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Harambe, descanse em paz

Pra mim, disso tudo fica apenas um questionamento:

Vale a pena ter zoológicos, expondo como se fossem "peças-vivas" de exibição animais que foram totalmente privados de viver em seu habitat original e que por mais que hajam bons tratadores, bons veterinários, comida farta e muito bem controlada por bons nutricionistas e boa retaguarda para procriação em cativeiro, a vida deles nunca será 100% a mesma do que se estivessem na sua verdadeira natureza?

Zoológico é algo que a principio na infância aparenta ser algo encantador, mas mantê-lo em funcionamento perfeito e proporcionar uma segurança eficaz e infalível aos visitantes tem um custo muito alto, o qual jamais se pode botar "na conta" dos animais. Acidentes como esse do gorila e aquele outro algum tempo atrás daquele tigre que arrancou o braço do menino que entrou na jaula não são os primeiros e nem serão os últimos. Então acho que é importante no mínimo refletir até onde realmente vale a pena ter esse tipo de exibição "viva" como uma forma de entretenimento.
 
Pra mim, disso tudo fica apenas um questionamento:

Vale a pena ter zoológicos, expondo como se fossem "peças-vivas" de exibição animais que foram totalmente privados de viver em seu habitat original e que por mais que hajam bons tratadores, bons veterinários, comida farta e muito bem controlada por bons nutricionistas e boa retaguarda para procriação em cativeiro, a vida deles nunca será 100% a mesma do que se estivessem na sua verdadeira natureza?

Zoológico é algo que a principio na infância aparenta ser algo encantador, mas mantê-lo em funcionamento perfeito e proporcionar uma segurança eficaz e infalível aos visitantes tem um custo muito alto, o qual jamais se pode botar "na conta" dos animais. Acidentes como esse do gorila e aquele outro algum tempo atrás daquele tigre que arrancou o braço do menino que entrou na jaula não são os primeiros e nem serão os últimos. Então acho que é importante no mínimo refletir até onde realmente vale a pena ter esse tipo de exibição "viva" como uma forma de entretenimento.
Mas zoológicos não são apenas uma fonte de entretenimento para a população, é também fonte de pesquisa.

Um edit. rápido.

O zoológico de BH é uma das forças na preservação do lobo guará por exemplo, que te sua população quase extinta por causa do desmatamento do cerrado.


Enviado do meu iPhone usando Tapatalk
 
Mas zoológicos não são apenas uma fonte de entretenimento para a população, é também fonte de pesquisa.

Eu respeito esse lado também, mas diferente do grande público que trata o zoo basicamente como um local de entretenimento, os pesquisadores além de ser um público bem menor, vão lá com uma finalidade profissional o que faz muita diferença. Numa eventual necessidade de interação ou manejo com os animais, eles farão da forma correta e segura e não provocativa e irresponsável. Então mantenho aquele meu questionamento focado somente no grande público em geral.
 
"Criamos"? Você criou alguma dessas coisas? Até onde sei você tem tanto mérito nessas coisas quanto o gorila que morreu - sendo assim, por que essas coisas fariam de você mais digno que o gorila? Se sua espécie criou tudo isso, também o fizeram a família, classe ou ordem (no sentido cladístico das palavras) do gorila, não vejo diferença radical nas duas situações...

A dignidade do indivíduo está no que ele é em si mesmo, e não nas potencialidades de sua espécie, ou de sua nação, ou de sua raça, ou de qualquer outro grupo ao qual ele pertença - mesmo porque essas potencialidades na maioria das vezes sequer se atualizam no indivíduo, grande parte dos homens por exemplo não tomam qualquer parte nos méritos da civilização. Quando não é o caso de sequer terem racionalidade patente. Inclua aqui, por exemplo, doentes mentais ou neurológicos graves, recém-nascidos, homens das cavernas, fãs de Ciro Gomes, etc. Não é na alta capacidade criativa e intelectual que você fundamentará a dignidade humana, ou uma maior dignidade dos homens em relação aos animais - mesmo porque seguindo os mesmos critérios você teria que aceitar homens superiores a outros.

