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Da tecnologia Númenoreana e sua força aérea (hã?)

  • Criador do tópico Criador do tópico Ragnaros.
  • Data de Criação Data de Criação
Bem, podemos analisar o assunto da medicina começando pelas palavras do Silma em que a origem da tradição médica dos homens inicia-se ainda no leste, em contato com os elfos silvestres e unindo o que eles aprendiam dos elfos a uma tradição própria que é falada apenas por alto por Andreth quando ela comenta com Finrod que eles também possuíam uma cultura própria.

Andreth conta da enorme dificuldade de se manter a memória do passado viva pelos homens para poder precisar sua origem devido a queda no começo de tudo sob o poder das palavras de Melkor.

Mais adiante, quando encontram Finrod, os homens entraram em contato com uma modalidade de medicina trazida de Aman capaz de curar com meios inovadores através de sons (música) e luz. Uma das tentativas de trazer as árvores de volta a vida depois do ataque de Ungoliant foi uma música ou canto associado a uma espécie de dança realizada pelos Valar. Que tipo de cerimônia poderia estar contida nessa atividade é matéria de análise (seria um recurso poético para algo mais?), heheheh

Eles ficam conhecendo também mananciais de águas curativas protegidas por Ulmo e objetos como canalizadores de força como armas e jóias. Inclusive, uma das teorias místicas da queda de Atlântida fala do descontrole da manipulação de estruturas canalizadoras de força que afundaram a civilização atlante, teoria que Tolkien pode ter usado para descrever a revolta telúrica e dos elementos quando da queda dos altos homens.

Outro dado importante é que quando falamos em altos homens de númenor ou gigantes, que a tradição bíblica conta do passado do homem e que pode ter sido usada pelo autor, é que o gigantismo não se referia nessas fontes literárias apenas a altura, tamanho ou a força (que sem dúvida eram excepcionais em relação ao resto dos homens). Mas relacionado também a habilidades super humanas, um modo super humano de entender a natureza e se comunicar com ela, como visão noturna, visão remota, telepatia, premonições e outros poderes.

Biblicamente a queda desses gigantes teria sido uma espécie de volta ao equilíbrio normal reprodutivo das pessoas pelo fato de essas habilidades terem sido usadas por homens híbridos cruéis e poderosos. Quer dizer, não foram as habilidades que os corromperam mas o resultado de um cruzamento proibido entre anjos e humanos (diferente de um casamento élfico que eram irmãos dos homens e melhor visto pelos poderes). Aqui no caso seria como se um homem desposasse uma esposa Maiar e gerasse filhos de renome, heróis gregos e gigantes.
 
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Bem, podemos analisar o assunto da medicina começando pelas palavras do Silma em que a origem da tradição médica dos homens inicia-se ainda no leste, em contato com os elfos silvestres e unindo o que eles aprendiam dos elfos a uma tradição própria que é falada apenas por alto por Andreth quando ela comenta com Finrod que eles também possuíam uma cultura própria.

Andreth conta da enorme dificuldade de se manter a memória do passado viva pelos homens para poder precisar sua origem devido a queda no começo de tudo sob o poder das palavras de Melkor.

Mais adiante, quando encontram Finrod, os homens entraram em contato com uma modalidade de medicina trazida de Aman capaz de curar com meios inovadores através de sons (música) e luz. Uma das tentativas de trazer as árvores de volta a vida depois do ataque de Ungoliant foi uma música ou canto associado a uma espécie de dança realizada pelos Valar. Que tipo de cerimônia poderia estar contida nessa atividade é matéria de análise (seria um recurso poético para algo mais?), heheheh

Eles ficam conhecendo também mananciais de águas curativas protegidas por Ulmo e objetos como canalizadores de força como armas e jóias. Inclusive, uma das teorias místicas da queda de Atlântida fala do descontrole da manipulação de estruturas canalizadoras de força que afundaram a civilização atlante, teoria que Tolkien pode ter usado para descrever a revolta telúrica e dos elementos quando da queda dos altos homens.

Outro dado importante é que quando falamos em altos homens de númenor ou gigantes, que a tradição bíblica conta do passado do homem e que pode ter sido usada pelo autor, é que o gigantismo não se referia nessas fontes literárias apenas a altura, tamanho ou a força (que sem dúvida eram excepcionais em relação ao resto dos homens). Mas relacionado também a habilidades super humanas, um modo super humano de entender a natureza e se comunicar com ela, como visão noturna, visão remota, telepatia, premonições e outros poderes.

