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eSport

  • Criador do tópico Criador do tópico Turgon
  • Data de Criação Data de Criação
Podemos pegar o exemplo do xadrez que só foi reconhecido oficialmente como esporte pelo Comitê Olímpico Internacional em 2001 como esporte baseado em uma série de argumentos como: ter caráter competitivo com diversas competições, possuir regras fixas padronizadas por órgãos que regulamentam a modalidade, estar vinculado a federações/confederações nacionais e internacionais.
Além de exigir estratégia, concentração, etc.

Os E-sports cumprem isso e indo até um pouco além tendo equipes e treinadores.

Pois é... mas tenho cá as minhas dúvidas se Xadrez é um esporte também.
Por esses argumentos que você elencou, @Fúria da cidade , acho que um desfile de escola de samba se enquadraria mais como modalidade esportiva do que Xadrez ou E-Sports. Além de tudo, envolve "atividade predominantemente física". Mas não é tratado como esporte... ou é? :think:
 
Pois é... mas tenho cá as minhas dúvidas se Xadrez é um esporte também.
Por esses argumentos que você elencou, @Fúria da cidade , acho que um desfile de escola de samba se enquadraria mais como modalidade esportiva do que Xadrez ou E-Sports. Além de tudo, envolve "atividade predominantemente física". Mas não é tratado como esporte... ou é? :think:

O grande problema que vemos em muitas discussões é centralizar os argumentos somente na parte física, questionando se há grande esforço ou não. Isso era até esperado da Moser que jogou uma modalidade que detonou muito os joelhos dela, vindo inclusive a jogar sua última edição de olimpíada no sacrifício.

Se for assim, duas modalidades esportivas e olímpicas como arco e flecha e tiro esportivo deveriam ser muito questionadas, já que os atletas de cada uma delas disparam contra um alvo uma flecha e uma pistola respectivamente, mas tem várias modalidades de E-Sports que a pessoa ao final de um jogo queimou muito mais calorias que os atletas dessas duas modalidades.
 
O grande problema que vemos em muitas discussões é centralizar os argumentos somente na parte física, questionando se há grande esforço ou não. Isso era até esperado da Moser que jogou uma modalidade que detonou muito os joelhos dela, vindo inclusive a jogar sua última edição de olimpíada no sacrifício.

Se for assim, duas modalidades esportivas e olímpicas como arco e flecha e tiro esportivo deveriam ser muito questionadas, já que os atletas de cada uma delas disparam contra um alvo uma flecha e uma pistola respectivamente, mas tem várias modalidades de E-Sports que a pessoa ao final de um jogo queimou muito mais calorias que os atletas dessas duas modalidades.

Tem toda a razão. E no fim das contas, essa discussão sobre o que pode ou não pode ser considerado esporte pode eventualmente não ser tão simples.
 
Como quem não tem qualquer interesse nesse nicho, mas foi picado pela curiosidade, faço uma pergunta: como o fato de os E-Sports estarem crescendo, criando prêmios e grandes eventos, contraria o argumento da Moser de que se trata de indústria do entretenimento e não de esporte? Indústria de entretenimento também movimenta dinheiro pra caralho e é plenamente capaz de criar tudo isso aí, Turgo.
Eu não acompanho, nem jogo nada. Admito de saída a minha ignorância sobre a área e estou aberto a ser convencido do contrário, mas eu tendo a pensar que não são esportes de verdade mesmo. A questão de fundo é a delimitação do conceito de esporte, não? E veja, eu admito que conceitos possam mudar para incorporar circunstâncias que não existiam antes. Mas por que a posição da Moser é uma burrice? O fato de haver competições de gamers, não torna per si isso um esporte. Também há competições de arrotos. :dente:

E outra coisa... sobre o segundo comentário quotado, se o E-Sports continuará da mesma forma de sempre, sem necessitar ser rotulado disto ou daquilo, qual o motivo da celeuma sobre a fala da Moser?
É um pouco do que o Fúria comentou. Hoje os jogadores de eSport não vão até algum determinado local e jogam para milhares simplesmente. Existe todo um time por trás, preparadores, treinadores, acompanhamento física e mental, entre várias outras características de um atleta comum.

Se pegarmos times como Liquid, Pain, Loud, entre outros mais famosos aqui no Brasil, vemos que eles possuem até mesmo as chamadas categorias de base. Jovens são inseridos ali e praticam o jogo durante 8 a 12 horas por dia. É um treinamento maçante, assim como de um atleta e por isto necessitam de um nutricionista, exercícios físicos constantes, além de terem seus estudos.

