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[Coluna] Protestar não restringe o direito de ir e vir. Aumentar a tarifa de ônibus, sim

Inclusão digital, sabia que daria merda. :lol:

Brincadeiras a parte, não tenho mais Facebook, então não posso comentar o que está rolando por lá em relação aos protestos.
Mas, devo imaginar que deve estar cheio de posts revolucionários entupidos de clichês.

As pessoas não sabem mais filtrar uma notícia, extrair o intuito e comparar com sua identidade de pensamento. Querem apenas postar mais rápido e se possível receber algum thumbs up.
 
Secco e David: O adversário são os fascistas que o discurso de direita disfarçado despejou nas ruas.

É Hora de Defender o MPL

por Lincoln Secco e Antonio David, especial para o Viomundo



Em célebre imagem do Manifesto Comunista Karl Marx mostra um feiticeiro que perdeu o controle dos poderes subterrâneos que ele mesmo despertou. As manifestações de segunda-feira foram o ponto de virada do Movimento Passe Livre.


Quando o movimento se massificou, isto não aconteceu sob a bandeira do MPL, mas depois de uma convocação de parte da grande imprensa. Sendo assim, as justas demandas iniciais se juntaram a manifestações de direita. O que explica a metamorfose?


Em primeiro lugar, lembremos que este movimento atual é seguramente importante e de massas, mas muito menor do que outros passados. Basta pensar nas Diretas Já que colocavam milhões nas ruas numa era sem redes sociais. Mais fraco e sem uma direção tradicional, ele tem que aprender no calor da luta a recuar para avançar depois.


O segundo aspecto do momento atual reside no fato de que antes as pessoas comuns iam às ruas depois de ouvirem o chamado que passava pela palavra impressa e esta dependia de organizações previamente estabelecidas que podiam arcar com custos de edição de revistas, jornais etc. As redes sociais permitem que indivíduos falem diretamente entre si sem a mediação de organizações, salvo o mercado virtual.

Pessoas assim podem partir para a ação e expor ingenuamente os seus preconceitos e sua “coragem” (sic) escondida no anonimato da rede.


O terceiro aspecto que merece consideração é que a grande imprensa televisionada continua muito importante e, ao mesmo tempo, totalmente fora de controle democrático. Na Venezuela, Chavez enfrentou manifestações e tentativas de golpe reduzindo o papel da televisão.


Organizações na forma de “rede” existem desde que Marx criou seu círculo de correspondência londrina ou antes. Decerto os meios atuais potencializam infinitamente uma teia assim. O que o MPL pode aprender com seu magnífico movimento inicial é que organizações horizontais não deixam de ter pessoas provisoriamente na liderança. Mas os líderes devem obedecer às bases e podem ser trocados. E as bases não são as pessoas nas ruas simplesmente, mas aquelas que comprovam real participação nas tarefas decididas. O MPL tem sim o direito de vetar atos que os seus membros orgânicos não decidiram previamente.


Para os partidos está dado o recado: está havendo um ensaio de algo diferente que poderá suscitar organizações de tipo novo à direita e à esquerda, assim como existem partidos verticais de direita e de esquerda. A juventude deve invocar o tumulto. É seu direito. É seu dever. Depois, estudar, estudar e estudar. Só assim se aprende. Primeiro nas ruas, depois se reorganizando. Não tenham medo. Continuem na luta. Mas saibam mudar a tática e desarmar o adversário. Ele tem nome: os fascistas que o discurso de direita disfarçado de combate à corrupção despejou nas ruas.


É possível que passeatas atrás de carros de som e líderes rotativos do próprio MPL no comando sejam a solução imediata que sindicatos mais à esquerda podem emprestar ao movimento, pois as atuais manifestações carecem deste elemento básico: o direcionamento conferido por quem fala mais alto.


Mas a saída estratégica passa por São Paulo e pela prefeitura. O MPL não quer e nem poderia influenciar o quadro eleitoral que ainda está distante. Mas precisa de uma saída digna para eliminar a gordura indesejada do movimento. A saída é o prefeito quem deve oferecer: baixar a tarifa e abrir um diálogo permanente sobre mudanças estruturais nos transportes.