Biblicamente a queda desses gigantes teria sido uma espécie de volta ao equilíbrio normal reprodutivo das pessoas pelo fato de essas habilidades terem sido usadas por homens híbridos cruéis e poderosos. Quer dizer, não foram as habilidades que os corromperam mas o resultado de um cruzamento proibido entre anjos e humanos (diferente de um casamento élfico que eram irmãos dos homens e melhor visto pelos poderes). Aqui no caso seria como se um homem desposasse uma esposa Maiar e gerasse filhos de renome, heróis gregos e gigantes.

Acho que essa ideia dos gigantes de Atlantes, à despeito dos Númenorianos serem os "altos", também deve ser uma espécie de "metáfora", algo que remeteu àquele conceito explanado no filme de Conan, o bárbaro de 82 em que há de se inferir a possibilidade dos atlantes possam (ou não) ser identificados com os "gigantes" da mitologia dos cimérios (sendo estes últimos os descendentes desses homens do mar), derrotados por Crom com "fogo e vento dos céus" que fizeram "tremer a terra" e "lançaram os gigantes às águas", algo bem semelhante ao descrito no akallabêth, ou seja, uma entidade divina irada com a "ousadia" desses poderosos homens, o que gerou uma espécie de cataclismo.
 
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Dando continuidade com a análise das realizações e avanços da esplendorosa civilização Númenoriana, gostaria de elencar alguns pontos (alguns óbvios, outros passíveis de discussão) do aspecto militar da própria Númenor, bem como da herança deixada para os exilados. Pois bem, gostaria desde já trazer um destaque a uma capacidade inata (bom uso da disciplina e treino são elementos chaves para essa força) dos soldados Númenorianos, uma vez que a versão da queda de Isildur, apresentada nos Contos Inacabados, informa que os Dúnedain podiam marchar cerca de 8 léguas ao dia e com facilidade. O valor em si pode parecer baixo ante a distância que eles iriam percorrer naquele momento (cerca de 308 léguas).

Destarte, numa conversão dos valores atribuídos à légua terrestres percorridas, somado ao definido nas medidas lineares de Númenor, um soldado de infantaria marchava 1 légua por etapa (uma vez que faziam uma parada), sendo que cada légua correspondia à 5000 rangar (passos completos), que perfaziam 1 Lár que é aproximadamente 3 milhas, ou seja, em um dia eles faziam em média 24 milhas, o que correspondiam à 38,4 km com "facilidade" (lembrando que essa marcha teria que superar obstáculos naturais e um terreno possivelmente instável, bem como ainda estavam plenamente armados). Ora, mesmo os poderosos e sofisticados exércitos da antiguidade como os de Alexandre, o Grande, se deslocavam cerca de 32 Km por dia.

Mas vale a comparação com o exército romano:

The steady, regular marching step was a marked feature of Roman legions. Vegetius, the author of the only surviving treatise on the Roman Empire's military, De Re Militari, recognized the importance of "constant practice of marching quick and together. Nor is anything of more consequence either on the march or in the line than that they should keep their ranks with the greatest exactness. For troops who march in an irregular and disorderly manner are always in great danger of being defeated. They should march with the common military step twenty miles in five summer-hours, and with the full step, which is quicker, twenty-four miles in the same number of hours. If they exceed this pace, they no longer march but run, and no certain rate can be assigned."

http://en.wikipedia.org/wiki/Military_step

Ademais, quando forçados, seus soldados podiam se locomover 12 Lár, ou seja, 36 milhas ou o equivalente à 57,6 km. Impressiona é que mesmo os exércitos modernos (salvo me engano) não conseguem superar tal marca (a exemplo da Grande Armée de Napoleão). Destarte, a existência de uma força rápida e "manobrável", é o corolário da aplicação de um conceito primordial para o sucesso de um exército: Logística.

O termo “LOGISTIQUE”, depois traduzido para o inglês “LOGISTICS” foi desenvolvido pelo principal teórico militar da primeira metade do século XIX, o Barão Antoine Henri Jomini. Baseado em suas experiências vividas em campanhas de guerra ao lado de Napoleão, Jomini escreveu o “Sumário da Arte da Guerra” em 1.836. Ele dividiu a arte da guerra em 5: estratégia, grandes táticas, logística, engenharia e táticas menores, definindo logística como “a arte de movimentar exércitos”. A logística não se limitava apenas aos mecanismos de transporte, mas também ao suporte, preparativos administrativos, reconhecimentos e inteligência envolvidos na movimentação e sustentação das forças militares (isso fora decisivo na 1ª guerra entre os Númenorianos e Sauron, bem como na grandiosa guerra da última aliança, com sua batalha de meses e meses e o brutal cerco de 7 anos numa terra maldita).

