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Me deem 1 motivo para não existência das raças humanas:

  • Criador do tópico Criador do tópico Esgaroth
  • Data de Criação Data de Criação
E o que (ou quem) você considera "raça pura"?
Se descendemos todos de um grupo único de seres, como pode existir uma "raça pura"?
Qualquer "raça" que você escolher para mapear a ascendência vai ser miscigenada com várias outras.
Ok. Existe então alguma raça pura de cão? (só para pegar um exemplo em um animal)
** Posts duplicados combinados **
E o que (ou quem) você considera "raça pura"?
Se descendemos todos de um grupo único de seres, como pode existir uma "raça pura"?
Qualquer "raça" que você escolher para mapear a ascendência vai ser miscigenada com várias outras.
Ok. Existe então alguma raça pura de cão? (só para pegar um exemplo em um animal)
E por que não acreditaríamos?

Duas lindas, btw.
Eu pensei que eramos a "raça humana"!

Ah, e a Sairse Ronan (loira) é muuuito mais linda :rolleyes:
 
Última edição:
Não. Pelo menos eu não conheço nenhuma. Fala uma raça de Orca, então.

Há raças de Cães, Cavalos, Vacas, Peixes, Galinhas, etc. Todas de espécies domesticadas. O que temos na natureza são as sub-espécies. Todas as raças que eu conheço foram selecionadas com "cruzamentos dirigidos", como muito bem explicou o Éomer.

Poderia haver raças humanas. Mas pra isso você teria que escravizar um conjunto de humanos e fazer essa seleção com "cruzamentos dirigidos" durante várias gerações, até chegar a uma raça igual temos o exemplo de cachorros. Mas isso seria aberracional, né? Quer dizer, Immortan Joe no Mad Max faz isso... Mas na vida real?
Não conheço, falei aquilo na mera crença de que critérios taxonômicos não diferenciam animais 'domesticados' de animais selvagens. Ideia que eu achei mais valiosa do que o mero fato de eu não ter em mente essas raças - afinal o fato de eu não conhecer quer dizer muito pouco, não é esperado que eu conheça. Já você fiquei com a sensação que deve ser especialista, pois parece concluir muito só do fato de não conhecer.

Do jeito que você coloca aí parece mera questão convencional separar 'raças' de 'subespécie', onde raças são usadas para espécies ditas domesticadas e subespécies para selvagens. É um ponto importante apenas vocabularmente falando, já que eu poderia perguntar "por que não separa-se os humanos em subespécie?" ao invés de perguntar "...em raças?".

Mas em pesquisa rápida aqui não encontrei evidências dessa diferença que você pontua, seria legal você mesmo se dar o trabalho de mencioná-las. A fonte do Lew Morias informa que são sinônimos. A wiki inglesa (citando livros) cita quatro possíveis situações onde pode-se separar raças, e em nenhum momento leva a a crer que só animais domesticados aplicam-se, pelo contrário, cita até a possibilidade de raças de parasitas que, ainda que sejam da mesma espécie, têm hospedeiros diferentes (embora não mencione as raças em si). Cita também que o termo é usado também para espécies domesticadas ('também', e não 'apenas'). Procurando no google "subespécie raça" você acha muitas páginas onde os termos são visivelmente usados como sinônimos. Também tenho um livro de ensino médio aqui que não coloca essa diferenciação ao discutir raças. Então sei lá, nenhuma fonte é uma fonte acadêmica ou coisa que o valha, mas me leva a crer que essa diferença que você colocou não é o que se dá no uso do termo, então é a conclusão que tiro até que outras evidências mais fortes surjam do contrário.
 
Última edição:
É um ponto importante apenas vocabularmente falando, já que eu poderia perguntar "por que não separa-se os humanos em subespecies?" ao invés de perguntar "...em raças?".

Separa-se. Os Homens são separados em sub-espécies sim. Mas a outra última sub-espécie, o Homem de Neandertal, já foi extinto há muito tempo. Nós, Homo-Sapiens, somos os últimos que restaram. E todas as etnias existentes hoje do planeta são exatamente da mesma espécie: Homo-Sapiens.