A Ana Mozer rotular ou não como um esporte pouco vai afetar o mercado. O que não faltam são patrocinadores fortes como o Banco do Brasil, Itaú, entre outros. Isto digo apenas no mercado nacional, sendo que no Internacional temos muito mais investimentos e premiações milionárias.

A burrice dela ao meu ver é que o mercado de eSport está em ascensão no Brasil e movimentando muito dinheiro. Basta ver o último Major que aconteceu no Rio de Janeiro de Counter-Strike que lotou as arenas e tiveram ingressos esgotados a 3 meses antes do evento. É um mercado que gira muito dinheiro. Ela tirar isto da pauta dela por não considerar como esporte é de uma burrice enorme, pois poderia sim explorar, fazer eventos pequenos, mostrar para as crianças como todo o mercado funciona e ingressar jovens na área.

Um pouco sobre o que o Casemiro, outro streamer grande no Brasil comentou sobre o caso:

"— O ponto deste debate, que nem deveria ser debate, é o seguinte: tu pode ter a sua opinião que quiser. Tu só não pode fazer duas coisas. Um: desrespeitar a parada. E dois: mostrar uma ignorância f***** no comentário. Isso não dá — contextualizou Casimiro, eleito a Personalidade do Ano no Prêmio eSports Brasil 2022, ao iniciar o comentário sobre a fala de Ana Moser, em uma live na internet."

— "Ah, eu acho que esports é batata frita". Show! Mas tu reconhece a grandeza? Sabe do que está falando? Então beleza. Não foi o caso dela. O comentário foi grotesco e grosseiro, na minha opinião, porque parecia que não sabia o que estava falando. "Ah, o esport não é imprevisível". Não sabe o que está falando. Esse comentário, só esse, já é uma merda.

— O bagulho que me desagrada é o simples fato de que é um comentário arcaico. A forma como ela fala. Beleza que você não quer colocar o esport na pasta do esporte, você vai colocar em que pasta? Porque tem que ter investimento, tem que ter. É muito grande, pô. Não pode tratar como se fosse uma merda. Na pasta de Cultura, na pasta de Ciência e Tecnologia, em algum lugar. Ela poderia ter só mais cuidado na fala dela, porque desrespeitou muita gente.

— Eu acho que tem que ter investimento no esporte eletrônico. Vou te dar um exemplo simples: pega o Nobru. O Nobru é um moleque que nasceu em periferia, começou a jogar no celularzinho dele, mudou de vida, mudou a vida da família delee mudou a vida de uma galera. Será que não tem uma porrada de Nobru aí para surgir? Onde é que o governo está atuando nisso para surgir mais ? É instrumento de mudança de vida. Eu acho importante. Assim como o futebol.

— Agora, tem algumas barreiras que, de fato, são complicadas. Você está lidando com empresas privadas, você está lidando com propriedades intelectuais. É muito complexo. A discussão é muito complexa para ser encerrada numa frase ruim da ministra. Foi bem ruim. Foi uma merda, com todo respeito.

— Uma outra frase que eu me lembrei agora que ela falou: "ah, a Ivete Sangalo treina". Pô, Ana Moser. Que comentário de tiozão, mano. Daqui a pouco ela vai falar que a passista do Salgueiro treina também. E aí? Ela [ministra] é lendária, tem que respeitar, mas falou b****. Todo mundo fala.

— É diferente, você só não pode ser ignorante no assunto. Na minha opinião, a Ana Moser foi ignorante. É lamentável. Ela mostrou desconhecimento do assunto. Ela pode ter a opinião de que esporte eletrônico não é esporte. Fica à vontade. Ela só não pode tratar o esporte eletrônico como se fosse uma merda, porque é um bagulho que dá dinheiro, muda a vida das pessoas e é muito importante na vida de várias pessoas. Não dá para ignorar. Ela poderia escolher mil frases melhores. Ela escolheu a pior. Ela escolheu palavras ruins.


Caso queira ver tudo, está aqui.

E assim continua. O eSport tem crescido muito mesmo sem a ajuda do governo e isto não fará diferença no atual momento. É algo que poderia mudar a vida de muitos jovens, inclusive na inclusão de tecnologia, mas eles preferem ignorar e continuar falando besteira sobre o assunto.