Nas campanhas terrestres, tal prerrogativa fora essencial para a mantença do Reino de Gondor. Exemplo disso é a marcha dos colossais exércitos da Última Aliança que saíram de Eriador e chegaram à Dagorlad em um tempo hábil para aliviar a pressão exercida pelas forças de Mordor contra o Reino recém-fundado. A importância dessa capacidade de marcha, foi um dos fatores decisivos (além dos equipamentos e táticas dos integrantes desses exércitos) para a vitória dos elfos-homens e anões na Planície da Batalha. Ora, temos então dois grandes exércitos, o 1º composto pelos colonos instalados no Noroeste da terra-média, junto com seus aliados, que compunha boa parte de sua cavalaria, ou seja, me parece uma organização semelhante as forças romanas dos primeiros séculos da Era Comum:

http://en.wikipedia.org/wiki/Auxiliaries_(Roman_military)

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Não obstante a força, os equipamentos, as táticas e estratégias empregadas (sim, há uma indicação explícita de algum "plano"-comando por parte de Gil-Galad, vide pag. 290 dos C.I) junto com os elfos e anões, temos um inimigo composto por uma força possivelmente (90% de "certeza") mais numerosa, composta por Orcs (aos montes, se multiplicam que nem moscas), Númenorianos Negros (o exército de "elite" de Sauron), os Bárbaros do Leste (acho que os de Khand, dentre outros orientais, que vieram em peso), as forças de Harad, Trolls, Lobisomens (Gandalf fala que Sauron tinha esses servos) e alguns anões.

Num cenário como esse, sempre imaginei as forças (inicialmente) dispostas mais ou menos assim:

330px-Battle_of_Gaugamela,_331_BC_-_Opening_movements.webp

Ou seja, se pensarmos na possibilidade de Sauron tentar "compensar" a superioridade em armas, equipamentos e força inata de seus inimigos, ele poderia tentar dispor suas forças como Dario fez contra Alexandre, ou seja, usando a esmagadora vantagem numérica somada a um terreno aparentemente plano e tentar flanquear a aliança, razão pela qual a mobilidade e flexibilidade dos Númenorinos seria essencial para essa contenda, a exemplo do que Isildur fez com sua tropa contra os orcs, pois a formação militar adotada (lembrando em muito a parede de escudos muito usada na Idade Média) oferecia uma contra-formação neste caso, a ponto de uma tropa cercada (lembrar o que ocorreu com os Romanos em Canae) poder contra-atacar.

A simetria e posicionamento parecido (mais ou menos esse conceito, quando for o caso de serem atacados por todos os lados) com isso:

co8.webp

Somado (para melhor evidenciar que eles estavam numa formação que faz um círculo, só um exemplo pra se ter uma noção "mais ou menos" da coisa):

roman-army-orbis-formation.webp

19539405.jpg


Imagine então esse conceito aplicado numa grande batalha:

turtle-formation.jpg


Continuarei em outro post falando dos equipamentos.
 

Anexos

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A última foto parece ser do exército britânico no final do século XIX (cena de um filme, obviamente). A formação que eles adotam é a do "ouriço", apropriada para defender-se de ataques que vêm de todas as direções.

E a grande batalha da planície, se bem me lembro, durou meses, nada a ver com Gaugamela ou Cannae, que foram confrontos de apenas um dia (Cannae talvez ainda seja a maior carnificina já realizada em um único dia, 68.000 romanos e 10.000 soldados de Aníbal foram mortos naquele 2 de Agosto de 216 AC).

Dagorlad teria sido uma versão "arcaica" da guerra de trincheiras que Tolkien conheceu?

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Ragnaros,

para mim, é óbvio que a Grande Batalha tenha sido inspirada nos horrendos combates da primeira guerra mundial. Penso que Sauron, após ser derrotado por Anárion*, desistiu daquilo que, em ciência militar, é conhecido como "batalha decisiva" e procurou deter e derrotar as tropas da Última Aliança por meio de uma guerra de atrito, afinal não lhe faltavam contingentes para isto. Porém, humanos (numenoreanos ou não) e elfos certamente conseguiram reunir tropas em número muito além do que o meu dark lord favorito esperava e também demonstraram uma determinação para a qual ele não estava preparado e uma logística que só pode ser classificada como magnífica.

