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Governo Joe Biden

Quem vencerá a eleição presidencial dos EUA


  • Total de votantes
    11
  • Votação encerrada .
Morando ao norte de lá eu acho bonito algumas opiniões da galera do Brasil sobre o americano e os valores deles. :)
 
Praticamente não acompanho as eleições dos EUA e li por cima que o Trump está mal nas pesquisas... Mas meu palpite é que Trump ganha. Como no presidencialismo brasileiro, a regra lá é a reeleição. O último não-reeleito foi o Bush senior (perdeu em 92). Se Trump estivesse a ponto quebrar esse padrão e perder a cadeira presidencial, veríamos um Trump bem mais desesperado em campanha....
 
Acho simplificador demais dizer que "a regra é a reeleição", seja para os EUA, seja para o Brasil (pior ainda aqui, que só houve três reeleições em sequência, muito pouco pra fazer disso uma tendência). Mas se é só pra dar um chute, prefiro votar com o relator deste modelo, que ao menos tem método rs:


E o modelo aponta para Biden, por pouca vantagem, but still...
 
Acho simplificador demais dizer que "a regra é a reeleição", seja para os EUA, seja para o Brasil (pior ainda aqui, que só houve três reeleições em sequência, muito pouco pra fazer disso uma tendência). Mas se é só pra dar um chute, prefiro votar com o relator deste modelo, que ao menos tem método rs:


E o modelo aponta para Biden, por pouca vantagem, but still...

Eu já tinha ouvido falar desse modelo que é bem interessante e destaca que só não funcionou na eleição do Bush filho, justamente porque o modelo dele não previu de última hora o famoso caso Elián Gonzalez (recomendo ler pra relembrar) aquele garoto cubano que foi alvo de disputa entre os governos de Cuba e EUA durante meses e que foi se arrastando até o dia da eleição e que justamente naquele ano acabou sendo decidida na Flórida, onde a disputa entre Bush e Gore estava bem apertada e no final a comunidade cubana acabou comparecendo em peso e decidindo pelo Bush. Entendo que o pragmatismo lá é muito forte, mas exceções existem e podem acontecer mais vezes.

Eu tinha até esquecido de voltar ao tópico pra responder um comentário anterior seu sobre o que comentei sobre a importância da população latino-americana e aqui foi justamente um caso em que a eleição acabou sendo literalmente decidida pelos latinos. Ok, pode-se até dizer que foi um caso isolado, mas a medida que a população de alma castelhana está se tornando cada vez mais expressiva em estados com grande peso representativo como Flórida e California, não se pode nunca duvidar que isso volte a acontecer.
 
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Praticamente não acompanho as eleições dos EUA e li por cima que o Trump está mal nas pesquisas... Mas meu palpite é que Trump ganha. Como no presidencialismo brasileiro, a regra lá é a reeleição. O último não-reeleito foi o Bush senior (perdeu em 92). Se Trump estivesse a ponto quebrar esse padrão e perder a cadeira presidencial, veríamos um Trump bem mais desesperado em campanha....
Do fim da Segunda Guerra até hoje, descontando o Trump, os EUA tiveram 12 presidentes. Nove tentaram a reeleição e tiveram sucesso (Truman, Eisenhower, LBJ uma vez, Nixon, Reagan, Clinton, Bush filho e Obama). Um morreu, três tentaram a reeleição sem sucesso (Ford, Carter e Bush pai) e um desistiu porque provavelmente não ganharia sequer as primárias do próprio partido (LBJ). Então simplesmente dizer que "o Trump vai ganhar porque nos EUA reeleição é regra" é simplificar demais - principalmente porque essa não é uma eleição comum.

E, bem, o Trump está preocupado. Tem se recusado a ir em debates, abandonou essa semana a entrevista do 60 minutes, está reesquentando a questão do filho do Biden com a Polônia... A questão é que Trump é sempre tão errático que é difícil distinguir a preocupação do comportamento normal dele.

