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@Fúria da cidade encarnou a Jovem Pan mesmo. rsrs
Enfim, só um monte de verborragia: "burguesinho" que faz cosplay de pobre e anda de celta é o velho argumento envelopado do "socialista de I-Phone". Ser líder de um movimento social que luta pelo direito à moradia (art. 6º da Constituição de 1988) e pela efetivação da função social da propriedade (princípio da Ordem Econômica, segundo o Art. 170, III, da Constiuição de 1988), pro Fúria também é defeito. E sobre as vidraças da FIESP, cada um que busque o que foi dito pelo Boulos à época e tire as suas conclusões. Aliás, da maneira como o Fúria fala, fica parecendo que o Boulos quebrou, ele próprio, as vidraças...
Cada um tem direito a seus afetos e desafetos. É legítimo que o Fúria desgoste do Boulos, mas jogá-lo no mesmo saco que o Pablo Marçal, quadrilheiro condenado pela justiça e absoluta nulidade política, é um tipo de comentário em que falta análise e sobra fígado.
Vou dizer, no entanto, que o comentário do Fúria sobre a gestão do Edmilson em Belém é, no meio desse balaio, o melhor argumento.
A gestão do Edmilson em Belém foi muito mal avaliada mesmo. E é apenas esperado que isso vire munição eleitoral contra o Boulos. E aí ele tem que se virar pra dizer como pretende governar São Paulo.
Do fato de a gestão do Edmilson em Belém ter sido mal avaliada não se deduz que uma eventual gestão de Guilherme Boulos também o seria.
Mas o PSOL é um partido pequeno e, com alguma frequência, purista, pouco pragmático. Tem o ônus de dizer como pretende governar, se quer governar a maior e mais complexa metrópole brasileira. Entendo que isso foi calculado, inclusive, na indicação da sua vice, lembrando aqui que a Marta Suplicy, numa recente pesquisa do Data Folha, foi considerada a melhor prefeita de São Paulo dos últimos 40 anos.
Sobre o PSOL ser o lixo do lixo da esquerda, o Fúria precisaria ser mais específico. Eu mesmo tenho muitas críticas ao PSOL (ou a tendências do PSOL), mas acho, por exemplo, que a sua pequena, mas combativa, bancada parlamentar tem cumprido, ao longo dos anos, um papel importante em torno de pautas sociais que estão, inclusive, previstas na Constituição de 1988.
Lembrando aí que o Boulos conta com o apoio do Lula, da máquina do PT, e reuniu uma coligação de 8 partidos. Coligação eleitoral não necessariamente se traduz em apoio político a eventual governo, ok. Mas é um indicativo de espaço para negociação desse apoio.
[Eu acho que o Boulos devia ter ido para o PT].