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Diário Literário

Agora que terminei o Flores para Algernon estou aqui me questionando o que fazer a seguir: será que pego um livro físico emprestado de minha mãe para tentar adentrar os caminhos da literatura nacional? Será que faço umas releituras que estou a fim de fazer faz tempo? Será que largo tudo e vou ler o que me der na telha quando eu olhar todos os livros que eu tenho no kindle e não li ainda? Será que eu faço tudo isso ao mesmo tempo e paro de rever séries que eu já assisti 4 vezes? Ó céus, ó dúvida cruel.
 
Qualquer opção listada é melhor que rever séries pela quarta vez rs.
Eu gosto de deixar uma leitura no Kindle em paralelo com uma física. Daí é mais tranquilo botar o Kindle pra ler enquanto faço as refeições, por exemplo.
 
Diário Literário:

O que fazer quando você já gastou uma grana em livros no mês, mas vem um lançamento foderoso e um dos autores disponibiliza um cupom que te dá 30% de desconto + frete grátis?

Satanás tem muitos disfarces e um deles são os cupons de desconto. Orra... preciso de um orçamento paralelo para compra de livros fora do previsto.
 
Pior que meu cartão tá estourado, senão teria somado aos romances completos de Machado e dois livros de tarot, coleções das cartas, crônicas e textos críticos, poéticos e dramáticos dele, enfim, a obra completa que me deixaria completamente falido.
 
Boa noite, diário,

Estou lendo o livro do Cirão. Os parágrafos são bem picotados. Não atrapalha a leitura, mas eu achei curioso.

Lá pelas tantas, me deparo com isso:
Hoje, por ocasião dessa polarização, encontra-se, de um lado, um governo desastroso que se afirma no ataque a um partido que está há mais de três anos fora do poder. Do outro lado, quase como a outra face da mesma moeda, se escorando nesse governo, encontra-se um petismo adoecido e sem projeto de país, que, machucado com o evento da prisão de seu líder, sem autocrítica alguma por suas responsabilidades na situação atual e sem compromisso algum com a gestão presente ou futura do país, radicaliza seu discurso de volta à demagogia fácil. Pregando de novo tudo o que não tentaram fazer no poder, disfarçam sua velha política do “quanto pior melhor”.
Isso é uma das atitudes do Ciro que mais me desagradam: o dois-ladismos. Comparar Lula e Bolsonaro é uma coisa que eu não posso aceitar. Mesmo que houvesse um video do Lula dizendo "bora superfaturar a obra e andar de pedalinho em Atibaia", ainda assim seria infinitamente melhor que o excrementíssimo atual. Muito me entristece vê-lo cair na besteira de dizer que ambos são dois lados da mesma moeda. Acho que isso é legitimar o "e o PT, hein? E o Lula?" A mídia (por idealismo ou porque convinha) cometia o mesmo erro: querer ser imparcial e mostrar os dois lados em pé de igualdade, sem perceber que não se deve ser imparcial quando um dos lados advoga pela perseguição de minorias e extinção de direitos. Vem melhorando desde o começo da CPI, pararam de dar palco para maluco.

<edit>Isso só confirma a tese de que o certo não é amenizar o discurso para abraçar os centristas, mas justamente radicalizar pela esquerda para puxar a corda e começar a acostumar as pessoas com as propostas progressistas. Como o Ian diz no The Alt-right Playbook, se a gente quer, por exemplo, garantir os direitos dos gays, não se deve começar pedindo a descriminalização, mas, sim, demandando o casamento legal e o direito à adoção, de modo que, quando a descriminalização for aprovada, pareça uma concessão.</edit>

Além disso, ele queima pontes. À época da prisão, falou em ir ele próprio resgatar o Lula e levar a uma embaixada até a farsa jurídica ser desmontada, agora vem dizer que o Lula é um demagogo sem projeto. Eu entendo que a estratégia dele é capitalizar em cima do ainda latente antipetismo e atrair os que se sentem traídos pelo bolsonarismo, pelo menos aqueles que embarcaram no bolsonarismo pela promessa de incorruptibilidade (já que o Ciro não pretende defender o retrocesso social), mas, poxa, tem necessidade? Será que não existem formas de se distanciar do Lula sem virar inimigo do Lula? Fica um pouco incoerente, até: ao mesmo tempo em que reconhece as conquistas, tacha de tudo e mais um pouco.