Se os mais envolvidos não estão ligando, quem sou eu para ligar? De certo isto será tratado melhor mais para frente, mas pelo visto não será ainda neste momento com a geração que está lá no governo. Fará diferença no eSport? Não.
 
Podemos pegar o exemplo do xadrez que só foi reconhecido oficialmente como esporte pelo Comitê Olímpico Internacional em 2001 como esporte baseado em uma série de argumentos como: ter caráter competitivo com diversas competições, possuir regras fixas padronizadas por órgãos que regulamentam a modalidade, estar vinculado a federações/confederações nacionais e internacionais.
Além de exigir estratégia, concentração, etc.

Os E-sports cumprem isso e indo até um pouco além tendo equipes e treinadores.
Copa do Mundo de Excel
:lol:
 
Ao final de tudo, os E-Sports compartilham de algo que sempre existirá em maior ou menor grau que é o preconceito, como aconteceu com o Skate e Surf que durante muito tempo foram marginalizados, mas quando as ligas amadoras se tornaram profissionais e com competições de base, surgindo competidores de nível cada vez mais elevado e um alcance cada vez mais global, ficou impossível tapar os olhos.

É claro que não podemos negar que video game teve sua origem como um produto de entretenimento, só que já passou do tempo que isso deixou de ser apenas uma diversão e virou algo muito sério e até mais profissional que algumas modalidades esportivas antigas que ficaram paradas no tempo.
 
É um pouco do que o Fúria comentou. Hoje os jogadores de eSport não vão até algum determinado local e jogam para milhares simplesmente. Existe todo um time por trás, preparadores, treinadores, acompanhamento física e mental, entre várias outras características de um atleta comum.

Se pegarmos times como Liquid, Pain, Loud, entre outros mais famosos aqui no Brasil, vemos que eles possuem até mesmo as chamadas categorias de base. Jovens são inseridos ali e praticam o jogo durante 8 a 12 horas por dia. É um treinamento maçante, assim como de um atleta e por isto necessitam de um nutricionista, exercícios físicos constantes, além de terem seus estudos.

A Ana Mozer rotular ou não como um esporte pouco vai afetar o mercado. O que não faltam são patrocinadores fortes como o Banco do Brasil, Itaú, entre outros. Isto digo apenas no mercado nacional, sendo que no Internacional temos muito mais investimentos e premiações milionárias.

A burrice dela ao meu ver é que o mercado de eSport está em ascensão no Brasil e movimentando muito dinheiro. Basta ver o último Major que aconteceu no Rio de Janeiro de Counter-Strike que lotou as arenas e tiveram ingressos esgotados a 3 meses antes do evento. É um mercado que gira muito dinheiro. Ela tirar isto da pauta dela por não considerar como esporte é de uma burrice enorme, pois poderia sim explorar, fazer eventos pequenos, mostrar para as crianças como todo o mercado funciona e ingressar jovens na área.

Um pouco sobre o que o Casemiro, outro streamer grande no Brasil comentou sobre o caso:

"— O ponto deste debate, que nem deveria ser debate, é o seguinte: tu pode ter a sua opinião que quiser. Tu só não pode fazer duas coisas. Um: desrespeitar a parada. E dois: mostrar uma ignorância f***** no comentário. Isso não dá — contextualizou Casimiro, eleito a Personalidade do Ano no Prêmio eSports Brasil 2022, ao iniciar o comentário sobre a fala de Ana Moser, em uma live na internet."

— "Ah, eu acho que esports é batata frita". Show! Mas tu reconhece a grandeza? Sabe do que está falando? Então beleza. Não foi o caso dela. O comentário foi grotesco e grosseiro, na minha opinião, porque parecia que não sabia o que estava falando. "Ah, o esport não é imprevisível". Não sabe o que está falando. Esse comentário, só esse, já é uma merda.

— O bagulho que me desagrada é o simples fato de que é um comentário arcaico. A forma como ela fala. Beleza que você não quer colocar o esport na pasta do esporte, você vai colocar em que pasta? Porque tem que ter investimento, tem que ter. É muito grande, pô. Não pode tratar como se fosse uma merda. Na pasta de Cultura, na pasta de Ciência e Tecnologia, em algum lugar. Ela poderia ter só mais cuidado na fala dela, porque desrespeitou muita gente.