O modelo do FiveThirtyEight tá dando uma chance de vitória de 88% para o Biden hoje. Se não fosse o Colégio Eleitoral, Trump quase certamente perderia as eleições. A questão é que uma pequena vantagem em alguns estados pode dar a vitória para ele, e é para isso que ele precisa torcer. Isso esclarece porque o Partido Republicano tem horror a mudanças no Colégio Eleitoral - desde 1988, eles ganharam apenas uma eleição presidencial no voto popular.
 
Bem, é um "palpite" de quem "praticamente não acompanha", postado em quatro linhas na madrugada, naturalmente vai ser muito simplificador. Palpitei como quem palpita em um bolão, até porque o propósito da enquete é mais ou menos esse, né. Mas vou me esforçar para daqui pra frente fazer jus a essa grande vontade de debate e rigor, tão típica da Valinor. Quem sabe eu possa adquirir o engajamento de, sei lá... um Gerbur Forja Quente? Divago. :hxhx:

Nesse sentido, o "praticamente" deve-se ao fato de que hoje em dia todo mundo acompanha (mesmo que involuntariamente) via mídias nacionais. Nem sabia que Trump estava evitando os debates, minha impressão se dava meramente pelas poucas notícias que aparecem em portais brasileiros. Não ir a debates me parece uma situação de quem está confortável, porque a tendência da besta acuada e sem alternativas é morder no que der e meter o louco, ainda mais se as chances de perder sejam de fato 88%. A menos que a superioridade em termos de debater fosse muito grande por parte do adversário, o que não me parece ser o caso.

O próprio criador desse tal método de 13 fatores compara a não-reeleição a um terremoto: "Quando 6 ou mais delas não ocorrem, nas palavras de Lichtman, 'temos um terremoto político'. Em outras palavras, o partido no poder perde a Casa Branca". Quer dizer, não creio que teria grandes discordâncias com a minha frase de que "a regra é a reeleição", assim como "a regra é não-terremotos". Outra coisa que me levou a acreditar nisso é que meu professor livro de Ensino Médio de história (Cláudio Vincentino) sempre se preocupa em justificar mais explicitamente a perda da reeleição (nos EUA), enquanto a reeleição não requer grandes justificativas.

Aliás, se o objetivo é ser metódico, achei o método (de 13 fatores) meio simplista também hein, seria bem peculiar se um fenômeno complexo como esse fosse bem previsto por uma curta checklist. E muito dos itens da lista são subjetivos, como carisma, ou questionáveis - por exemplo, Trump perde pontos por causa da economia, mas ao que me lembre a economia estava indo bem antes da pandemia (desemprego baixíssimo, por exemplo, ou o PIB, como a própria matéria aponta), as coisas pioraram com a pandemia. Creio que o eleitorado de lá saberia fazer essa diferenciação.

Não sabia que o LBJ poderia ter sido reeleito a um terceiro mandato... Lendo aqui, se deve ao fato de seu primeiro mandato ter sido de apenas 14 meses. Mas o próprio texto traz expressões que levam a crer que o fato de ter desistido de concorrer também foi considerado bem atípico: "it was widely assumed when 1968 began that President Johnson would be a Democratic candidate, and that he would have little trouble in winning the Democratic nomination", "the President shocked the nation by announcing that he would not seek re-election", "in declining health" (LBJ morreria quase exatos quatro anos depois do término de seu mandato)...

Sem falar que pode-se também analisar os incentivos e vícios dos dois modelos presidencialistas. Esse tipo de análise pode complementar a análise meramente numérica dos mandatos, caso se julgue que o número de casos amostrais são pequenos. Por exemplo, uma dissertação sobre a reeleição no presidencialismo brasileiro traz em seu último parágrafo a seguinte conclusão:[1][2]

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O objetivo é criticar a reeleição e não discutir o quão ela é frequente, mas eu diria que todos esses pontos (exceto, talvez, os custos das coalizões), além de vícios da reeleição, podem ser encarados como elementos que incentivam a reeleição (quer dizer, haveria uma certa retroalimentação).


