A música mais tocada em todas as rádios do mundo "Stairway to Heaven" parece citar gandalf e os hobbits... em determinado ponto da música diz-se: "... anéis de fumaça no meio das árvores..." e em outro ponto diz-se: "... e as risadas ecoaram na floresta" entre outras passagens da música que parecem estar se refererindo à trilogia sda...
Acho que não...como ja felei acredito que tem haver com alquimia e não Tolkie!
Stairway to Heaven - Letra
Há uma Dama que tem certeza de que tudo
o que brilha é ouro.
E ela está comprando uma escada para o céu.
E quando ela chegar lá, ela sabe
que se as esferas (compartimentos) estiverem
fechadas,
Com uma palavra ela pode obter aquilo que veio
procurar.
Há um sinal na parede,
Mas ela quer estar certa,
porque, você sabe, muitas vezes as palavras têm
dois sentidos.
Numa árvore à beira do riacho há um pássaro
cantor que, por vezes, canta
Todos os nossos pensamentos estão enganados.
Há um sentimento que me domina quando eu
olho para o oeste,
E meu espírito está gritando para partir.
Em meus pensamentos eu tenho visto anéis de fumaça através das árvores.
E as vozes daqueles que estão de pé, olhando
E é sussurrado que logo, se todo nós
evocarmos a canção
então, o tocador de flauta nos conduzirá à razão
E um novo dia cairá para aqueles
que há tempos esperam
E as florestas ecoaram com risos
E isto me faz desejoso...
Se algo se mexer em seu canteiro
não se assuste
É apenas uma nascente límpida para a Rainha de Maio.
Sim, há dois caminhos que você pode seguir
mas na longa caminhada
há sempre tempo para deixar a estrada que você está percorrendo
Sua cabeça está zumbindo e o zumbido não quer passar - caso você não saiba -
é o apelo do flautista que está chamando para ir juntar-se a ele.
Cara dama, pode você ouvir o vento soprar
e você sabe
que sua escada se apóia no murmurante vento
E como o vento ao longo da estrada,
Nossas sombras vão ficando menores que nossa alma
Aí caminha a dama que todos conhecemos
que brilha com luz branca e quer mostrar
como todas as coisas ainda se transformam em ouro
E se você ouvir muito atentamente
o canto finalmente chegará até você
Quando todos são um e um é o tudo
para ser uma rocha e não rolar".
E aqui vou postar uma interpretaçao (que não é minha)mas apos muita pesquisa da p/ ver que tem muita verdade ai!(Notem o "UM")
Estranha canção! Que significa essa letra misteriosa? É claro que poucos a entendem. Aqui e ali um verso deixa entrever algo. Apenas o suficiente para despertar curiosidade. Apenas o suficiente para perceber que nela há algo oculto. Algo que imediatamente se esconde nas brumas mais espessas do verso seguinte, ainda mais misterioso. Essa canção é como um véu que vela e revela. Ela clama por ser decifrada. Evidentemente, os que percebem que nela há algo misteriosamente oculto procurarão escalar sua montanha de mistério, onde no alto, alguém, ainda mais misterioso, faz brilhar um lanterna na noite...
Quem é essa dama de que fala a canção?
Dela se diz que quer comprar uma escada para o céu. Ela julga que tudo que reluz é ouro. Sua escada se apoia no vento. Diz-se ainda que todos a conhecemos e que ela quer demonstrar que é possível ainda mudar tudo em ouro.
Ora, a pretensão de transformar tudo em ouro é o sonho da Alquimia, ciência esotérica, fundada numa concepção gnóstica do mundo. Para a alquimia, todas as coisas teriam como substância fundamental e primeira o ouro. Por isso, tudo que existe tem um certo brilho. Até o carvão pode se transformar em luz ou em diamante brilhante. As matérias mais opacas podem, por atrito, começar a brilhar.
Para a Alquimia, contudo, o verdadeiro fruto da arte real não é a de transformar chumbo em ouro, mas sim de transforma o alquimista em Deus. O ouro que se supunha existir, como elemento fundamental de todas as coisas, era apenas símbolo do pneuma divino - de centelha divina - que jazia aprisionado no âmago de todo o ser. Mais que transformar tudo em ouro, seria preciso transformar tudo em Deus, libertando as centelhas divinas do cárcere da matéria, da razão e da moral.