Lincoln Secco é Professor de História Contemporânea na USP

Antonio David é Pós Graduando em Filosofia na USP

Fonte:Viomundo
 
Quando o movimento se massificou, isto não aconteceu sob a bandeira do MPL, mas depois de uma convocação de parte da grande imprensa. Sendo assim, as jutas demandas iniciais se juntaram a manifestações de direita.

Que começo de texto podre. Não preciso nem dizer que a última frase coloca todas as manifestações de direita automaticamente como injustas. :blah:

O MPL tem sim o direito de vetar atos que os seus membros orgânicos não decidiram previamente.

Ué, a primeira citação diz que o MPL não foi o responsável pela massificação do movimento, mas a segunda citação diz que o MPL tem o direito de vetar o que quiser. Afinal, o movimento é ou não do MPL?

Ridículo esse texto (sem ofensas, ricardo). Estão todos enchenco a boca pra dizer que não é por causa de 20 centavos, existem dezenas de bandeiras e causas sendo defendidas, mas nenhuma pode ser de direita. Cidadão mesmo é só quem é de "esquerda". Lamentável.
 
Policiais trocam de roupa para se passarem por manifestantes.
Quando percebem que estão sendo filmados, perseguem pessoa que os estava filmando.

[video=youtube_share;lckL_dC_yck]http://youtu.be/lckL_dC_yck[/video]
 
Parece que identificaram o lider dos baderneiros:

Polícia Civil identifica homem que depredou Prefeitura de SP durante protesto

Secretaria de Segurança Pública informou que policiais do Deic realizam buscas pelo rapaz


A Polícia Civil de São Paulo identificou como Tiago o homem que depredou a Prefeitura durante a manifestação contra o aumento da tarifa de ônibus, realizada na última terça-feira (18). Segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública), policiais do Deic realizavam buscas pelo rapaz e o sobrenome e a idade do suspeito não foram divulgados.

O homem usou uma das grades de proteção do local para tentar quebrar vidros da prefeitura. Ele aparece em várias imagens de televisão durante a ação e foi repreendido pelos próprios manifestantes, que já deixaram claro serem contra qualquer tipo de ato de vandalismo e violência.

Nas redes sociais, foram divulgados dados do possível vândalo. Internautas especulam que o homem é o mesmo que rasgou as notas das escolas de samba no Carnaval de 2012.


Fonte
 
Já colocaram aqui a entrevista do Ronaldo?
Eu to perguntando pq comecei a acompanhar este tópico agora, e tb aqui e tudo bloqueado se não postava o vídeo dele colocam sua opinião sobre a copa do mundo.
 
Taí a prova de que a PM tinha ordem pra não intervir na manifestação dessa terça, o que abriu caminho para os vândalos barbarizarem em BH.

Veja registro de chamada para atender depredação de agência bancária e notem a frase destacada no fim do documento:

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Na entrevista do oficial da PM, que você assiste no link abaixo, ele admite que estavam fazendo videomonitoramento mas demoraram a deslocar o batalhão de choque para reprimir.

Mas, sinceramente, foi tempo demais, não? Deu pra quebrar a agência, o relógio da Praça da Liberdade, cobrar pedágio de motoristas, atacar ônibus, achacar passageiros etc etc.

http://www.alterosa.com.br/app/belo...-coronel-alberto-luiz-comenta-protestos.shtml

O governo queima o castelo, mas não o entrega ao povo.

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Última edição:
Que começo de texto podre. Não preciso nem dizer que a última frase coloca todas as manifestações de direita automaticamente como injustas. :blah:

Mas onde você leu isso, que o texto diz que as manifestações da direita são injustas?
Ele não está falando isso. :tsc:


Ué, a primeira citação diz que o MPL não foi o responsável pela massificação do movimento, mas a segunda citação diz que o MPL tem o direito de vetar o que quiser. Afinal, o movimento é ou não do MPL?

Não entendi essa “contradição” que você viu.
Entendi, nesse ponto, que ele fala sobre as organizações em forma de “rede” e de que como os líderes devem obedecer às bases e quem são essas bases e ainda de como o movimento deveria se portar de agora em diante.
Porque não tem mesmo nada a ver o MPL não ser responsável pela massificação (porque não foi mesmo ele só deu a partida pra tudo o que ocorreu) e a forma de organização do movimento.