Definir onde a dignidade reside é tarefa dificílima. Mas decerto não será feito através de conceitos pueris como "espécie superior", "raça superior", etc. Isso é, por grupismos de toda ordem. A dignidade, seja lá o que for, é uma propriedade continuamente distribuída. E esse pensamento não constitui "sintoma de nossa sociedade doente" - já existia milênios atrás, por exemplo, nas religiões orientais: muitas vezes elas não reconhecem diferença intrínseca de dignidade entre homens e animais, qualquer assimetria não é radicalmente diferente das assimetrias que encontram-se, em menor escala, em homens de países, castas, ou condições mil diferentes. No ocidente esse tipo de crença não era rara, ainda que fosse minoritária, por influência das religiões pagãs (onde o conceito de dignidade não existia satisfatoriamente, até o homem era indigno, no sentido de que estava sujeito à vontade arbitrária dos deuses) e do cristianismo.

O pensamento em favor de um olhar menos distante aos animais também é uma consequência natural do darwinismo. O gorila não é da sua espécie meramente porque não pode haver fluxo genético entre você e o gorila. Mas entre você e o gorila há um antepassado comum - se todos descendentes desse antepassado fossem repentinamente trazidos de volta à vida, todos seriam da mesma espécie, inclusive você e o gorila. E o aconteceria então? O gorila ficaria superior? Não - apenas estaria claro que não há nada de fundamentalmente diferente entre você e o gorila: entre você e o gorila haveria uma sequência de indivíduos gradualmente diferentes entre si, e você não poderia estabelecer um critério de quem é superior e quem é inferior.

Além desses argumentos racionais, a discussão repousa antes de tudo na mera empatia - não falhasse a empatia, esses argumentos não seriam necessários, como não são necessários grandes argumentos para falar que têm dignidade equivalente o pagão e o cristão, o romano e o bárbaro, o nobre e o plebeu, o homem livre o o escravo, e por aí vai, qualquer impressão de superioridade intrínseca de um em relação ao outro é uma ilusão e repousa em preconceitos socialmente adquiridos.

Será esse o caso do gorila e do homem? Coloquemos, em um experimento mental, lado a lado um homem e um gorila, e deixemos de lado quaisquer elucubrações sobre os méritos dos parentes desses indivíduos, sobre suas capacidades intelectuais, sobre sua beleza, ou sobre qualquer outra coisa que não venha ao caso... analisemos o que aqueles indivíduos são em si mesmos, sua natureza em seu sentido mais intrínseco, natureza esta que estaria ali na nossa frente, em toda sua composição material e espiritual - se estiver despido de preconceitos, dificilmente você conseguiria intuir uma diferença gritante de um em relação ao outro em matéria de dignidade. É só imaginar um E.T. tendo que fazer essa análise, e, para facilitar ainda mais, o exemplar de homem em questão tendo alguma deficiência mental, ou o E.T. analisando recém-nascidos gorilas e humanos - decerto essas condições não prejudicarão o experimento mental, já que a dignidade humana não é menor em deficientes e recém-nascidos.

Eu justificaria a morte do gorila do zoológico mais ou menos como aquilo que aconteceu em A Guerra dos Mundos: para garantir a segurança de sua filha, o personagem de Tom Cruise teve que matar um cara que estava pirando e atraindo ameaças. Ainda que o cara não seja culpado pelo perigo que causava, e ainda que ele pudesse tranquilizar-se no instante seguinte e não mais trazer perigo, o risco é muito grande e sua morte torna-se moralmente plausível. Mas repare que o argumento não envolve superioridade ou inferioridade, trata-se apenas da nossa tendência de proteger nossos parentes mais próximos.

Você parte aqui de um conceito individualista de dignidade. Ocorre que dignidade nada tem que ver com as realizações de um indivíduo, nem mesmo se se pensar em realizações em um sentido mais lato como o de participação nas glórias de determinado grupo social, classe, exército, nação. Não se está falando aqui de alguma conquista histórica. Sim, podemos falar de uma descoberta histórica do valor, mas não se pode historicizar o valor no sentido de imanentizá-lo, de relativizá-lo. Isso é simplesmente adotar um relativismo moral irresponsável.