— Eu acho que tem que ter investimento no esporte eletrônico. Vou te dar um exemplo simples: pega o Nobru. O Nobru é um moleque que nasceu em periferia, começou a jogar no celularzinho dele, mudou de vida, mudou a vida da família delee mudou a vida de uma galera. Será que não tem uma porrada de Nobru aí para surgir? Onde é que o governo está atuando nisso para surgir mais ? É instrumento de mudança de vida. Eu acho importante. Assim como o futebol.

— Agora, tem algumas barreiras que, de fato, são complicadas. Você está lidando com empresas privadas, você está lidando com propriedades intelectuais. É muito complexo. A discussão é muito complexa para ser encerrada numa frase ruim da ministra. Foi bem ruim. Foi uma merda, com todo respeito.

— Uma outra frase que eu me lembrei agora que ela falou: "ah, a Ivete Sangalo treina". Pô, Ana Moser. Que comentário de tiozão, mano. Daqui a pouco ela vai falar que a passista do Salgueiro treina também. E aí? Ela [ministra] é lendária, tem que respeitar, mas falou b****. Todo mundo fala.

— É diferente, você só não pode ser ignorante no assunto. Na minha opinião, a Ana Moser foi ignorante. É lamentável. Ela mostrou desconhecimento do assunto. Ela pode ter a opinião de que esporte eletrônico não é esporte. Fica à vontade. Ela só não pode tratar o esporte eletrônico como se fosse uma merda, porque é um bagulho que dá dinheiro, muda a vida das pessoas e é muito importante na vida de várias pessoas. Não dá para ignorar. Ela poderia escolher mil frases melhores. Ela escolheu a pior. Ela escolheu palavras ruins.


Caso queira ver tudo, está aqui.

E assim continua. O eSport tem crescido muito mesmo sem a ajuda do governo e isto não fará diferença no atual momento. É algo que poderia mudar a vida de muitos jovens, inclusive na inclusão de tecnologia, mas eles preferem ignorar e continuar falando besteira sobre o assunto.

Se os mais envolvidos não estão ligando, quem sou eu para ligar? De certo isto será tratado melhor mais para frente, mas pelo visto não será ainda neste momento com a geração que está lá no governo. Fará diferença no eSport? Não.

Então, mano, eu achei essa fala do Casemiro que você trouxe o maior ataque de pelanca, típica reação apaixonada de fanboy. Mesmo que a fala da Ana Moser seja reveladora da ignorância dela sobre o nicho dos eSports, sobre essa coisa de ser ou não ser imprevisível, eu não vejo como ofensivo dizer que a modalidade diz respeito mais à indústria do entretenimento - que, como comentamos, também movimenta uma grana absurda e é plenamente capaz de bancar toda essa estrutura que vocês citaram - do que como esporte.

As ponderações do @Fúria da cidade sobre algumas modalidades tradicionalmente consideradas como esporte (tiro esportivo, por exemplo), sem que haja esse acento na parte física, me fazem pensar mais do que o chilique do Casemiro.
 
Se queimar caloria basta para ser esporte, sexo e sauna também são esportes.
Se exigir prática e concentração basta para ser esporte, tocar piano também é.
Etc. Etc.

O que foi que Chesterton disse mesmo sobre a grama ser verde? Acho que já chegamos a esse ponto, nessa discussão... Temos que provar por que videogame não é esporte... :doh:

"Ah porque o xadrez..." Foda-se se alguma entidade "reconheceu" xadrez como esporte. Se faz sentido, gamão, pôquer e Uno também são. Só falta criar uma entidade idiota o bastante para reconhecê-los como tal.


Ao fim e ao cabo, as pessoas parecem desesperadas para que X e Y sejam esportes, por quê? É grife ser esporte? É mais nobre ser esporte? Não basta ser apenas um jogo, um passatempo? Ou é só pra se enquadrar em alguma brechinha da lei e ganhar investimento?
 
No fim, a essência de quase todos os esportes, é que de alguma forma começou de uma simples brincadeira.

Só que em toda brincadeira, alguém quer provar que é melhor que o outro e nisso mais gente quer brincar. Aí inventaram regras, torneios, federações etc e virou um bagulho sério.

