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VOTO:
Não podemos saber o que se passava na cabeça de Mîm quando praticou todos os atos pelos quais está sendo julgado agora. Não acho que ele tinha, em momento algum, que oferecer seu esconderijo como resgate. Só o fez para salvar a sua vida, e deve ser levado em conta aqui que ele era um dos últimos de sua raça. Sua morte poderia significar mais do que a morte de qualquer outro ser. Todo o período passado em Bar-en-Danwedh parece claramente ter sido um período de descontentamento para Mîm. Nada mais óbvio, uma vez que era obrigado a dar abrigo ao grupo de homens que matou seu filho.
Apesar de Mîm ter desenvolvido uma certa consideração por Túrin, já que este era o único com o qual o anão conversava mais do que o necessário, isso não muda sua posição com relação aos outros membros do grupo de proscritos, indivíduos que tentaram matá-lo mais de uma vez. Mîm tinha motivos legítimos para não gostar de nenhum deles, mas abrigou-os por necessidade.
Ao conduzir os orcs para seu esconderijo, Mîm estava fazendo a mesma coisa que fez quando conduziu os proscritos até lá: tentando se salvar. Ingênuo aquele que alega que levar os orcs até Bar-en-Danwedh colocaria os proscritos em risco, pois quando estes (os proscritos) foram levados até o local antes, quem estava sendo posto em risco eram os próprios filhos de Mîm. E isso ninguém nunca questionou. Ninguém aqui considerou reprovável o fato de o anão ter delatado o refúgio de seus filhos, porque todos sabem que isso era necessário para que Mîm sobrevivesse. Agora, quando Mîm delata os proscritos, todos se insurgem, acusando-o de traidor. Ora, que obrigação tinha ele de proteger aqueles que lhes trouxeram tamanha desgraça e ruína quanto o bando de proscritos? Lembrem-se que o anão pediu ao chefe dos orcs sua palavra de que não feririam Túrin (o que de fato aconteceu), assim como Túrin deu sua palavra de que não feriria Mîm (o que de fato aconteceu).
Tendo em vista que não se poderia exigir que Mîm morresse para não ter que revelar a localização de seu refúgio aos orcs, e nem seria aceitável que Mîm deixasse Túrin morrer, a única conduta que se poderia exigir do anão foi exatamente a que ele tomou: contar aos orcs onde ficava seu esconderijo, mas exigir que Túrin não fosse morto, pouco se importando com o destino dos outros proscritos (a quem não devia nada).
Por tudo isso que expus e mais outras coisas, considero Mîm inocente das acusações.
Bom, com base nos argumentos apresentados por ambas as bancas, considero o réu Culpado por seus atos.
Como todos jurados postaram uma justificativa, não farei diferente. Por mais que Mîm tenha agido sobre determinadas circunstâncias, estas não mudam o que ele fez. Por isso meu voto.
ps: preferi postar novamente a editar o post anterior para não gerar dúvidas quanto a legitimidade do meu voto, desculpem-me.
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Editado por Thalion.
Se alguém quiser contestar a legitimidade do voto do JP, é só lembrar que eu tava na banca de defesa.
Salvei print também, por via das dúvidas.