Mas enfim, se minha intuição ganhar de todo esse modelos aí, inclusive dos mais rigorosos, é porque sou foda. 8-) Daqui alguns dias, veremos. :hxhx:
 
Última edição:
Ninguém nega que o mais comum seja a reeleição, e que normalmente um incumbente já larga com certa vantagem - mas a questão é que, no momento, Biden tem sim a vantagem. Até o começo do ano, a maioria dos analistas acreditava numa reeleição fácil para Trump, pelos mesmos motivos que você citou: a economia ia bem, o Trum tentava a reeleição, etc. Mas Trump lidou horrivelmente com a pandemia, e com os protestos de direitos civis, e isso levou a uma queda ao apoio entre os indecisos, e até mesmo entre alguns republicanos.

Como o próprio Nate Silver comenta, ainda é cedo para colocar Trump fora do páreo, mas no momento, ele é o azarão.

A melhor estratégia para ele seria tentar ganhar a Flórida (se ele perder lá, as chances dele decaem muito), seja no voto, seja judicializando o caso - e bem poderíamos ter um Trump v. Biden por aí.
 
Até o final do ano passado eu facilmente acharia a reeleição do Trump como favas contadas, mas o cenário desse ano foi cada vez mais jogando drasticamente contra ele, além dele próprio criar situações que foram lhe prejudicando.

Só não acho que está totalmente morto apenas por causa dessa bizarrice regra do "vencedor levar tudo" e a única salvação dele será vencer em estados com maior representatividade no colégio eleitoral.
 
Acho simplificador demais dizer que "a regra é a reeleição", seja para os EUA, seja para o Brasil (pior ainda aqui, que só houve três reeleições em sequência, muito pouco pra fazer disso uma tendência). Mas se é só pra dar um chute, prefiro votar com o relator deste modelo, que ao menos tem método rs:


E o modelo aponta para Biden, por pouca vantagem, but still...

Acho que o modelo indica alguns condicionantes importantes do direcionamento de votos, mas a dinâmica eleitoral após a massificação das mídias sociais parece bem mudada. Hoje em dia, uma rede de confiança ou de desconfiança pode ser criada em poucos dias (ou, o mais comum, diversas redes, sucessivas e concomitantes), e acabar afetando conjuntos grandes de eleitores.

Este ano, ainda temos a pandemia, que deve condicionar a disposição de votar de diversos grupos de eleitores, o que torna tudo ainda mais imprevisível.

De qualquer forma, acertar o vencedor de uma disputa entre dois concorrentes não significa muita coisa. Até polvo da Copa acertava vencedores em sequência...
 
Frisar que são "dois candidatos" faz perder de vista as probabilidades apontadas nos modelos - tanto faz se são dois ou cem candidatos, o que importa são as probabilidades envolvidas. O modelo mais rigoroso mencionado aqui traz o número de 88% (de chances de o Trump perder), então contradizê-lo e acertar seria quase como acertar um número escolhido aleatoriamente entre 1 e 10. Se não é alguém que fica chutando várias coisas até acertar alguma, é um acerto considerável sim. E se coubesse comparação com o polvo da copa, então não seria grande coisa mesmo se eu viesse aqui e do nada, voluntariamente, acertasse sobre algo que tinha apenas 0.5% de chances de acontecer - o que sabemos que não é verdade...
 
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O Nate Silver resume aí as condições da eleição americana hoje, em termos numéricos e estatísticos.
TL; DR A situação do Biden é melhor que a da Clinton em 2016 - ao contrário do que grande parte da mídia propagava, o próprio Nate Silver alertou que a vantagem dela não era tão grande em estados chave. Um erro sistemático das pesquisas comparável ao de 2016 (que não foi tão grande assim, o Nate também comenta) ainda garantiria uma chance boa de vitória ao Biden, mas seria bem mais apertada e difícil. E o Trump ainda tem 10% de chance no modelo, o que está longe de ser desprezível.

Isso na parte dos números. O Trump pode contestar a eleição na Justiça, e aí as coisas ficam mais complicadas - embora os Republicanos tenham tido uma derrota recente nesse sentido na Suprema Corte.
 