Ora, a Alquimia era representada na Idade Média, por uma mulher segurando uma escada de nove degraus, que repousava sobre o solo, e no alto se apoiava em nada, isto é, atingia as nuvens tocadas pelo vento.
Essa representação da Alquimia pode ser vista esculpida no portal da catedral de Notre Dame, em Paris. A mais importante obra alquímica de nosso tempo - Le Mystère des Cathédrales -, de Fulcanelli, apresenta uma reprodução desse relevo. (Fulcanelli, Le Mystère des Cathedrales, ed. J. P. Pouvert, Paris, 1964 pag. 32-33 Pranche II)
Logo após a apresentação da dama alquímica, se diz que ela está comprando uma escada para o céu, isto é, um meio para atingir a felicidade absoluta. Ela a adquire com suas forças, e a escada é um meio natural para alcançar a divindade. Está é a scala philosophorum, símbolo da paciência que devem ter os alquimistas ao longo das operações do trabalho hermético (cfe. Fulcanelli, op. cit., pag. 90). Explica-se a seguir que se os "stores" - os compartimentos, as esferas celestes, os ayon na linguagem gnóstica - estiverem fechados, ela, com uma palavra, poderia abri-los.
Ora, segundo vários mitos gnósticos, o deus criador - o deus do mal - teria prendido as partículas divinas no universo material, que seria guardado por um arconte, ou espírito diabólico. Quando o homem morre, seu espírito procura atravessar as esferas que circundam a terra, mas só conseguirá passar por elas, se conhecer a palavra mágica que as abre ou se souber usar o sinal que as marca. (Cfe. Hans Jonas, La Religion Gnostique, Flammarion - Paris, pag 63-64)
Entretanto, se o espírito se equivocar na palavra de passe ou na fórmula a usar, ele recairá na matéria, não atingindo o "céu", isto é, sua libertação e divinização, ele se reencarnará.
A canção alude, a seguir, a um pássaro numa árvore, o qual, por vezes, canta. Ora, no mesmo livro de Fulcanelli, se reproduz outro relevo dos portais de Notre Dame, de Paris, e que representa o alquimista junto a seu "laboratório". Aí se vê o alquimista sob a aparência de um velho apoiado num bordão, junto à caverna que representa o laboratório alquímico. A seus pés jorra a fonte "magnésia", de onde escorre o mercúrio necessário à obra alquímica. A essa fonte límpida que corre para a Rainha de Maio, é que faz menção um dos versos da canção. Numa árvore próxima, há um pássaro cantando, que, segundo alguns, representa a ave fênix, símbolo do espírito divino existente no fundo da alma humana.
Adverte ainda a canção que "todos os nossos pensamentos estão equivocados". De fato, para a gnose, a inteligência nos teria sido dada pelo deus do mal ao nos criar, para nos enganar. O demiurgo mau teria construído um mundo inteligível e nos teria feito inteligentes para que, compreendendo o mundo, o julgássemos bom, e já não quiséssemos sair dele. Por isso a inteligência sempre nos levaria ao erro.
Depois, a canção afirma que, ao olhar para o oeste, isto é, para a direção em que morre o sol, a pessoa que canta fica dominada por um sentimento e seu espírito clama por deixar o corpo, isto é, para morrer. Porque, para a gnose e para a Alquimia a morte seria o único meio de o homem se libertar de seu corpo-cárcere.
E é preciso não esquecer que Oriente é um dos nomes que a Escritura dá a Cristo, e que, portanto, o Oeste é oposto a Cristo, isto é, o demônio e a morte.
E tudo isto deixa o cantor desejoso, maravilhado...
Fugiria do escopo deste trabalho fazer uma análise mais exaustiva dessa canção. Queremos apenas mostrar que ela, veladamente, propõe uma visão gnóstica do mundo. Por isto ela conclui dizendo que, ao final, nós todos seremos uma só coisa e que o "um" é o tudo. Quando então nos tornarmos o Um - o tudo - isto é, deus, então seremos "Rock" - fixos - e já não mais estaremos sujeitos à evolução. "To Be a Rock and not to roll ..."