sua criança?

As Deusas dos Celtas tiveram suas origens nas tradições religiosas dos Indo-Europeus. Por causa disto as Deusas Célticas são uma mistura de três caraterísticas básicas: sobernia, guerra, e fertilidade. Devido à natureza complexa das Deusas Célticas vamos dividir essa discussão das Deusas nestas três divisões fundamentais.

Sem dúvida a função mais importante das Deusas Celtas é fertilidade; todas as Deusas têm algum aspeto de fertilidade. porém eu estarei discutindo só essas Deusas cuja preocupação principal está na prosperidade e na procriação.

O mais importante destas Deusas é Danu. Danu na mitologia irlandesa é um reflexo de uma Deusa muita mais arcaica. O seu nome é derivado da Palavra Céltica Dannuia (significando água corrente) ou Dannia, tendo a origem do nome no rio Danúbio.

O Rio Danúbio é onde as raízes da cultura Céltica cresceram primeiro. É certo que ela deveria ser considerada a Mãe dos Deuses, depois de ter lhes dado seu nome (Tuatha Dé Dannan no Irlandês a Tely Dôn em Galês). Há várias interpretações do seu nome, sendo que uma delas é "Terra Molhada" e o mais poética, "Água do Céu".

A conexão das deusas com rios não é estranha na tradição céltica; realmente o nome Dannuia foi dado para muitos rios ao longo da Europa Celta, Irlanda e Inglaterra. O rei Celta Viridomar ostentou que ele foi "o filho do Reno".

Novamente o nome do Reno é derivado de uma palavra celta, Renos, cognato com a palavra Rian em Irlandês, um termo poético para o oceano. A convicção de que o mar é a origem da vida sobreviveu em nossos próprios tempos. Mas nossa Danu amada teve um reflexo oposto, se Danu é representante das forças divinas da luz, então Domnu representa o frio, escuridão e o medo das profundidades desconhecidos dos oceanos.

Domnu também é uma mãe, e a fundadora dos Fomóire, a tribo antiga de adversários que tentaram tomar o controle da lei e da ordem dos Tuatha Dé Dannan, de forma que o caos possa reger a terra.

O nome Domnu significa "terra" e é derivado do Céltico Dubno. O sentido da etimologia é "profundo" ou "o que estende abaixo". Até mesmo o nome dos Fomóires significa "debaixo do mar". Estes Fomóires representam as forças de natureza selvagem. Eles são ingovernáveis e ainda necessários ao equilíbrio certo da vida na terra.

A Mãe da Tribo também existiu na religião Gaulesa. Na iconografia romano-celta nos podemos ver imagens de Deusas com atributos óbvios de fertilidade. Nós não sabemos muito sobre a religião celta no continente mas os Gauleses, com certeza, acreditaram que estas Deusas foram as fundadoras das suas tribos.

Como a Mãe da Tribo a Deusa foi uma grande protetora. Quando os Lagin, os homens de Linster na Irlanda, foram atacados por seus inimigos, seus historiadores escreveram que Brighid apareceu sobre o campo da batalha como uma Deusa de Guerra para assustar e amaldiçoar os inimigos.

Mas Brighid não é uma Deusa associada com a guerra. Na mitologia irlandesa há três Deusas quem são as rainha de guerra e destruição: Badb, Mórrioghan e Nemain. Suas armas não foram espadas e lanças mas a magia e medo.

Nós podemos saber que estas deusas de Guerra também brigaram com armas convencionais mas seu trabalho primeiro era matar os guerreiros fracos com susto e encantar (talvez por bem ou mal) os mais poderosos guerreiros como Cú Chulainn.

Na história do Táin, a Deusa Nemain matou matou 100 guerreiros, e a Morrigan ou Mórrióghan (a Grande Rainha ou a Rainha Fantasma) cantou avisos mórbidos de morte:

Corvos roendo
as costas de homens
Sangue esguichando
na batalha ferrosa
Carne cortada
Loucura de Batalha
Espadas em corpos
Ações de guerra

Com certeza estas Deusas eram conhecidas na Galía: quase 100 anos atrás uma inscrição foi encontrada: CATHVBODUA (Corvo de Batalha) e imediatamente estudiosos dos Celtas ligaram esta inscrição com o nome Badbcatha, um nome alternativo para a Deusa Badb. Estas Deusas foram chamadas de Bé Néid (Mulher de Néit - um Deus de Guerra).

