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Governo Anastasia escondeu 70 viagens de Aécio ao Rio, em meio à disputa presidencial

Acho q vcs estão viajando sobre o debate entre Constantino e Ciro. O Rodrigo Constantino responde claramente que dá pra cortar gastos parando de enviar dinheiro para MST e coisas do gênero. Ou seja, se perdeu. Os liberais tem bastante clareza de que vários ministérios não deveriam existir pq as suas atividades não cabem ao estado, mas sim ao setor privado. A crítica que pode ser feita, isso sim, é que o Constantino não foi um bom representante do liberalismo e que ao invés de apresentar soluções liberais para o tamanho dos ministérios, ficou falando merda anti-comunista. Aí é óbvio que o Ciro botou ele no bolso.

Outra coisa, o Constantino começa falando do problema crônico que o Brasil tem de baixíssimas taxas de poupança, e diz que a mesma seria estimulada se o governo baixasse seus gastos e a carga tributária. Quando o Ciro pergunta "de onde?", ele começa com essa coisa de ministérios e de MST. Mas, mantendo-se o mesmo nível de gastos sociais, os mesmos direitos à educação, saúde, previdência e ainda com os honorários da dívida isso não gera uma economia tão bruta, né? Vamos dizer que, num enxugamento incrível da máquina, reduza-se os gastos de 35% para 33% do PIB. Esses 2% de economia, retornando para a sociedade, não serão completamente poupados. Ou seja, efeito irrisório sobre a poupança.

Além disso, os indivíduos e as corporações guardam mais dinheiro quando têm menos certezas sobre o futuro. Então, os primeiros seriam a princípio forçados a poupar por cortes de generosidade na Previdência, por exemplo. Já no caso das empresas, se elas tiverem menos acesso a resgates governamentais em caso de quebradeira, ou mesmo a linhas de crédito do BNDES, ou ainda se forem delegadas à iniciativa privada, desde a concepção e o projeto, obras de infraestrutura. Essas seriam as soluções realmente liberais. Nem todos os cortes de gastos têm o mesmo tipo de efeito sobre a finança das famílias e das organizações.
 
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Acho q vcs estão viajando sobre o debate entre Constantino e Ciro. O Rodrigo Constantino responde claramente que dá pra cortar gastos parando de enviar dinheiro para MST e coisas do gênero. Ou seja, se perdeu. Os liberais tem bastante clareza de que vários ministérios não deveriam existir pq as suas atividades não cabem ao estado, mas sim ao setor privado. A crítica que pode ser feita, isso sim, é que o Constantino não foi um bom representante do liberalismo e que ao invés de apresentar soluções liberais para o tamanho dos ministérios, ficou falando merda anti-comunista. Aí é óbvio que o Ciro botou ele no bolso.
Ué, mas o que tem de tão absurdo em dizer que dá pra cortar gastos parando de enviar dinheiro para MST e iniciativas do gênero? Mesmo porque citar ou não citar MST é uma questão muito pequena para dizer que ele se perdeu só por causa disso, foi só um exemplo entre outros que ele citou - decerto o ponto foi mais a mera existência e cabal inutilidade do gasto do que ter em mente uma quantidade X de dinheiro grande o bastante para ser economizada no corte isolado daquele gasto. Aposto que o objetivo da frase dele foi esse, mas querer analisar isso é querer entrar demais em minúncias de uma pequena fala do debate e pouco diz respeito a discordância central entre Ciro e Constantino, que era a viabilidade de cortar substancialmente os gastos dos governo. Ciro acha que o corte não chega a um bilhão, quem concorda que vote nele.
 
Existe uma linha no orçamento chamado "repasses para o MST"? Não. Existem provas de que o governo financia o MST? Não. Então usar isso num debate é no mínimo idiota. Mas beleza, concordo com vc q ele não perdeu o debate pq falou isso. Ele perdeu o debate pq não falou q tinha que cortar os ministérios A, B e C e que a experiência internacional de livre mercado mostra que as atividades A, B e C podem ser supridas pelo livre mercado. Ao invés disso ele fica repetindo "ah, dá pra cortar sim". Se você acha que isso garantiu a vitória dele no debate...

E voltando ao ponto: o corte de ministério do governo foi de 200 mi.
 