Em relação à diferenciação entre Raça e Sub-espécie... Imagino que devam ter diferentes doutrinas, né? Não sou especialista nenhum. Sou só um amador mesmo. Mas conheço bastante de cachorros, assim como também conheço um pouco sobre animais (por puro hobbie). Até onde eu entenda, os Cachorros são todos da mesma espécie "Canis Lupus Familiaris". Já os Lobos, por sua vez, são separados por sub-espécies: Canis lupus lupus, Canis lupus albus, Canis lupus arctos, Canis lupus baileyi, Canis lupus chanco, etc.
 
Última edição:
Eu não vi racismo nos posts do Esgaroth não. Só vi ele mostrando espanto pela diferença entre os humanos a ponto de não conseguir deixar a classificação de raça de lado. Não significa denegrir uma suposta raça, dizer que alguém é pior ou melhor, etc. Pode até haver um sentimento racista por trás dos indagamentos, mas pode não ter também.

Canis lupus albus

Separa-se. Os Homens são separados em sub-espécies sim. Mas a outra última sub-espécie, o Homem de Neandertal, já foi extinto há muito tempo. Nós, Homo-Sapiens, somos os últimos que restaram. E todas as etnias existentes hoje do planeta são exatamente da mesma espécie: Homo-Sapiens

Por humanos estava querendo dizer "humanos modernos". Mas pelo que pesquisei aqui Homo habilis, Homo erectus, Homo neanderthalensis, Homo sapiens, etc. são espécies, não subespécies, do gênero Homo. Parece que há uma discussão se os neandertais são uma subespécie dos sapiens, mas a classificação mais ortodoxa é que constituem espécies diferentes.

Em relação à diferenciação entre Raça e Sub-espécie... Imagino que devam ter diferentes doutrinas, né? Não sou especialista nenhum. Sou só um amador mesmo. Mas conheço bastante de cachorros, assim como também conheço um pouco sobre animais (por puro hobbie). Até onde eu entenda, os Cachorros são todos da mesma espécie "Canis Familiaris".

Legal. Mas da onde você tirou a conclusão que diferencia subespécie e raça?

"Os zoólogos geralmente consideram a raça um sinónimo das subespécies, caracterizada pela comprovada existência de linhagens distintas dentro das espécies, portanto, para a delimitação de subespécies ou raças a diferenciação genética é uma condição essencial, ainda que não suficiente. Na espécie Homo sapiens - a espécie humana - a variabilidade genética representa 3 a 5% da variabilidade total, nos sub-grupos continentais, o que caracteriza, definitivamente, a ausência de diferenciação genética. Portanto, inexistem raças humanas do ponto de vista biopolítico matematicamente convencionado pela maioria. No "Código Internacional de Nomenclatura Zoológica" (4ª edição, 2000) não existe nenhuma norma para considerar categorias sistemáticas abaixo da subespécie."

Esse texto deixa um pouco a desejar, no sentido que não deixa o critério claro. Ela diz que "definitivamente há ausência de diferenciação genética" sem falar qual o critério para determinar se a diferenciação é grande o bastante. Será que duas raças parecidas (mas distintas) de cães não tem esse mesmo valor? Para mim como leigo a resposta não é óbvia.

A wiki inglesa para mim parece mais coerente, porque ela meramente chuta o balde, falando que 'raça' é algo relativo, e que é um "informal taxonomic rank". Seria assim questão de gosto e utilidade definir se dois grupos são diferentes o bastante para constituir raças diferentes.
 
Última edição:
Esse texto deixa um pouco a desejar, no sentido que não deixa o critério claro. Ela diz que "definitivamente há ausência de diferenciação genética" sem falar qual o critério para determinar se a diferenciação é grande o bastante. Será que duas raças parecidas (mas distintas) de cães não tem esse mesmo valor? Para mim como leigo a resposta não é óbvia.

O motivo de postar esse trecho foi mais esclarecer que, para falarmos em raças, é essencial que haja uma diferença genética significativa entre membros de uma mesma espécie, algo que o Esgaroth estava ignorando sumariamente em seus posts.

Concordo plenamente que a definição do quanto de diferença estamos falando é essencial para que essa definição faça sentido, mas também não sei como determinar essa quantidade de forma mais precisa. Me parece razoável que a razão entre a variabilidade genética/variabilidade total citada no artigo da wikipedia-pt varie de espécie para espécie, já que o tamanho do código genético e a associação dos genes com os fenótipos deve variar bastante quando analisamos espécies distintas. Mas estou apenas conjecturando, não sou da área e posso estar falando besteira.