Talvez, vendo todas as incursões de suas tropas fracassando, Sauron tenha arriscado um grande confronto final para aquele embate que já durava meses. Mas, pode ser também que ele tenha abandonado as unidades ali posicionadas ao sacrifício, enquanto fortificava Mordor. É o que eu faria no lugar dele.

* Sauron foi derrotado por Anárion quando aquele atacou Gondor. Evento que levou à criação da Grande Aliança. Sauron conquistou Minas Ithil, mas Isildur conseguiu escapar com sua família e uma muda da árvore branca, porém foi detido pelas tropas de Anárion quando marchava para tomar Osgiliath e Minas Anor. Anárion fez até com que as tropas do dark lord recuassem para Mordor.

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Mais adiante, quando encontram Finrod, os homens entraram em contato com uma modalidade de medicina trazida de Aman capaz de curar com meios inovadores através de sons (música) e luz. Uma das tentativas de trazer as árvores de volta a vida depois do ataque de Ungoliant foi uma música ou canto associado a uma espécie de dança realizada pelos Valar. Que tipo de cerimônia poderia estar contida nessa atividade é matéria de análise (seria um recurso poético para algo mais?), heheheh

Você quer dizer que eles faziam uma especie de orgia nessas cerimonias?
 
Você quer dizer que eles faziam uma especie de orgia nessas cerimonias?

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Em outra mitologia talvez, mas não na de Tolkien, afinal os Ainur, à exceção de Melian, eram assexuados (se bem que quanto a Sauron, eu tenho lá as minhas dúvidas). O que talvez explique o gênio insuportável de Melkor.

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Creio que os poderes trazidos pela poesia e canção (muito empregados na mitologia de Tolkien) tenham sido inspirados num conceito estabelecido nas epopeias Finlandesas, à exemplo de Kalevala (um dos nortes para inspirar, salvo me engano, a poderosa Saga de Túrin), vale a conferida:

http://www.finlandia.org.br/public/default.aspx?contentid=124149

"Luta" entre Finrod e Sauron:

Ver anexo 44689

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Como eu li aqui no fórum, "Os Filhos De Húrin" pode ser considerado uma fan fiction do Tolkien em cima da saga de "Kullervo".

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Dando prosseguimento com a análise das realizações dos Dúnedains, gostaria de elencar e analisar certos pontos quanto aos equipamentos e a tradição militar que constituiu um dos alicerces para o "prolongamento da existência" dos reinos de Arnor e Gondor. Uma das base do sucesso militar de Númenor estava na (possível) organização de seus soldados em coortes; tomo como base esse conceito, uma vez que os C.I informam que os arqueiros dos reis se organizavam desta forma, podemos inferir a aplicação desta formação militar também à infantaria, de forma que num exército completo de Gondor nos "tempos de sua força" (é uma suposição, quase um "chute") com uma Vanguarda com 7000 soldados (O Retorno do Rei - O Último Debate - pag. 934), somado a uma "possível" tropa de apoio (2² linha de batalha) com 7000 homens que poderiam agir, se necessário, para os espaços da primeira linha, formando um longo e coeso Front contra o inimigo (para mim esse conceito fora empregado na guerra da última aliança e nos conflitos que perduraram na 3ª era), e por fim, deveria-teríamos a aplicação de uma 3ª linha de combate, que normalmente agiria nos flancos, empregada como reserva, tanto para reforçar um ataque como para dar cobertura a uma retirada. Sem contar a cavalaria.

romanArmyFormation.png


Destarte, só na força do centro, haveria no mínimo 28 coortes (uma vez que tal organização possuía, salvo me engano, 500 soldados à unidade, predominante no exército romano, principalmente após as reformas do General Mário; me parece um dos poucos nortes para se ter uma ideia aproximada de como se poderia constituir uma força de Gondor ou até mesmo Arnor), de forma que as forças dos exilados (que seguiriam em muitos aspectos a tradição de Númenor na arte da guerra) me parecem ter começado (com o passar dos séculos da 3ª era) a sofrer de um "Mal" decorrente dessa possível "Homogeneização da infantaria", pois qual seja: a perda gradual da mobilidade em campo, mas como resultado, a infantaria, se bem treinada e com a mantença dos conhecimentos trazidos por Númenor, ficaria mais resistente a grandes ataques, e as forças mais ágeis como as de cavalaria decidiriam a batalha contra o inimigo, a exemplo do que Gondor fez em ocasiões como a batalha na planície que fica entre Nenuial e as Colinas do Norte (a derrocada de Angmar no norte); a batalha em Dagorlad contra os Carroceiros (liderada por Calimehtar, filho de Narmacil II); e possivelmente nas batalhas em Lebennin e nas Travessias do Erui (contenda das famílias), o que evidenciou um fato interessante:

battleofthecrossingsoferui.gif


I - Uma vez que Eldacar deve de ter sido apoiado por forças de Rhovanion, ele deve ter empregado uma cavalaria bastante experiente e profissional contras as forças do Usurpador (constituídas majoritariamente, ao meu ver, de infantaria) e este fator deve de ter sido um dos principais para o êxito de sua causa, o que demonstrou a crescente importância da cavalaria num cenário que se seguiria pelos próximos séculos. Os primeiros sinais já vinham desde a campanha contra os Carroceiros, que expuseram a "fraqueza" de Gondor contra forças mais ágeis e móveis num campo de batalha propício a tal uso.

Belíssima ilustração dos Wainriders:

wainriders.jpg


II - O desenvolvimento e a consolidação do uso e melhoria estratégica da cavalaria por Númenor fora por deveras "atrasada", haja vista que seu uso não era prioritário pelos exércitos da ilha, a despeito do uso de cavaleiros arqueiros constituídos na maior parte por aliados:

Cavaleiro+Arqueiro.png


O equivalente histórico:

http://en.wikipedia.org/wiki/Horse_Archer

(Estes deveriam de ser realmente fantásticos, pois combinavam a rapidez da cavalaria com a destreza e alcance dos arqueiros. Havendo, neste caso, a utilização dos mesmos como linha de frente de seu exército por abrirem espaço na formação do esquadrão inimigo. Mas, todas as classes de arqueiros levavam desvantagem contra guerreiros de ataque corpo-a-corpo).

O que poderia ter servido como fator primordial à Gondor na mantença de suas fronteiras que atingiam até o Mar de Rhûn, uma vez que, mesmo diante de uma grande distância que esta zona militarizada tinha em relação ao seu centro, os senhores de Gondor poderiam combinar o uso do conceito das Themes (me parece que as guarnições à oeste dos Meandros seguiam parcialmente o conceito, e as regiões de Ithilien seguem mais um conceito das Lindes romanas) como elemento para a política de defesa que se seguiria posteriormente:

Themes:

640px-Byzantine_Empire_Themes_1025-en.svg.png


http://en.wikipedia.org/wiki/Theme_(Byzantine_district)

Iria falar mais sobre os equipamentos militares, inicialmente com os arcos dos Atlantis, entretanto, já explanei algo relacionado neste post:

Creio que essa desconexão que você citou já tenha começado/tido seu "embrião" no instante em que os Númenorianos incrementaram/"melhoraram" certos conhecimentos adquiridos pelos ensinamentos dos elfos e dos Valar. Exemplo basilar dessa engenhosidade pode ser inferida pelo desenvolvimento dos arcos de aço oco utilizadas pelas coortes de arqueiros que compunham a formação dos seus exércitos. Destarte, esses arcos de aço-oco sempre me chamaram a atenção por serem os utensílios mais temidos pelos inimigos dos Númenorianos, mas sempre me perguntei o porque disso. Houve alguns posts em sites de discussão que entendiam que tais armamentos possuíam tamanha capacidade ofensiva que seu lançamento ultrapassava até mesmo (exagerando, eu penso) a velocidade do som (razão pela qual os Orcs, na história da queda de Isildur, temiam tanto se aproximar do alcance dessas, uma vez que, aparentemente, os arqueiros atiravam diretamente sobre seus alvos, algo parecido com que os elfos-arqueiros fazem na guerra da última aliança demonstrada na introdução do 1º filme), vide:



Destarte, se fôssemos equivaler as características dessa tecnologia com a que temos hoje, creio que uma das melhores análises poderia ser manifestada com a leitura disso:

http://en.wikipedia.org/wiki/Compound_bow

Ou disso. Sem dissentir:

"Down through the ages different countries have done experiments with steel for a bow-making material. It is said that the Indians were the first people to have overcome the obstacles presented by steel and made a weapon that, although it did not have the cast and range of its predecessor (the composite bow) was all the same a real and workable bow."

http://www.articleclick.com/Article/...ry-bows/929905
 

Anexos

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A velha disputa entre infantaria e cavalaria pelo título de "Senhora das Armas" também existiu no mundo de Tolkien.

Na batalha dos Campos de Pelennor, o reduzido número de cavalarianos era a única vulnerabilidade das forças de Mordor e foi justamente aí que os rohirrim fizeram a diferença.

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