Talvez nem seja a sua intenção, mas antes de falar em analisar friamente a questão do ponto de vista prático, o meu problema é com essa imanentização do valor. Ele pode ser histórico e cultural em relação às suas formas de expressão, de manifestação mas o que é propriamente humano é algo sim transcendente. Podemos discutir eternamente a natureza dessa transcendência mas se ela não existir eu me pergunto como se pode sequer defender a vida social, os direitos das pessoas, defendê-las dos abusos de poder se não se afirma a objetividade transcendente da dignidade humana.
 
Você parte aqui de um conceito individualista de dignidade. Ocorre que dignidade nada tem que ver com as realizações de um indivíduo, nem mesmo se se pensar em realizações em um sentido mais lato como o de participação nas glórias de determinado grupo social, classe, exército, nação. Não se está falando aqui de alguma conquista histórica. Sim, podemos falar de uma descoberta histórica do valor, mas não se pode historicizar o valor no sentido de imanentizá-lo, de relativizá-lo. Isso é simplesmente adotar um relativismo moral irresponsável.

Talvez nem seja a sua intenção, mas antes de falar em analisar friamente a questão do ponto de vista prático, o meu problema é com essa imanentização do valor. Ele pode ser histórico e cultural em relação às suas formas de expressão, de manifestação mas o que é propriamente humano é algo sim transcendente. Podemos discutir eternamente a natureza dessa transcendência mas se ela não existir eu me pergunto como se pode sequer defender a vida social, os direitos das pessoas, defendê-las dos abusos de poder se não se afirma a objetividade transcendente da dignidade humana.
Se o humano é digno em si através da própria transcendência, independente dos próprios atos, como vc resolve o problema da necessidade de coerção (e portanto "dedignificação" através da revogação de direitos comuns) em função de atos objetivos e eventualmente imorais?
 
Se o humano é digno em si através da própria transcendência, independente dos próprios atos, como vc resolve o problema da necessidade de coerção (e portanto "dedignificação" através da revogação de direitos comuns) em função de atos objetivos e eventualmente imorais?
Boa pergunta. Necessidade social? Acho que não, eu mesmo não creio nisso. Uma pena não deveria servir para des-dignificar ninguém, mas para proteger a sociedade do crime e tentar compreender o que deu errado, afinal. Sem grandes pretensões, e respeitando a liberdade individual, seria questionar se essa pessoa pode ser recuperada, se o pacto ferido pode ser restabelecido sem grandes traumas.
 
Acidentes como esse do gorila e aquele outro algum tempo atrás daquele tigre que arrancou o braço do menino que entrou na jaula não são os primeiros e nem serão os últimos.
não sei se vocês acompanharam mas há uma ou duas semanas atrás abateram 2 leões pq um suicida entrou na jaula. O cara queria morrer e no fim das contas mataram os leões pra salvar o suicida. Foi no Chile.

http://www.laopinion.com/2016/05/25/suicida-leones-muertos-zoologico-chile-tragicas-historias/
 
Pra contribuir com o debate, uma análise do nosso caríssimo @Imrahil :

Nenhum gorila hesitaria em defender a própria cria

Muita gente deve estar coçando a cabeça diante da reação inflamada de parte do público americano à morte do gorila Harambe. A escolha entre a vida de uma criança e a de um simples bicho deveria ser simples, certo?

Bem, talvez essa perplexidade fosse bem menor se mais pessoas tivessem contato direto com grandes símios (gorilas, chimpanzés e orangotangos) e acesso à volumosa literatura científica sobre a complexidade comportamental e mental dos primos de primeiro grau da humanidade.

Esses primatas fabricam uma grande variedade de ferramentas, adotam tradições culturais que variam de região para região, possuem senso de empatia e podem até ter uma compreensão rudimentar do que significa a morte de um companheiro.

Tais dados levaram à gênese de um movimento internacional que defende que se conceda aos grandes símios (e também a outras espécies de vida mental igualmente complexa, como golfinhos e elefantes) uma versão, ainda que atenuada, dos direitos humanos mais básicos: a garantia de que eles não sejam mortos, usados em experimentos dolorosos ou aprisionados, digamos.