Aí você escolhe se quer o sério ou divertido, é só essa a diferença. Como só quero me divertir, eu prefiro jogar ping-pong do que tênis de mesa que é meio chato e todo certinho :lol:
 
Ao fim e ao cabo, as pessoas parecem desesperadas para que X e Y sejam esportes, por quê? É grife ser esporte? É mais nobre ser esporte? Não basta ser apenas um jogo, um passatempo? Ou é só pra se enquadrar em alguma brechinha da lei e ganhar investimento?
Eles não querem se enquadrar em nada. É como o Gaulês disse, eles não precisam do dinheiro do governo. O que mais incomodou foi a fala preconceituosa. Alguns simplesmente ignoraram, sabe do por que? Pois isto não vai mudar em nada o cenário nacional. As grandes competições de eSport são no exterior e continuará sendo assim. Quem perde é o Brasil e não os streamers ou os jogadores profissionais.

Só para terem uma ideia, em 2021 uma competição de Dota 2 deu um prêmio de US$ 34,33 milhões.

E talvez a Ana Moser esteja assim porque recentemente uma jogadora de vôlei praticamente abandonou as quadras por ganhar 50x mais com a internet.

É como comentado, quer chamar de esporte ou não quer chamar de esporte, isto pouco importa. Bobo é quem não percebe o mercado que isto movimenta.
 
Eles não querem se enquadrar em nada. É como o Gaulês disse, eles não precisam do dinheiro do governo. O que mais incomodou foi a fala preconceituosa. Alguns simplesmente ignoraram, sabe do por que? Pois isto não vai mudar em nada o cenário nacional. As grandes competições de eSport são no exterior e continuará sendo assim. Quem perde é o Brasil e não os streamers ou os jogadores profissionais.

Só para terem uma ideia, em 2021 uma competição de Dota 2 deu um prêmio de US$ 34,33 milhões.

E talvez a Ana Moser esteja assim porque recentemente uma jogadora de vôlei praticamente abandonou as quadras por ganhar 50x mais com a internet.

É como comentado, quer chamar de esporte ou não quer chamar de esporte, isto pouco importa. Bobo é quem não percebe o mercado que isto movimenta.

E a medida que as premiações aumentam e o mercado cresce, cada vez menos os jogadores sentirão a necessidade de querer este auxílio do governo. Não fez a menor falta e sinceramente tomara que continue assim.
 
E a medida que as premiações aumentam e o mercado cresce, cada vez menos os jogadores sentirão a necessidade de querer este auxílio do governo. Não fez a menor falta e sinceramente tomara que continue assim.
Eu não diria para continuar sempre assim, pois existem campeonatos menores, times pequenos em que este dinheiro seria bem vindo. Assim como acontece em outros esportes, existem muitos procurando um espaço neste mercado e um incentivo do governo seria de bom grado. Eu não acompanho muito o tal do Free Fire, mas já vi notícias que o jogo incluí muito, principalmente jogadores de baixa renda, já que não é um jogo pesado e se joga pelo celular.

Hoje os times maiores não precisam mesmo deste auxílio do governo. As premiações como na maioria são em dólares e euros, a maioria dos times possuem um bom suporte, tanto que a maioria treina fora do país ou nas tais "mansões" que ficou popularmente conhecido por aqui.

Mas isto hoje, né? Tem vários vídeos do Gaulês dividindo quarto com seus companheiros de time e juntando dinheiro para participar dos eventos. O cenário era muito mais complicado antes.
 
É claro que qualquer entrada de dinheiro é sempre bem-vinda, mas me refiro mais a ser apenas um reforço e não criar um vinculo de dependência como acontece em algumas modalidades esportivas que são praticamente totalmente carentes de investimentos da iniciativa privada.
 
A impressão que fica, é os gamers, querem seu próprio rótulo de esporte, dentro desse clube do bolinha, porque não eram escolhidos nos times de educação física lá no primário.
E agora tem todo um textão e justificativa tirada do centro da terra para falar que Fazenda Feliz agora é um esporte.
 

Nova ministra do Esporte demonstra profundo desconhecimento dos esports​


Ana Moser, ex-jogadora de vôlei e nova ministra do Esporte, mostrou profundo desconhecimento do que são e como funcionam os esportes eletrônicos - algo que vem se mostrando comum na política brasileira. Em entrevista ao UOL, ela discordou da premissa de que esport é esporte e o problema não está na discordância e sim nos argumentos rasos e imprecisos utilizados.

Neste opinativo, sob responsabilidade do jornalista que vos escreve, vou destrinchar as falas da ministra e contrapor os argumentos de acordo com minha vivência de mais de oito anos trabalhando na área - e o triplo disso jogando.