Achei um artigo interessante sobre a questão das raças humanas, especificamente. Eu acabei me perdendo nos termos técnicos que eles usam, vou transcrever a conclusão apenas (quem se interessar pode ler o artigo e traduzir um pouco do biologiquês que tem lá :dente:):

"Conclusão: inexistência de raças do ponto de vista biológico

Como vimos acima, três linhas separadas de pesquisa molecular fornecem evidências científicas sobre a inexistência de raças humanas. A primeira é a observação de que a espécie humana é muito jovem e seus padrões migratórios demasiadamente amplos para permitir uma diferenciação e conseqüentemente separação em diferentes grupos biológicos que pudessem ser chamados de “raças”. A segunda é o fato de que as chamadas “raças” compartilham a vasta maioria das suas variantes genéticas. A terceira é a constatação de que apenas 5- 10% da variação genômica humana ocorre entre as “raças” putativas. As evidências levam à conclusão de que raças humanas não existem do ponto de vista genético ou biológico."
** Posts duplicados combinados **
Outro trecho extremamente interessante do artigo:

"Assim como no caso de marcadores genéticos moleculares, é também possível fazer a partição da variabilidade humana usando características morfológicas mé- tricas. Por exemplo, Relethford (1994) mostrou que apenas 11-14% da diversidade craniométrica humana ocorre entre diferentes regiões geográficas e que 86-89% ocorrem entre indivíduos de uma mesma região. Quando esse mesmo autor fez a partição da variabilidade global da cor da pele, porém, ele observou um quadro diferente: 88% da variação ocorria entre regiões geográficas e apenas 12% dentro das regiões geográficas (Relethford, 2002)! A explicação é que a cor da pele é uma característica genética especial, porque é muito sujeita à seleção natural. Dois fatores seletivos contribuem para adaptar a cor da pele aos níveis de radiação ultravioleta (UV): a destruição do ácido fólico, quando a radiação ultravioleta é excessiva, e a deficiência da vitamina D3 (raquitismo), quando a radiação é insuficiente para a síntese na pele (Jablonski & Chaplin, 2000; 2002). Inúmeros estudos mostram que há uma significativa correspondência geográfica entre os níveis de UV e o grau de pigmentação da pele das várias populações humanas.

A cor da pele é determinada pela quantidade do pigmento melanina na derme, que é controlada por apenas quatro a seis genes, dos quais o mais importante parece ser o gene do receptor do hormônio melanotró- pico (Sturm et al., 1998; Rees, 2003). Esse pequeno número de genes é insignificante no universo dos cerca de 25.000 genes que existem no genoma humano.

Da mesma maneira que a cor da pele, algumas outras características físicas externas, como o formato da face, a grossura dos lábios e a cor e a textura do cabelo, são traços literalmente “superficiais”. Embora não conheçamos os fatores geográficos locais responsáveis pela seleção dessas características, é razoável inferir que, assim como a pigmentação da pele, tais caracteres morfológicos também espelhem adaptações ao clima e outras variáveis ambientais de diferentes partes da Terra. Assim como a cor da pele, as características morfológicas humanas dependem da expressão de um nú- mero pequeno de genes e refletem a variação em apenas alguns milhares entre os bilhões de nucleotídeos no genoma humano. Em resumo, as diferenças icônicas de “raças” correlacionam-se bem com o continente de origem (já que são selecionadas), mas não refletem variações genômicas generalizadas entre os grupos."

Ou seja, a cor da pele, que costuma ser uma das características mais usadas para separar seres humanos em diferentes raças é determinada por algo entre 4 e 6 genes, dentre 25 000 (vinte e cinco mil!) genes que compõem o genoma humano. Ou, simplificando mais ainda, todas essas características que a gente usa pra separar ou rotular humanos em diferentes raças não se traduzem em nenhuma variabilidade genética.

Biologicamente falando, a máxima 'Somos todos iguais' faz um sentido danado.
 
Ainda estou tentando entender a proposta do tópico. :think:

Acho que o Esgaroth está confundindo 'raça' com 'espécie'.
Ele andou faltando a umas aulas de biologia mesmo e está um pouco confuso. Dá pra notar que ignora totalmente os fatores que levaram aos primeiros indivíduos a desenvolver as características típicas de cada fenótipo, e a mantê-las via seleção natural. Ou vai ver, fui eu mesma que ainda não entendeu o que ele quis dizer.