Ridículo esse texto (sem ofensas, ricardo). Estão todos enchenco a boca pra dizer que não é por causa de 20 centavos, existem dezenas de bandeiras e causas sendo defendidas, mas nenhuma pode ser de direita. Cidadão mesmo é só quem é de "esquerda". Lamentável.

(Grifo meu)

O começo do texto, na verdade é esse:

Em célebre imagem do Manifesto Comunista Karl Marx mostra um feiticeiro que perdeu o controle dos poderes subterrâneos que ele mesmo despertou. As manifestações de segunda-feira foram o ponto de virada do Movimento Passe Livre.

O texto fala de como um movimento que começou pequeno a partir de um momento (segunda-feira passada, e em grande parte por causa da imprensa) cresceu e fugiu ao controle do MPL.
É isso.

Pelo menos o que eu li.

Desculpe, Grimnir, mas acho que você é que leu o texto já fazendo um pré conceito dele. =/
 
Mas onde você leu isso, que o texto diz que as manifestações da direita são injustas?
Ele não está falando isso. :tsc:

Clara, texto ideológico é assim mesmo, cheio de entrelinhas. O texto sugere que opinões facistas e de direta são sinônimos. Além disso, considerando que o autor fez questão de destacar que as demandas iniciais eram justas e que o inimigo é a direta (que é automaticamente facista), então é lógico que as demandas da direta não são justas. Elas estão apenas poluindo a pureza do movimento.

Obviamente posso estar totalmente errado, mas o que vi de opiniões de direito nas passeatas eram manifestações contrárias aos elevados gastos públicos e a crescente inflação. Se o autor exemplificasse esse facismo seria mais fácil de entender o seu objetivo. Além disso, pq generalizar o "discurso de direita"?

Não entendi essa “contradição” que você viu.
Entendi, nesse ponto, que ele fala sobre as organizações em forma de “rede” e de que como os líderes devem obedecer às bases e quem são essas bases e ainda de como o movimento deveria se portar de agora em diante.
Porque não tem mesmo nada a ver o MPL não ser responsável pela massificação (porque não foi mesmo ele só deu a partida pra tudo o que ocorreu) e a forma de organização do movimento.

A contradição, ao meu ver, é que se o movimento é algo muito maior do que o MPL, então o MPL não tem a autonomia para "eliminar a gordura indesejada do movimento". Não preciso nem dizer que essa "gordura indesejada" é representada pelas opiniões de direita. Se esse é um momento em que a população manifesta o repúdio ao "mais do mesmo político", então essa revolta pertence a todo o espectro político, já que o Brasil virou um centrismo danado. O MPL responde apenas pelas demandas do MPL, que são uma fração das demandas do movimento.

Desculpe, Grimnir, mas acho que você é que leu o texto já fazendo um pré conceito dele.

Desculpa eu desculpo. Só não concordo. :mrgreen:
 
Alckmin e Haddad decidem voltar tarifa de ônibus e metrô para R$ 3

Após negociação entre os governos municipal e estadual, a tarifa de ônibus e metrô de São Paulo voltará a custar R$ 3. O anúncio será feito pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) e pelo prefeito Fernando Haddad (PT), na noite de hoje, no Palácio dos Bandeirantes.

Ontem, ocorreu o sexto protesto contra as tarifas na capital paulista. O ato começou de forma pacífica na praça da Sé, mas um grupo mais exaltado atravessou a grades que faziam o isolamento na frente da prefeitura e atiraram objetos contra os guadas-civis que faziam um cordão na frente do prédio. Ao menos dois guardas ficaram feridos.

Houve ainda pichações ao prédio da prefeitura e bandeiras hasteadas na frente do prédio foram arrancadas. Mais tarde, um grupo de pessoas ainda depredou e saqueou lojas da região central. Até a madrugada, ao menos, 63 pessoas tinham sido detidas.

Fonte: Folha
 
Clara, texto ideológico é assim mesmo, cheio de entrelinhas. O texto sugere que opinões facistas e de direta são sinônimos. Além disso, considerando que o autor fez questão de destacar que as demandas iniciais eram justas e que o inimigo é a direta (que é automaticamente facista), então é lógico que as demandas da direta não são justas. Elas estão apenas poluindo a pureza do movimento.

Obviamente posso estar totalmente errado, mas o que vi de opiniões de direito nas passeatas eram manifestações contrárias aos elevados gastos públicos e a crescente inflação. Se o autor exemplificasse esse facismo seria mais fácil de entender o seu objetivo. Além disso, pq generalizar o "discurso de direita"?