As Deusas de Guerra eram as protetoras e as Deusas Mães proverem comida mas sem as Deusas de Sobernia não poderia ter tribo nenhum. Mais uma vez nos podemos ver que quase todas as Deusas tiveram algum aspecto preocupado com a sobernia. Aliás, há Deusas quem têm uma preocupação imensa com o reino do rei mortal.

A Deusa mais famosa é Medb, ela só pode ser a Deusa Tribal de Connacht (uma província em Irlanda). Ela tem todas as características de este tipo de Deusa; ela é uma rainha, é vigorosamente sexual, ela participe na guerra, mais o mais importante é que ela é a única pessoa que pode fazer o reino dos reis legítimos. Está escrito que ela não deixaria nenhum rei ocupar Temhair sem dormir com ela.

Vimos a mesma coisa acontece quando os filhos de Míl tentam invadir a Irlanda. Eles encontrem três Deusas: Ériu, Banbha e Fótla. Só por causa de estas Deusas, os filhos de Míl são capazes de ficar na ilha. Donn, um dos filhos de Míl, não respeita a Deusa Ériu e ela que prevê sua morte.

A complexidade das deusas Célticas é realmente explicada quando nós entendemos que para ser uma Deusa nesta tradição antiga deve ser uma Mãe, para ser uma Mãe, deve ser uma protetora e para ser uma protetora deve ser preocupada com a sobernia da sua tribo. É, diferente das Deusas dos Romanos e Gregos, as Deusas dos Celtas são todas as coisas: elas são a terra, a vida, a morte, o trigo que nós comemos e a água que nós bebemos; a água que vem do céu.
 
Língua e arte célticas

Quanto à Língua céltica propriamente dita... havia dois segmentos de um tronco denominado centum:

- o goidélico (de onde derivam o irlandês, o escocês e o dialeto da Ilha de Man)
- o galo-britânico (de onde derivam o gaulês e o bretão - o País de Gales e a França).

Para os mais interessados em aprofundar estudos, recomenda-se a leitura das obras de Joseph Déchelette e de Jacques Moreau, além dos escritos de Antoine Fabre D'Olivet que, hoje, encontram-se em mãos de colecionadores e o acesso não é fácil.

E a força territorial desses povos denominados Celta? Tomando posse de quase toda a Europa, os Celtas dividiram esse continente em três partes:

- a Central (Teuts-land, que significa terra de Teut),

- a Ocidental (Hôl-land ou ghôl-land, que significa Terra Baixa)

- e a Oriental (Pôl-land, que significa terra alta);

- ao Norte destas regiões (Dâhn-mark, que significa o limite das almas, que ía do Rio Don às Colunas de Hércules; aquele Rio Don que os antigos franceses chamavam de Tanais e que era baliza para a Ross-land (que significa terra do cavalo, ou Rússia).

Ainda em relação a este assunto, que obviamente liga os povos célticos, está a palavra Ask, de onde a denominação geral Asktan dada a vários povos (os mais interessados no assunto devem procurar a velha Gramática da Língua D'Oc); ora, entendia-se por Trasks os Asks orientais, por Tosks os Asks meridionais e por Vasks os Asks ocidentais - daí, toscanos, estruscos, vascos...

Relativamente ao nome BRASIL... este não se encontra nas línguas nativas, mas há vestígios da passagem dos fenícios pelas costas equatoriais e, também, pelas do Brasil. Na antiga Língua céltica "braazi" queria dizer "terra grande" e, recordamos aqui, os escritos do estudioso Sérgio Trombelli sobre o assunto... Por outro lado, sabemos que uma Insulla Brazil já existia em antigos mapas bem antes da viagem cabralina - mapas como os de Bartolomeu de Pareto (1455) e de Pero Vaz de Bisagudo (segundo Carta enviada pelo Mestre João ao rei D. Manuel logo após a "descoberta" oficial da tal Insulla Brazil!