Só pelos primeiro minutos, nos quais ele demoniza o Levy, eu já não votaria nele. Segundo o Ciro, o Levy está adotando para o país um "receituário estúpido que na verdade é um contrassenso teórico àquilo que nós precisamos fazer no Brasil", isso pq "ele não tem a menos imaginação para compreender a realidade brasileira". Então tá bom, adoraria ler algum artigo desse fodão Ciro Gomes sobre qual seria a receita para a crise brasileira. Afinal, esse pessimismo crítico dele não custa nada e soa muito bonito para quem não está muito interessado em entender o que está acontecendo. Especialmente pq o salvador Ciro Gomes, apesar de dizer que tem muito apreço ao Levy, não deixou de falar de forma venenosa que o ministro está representando os interesses do mercado financeiro, como quem fala de um demônio infiltrado no governo. Enfim, o pessimismo é barato e não prescreve.

Aliás, segue uma das soluções mágicas de Ciro:



Mais uma vez, torço para que esse saudável experimento seja feito. Abaixem os juros e vejamos o cenário "imponderável" sobre a inflação. Só um sujeito muito irresponsável para publicamente assumir que não vê problemas em se arriscar com a inflação (que é uma forma de roubar o dinheiro das pessoas, corroendo o valor da moeda).

Ao ser perguntado sobre as pedaladas fiscais, fugiu para falar mal de FHC. Lamentável esse tipo de retórica. Qualquer um que use os erros não punidos do FHC para relativizar os erros de Dilma já mostra fraqueza ética.

Enfim, isso só vendo essa entrevista. Podemos continuar a procurar material sobre as opiniões dele para refletirmos mais sobre ele.
Mas o que ele falou sobre o Levy tá certo em partes, não? Ele de fato não era do mais alto escalão dos bancários nacionais, nem mesmo do Bradesco. Não seria melhor colocar alguém, mesmo que liberal, com mais peso político e mais experiencia?
 
Existe uma linha no orçamento chamado "repasses para o MST"? Não. Existem provas de que o governo financia o MST? Não. Então usar isso num debate é no mínimo idiota. Mas beleza, concordo com vc q ele não perdeu o debate pq falou isso. Ele perdeu o debate pq não falou q tinha que cortar os ministérios A, B e C e que a experiência internacional de livre mercado mostra que as atividades A, B e C podem ser supridas pelo livre mercado. Ao invés disso ele fica repetindo "ah, dá pra cortar sim". Se você acha que isso garantiu a vitória dele no debate...

E voltando ao ponto: o corte de ministério do governo foi de 200 mi.
Não estou interessado em quem "venceu o debate", nem sei se há jeito de aferir isso ou se é questão de gosto. E sim em quem estava com a razão. Decerto ele poderia ter falado isso que você disse - falar em um fórum de internet o que ele deveria ter falado depois de ter assistido tranquilamente (até mais de uma vez) o debate é muito simples. Daria para listar dezenas de coisas que ele poderia ter dito - mas quero ver dizê-las imediatamente após os dizeres do político, acostumado a vender seu peixe, no calor do momento e com o ponteiro do relógio girando. Aposto que daria na mesma, Ciro falaria "mas esses ministérios A, B, C dão bilhão?" ou "que experiências? qual foi a economia feita nessas experiências?" etc. Toda a sensação ao redor do debate seria a mesma.

E entrando na minúcia da tal frase "idiota" do MST.... Que o governo patrocine o MST, isso é evidente por exemplo aqui - por mais irrelevante que você ache esse financiamento de 1.6 milhão, a resposta é "sim" para sua segunda pergunta, "sim" respondido pelo próprio governo. Sem falar, claro, de gastos que envolvem ONGs não propriamente do MST, mas com forte vínculo ao movimento (gastos que podem chegar a montantes consideráveis, segundo estima essa reportagem). Nem no debate questionaram a existência desse dinheiro ou se detiveram na minúcia de que o dinheiro em geral não é para o MST enquanto tal, só questionaram se o montante era grande o bastante. Mesmo porque o foco era na existência de gastos inúteis - o fato de serem ligados ao MST ou não trata-se de uma repulsa adicional ao gasto. Se fosse uma frase tão gritantemente idiota decerto o Ciro não ia perder a oportunidade de frisar a idiotice.
 
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Mas o que ele falou sobre o Levy tá certo em partes, não? Ele de fato não era do mais alto escalão dos bancários nacionais, nem mesmo do Bradesco. Não seria melhor colocar alguém, mesmo que liberal, com mais peso político e mais experiencia?

