Ecthelion
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Palmeiras adota a lei do silêncio. Ninguém fala uma palavra sobre os escândalos envolvendo dono da Crefisa e da FAM. Clube repete estratégia usada pelo Corinthians, na época da MSI…
39 ComentáriosTags: escândalo FAM Crefisa, Lamacchia escândalo, Palmeiras, Palmeiras age igual Corinthians MSI
"A Crefisa é uma instituição sólida, de credibilidade, tenho orgulho de presidir. E optei por patrocinar o Palmeiras por isso também. Porque é um time de extrema credibilidade, paga em dia seus compromissos, não atrasa pagamento. Não tem escândalo envolvendo o Palmeiras. Há muita coisa em comum com a Crefisa. Estamos juntos por dois anos com possibilidade de ficar mais."
Essa declaração foi de José Roberto Lamacchia. No dia cinco de janeiro de 2015, o dono da Crefisa, não só comemorava o acerto com o Palmeiras, seu time 'do coração'. Mas também ironizava o fato de não ter fechado patrocínio com o São Paulo, o clube 'com escândalos'. Ele se referia às negociações quando Carlos Miguel Aidar era o presidente no Morumbi.
O tempo passou e no sábado, dia 5 de março, a revista Isto É demonstrou que os escândalos podem ter chegado ao Palmeiras. Em uma matéria ampla e assustadora, a publicação revela que Lamacchia é acusado de fraude para controlar a associação que administra a Faculdade das Américas (FAM). Estabelecimento de ensino com mais de 17 mil alunos.
A acusação é gravíssima.
Lamacchia teria forjado assembléia geral do Centro Brasileiro dos Servidores Públicos de São Paulo. E se tornado o único sócio real. A Cebrasp foi criada em 1984 para promover cursos profissionalizantes. Voltados para pessoas humildes, simples. Mesmo com preços baixos, as mensalidades tinham de ser pagas. O dono da Crefisa era dirigente da associação. E tinha acesso às fichas cadastrais. E, de acordo com a revista, teria passado a oferecer empréstimos irregulares a essas pessoas pobres.
Em 2004, a Cebrasp foi transformada na Cebrasp Ensino, que era dona de 90% do capital da FAM – os 10% eram de Lamacchia. Tudo graças teria acontecido graças à assembléia forjada.
O pior viria. Uma reunião entre os 'socios' confirmou a mudança de estatuto. Os cerca de 40 sócios foram chamados para conhecer novos projetos da Cebrasp. E foram obrigados a assinar uma lista de presença. Ela foi usada como consentimento dos sócios para a mudança na estrutura da entidade.
Só que uma faxineira de 67 anos, Glória da Graça de Souza, foi a única pessoa que registrou seus dados corretamente. RG e CPF. E por isso conseguiu comprovar que era sócia legítima da Cebrasp. E, lógico, sócia da FAM. Com poderes até para tirar Lamacchia da presidência da faculdade.
Gloria enfrentou os tribunais e derrotou Lamacchia. O empresário tem de pagar R$ 500 milhões à faxineira.
A sentença não permite mais recurso. A revista acusa o empresário de fazer tudo para atrasar sua execução. Como se levasse em consideração a idade avançada de Glória. Isto É relata algo estarrecedor. Em outubro de 2011, Lamacchia teria invadido a casa de Glória e ofereceu R$ 600 mil para que ela retirasse o processo. Como não aceitou teria feito várias ameaças.
A Crefisa e a Fam, pagam R$ 66 milhões por ano para patrocinar a camisa do Palmeiras. É a camisa mais valorizada do país. O empresário deu o dinheiro para a compra e paga os salários do atacante paraguaio Lucas Barrios.
O presidente Paulo Nobre tomou conhecimento ainda no sábado do escândalo. Aliás, inúmeros exemplares da revista circularam no Palestra Itália. Mas Nobre avisou conselheiros e assessores. Não se pronunciará sobre o caso. A Justiça ainda não condenou Lamacchia por nada. As denúncias são muito específicas. E a vitória da faxineira é contra o empresário. Nada que tenha a ver com o Palmeiras.
A postura oficial do clube é desconhecer o fato. E continuar a receber os R$ 66 milhões.
O Corinthians adotou a mesma postura em relação à MSI. Só quando a Polícia Federal processou os donos da empresa por lavagem de dinheiro, formação de quadrilha. E ainda invadiu o Parque São Jorge, a parceria acabou. Durou dois anos e meio.
A Crefisa é uma das únicas financeiras do país a emprestar dinheiro para servidores públicos e aposentados com o nome sujo. E foi com esses serviços financeiros que Lamacchia construiu um patrimônio bilionário.
O capital social da financeira, que era de R$ 60 mil, em dezembro de 2006, foi multiplicado em 2.733%, para R$ 1,7 milhão, em junho de 2015. No mesmo período, o patrimônio líquido da Crefisa, de R$ 157,8 milhões, saltou 1.522% para R$ 2,56 bilhões.