A perspectiva até parece interessante, mas eu tenho dificuldade em engolir a estratégia eleitoral dele.
 
Última edição:
Boa noite, diário,

Estou lendo o livro do Cirão. Os parágrafos são bem picotados. Não atrapalha a leitura, mas eu achei curioso.

Lá pelas tantas, me deparo com isso:

Isso é uma das atitudes do Ciro que mais me desagradam: o dois-ladismos. Comparar Lula e Bolsonaro é uma coisa que eu não posso aceitar. Mesmo que houvesse um video do Lula dizendo "bora superfaturar a obra e andar de pedalinho em Atibaia", ainda assim seria infinitamente melhor que o excrementíssimo atual. Muito me entristece vê-lo cair na besteira de dizer que ambos são dois lados da mesma moeda. Acho que isso é legitimar o "e o PT, hein? E o Lula?" A mídia (por idealismo ou porque convinha) cometia o mesmo erro: querer ser imparcial e mostrar os dois lados em pé de igualdade, sem perceber que não se deve ser imparcial quando um dos lados advoga pela perseguição de minorias e extinção de direitos. Vem melhorando desde o começo da CPI, pararam de dar palco para maluco.

<edit>Isso só confirma a tese de que o certo não é amenizar o discurso para abraçar os centristas, mas justamente radicalizar pela esquerda para puxar a corda e começar a acostumar as pessoas com as propostas progressistas. Como o Ian diz no The Alt-right Playbook, se a gente quer, por exemplo, garantir os direitos dos gays, não se deve começar pedindo a descriminalização, mas, sim, demandando o casamento legal e o direito à adoção, de modo que, quando a descriminalização for aprovada, pareça uma concessão.</edit>

Além disso, ele queima pontes. À época da prisão, falou em ir ele próprio resgatar o Lula e levar a uma embaixada até a farsa jurídica ser desmontada, agora vem dizer que o Lula é um demagogo sem projeto. Eu entendo que a estratégia dele é capitalizar em cima do ainda latente antipetismo e atrair os que se sentem traídos pelo bolsonarismo, pelo menos aqueles que embarcaram no bolsonarismo pela promessa de incorruptibilidade (já que o Ciro não pretende defender o retrocesso social), mas, poxa, tem necessidade? Será que não existem formas de se distanciar do Lula sem virar inimigo do Lula? Fica um pouco incoerente, até: ao mesmo tempo em que reconhece as conquistas, tacha de tudo e mais um pouco.

A perspectiva até parece interessante, mas eu tenho dificuldade em engolir a estratégia eleitoral dele.

Foi um pouco nessa linha a minha crítica ao Ciro, lá no outro post. De achar que o Ciro erra muito no tom, com frequência desnecessariamente e desastradamente, contribuindo para criar aí uma teia de ressentimentos. Que sobra fígado em algumas declarações dele...

Não que o PT seja a Virgem do altar nessa história toda, né? Pra mim, no plano ideal, nós teríamos uma composição do Ciro com o PT. Mas isso não vai rolar, por culpa do Ciro e do PT. Enfim, não temos e não teremos esse cenário.

De qualquer forma, no trecho que você indicou, Zirak, eu não vejo tanto problema. Você deu a chave pra questão: isso é estratégia eleitoral e é do jogo. Uma coisa é a imprensa investir na estratégia dos dois demônios, pintando a falácia de que Lula e Bolsonaro são opostos simétricos (Estadão). Outra coisa é o adversário político, que representa a terceira força, e quer chegar a ser segunda, para estar no segundo turno. Nesse sentido, é mesmo um livro para se ler com desconfiança, porque a análise se mescla à postulação eleitoral. E o Ciro não quer falar apenas para convertidos. Está olhando pra essa parcela do eleitorado que você apontou.
 