Esporte eletrônico é esporte ou entretenimento?​

A ministra afirmou que não está nos seus planos investir nos esportes eletrônicos, pois isso não está na sua alçada. Afinal, ela não considera os esports como esporte e sim como entretenimento. Veja o que foi dito:


"A meu ver o esporte eletrônico é uma indústria de entretenimento, não é esporte. Então você se diverte jogando videogame, você se divertiu. O atleta de esports treina, mas a Ivete Sangalo também treina para dar show e ele não é atleta, ela é uma artista que trabalha com entretenimento."

Neste primeiro trecho, identificamos algumas inconsistências no que é dito. Primeiro quando fala-se sobre diversão, já que futebol é esporte e você pode tranquilamente jogar com seus amigos, na quadra do seu bairro, com o único intuito de se divertir. O objetivo ser diversão, não invalida a prática do esporte.

Da mesma forma que podemos comparar as duas modalidades facilmente em uma prática amadora, com o intuito de se divertir, podemos fazer o mesmo no âmbito semiprofissional e profissional. Seja no futebol ou nos esports, quando falamos de profissionalismo, se divertir fica em último plano.

E é aqui que chegamos na parte mais imprecisa, que é a comparação com a cantora Ivete Sangalo. Como a ministra bem disse, Ivete treina para dar show. Perfeito. Já os jogadores de CS:GO e futebol, por exemplo, não treinam para dar show e sim para atingir o mais alto nível de performance, competir e vencer.

Os objetivos de um Major de CS:GO e de uma Liga dos Campeões, são os mesmos. O de um show de música é outro, completamente diferente. Não há comparação.

Jogos eletrônicos realmente são previsíveis?​

Ana Moser também falou sobre a previsibilidade dos jogos eletrônicos: "O jogo eletrônico não é imprevisível, ele é desenhado por uma programação digital, cibernética. É uma programação, ela é fechada, diferente do esporte".

Aqui posso estar enganado, mas parece que ela fala pensando em jogos single player. Algo comum no cenário político e que me remete às audiências públicas, anos atrás, sobre a regulamentação do esporte eletrônico no Brasil. Enquanto representantes do esport falavam sobre esport, um político aleatório surgia falando sobre modo campanha de GTA...

De fato, jogos de campanha são previsíveis e no final todos passam pelas mesmas fases, dificuldades e obtém o mesmo final - ao menos por padrão. No entanto, não é assim que o esporte eletrônico funciona.

No basquete, o fator imprevisibilidade não está na bola ou na quadra. Está nos jogadores. Nos esports acontece o mesmo e a imprevisibilidade está lá há todo momento exatamente pelo fator humano da coisa - afinal, o jogo não é jogado sozinho.

No CS, no LoL, no Rainbow Six, no Apex, no Fortnite e em tantos outros jogos competitivos, o jogador anda livre pelo mapa e toma suas próprias decisões. Da mesma forma, o oponente faz o mesmo. E é nas decisões humanas, além da habilidade e conhecimento de cada um, que mora a imprevisibilidade - tanto do esport quanto do esporte.

Onde meu oponente vai? Ele vai avançar? Recuar? Esperar até quando? Vai impedir passagem de um lado do mapa? Qual estratégia ele preparou? E quanto a mim? Espero? Dou combate? Jogo sozinho? Chamo reforço? Qual decisão é melhor tomar? E por aí vai... Lembrando que junto de tudo isso, há a mecânica do jogo. Por isso o treino. Eu posso pensar que no futebol vou driblar todos e fazer o gol, mas se não sou bom o suficiente, não vai rolar. O mesmo vale para o FIFA.

Ainda sobre a questão da imprevisibilidade, é claro que em jogos eletrônicos você não pode fazer tudo o que quer. De fato, há a limitação da programação de até onde você pode ir, até quantos equipamentos você pode carregar e etc. Mas o que seria isso senão as regras?!

O jogador de futebol também está limitado nas quatro linhas. Ele não pode utilizar equipamentos que fujam de chuteira, caneleira e afins... Por mais que na vida real as opções sejam quase infinitas, no esporte, assim como no esport, existem regras. E regras servem exatamente para limitar e definir um estilo de como deve ser jogado.

O debate segue... Mas para que?!​

O debate que se iniciou mais uma vez com as falas da ministra, é antigo. Eu diria até ultrapassado... Há alguns anos atrás, parecia fazer sentido entrar nessa luta. Atualmente, me questiono bastante até onde vale a pena e até que ponto isso é benéfico.