Liderado por especialistas como a primatóloga britânica Jane Goodall e o filósofo australiano Peter Singer, o movimento já influenciou, mesmo que timidamente, decisões judiciais mundo afora. A Nova Zelândia e países europeus não aceitam mais experimentos biomédicos com tais bichos; juízes da Argentina e de Nova York concederam habeas corpus a orangotangos e chimpanzés em 2014 e 2015, respectivamente (no caso da decisão americana, o termo "habeas corpus" acabou sendo retirado do texto final).

"ESPECISMO" INTRÍNSECO?

Peter Singer e outros críticos mais radicais da maneira como os seres humanos tratam outros animais costumam classificar como "especismo" (por analogia com o racismo) a ideia de que os membros da nossa espécie possuem direitos individuais intrínsecos simplesmente por terem nascido gente, enquanto nenhum desses direitos é estendido aos animais. Entretanto, a morte de Harambe sugere que, quando as considerações teóricas sobre o tema são suplantadas por um conflito de interesses concreto e urgente, é muito difícil defender uma ética totalmente não especista.

Se faz todo o sentido evitar que os grandes símios sejam tratados como cobaias ou atrações circenses, vencer o instinto humano de proteger a vida dos próprios filhotes seria de uma equidade gélida e, sem trocadilhos, desumana. Se a situação se invertesse, nenhum gorila hesitaria em defender a própria cria –o que não significa que não valha a pena o esforço para que não seja preciso escolher entre a vida de pessoas humanas e pessoas não humanas.


Tem também essa história interessante de uma outra criança que caiu no jaula de um gorila em 1986. Ela sobreviveu, e deu sua opinião sobre o caso Harambe:

He Fell Into A Gorilla Enclosure When He Was Five… Watch What He Says About What Happened

You may have heard about the controversy over the shooting of a lowland gorilla named Harambe at the Cincinnati Zoo after a three-year-old boy slipped and fell into his enclosure. Some say that the zoo was justified in trying to protect the child, while others feel they shouldn’t have taken such drastic measures, especially considering the animal is an endangered species.

One man, however, knows this situation all too well. In 1986, Levan Merritt fell into the gorilla enclosure at the Jersey Zoo. Now, he’s come forward regarding the Harambe controversy… and you really need to hear what he has to say.

When he was just five years old, Levan Merritt had his own close encounter with a gorilla when he fell into the enclosure at the Jersey Zoo. The footage is still utterly captivating.


The gorilla, Jambo, became something of a hero after he was observed protecting the unconscious boy from the other gorillas. To this day, experts believe that Jambo was acting to protect him.

Today, Levan had this to say about the Harambe incident: “I know what it’s like to come face to face with an enormous gorilla – absolutely terrifying. But my experience taught me they are also incredibly caring.”

“Watching the video brought it all back. I felt for the boy but also felt for the gorilla. Did they have to kill it? Well, he wouldn’t have known his own strength compared to a child, having lived in captivity and never touched a human infant.”

“And he does grab the boy and drags him into the water at a terrifying speed. The four-year-old is tiny and could easily have been injured. So they made the correct decision to save the boy’s life.”

“In my case, Jambo made sure nothing bad could happen.”

Whether or not you agree with Levan’s opinion, what happened at the Cincinati Zoo is a real tragedy. Our hearts go out to everyone affected by this terrible event.
 
Desde que não se pode mais ter leões e elefantes em circo, nunca mais fui em um. Adoro zológicos, ver animais em circo... E adoraria ir a uma tourada. São coisas culturais da nossa sociedade. E, moralmente, não tem muita diferença de criar um canarinho em gaiola ou um cachorro em um apartamento. Domesticar criaturas de outras espécies é uma das incríveis habilidades do ser-humano.

Sou contra essa modinha. Super protecionista dos animais. É só fiscalizar para que os animais sejam criados decentemente, que tudo bem. Agora... Esse caso do Gorila aí foi um episódio atípico. Um menino rolou lá pra dentro, e aí você tem que escolher entre a vida humana e a vida animal. A mesma escolha poderia ser feita no mundo selvagem também. Se um Gorila desses, ameaçado de extinção, avançasse contra turistas lá no Congo, se alguém tiver uma arma de fogo, é pra fazer a escolha óbvia.
 