Nunca gostei do Ciro. Jamais tive a intenção de votar nele, num primeiro turno (claro que, num segundo, eu votaria nele ou em qualquer pessoa com a qual tenho divergências, mas sei que respeita o Estado Democrático de Direito.). E se tinha alguma chance de esse cenário mudar, nos últimos anos, só piorou, porque eu peguei RANÇO, mesmo, da figura. Quando vejo a foto dele em alguma coisa, na internet, ignoro, sem ler, para não passar raiva. (É claro que eu não respondo por todos os petistas do Brasil; eu só falo por mim. E a cada nova fala torta dele, mais vontade de mandá-lo para a casa do caralho eu sinto).
 
Diário,

eu juro que tenho tentado não comprar livros, porque tenho muitos por ler. O último que eu havia comprado foi Drácula, para kindle, porque eu queria reler o livro com os migos do fórum. (E a edição extraordinária do Clube de Leitura foi/está sendo um sucesso. Confiram aqui.) Acontece que, antes de ontem, fui à farmácia (Araújo que fica no bairro vizinho, porque é só lá que consigo encontrar minha cocadinha zero açúcar e meu chocolate Linea, também zero açúcar. Sim, eu sei que sou chata; mas sou filha de diabética, e prefiro pecar pelo excesso de cuidado com a alimentação o que, de modo algum, significa deixar de comer meu doce preferido e, claro, chocolate), e dei de cara com um exemplar (diferente) de O Pequeno Príncipe.

Não me entreguei, logo de cara. Pensei: "nunca comprei livro em farmácia, não é agora que vou fazer isso. E nem se trata de um livro inédito". Até aí, tudo bem. O problema é que a fila não andava, e eu caí na besteira de pegar o exemplar para dar uma "olhadinha", e achei a edição diferentona muito bonitinha. Tava no plástico, mas deu para ver o papel da capa, o desenho mais "rústico", e aí eu me lembrei de que tô com vontade de reler o livrinho do Antoine de Saint-Exupéry, e não resisti à tentação.

Ainda não comecei a reler o livro, mas dei uma rápida folheada, e percebi que essa tradução é mais modernosa (não num sentido ruim), é mais condizente com a fala, mesmo que num âmbito fictício. Começa pelo "vivi só", que foi substituído por "vivi sozinho". Depois, o "desenha-me um carneiro" da tradução clássica foi substituído, a meu ver, corretamente, por "desenhe um carneiro para mim". Nesse caso, acho que há uma chance maior de a linguagem funcionar para aproximar, parece mais natural.

De qualquer modo, quando terminar de reler O Pequeno Príncipe, pretendo passá-lo para frente, presentear algum(a) amigo (a) querido (a) com a edição em questão. Acho que dar e receber livros é um trem bonito porque é como se a gente guardasse um pedacinho da pessoa (Hannibal, meu caro... :rofl:) que nos deu o livro, né?

Procês darem uma conferida no livrinho:

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Diário,

eu juro que tenho tentado não comprar livros, porque tenho muitos por ler. O último que eu havia comprado foi Drácula, para kindle, porque eu queria reler o livro com os migos do fórum. (E a edição extraordinária do Clube de Leitura foi/está sendo um sucesso. Confiram aqui.) Acontece que, antes de ontem, fui à farmácia (Araújo que fica no bairro vizinho, porque é só lá que consigo encontrar minha cocadinha zero açúcar e meu chocolate Linea, também zero açúcar. Sim, eu sei que sou chata; mas sou filha de diabética, e prefiro pecar pelo excesso de cuidado com a alimentação o que, de modo algum, significa deixar de comer meu doce preferido e, claro, chocolate), e dei de cara com um exemplar (diferente) de O Pequeno Príncipe.