Trabalhou com FHC por 2 anos, com o Lula por 3 e com o Cabral 4. Eu diria que ele tem experiência sim.

@Haran Alkarin, não estou aqui para condenar o Constantino - acho que ele faz isso por conta própria. De qualquer forma, você parece querer defende-lo, dizendo que ele é café-com-leite no debate. Se ele entra no debate falando que tem muitos ministérios e que dá para cortar custos, o mínimo que se espera dele é que ele tenha pronto algum argumento ou dado sobre isso. Só falar é bastante leviano.
 
Você falou que ele "perdeu" no debate porque disse X e não Y e Z. O que quis apontar no post anterior, longe de querer dizer que o Constantino é café-com-leite, é que ele foi prejudicado pela retórica do Ciro - a sua estratégica de dizer Y e Z não mudaria em nada a situação. O que faltou foi falar grosso, não se deixar ser interrompido (até o apresentador mostrou-se desconfortável com as interrupções), mostrar fortemente indignação pelo que o opositor diz, etc. Se fosse um debate ao tipo dos debates presidenciais, Constantino poderia se sair melhor. Um debate escrito então nem se fala.

Não diria que Constantino "entrou" falando que tem muitos ministérios e deveria cortá-los, isso era ponto marginal do debate. Ele entrou afirmando outra coisa e mencionou corte de gastos, e Ciro queria saber onde se cortaria (pediu argumento do argumento, portanto). Constantino mencionou vários cortes, e Ciro então insistiu em números e noções mais exatas desses gastos - não vejo grande demérito em não tê-los no momento, o que basta é ter a noção correta da ordem de grandeza, noção que Ciro não tinha ao afirmar que não chega a um bilhão - e ao afirmar, não apresentou nenhum dado também. O próprio Ciro afirma "vamos pegar isso para depois desdobrarmos a conversa", sinalizando que sabe que é algo que é melhor tratável depois do debate e não ali no calor do momento - mas um segundo depois deixa de lado a proposta para explorar retoricamente o assunto. Outro participante do debate também fala "isso é um negócio para se estudar". Etc.

Esses debates aliás, são pouco científicos, pouco silogísticos, tudo vai mais na base de argumentos qualitativos, a falta de dados numéricos é um peso do debate como um todo e não só do Constantino (e se Ciro cita um número ora ou outra, serve mais como floreio do que como ferramenta para tornar seus argumentos mais exatos).
 
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Mas o que ele falou sobre o Levy tá certo em partes, não? Ele de fato não era do mais alto escalão dos bancários nacionais, nem mesmo do Bradesco. Não seria melhor colocar alguém, mesmo que liberal, com mais peso político e mais experiencia?
Além do que o Grimnir falou, ele também trabalhou no FMI e foi vice presidente do banco interamericano de investimento, e foi vice presidente da gestão de ativos do Bradesco e também trabalhou no banco central europeu.

O currículo dele ta no site da fazenda, e ele não é pouca coisa não.
 
Você falou que ele "perdeu" no debate porque disse X e não Y e Z. O que quis apontar no post anterior, longe de querer dizer que o Constantino é café-com-leite, é que ele foi prejudicado pela retórica do Ciro - a sua estratégica de dizer Y e Z não mudaria em nada a situação. O que faltou foi falar grosso, não se deixar ser interrompido (até o apresentador mostrou-se desconfortável com as interrupções), mostrar fortemente indignação pelo que o opositor diz, etc. Se fosse um debate ao tipo dos debates presidenciais, Constantino poderia se sair melhor. Um debate escrito então nem se fala.

Não diria que Constantino "entrou" falando que tem muitos ministérios e deveria cortá-los, isso era ponto marginal do debate. Ele entrou afirmando outra coisa e mencionou corte de gastos, e Ciro queria saber onde se cortaria (pediu argumento do argumento, portanto). Constantino mencionou vários cortes, e Ciro então insistiu em números e noções mais exatas desses gastos - não vejo grande demérito em não tê-los no momento, o que basta é ter a noção correta da ordem de grandeza, noção que Ciro não tinha ao afirmar que não chega a um bilhão - e ao afirmar, não apresentou nenhum dado também. O próprio Ciro afirma "vamos pegar isso para depois desdobrarmos a conversa", sinalizando que sabe que é algo que é melhor tratável depois do debate e não ali no calor do momento - mas um segundo depois deixa de lado a proposta para explorar retoricamente o assunto. Outro participante do debate também fala "isso é um negócio para se estudar". Etc.