Os esports já são gigantes por si só. A indústria cresce cada vez mais em público, receita e praticantes. Talvez, debater onde devemos nos encaixar não seja mais o melhor caminho. Afinal, nós já temos força para criar o nosso próprio espaço.

A ideia aqui, inclusive, não é implorar para que a ministra mude de opinião ou algo do gênero. Até porque, não sou dono da verdade para ditar uma opinião. O objetivo aqui foi apontar inconsistências nos fracos argumentos apresentados. Em um cargo tão importante, vale pesquisar e aprender mais, para falar e agir com propriedade. Mesmo que isso não mude sua opinião.




Enquanto isto o prefeito do Rio de Janeiro discorda da ministra e incentiva o eSport em sua cidade.


"O Rio reconhece os e-sports como uma importante modalidade de esporte e que traz consigo os princípios mais importantes da prática esportiva como disciplina, foco, inclusão social e competição", disse o prefeito em um tuíte.

Seguindo com o assunto na rede social, Eduardo Paes relembrou que foi criada no Rio, uma Coordenadoria de Games e Esports. Como noticiou o The Enemy no ano passado, o objetivo desta impreitada é desenvolver e executar políticas públicas no cenário, por meio de projetos sociais, eventos, palestras, competições e também inclusão de pessoas com deficiência.
 
"Se você joga FIFA, você pode ser muito bom, mas você não é atleta de verdade.
Mas você é tão atleta quanto é um mago medieval se você joga League of Legends. Tanto quanto você é um soldado se joga Call of Duty, enquanto sua avó faz seu misto quente.
Videogame é brinquedo, vamos deixar isso bem claro aqui."
Craque Daniel.
Falha de Cobertura #195

Aqui tem informação!!!
 
O bom de tudo isso é que a Ana Mozer fez o saque inocecente, mas a devolução gerou um rally lindo nessa discussão.

Só que uma hora a bola vai cair e a tendência maior é parar na quadra dela.
 
O bom de tudo isso é que a Ana Mozer fez o saque inocecente, mas a devolução gerou um rally lindo nessa discussão.

Só que uma hora a bola vai cair e a tendência maior é parar na quadra dela.
Brasileiro gosta de discutir coisas ultrapassadas e foi apenas isto o que ela levantou, mas já praticamente morreu e o cenário de eSport seguirá firme e crescendo como antes.
 
Governo francês cria plano para desenvolver os esports no país

O governo francês, juntamente de organizações e nomes importantes do meio, traçou um plano para desenvolver os esportes eletrônicos dentro do país. O objetivo é tornar a França uma das grandes potenciais mundiais dos esports. Para isso, diversas medidas estão sendo tomadas e algumas delas já estão até mesmo em prática.

Uma das ações que será feita, beneficiará jogadores de todo o mundo, em algum momento. Isso porque, os profissionais de esports terão um visto especial, o qual facilitará sua entrada e também atuação dentro do território francês. Isso também ajudará aos times a importarem jogadores estrangeiros para a sua equipe.

Outra medida interessante que será realizada é a "Semana Olímpíca de Esports". O evento será realizado após os jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2024, os quais acontecem em Paris, na própria França. Quem irá liderar o Comitê desta semana especial será Matthieu Péché, Gerente da Vitality deo Counter-Strike: Global Offensive e medalhista de bronze no Rio, em 2016.

Os políticos franceses também falam sobre atrair grandes eventos ao país, provando que a França está pronta para ser a casa das maiores competições de esportes eletrônicos do mundo. Esta é uma das medidas que já está sendo posta em prática aos poucos, não é à toa que o próximo Major de CS:GO, o BLAST.tv Paris Major 2023, acontece por lá entre 8 e 21 de maio.

Várias outras movimentações foram prometidas pelo governo francês, sob as atuações de Amélie Oudéa-Castéra (ministra do Esporte na França) e Rima Abdul Malak, (ministro da Cultura). As duas pastas e seus líderes serão responsáveis pela "estratégia nacional de esports" da França nos próximos três anos. Ambos prometem que não só o cenário profissional será abraçado, mas também o amador.





País de primeiro mundo é outra história. Ministra do Esporte e da Cultura juntos para promover melhorias.
 

Valinor 2023

Total arrecadado
R$2.794,79
Termina em:
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