Não me entreguei, logo de cara. Pensei: "nunca comprei livro em farmácia, não é agora que vou fazer isso. E nem se trata de um livro inédito". Até aí, tudo bem. O problema é que a fila não andava, e eu caí na besteira de pegar o exemplar para dar uma "olhadinha", e achei a edição diferentona muito bonitinha. Tava no plástico, mas deu para ver o papel da capa, o desenho mais "rústico", e aí eu me lembrei de que tô com vontade de reler o livrinho do Antoine de Saint-Exupéry, e não resisti à tentação.

Ainda não comecei a reler o livro, mas dei uma rápida folheada, e percebi que essa tradução é mais modernosa (não num sentido ruim), é mais condizente com a fala, mesmo que num âmbito fictício. Começa pelo "vivi só", que foi substituído por "vivi sozinho". Depois, o "desenha-me um carneiro" da tradução clássica foi substituído, a meu ver, corretamente, por "desenhe um carneiro para mim". Nesse caso, acho que há uma chance maior de a linguagem funcionar para aproximar, parece mais natural.

De qualquer modo, quando terminar de reler O Pequeno Príncipe, pretendo passá-lo para frente, presentear algum(a) amigo (a) querido (a) com a edição em questão. Acho que dar e receber livros é um trem bonito porque é como se a gente guardasse um pedacinho da pessoa (Hannibal, meu caro... :rofl:) que nos deu o livro, né?

Procês darem uma conferida no livrinho:

Ver anexo 90729

Ver anexo 90730

Meu deus lá em casa acho que deve ter uns 3 livros do Pequeno Príncipe em edições diferentes, pq cada uma tem o seu - inclusive a dona Rafaella com seus 9 aninhos de idade já tem a edição dela e esses dias andava com ela embaixo do braço pra tudo que é lado, mesmo com a preguiça que aquela criança tem de ler.
 
Buenas, diário,

Hoje descobri que a galera do arcadismo esteve envolvida na Inconfidência, sendo que, quando o plano azedou, o Cláudio Manoel da Costa se suicidou e o Tomás Antonio Gonzaga e o Alvarenga Peixoto foram desterrados para a África. Fiquei chocadah. :0

Preciso terminar de ler o Romanceiro da Inconfidência.

Sim, e foi por isso que a Nova Aguilar reuniu a poesia dos três sob este título mais bacana do que chamá-los de árcades (até porque essa definição deixaria de fora outros poetas menos famosos, como o Silva Alvarenga):

Ver anexo 90778

Tenho uma edição do Instituto Nacional do Livro, intitulada "Vida e obra de Alvarenga Peixoto", organizada pelo M. Rodrigues Lapa, que é uma verdadeira joia. É uma edição dos anos 1960, o livro está bem surradinho, inclusive está com a capa soltando e há tempos que estou adiando mandá-lo pro hospital do livro. Comprei porque utilizei na minha dissertação de mestrado, num capítulo em que fazia um estudo prosopográfico que envolvia o "sogro" do Alvarenga, o Dr. José Silveira e Sousa, pai de D. Bárbara Heliodora. Pra quem se interessa pelo Alvarenga Peixoto, recomendo muito.

E @Zirak-tarâg , o Romanceiro da Inconfidência é uma delícia de leitura. Pra mim, que sou mineiro, já morei em São João del-Rei e conheço bem Ouro Preto e tudo - e fiz a minha dissertação de mestrado com um recorte cronológico que engloba a Inconfidência Mineira, embora o meu tema em si não fosse a Inconfidência... cara, que delícia de leitura! Os versos da Cecília têm mesmo "cheiro" de Minas Gerais. Deu até vontade de reler. :grinlove:

"[...] O passado não abre a sua porta
e não pode entender a nossa pena.
Mas, nos campos sem fim que o sonho corta,

vejo uma forma no ar subir serena:
vaga forma, do tempo desprendida.
É a mão do Alferes, que de longe acena.

Eloquência da simples despedida:
'Adeus! que trabalhar vou para todos!...' (Esse adeus estremece a minha vida)".
 

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