A única ponta de inveja que tenho em relação a eleição deles, é apenas de poder votar antecipadamente com toda a tranquilidade.
 
De qualquer forma, acertar o vencedor de uma disputa entre dois concorrentes não significa muita coisa.
E o Trump ainda tem 10% de chance no modelo, o que está longe de ser desprezível.

Huuuum, tô sentindo gente preparando terreno para o caso de minha intuição se mostrar acertada....

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No dia em que nerd de esquerda contradizer modelos com esses números e eu levar minimamente a sério, o céu parte-se em dois. :hxhx: A não ser que os modelos não sejam tão confiáveis assim, o que talvez seja o caso. Uma chance de 90% de Biden ganhar não parece condizente com a incerteza que se sente nas notícias sobre a eleição de hoje.
 
Eu não vejo tanta incerteza nas notícias de hoje, não quanto ao resultado da apuração em si - a maioria das notícias aponta o favoritismo de Biden. A ressalva que todos fazem é a mesma que eu já citei no post anterior: se Trump se sair ligeiramente em estados-chave (principalmente a Pensilvânia) ele pode ganhar o Colégio Eleitoral, mesmo perdendo o voto popular, como aconteceu em 2016.

Eu boto muita fé no modelo do Nate Silver. Acredito que uma vitória do Trump se daria nos moldes que o FiveThirtyEight aponta, Trump levando a Pensilvânia. Mas o Nate Silver aponta - 10% é a chance de chover em Los Angeles em um dia qualquer, e, bem, chove em Los Angeles. 10% faz de Trump uma zebra, não um cavalo fora do páreo.

A incerteza vem mais da reação do Trump a uma possível derrota, seja rejeitando o resultado e se declarando vencedor, seja judicializando a eleição.

Além disso, Haran, francamente, eu posto aqui as coisas que acho interessantes e que contribuem para o debate, não pra ganhar ou perder aposta não. Não levo internet tão a sério assim.
 
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Enquanto não sai o resultado oficial, cotação do dólar e as bolsas ficam em tensão total como não se via há tanto tempo.
 
Haranziz só pode estar precisando de um abraço. Em plena terça-feira, após um feriado prolongado (que eu passei em casa, como toda pessoa minimamente responsável deveria ter passado), ele está aqui, sendo chatopracaralho.

Migo, eu não te abraço porque estou muito gripada. Aliás, pare de encher o saco e vá fazer umas orações para eu melhorar, vai. Ops! Agora, ferrou. Tô confundindo o Haranziz com o Gerbz. Acho que o Haranziz é agnóstico, não? Bom, de qualquer forma, sei que você vai me desejar melhoras.

P.S.: Quanto ao assunto do tópico, o Trump é tão fora da casinha (o que acaba criando um exército de gente fora da casinha) que eu nem arrisco um palpite. Honestamente, se eu votasse nos EUA, não me sentiria representada por nenhum dos candidatos, mas votaria no Biden como um mecanismo de redução de danos.
 

É, parece que a eleição vai ser judicializada de novo. Acho isso péssimo pra democracia americana.

EDIT: Olhando os números do G1 agora, o Biden lidera a apuração no Wisconsin por pouco, com 95% dos votos apurados. Nevada tem muitos votos a ser contados (67% da apuração ), mas me parece que os que restam são votos por correio, que tendem para Biden. Em Michigan, Trump tem vantagem de 12 mil votos, e como lugares como o condado de Wayne reportaram poucos votos (63% agora) e o Biden tem vantagem lá, a maior parte dos analistas considera mais provável que Biden acabe levando o estado. Então, somando Nevada, Wisconsin e Michigan, seriam 32 votos, o número exato que daria os 270 de que Biden precisa. Nesse cenário, surpreendentemente, a Pensilvânia seria irrelevante. Biden tem que torcer para manter Michigan.

Agora, não faço a mínima ideia de como se resolveria o imbróglio judicial.
 
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