Desde que não se pode mais ter leões e elefantes em circo, nunca mais fui em um. Adoro zológicos, ver animais em circo... E adoraria ir a uma tourada. São coisas culturais da nossa sociedade. E, moralmente, não tem muita diferença de criar um canarinho em gaiola ou um cachorro em um apartamento. Domesticar criaturas de outras espécies é uma das incríveis habilidades do ser-humano.

O problema nesse seu ponto é que, diferentemente dos cachorros, animais como leões, elefantes e até mesmo o canarinho não são domesticados.

Eu tenho mixed feelings em relação a zoológicos. Lembrei-me agora de uma postagem que fiz no facebook quando visitei o zoológico aqui de BH pela primeira vez:

harpia.webp

Hoje eu vivenciei uma situação paradoxal. Tive a oportunidade de ver a ave que mais admiro bem de perto, no zoológico de BH. A Harpia, ou Gavião-real, é uma das maiores aves de rapina do mundo, e considerada a mais poderosa. Tudo sobre ela é magnífico.

Mas, apesar do deslumbramento em estar diante dela e de poder registrar o momento, o sentimento de tristeza por ter que ver tal pássaro preso é forte. Pássaros não "foram feitos" para viver em gaiolas. Nem os leões em jaulas, etc. E é por isso que zoológicos despertam em mim essa tristeza que acompanha o deslumbramento de ver com os próprios olhos a diversidade incrível da natureza.

Talvez zoológicos ajudem na preservação de espécies e nos possibilitem entender melhor a dimensão e o valor das outras vidas. Mas não deixa de ser triste constatar que mantemos tais vidas em cativeiro, seja para mero fim de diversão de humanos que se distanciaram da natureza, seja para ajudar a remediar os males causados por nós mesmos às outras formas de vida.
 
O problema nesse seu ponto é que, diferentemente dos cachorros, animais como leões, elefantes e até mesmo o canarinho não são domesticados.

Bem... Eu acho que este detalhe evidentemente torna mais difícil criar este tipo de animal e bem mais complicada a relação entre o Homem e o Animal... Mas não acho que altere a natureza moral. Como eu disse, sou à favor de tudo isso, desde que os animais sejam bem tratados enquanto forem criados... Essas coisas de arrancar as garras e presas de Ursos, pra que fiquem inofensivos, já é sacanagem. Mas tem como criar leões em cativeiro e bem cuidados.
 
E, moralmente, não tem muita diferença de criar um canarinho em gaiola ou um cachorro em um apartamento.
tem sim,uma gaiola tem muito menos espaço que um apartamento (em comparação) num apartamento os cães saem para passear e etc.Sem falar que um pássaro precisa de muuuuuito mais espaço que um cão.Animais que tem menos espaço que o recomendável tendem a ter depressão (por isso que é bem difícil fazer animais engaiolados terem filhotes).


Sou contra essa modinha. Super protecionista dos animais. É só fiscalizar para que os animais sejam criados decentemente, que tudo bem.

bem,eu concordo que super protecionismo como "zoológicos são campos de concentração!!!!" são meio malucos,mas é bom que as pessoas se conscientizem que a vida da maioria dos animais de zoológico não é tão fácil quanto imaginam.Os predadores por exemplo,ficam assustados com outros animais os observando (ainda mais tentando chamar a atenção como algumas crianças fazem) tendem mais a ter depressão e etc.

Os animais que mais sofrem com um habitat pequeno são predadores (crocodilos,leões,ursos,etc),aves,macacos (chimpanzés,gorilas,babuinos,micos... humanos...),não que os outros não sofram,mas em bem mais fácil cuidar de outros tipos.se não me engano esses são os que mais sofrem.
Quando um zoológico não se adapta para o tipo de animal que vai receber,absurdos desse tipo acontecem:http://exame.abril.com.br/tecnologi...oria-arturo-o-urso-polar-mais-triste-do-mundo

Pra quem não viu o vídeo que eu postei,vejam o que acontece quando se atiram dardos num animal agressivo
foi mal pelo textão.
 

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