A contradição, ao meu ver, é que se o movimento é algo muito maior do que o MPL, então o MPL não tem a autonomia para "eliminar a gordura indesejada do movimento". Não preciso nem dizer que essa "gordura indesejada" é representada pelas opiniões de direita. Se esse é um momento em que a população manifesta o repúdio ao "mais do mesmo político", então essa revolta pertence a todo o espectro político, já que o Brasil virou um centrismo danado. O MPL responde apenas pelas demandas do MPL, que são uma fração das demandas do movimento.



Desculpa eu desculpo. Só não concordo. :mrgreen:


É, eu não tenho mesmo o costume de "ler nas entrelinhas". :gotinha:

Grimnir, acho que você precisa casar.

Ou entrar pra TFP (com o Calion). :pipoca:















:rofl:
 
É, eu não tenho mesmo o costume de "ler nas entrelinhas". :gotinha:

Grimnir, acho que você precisa casar.

Ou entrar pra TFP (com o Calion). :pipoca:

:lol:

Certo, certo. Já fui casado, mas não estou com pressa. De qualquer forma, como amanhã tem outra mobilização no RJ e como as demandas são as mais diversas, vou com um cartaz "Procuro esposa". Afinal, já fizeram bem pior...

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Ouvi dizer que ele já encontrou, então não precisa mandar email pra ele não. :mrgreen:

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Agora falando sério: Espero que não precise explicar que nem toda esquerda é liberal e nem toda direita é conservadora. :obiggraz:
 
Vou escrever um pouquinho sobre o que eu vi e vivi nas manifestações de Sampa:

Bem, o movimento todo nasceu pelo aumento de 0,20 centavos na tarifa. Isso é sabido por todos. O aumento por sí só já atraiu muit agente para as manifestações, o que foi legal, mas ainda tava longe de virar o mundo de gente que virou.

Mas o Governo do Estado e a PM deram um tiro de borracha no próprio pé, na quinta feira passada quando barbarizou o movimento e a violência policial chocou a todos. O movimento que até então tinha entre 20 a 30 mil participantes explodiu, e na segunda o ato já contava com mais de 100 mil espalhados por todos os cantos de SP.

O que incomodou e ainda incomoda é a forma que a consciência política desse movimento se guiou. A principio, a luta por tarifas mais baixas e pelo transporte publico gratuito é uma luta da esquerda, e foi assim que se iniciou. COm o crescimento do movimento, gente de tudo quanto é linha política se juntou, e até ai tudo bem, tinha uns doidos lá do Mises Brasil levantando cartazes pela privatização do transporte publico, tinha anarquistas, comunistas, tinha até gente saudosista do militares, mas o que mais tinha era gente "apolitica".

E vamos aqui esclarecer bem quem são esses: São, em sua maioria, jovens de classe média/alta que não gostam de política, que não se preocupam em conversar isso com colegas, que acha um porre quando alguem puxa o assunto, eles não gostam de partidos por considerar todos iguais e que nenhum deles "realmente os representa". Até ai, tudo bem, esse tipo de manifestação é sempre heterogênea e essas pessoas tem espaço e são importantes para o corpo do movimento. O problema é quando essas pessoas se tornam a maioria dos manifestantes e acabando impondo essa visão "apartidária/anti-partidaria" como lema da manifestação, quando vira o pensamento dominante entre os manifestantes. Foi mais do que comum ver militantes de partidos não eleitoreiros como PCO, PSTU, PCB e outros movimentos sociais, como MST, MTST, Construção Coletiva entre outros serem hostilizados por levantarem suas bandeiras.

Ora, existe algo mais injusto? Tais movimentos lutam em causas sociais a décadas, muito dos militantes que lá estavam estão desde o primeiro dia de manifestações, levando suas bandeiras e seus discursos. Gostando ou não, a manifestação também foi construida por eles, e eles precisam sim ter sua voz.