A financeira especializou-se em um tipo de empréstimo pessoal bastante lucrativo, que não segue o habitual modelo de crédito consignado com desconto em folha de pagamento. Os clientes aceitam o débito automático das parcelas em suas contas correntes bancárias. Embora a inadimplência da Crefisa esteja perto de 40% do total emprestado, os juros altos garantem a lucratividade do negócio. Segundo o BC, as taxas superam 830% ao ano.
De acordo com a reportagem da Istoé, o empresário, desde quando passou a ser réu nos processos movidos por Glória, tentou retirá-la da sociedade com a intenção de preservar seu patrimônio que é superior a R$ 3 bilhões.
Glória só descobriu que era sócia do empresário após ser intimada pela Polícia Federal. A suspeita é de que ela tivesse sido usada como laranja. Daí, o processo.
Lamacchia está sendo processado por estelionato e formação de quadrilha.
De acordo com a Isto É, Lamacchia também tem grande problema na Justiça. O escândalo da Operação Pouso Forçado, da Polícia Federal, que investiga crimes tributários na importação de jatinhos executivos.
"Em 2012, a PF, a Receita Federal e o Ministério Público investigaram uma centena de empresários, banqueiros e empresas que importavam aeronaves sem pagar os impostos devidos. Na ocasião, 22 aviões foram sequestrados pelas autoridades. Lamacchia era proprietário de um Cessna Citation Sovereign C680, de prefixo VPCAV, avaliado em cerca de US$ 20 milhões, registrado nas Ilhas Cayman em nome da empresa Toby LLC.
Ele não conseguiu recuperar esse jato. Desde 2011, informa a Agência Nacional de Aviação Civil, a City Táxi Aéreo, de propriedade de Lamacchia, está com o certificado de autorização suspenso. A Delegacia Fazendária da Polícia Federal, especializada em crimes tributários, continua no seu encalço e investiga a importação irregular de um Dassault Falcon 7x, avaliado em US$ 52 milhões.
O jato, de prefixo PRYVL, foi adquirido em 13 de março de 2008 pela Crefipar Participações e Empreendimentos. A empresa Malaga LLC aparece como proprietária do avião, mas teve o registro suspenso nos Estados Unidos em 26 de setembro de 2014. O operador dessa aeronave é a Sedona Cobrança e Assessoria, empresa que pertence à Crefipar, conforme documento da Junta Comercial."
O empresário não fala sobre nenhum dos escândalos.
Muito menos o Palmeiras.
Assim como agia o Corinthians com as denúncias contra a MSI.
R$ 5,5 milhões chegam ao Palestra Itália todos os meses.
Vindos da Crefisa e da FAM.
Pelo menos desses escândalos Carlos Miguel Aidar escapou...
.......................................
Que zona hein!
39 ComentáriosTags: escândalo FAM Crefisa, Lamacchia escândalo, Palmeiras, Palmeiras age igual Corinthians MSI
"A Crefisa é uma instituição sólida, de credibilidade, tenho orgulho de presidir. E optei por patrocinar o Palmeiras por isso também. Porque é um time de extrema credibilidade, paga em dia seus compromissos, não atrasa pagamento. Não tem escândalo envolvendo o Palmeiras. Há muita coisa em comum com a Crefisa. Estamos juntos por dois anos com possibilidade de ficar mais."
Essa declaração foi de José Roberto Lamacchia. No dia cinco de janeiro de 2015, o dono da Crefisa, não só comemorava o acerto com o Palmeiras, seu time 'do coração'. Mas também ironizava o fato de não ter fechado patrocínio com o São Paulo, o clube 'com escândalos'. Ele se referia às negociações quando Carlos Miguel Aidar era o presidente no Morumbi.
O tempo passou e no sábado, dia 5 de março, a revista Isto É demonstrou que os escândalos podem ter chegado ao Palmeiras. Em uma matéria ampla e assustadora, a publicação revela que Lamacchia é acusado de fraude para controlar a associação que administra a Faculdade das Américas (FAM). Estabelecimento de ensino com mais de 17 mil alunos.
A acusação é gravíssima.
Lamacchia teria forjado assembléia geral do Centro Brasileiro dos Servidores Públicos de São Paulo. E se tornado o único sócio real. A Cebrasp foi criada em 1984 para promover cursos profissionalizantes. Voltados para pessoas humildes, simples. Mesmo com preços baixos, as mensalidades tinham de ser pagas. O dono da Crefisa era dirigente da associação. E tinha acesso às fichas cadastrais. E, de acordo com a revista, teria passado a oferecer empréstimos irregulares a essas pessoas pobres.
Em 2004, a Cebrasp foi transformada na Cebrasp Ensino, que era dona de 90% do capital da FAM – os 10% eram de Lamacchia. Tudo graças teria acontecido graças à assembléia forjada.
O pior viria. Uma reunião entre os 'socios' confirmou a mudança de estatuto. Os cerca de 40 sócios foram chamados para conhecer novos projetos da Cebrasp. E foram obrigados a assinar uma lista de presença. Ela foi usada como consentimento dos sócios para a mudança na estrutura da entidade.