Esses debates aliás, são pouco científicos, pouco silogísticos, tudo vai mais na base de argumentos qualitativos, a falta de dados numéricos é um peso do debate como um todo e não só do Constantino (e se Ciro cita um número ora ou outra, serve mais como floreio do que como ferramenta para tornar seus argumentos mais exatos).


Cara se você quer ver algo sério sobre os gastos do governo e possíveis soluções, veja o vídeo que postei lá no início.

Falar que tem que cortas gastos e citar duas ou três coisas, até eu posso dizer, mas dizer aonde e como cortar já é a parte complicada, além do que números são muito importantes sim. Você criar várias turbulências políticas (em um momento tenso como esse) para cortas 1 ou 2 bilhões e ainda não atingir o objetivo, não faz muito sentido.
 
Qnd ele surgiu, só no blog dele, fora da Veja, ele tinha boas contribuições sim.
Não disse o contrário, só disse que a fama dele veio da capacidade dele de gerar polêmica e não da capacidade dele de contribuir. Isso não significa que ele não tenha nada para contribuir.
 
Qnd ele surgiu, só no blog dele, fora da Veja, ele tinha boas contribuições sim.
É, depois ele caiu naquela de fazer "alinhamento editorial". Resultado: aquela ideia de o "2014" vermelho na logo da Copa ser propaganda do PT e outras sandices, como criticar o Mujica por usar sandálias em eventos oficiais.

A própria Veja deve ter se tocado que ele estava dando à revista um tom (ainda mais) caricatos.

Mas como blogueiro independente ele tinha ideias boas mesmo.
Constantino ganhou fama por ser um completo imbecil.

Isso dentre os detratores. Antes ele tinhsa arregimentado uma porção de apoiadores como blogueiro independente. Ele realmente possui ideias interessantes, mas ficou meio bobão quando se viu na tarefa de ser, além de economista, um jornalista.

Talvez ele consiga se achar melhor se adotar um tom mais didático e menos de ideólogo repetidor de chavões.
 
Neithan acha isso pq no mundinho dele só chegavam as críticas negativas. Assim como tem gente em cujos mundinhos só entrar críticas aos textos do Sakamoto.
 
E o blog tinha muita coisa boa sim. Quem nega geralmente se baseia em meios onde repercute a mera reação emocional por ideias supostamente absurdas, do que a discussão de ideias sérias. A maioria nem tem noção do conteúdo do blog como um todo para poder opinar a respeito. Só pegando as resenhas de livros no blog, muitos relativamente obscuros para o público geral, já temos uma contribuição relevante. O blog do Constantino era bastante humilde, no sentido de ter muita coisa sobre outros autores, sobre o mundo do pensamento em geral, não se tratava meramente de opinar, mas de divulgar ideias de autores liberais e conservadores.

Outro ponto é querer julgar o blog por artigos visivelmente menos ambiciosos. Ainda que achemos bobagem por exemplo a opinião dele sobre o slogan copa - eu particularmente não acho, acho no mínimo curioso a escolha do vermelho, não me parece uma escolha meramente estética, ainda mais se lembrarmos da importância ideológica que o vermelho tem para muitos ligados ao governo - é um artigo entre os mais descompromissados do blog. Quero ver é criticar artigos mais longos e com assuntos mais complexos. Para se opinar sobre o blog como um todo, passar por esses artigos é crucial.
 
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Outro ponto é querer julgar o blog por artigos visivelmente menos ambiciosos. Ainda que achemos bobagem por exemplo a opinião dele sobre o slogan copa - eu particularmente não acho, acho no mínimo curioso a escolha do vermelho, não me parece uma escolha meramente estética, ainda mais se lembrarmos da importância ideológica que o vermelho tem para muitos ligados ao governo

Acho bem mais plausível que o vermelho tenha sido adicionado justamente para destoar do simbolismo oficial brasileiro - o evento foi organizado não só pelo governo nacional, mas por este em parceria com a FIFA e várias outras entidades. Colocar o 2014 em azul passaria uma impressão falsa em termos de comunicação visual.

Voltando ao assunto que dominou o tópico, li mais posts dele do que isso, e percebi uma certa intrusão da agenda ideológica da revista nos escritos do Constantino - ele parece ter querido agradar ao público da Veja, que, bem sabemos, é bastante específico. E isso foi um enorme tiro no pé.
 

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