Mas o movimento já estava "contra ideologias". As bandeiras foram proibidas de serem levantadas,movimentos que sempre lutaram nos movimentos sociais foram impedidos de se fazer presentes, o discurso "sem partido, todos pelo Brasil"ganhou força. Ora, esse não foi o lema dos anos dos militares? A extinção dos partidos que "não representavam os brasileiros" foi base para o regime se instituir. Existe uma enorme descrença da população nos partidos, e muito justificada por sinal, porém forçar a saída desses dos movimentos é um ato autoritário e anti-democrático, além de uma grande injustiça com a luta de anos dos partidos que sempre se identificaram com as causas sociais.

Veja bem, não estou aqui falando que só a esquerda deveria controlar o movimento, claro que não, mas ela tem sim que se fazer presente, afinal o MPL nasceu na esquerda, sempre dialogou com a esquerda e se considera de esquerda, nada mais normal do que a esquerda lá, a direita "pensante"é bem vinda, os anarquistas e libertários também, todos são, porém nenhum pode, assim que se fazer maioria, tentar eliminar os "adversários" do movimento.

A crença de que ser "apartidário" e "contra ideologias" é algo neutro é uma falácia. Ser "sem ideologia" é ter uma ideologia. Defender o "apartidarismo" como justificativa para exigir impeachment da Dilma/Haddad e trazer assuntos estranhos a manifestação como "prisão dos mensaleiros" e "retirada do Renan Calheiros do senado" é desfocar totalmente o movimento. O "apartidarismo" mostrou-se uma mascara para o anti-petismo de boa parte da classe média/alta paulistana.

Existe muita coisa de errada no Brasil, disso acho que ninguém duvida, porém não dá pra se fazer manifestação "contra tudo". Isso é exageradamente genérico, enfraquece o movimento e nos afasta da luta inicial: reajuste das tarifas.

Foi muito dito que "não era apenas por 20 centavos", e realmente não é apenas isso, mas é isso TAMBÉM, essa foi a grande faisca que levou todos a rua, esse foi o tema central. Levar a manifestação para outros espectros pode ser um tiro no pé.

Agora, com o objetivo inicial atingido, acredito que os movimentos se fragmentes e se reduzam, alguns lutaram pela moralização da política, como se essa causa tivesse algum caráter político em si, outros lutaram pelo transporte gratuito, outras contra a Copa e assim por diante. Não acredito que nenhum deles terá o mesmo numero de gentes do que a inicial, afinal o transporte publico é um agregador de gente, de ideologias, é o que todos, esquerda, direita, "apartidários" e todo o resto tem em comum. Com isso conquistado, não imagino um movimento tão impressionante como tivemos até agora em SP.
 
Tanto RJ quanto SP anunciaram a redução das tarifas. Não encontrei os valores para SP.

19:07
No Rio de Janeiro, as reduções foram as seguintes:
Tarifa de ônibus: R$ 2,95 para R$ 2,75
Tarifa do metrô: R$ 3,50 para R$ 3,20
Tarifa de trens: R$ 3,10 para R$ 2,90
Tarifa de barcas: R$ 3,30 para R$ 3,10 com Bilhete Único
Tarifa de barcas: R$ 4,80 para R$ 4,50 sem Bilhete Único
 
Aqui em SP gora que governo estadual e municipal juntos recuaram, mas deixando claro no discurso que faltará investimentos em outros setores quero só ver da onde irão "tirar".

Prefiro esperar pra ver antes de dizer se tudo isso que rolou nos últimos dias realmente valeu a pena ou não.
 
Outra coisa que me incomodou nas manifestações foi o excessivo clima "conciliatório" e "anticonflito" que existiu. Manifestantes beijando a mão de policias, mandando flores, levando cartazes dizendo que a causa é comum... Péra lá né, policiais são autoridades, funcionários que servem tanto para a segurança quanto para a repressão. Essa ilusão de que a policia é boazinha e que é "obrigada" a bater nos manifestantes é muito romântico, só ver o que acontece todo os dias nas periferias brasileiras. A luta não é comum com os agentes de repressão, é contra ele também, ou deveria ser pelo menos, tanto deveria que na quinta (ato que mais rolou porrada em SP) a questão do fim da PM foi levantada, porém o movimento de segundo já agregou muita gente que vê no policial o "seu protetor" e acabou perdendo força.

Esse discurso inclusive é perigoso. Pedir que as forças de repressão (policia, exército, etc) se "juntem" as causas populares já nos levaram a um golpe militar. Acho que falta muito senso critico histórico na galera ainda.
 

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