Só que uma faxineira de 67 anos, Glória da Graça de Souza, foi a única pessoa que registrou seus dados corretamente. RG e CPF. E por isso conseguiu comprovar que era sócia legítima da Cebrasp. E, lógico, sócia da FAM. Com poderes até para tirar Lamacchia da presidência da faculdade.
Gloria enfrentou os tribunais e derrotou Lamacchia. O empresário tem de pagar R$ 500 milhões à faxineira.
A sentença não permite mais recurso. A revista acusa o empresário de fazer tudo para atrasar sua execução. Como se levasse em consideração a idade avançada de Glória. Isto É relata algo estarrecedor. Em outubro de 2011, Lamacchia teria invadido a casa de Glória e ofereceu R$ 600 mil para que ela retirasse o processo. Como não aceitou teria feito várias ameaças.
A Crefisa e a Fam, pagam R$ 66 milhões por ano para patrocinar a camisa do Palmeiras. É a camisa mais valorizada do país. O empresário deu o dinheiro para a compra e paga os salários do atacante paraguaio Lucas Barrios.
O presidente Paulo Nobre tomou conhecimento ainda no sábado do escândalo. Aliás, inúmeros exemplares da revista circularam no Palestra Itália. Mas Nobre avisou conselheiros e assessores. Não se pronunciará sobre o caso. A Justiça ainda não condenou Lamacchia por nada. As denúncias são muito específicas. E a vitória da faxineira é contra o empresário. Nada que tenha a ver com o Palmeiras.
A postura oficial do clube é desconhecer o fato. E continuar a receber os R$ 66 milhões.
O Corinthians adotou a mesma postura em relação à MSI. Só quando a Polícia Federal processou os donos da empresa por lavagem de dinheiro, formação de quadrilha. E ainda invadiu o Parque São Jorge, a parceria acabou. Durou dois anos e meio.
A Crefisa é uma das únicas financeiras do país a emprestar dinheiro para servidores públicos e aposentados com o nome sujo. E foi com esses serviços financeiros que Lamacchia construiu um patrimônio bilionário.
O capital social da financeira, que era de R$ 60 mil, em dezembro de 2006, foi multiplicado em 2.733%, para R$ 1,7 milhão, em junho de 2015. No mesmo período, o patrimônio líquido da Crefisa, de R$ 157,8 milhões, saltou 1.522% para R$ 2,56 bilhões.
A financeira especializou-se em um tipo de empréstimo pessoal bastante lucrativo, que não segue o habitual modelo de crédito consignado com desconto em folha de pagamento. Os clientes aceitam o débito automático das parcelas em suas contas correntes bancárias. Embora a inadimplência da Crefisa esteja perto de 40% do total emprestado, os juros altos garantem a lucratividade do negócio. Segundo o BC, as taxas superam 830% ao ano.
De acordo com a reportagem da Istoé, o empresário, desde quando passou a ser réu nos processos movidos por Glória, tentou retirá-la da sociedade com a intenção de preservar seu patrimônio que é superior a R$ 3 bilhões.
Glória só descobriu que era sócia do empresário após ser intimada pela Polícia Federal. A suspeita é de que ela tivesse sido usada como laranja. Daí, o processo.
Lamacchia está sendo processado por estelionato e formação de quadrilha.
De acordo com a Isto É, Lamacchia também tem grande problema na Justiça. O escândalo da Operação Pouso Forçado, da Polícia Federal, que investiga crimes tributários na importação de jatinhos executivos.
"Em 2012, a PF, a Receita Federal e o Ministério Público investigaram uma centena de empresários, banqueiros e empresas que importavam aeronaves sem pagar os impostos devidos. Na ocasião, 22 aviões foram sequestrados pelas autoridades. Lamacchia era proprietário de um Cessna Citation Sovereign C680, de prefixo VPCAV, avaliado em cerca de US$ 20 milhões, registrado nas Ilhas Cayman em nome da empresa Toby LLC.
Ele não conseguiu recuperar esse jato. Desde 2011, informa a Agência Nacional de Aviação Civil, a City Táxi Aéreo, de propriedade de Lamacchia, está com o certificado de autorização suspenso. A Delegacia Fazendária da Polícia Federal, especializada em crimes tributários, continua no seu encalço e investiga a importação irregular de um Dassault Falcon 7x, avaliado em US$ 52 milhões.
O jato, de prefixo PRYVL, foi adquirido em 13 de março de 2008 pela Crefipar Participações e Empreendimentos. A empresa Malaga LLC aparece como proprietária do avião, mas teve o registro suspenso nos Estados Unidos em 26 de setembro de 2014. O operador dessa aeronave é a Sedona Cobrança e Assessoria, empresa que pertence à Crefipar, conforme documento da Junta Comercial."
O empresário não fala sobre nenhum dos escândalos.
Muito menos o Palmeiras.
Assim como agia o Corinthians com as denúncias contra a MSI.
R$ 5,5 milhões chegam ao Palestra Itália todos os meses.
Vindos da Crefisa e da FAM.
Pelo menos desses escândalos Carlos Miguel Aidar escapou...
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Que zona hein!