É possível que, em breve, os modernos instrumentos da Arqueologia possam, também, trazer até nós outros vestígios. E que influência tiveram os Celtas na Literatura européia que tanta força emprestou ao pré-Cristianismo?

As literaturas no gaélico, no galês ou no bretão, exerceram influência através da Poesia Pastorial e dos Romances de Cavalaria (a saga do King Arthur e a busca do Santo Graal), das Ciências Herméticas ou Ocultas, da Adivinhação e da Cultura Rúnica, até a formação ideológica em Ordens de Cavalaria e Confrarias (do tipo Rosacruzes e Maçonaria).

Chamo a atenção para o fato de vários estudiosos que põem o kardecismo (de Kardec, antigo poeta esotérico celta) como um sistema filosófico-espiritual do eixo telúrico-cósmico (terra-e-cosmo) desenvolvido na essência mística dos Célticos; aliás, Kardec (Allan Kardec) é pseudônimo do estudioso francês Léon Rivail (1804-1869) que continuou a doutrina céltica no que à transmigração das almas e dos Espíritos diz respeito. E, antes dele, já os essênios, os nazarenos e outras seitas judeo-palestinas o haviam feito.

Importante ainda é o fato de se poder ligar o desenvolvimento da Música e da Poesia aos cultos da Voluspa: mesmo rudimentar, o Oráculo passou a ser lido/interpretado em voz ritmada e em versos rimados. Eis aqui a fonte dos cânticos sagrados tão caros a negros como a brancos!

Foi grande a importância dessa Civilização antiga na formação do ser-português, na Língua Lusa que a saga marítima de 1500 levou ao mundo, legou a africanos e criou o tupi-afro-brasileiro, mesmo que à custa da destruição dos nativos pelo catecismo jesuítico e pelos ferozes salteos e bandeiras...

Os povos Célticos, em cinco grupos, entraram na velha província romana, chamada Lusitânia, pelo Algarve (os cinetes), entre os rios Sado e Tejo (os sempsos), entre a Estremadura e o Cabo Carvoeiro (os sepes), pelo centro (os pernix lucis) e pelo norte (os draganes).

Sim, nem a Roma imperial conseguiu vencê-los na Grã-Bretanha... Foi grande a contribuição dos povos Célticos para a Cultura Portuguesa.

Ufa ! tem mais textos.. mas eu ja postei tanta coisa aqui que vcs vao levar tres anos pra ler.... :mrgreen:
 
Que eu saiba os celtas moravam na Bretanha (atual Reino Unido). Eram politeístas (tinham um deus e uma deusa) e os sacrifícios eram raros... Se eu não me engano (não estou com muita certeza disso) as Brumas de Avalon os bretôes eram celtas dessa ilha.
 
Pacht disse:
Irlandeses são decendentes celtas?
Sim .. definitivamente.
Praticamente toda a Europa Ocidental possui um ramo celta na descendência. O povo da Europa Ocidental é de origem celta (gauleses, belgas), germânica (visigodos, ostrogodos, vândalos, burgúndios, saxões, francos) por causa das diversas invasões bárbaras, e claro, romana.
Mas os celtas vieram antes da chegada romana e bárbara.
 
Última edição:
é... celtas não tinham mesmo uma organização em campo muito boa... aliás, nunca tiveram que lugar contra um exército =P

só contra tribos, e também para caçar.


vo escreve mais aqui, sei até que bastante sobre a cultura deles, depois eu posto :cerva:
 
Pode-se dizer que a ascendencia de um povo se descobre pela lingua. O bretão no norte da frança, o irlandes na Iralanda e o Gaélico na Escossia e País de Gales são linguas consideradas celticas, assim como o Portugues é um linga latina. Aliás, o portugues tb pode ser conseiderada um lingua celtóidem, isto é, com certa influencia em linhuas celtas, já os celtas habitaram deram origem a varios povos da antiguidade da peninsula iberia entre os quais os celtiberos (celtas + íberos, um povo de origen africana) e os lusitanos, que habitavam onde hoje é portugal
 

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