Darwin gargalha. :mwaha:


Menina, se eu fosse um cachorro, com certeza seria um belo de um vira-lata.
Daqueles bem sem-vergonha, sabe, de pêlo duro, orelha caída, come qualquer porcaria e nunca fica doente! :lol:
 
Última edição:
Acho que o @Lew Morias zerou a discussão.

Só queria destacar que, apesar de o tópico ter uma proposta totalmente ultrapassada, ele suscita a questão das etnias, que é muito mais profunda, porque ainda vigora e tem repercussões práticas, como as cotas.
 
O motivo de postar esse trecho foi mais esclarecer que, para falarmos em raças, é essencial que haja uma diferença genética significativa entre membros de uma mesma espécie, algo que o Esgaroth estava ignorando sumariamente em seus posts.

Concordo plenamente que a definição do quanto de diferença estamos falando é essencial para que essa definição faça sentido, mas também não sei como determinar essa quantidade de forma mais precisa. Me parece razoável que a razão entre a variabilidade genética/variabilidade total citada no artigo da wikipedia-pt varie de espécie para espécie, já que o tamanho do código genético e a associação dos genes com os fenótipos deve variar bastante quando analisamos espécies distintas. Mas estou apenas conjecturando, não sou da área e posso estar falando besteira.

Achei um artigo interessante sobre a questão das raças humanas, especificamente. Eu acabei me perdendo nos termos técnicos que eles usam, vou transcrever a conclusão apenas (quem se interessar pode ler o artigo e traduzir um pouco do biologiquês que tem lá :dente:):

"Conclusão: inexistência de raças do ponto de vista biológico

Como vimos acima, três linhas separadas de pesquisa molecular fornecem evidências científicas sobre a inexistência de raças humanas. A primeira é a observação de que a espécie humana é muito jovem e seus padrões migratórios demasiadamente amplos para permitir uma diferenciação e conseqüentemente separação em diferentes grupos biológicos que pudessem ser chamados de “raças”. A segunda é o fato de que as chamadas “raças” compartilham a vasta maioria das suas variantes genéticas. A terceira é a constatação de que apenas 5- 10% da variação genômica humana ocorre entre as “raças” putativas. As evidências levam à conclusão de que raças humanas não existem do ponto de vista genético ou biológico."
** Posts duplicados combinados **
Outro trecho extremamente interessante do artigo:

"Assim como no caso de marcadores genéticos moleculares, é também possível fazer a partição da variabilidade humana usando características morfológicas mé- tricas. Por exemplo, Relethford (1994) mostrou que apenas 11-14% da diversidade craniométrica humana ocorre entre diferentes regiões geográficas e que 86-89% ocorrem entre indivíduos de uma mesma região. Quando esse mesmo autor fez a partição da variabilidade global da cor da pele, porém, ele observou um quadro diferente: 88% da variação ocorria entre regiões geográficas e apenas 12% dentro das regiões geográficas (Relethford, 2002)! A explicação é que a cor da pele é uma característica genética especial, porque é muito sujeita à seleção natural. Dois fatores seletivos contribuem para adaptar a cor da pele aos níveis de radiação ultravioleta (UV): a destruição do ácido fólico, quando a radiação ultravioleta é excessiva, e a deficiência da vitamina D3 (raquitismo), quando a radiação é insuficiente para a síntese na pele (Jablonski & Chaplin, 2000; 2002). Inúmeros estudos mostram que há uma significativa correspondência geográfica entre os níveis de UV e o grau de pigmentação da pele das várias populações humanas.

A cor da pele é determinada pela quantidade do pigmento melanina na derme, que é controlada por apenas quatro a seis genes, dos quais o mais importante parece ser o gene do receptor do hormônio melanotró- pico (Sturm et al., 1998; Rees, 2003). Esse pequeno número de genes é insignificante no universo dos cerca de 25.000 genes que existem no genoma humano.

Da mesma maneira que a cor da pele, algumas outras características físicas externas, como o formato da face, a grossura dos lábios e a cor e a textura do cabelo, são traços literalmente “superficiais”. Embora não conheçamos os fatores geográficos locais responsáveis pela seleção dessas características, é razoável inferir que, assim como a pigmentação da pele, tais caracteres morfológicos também espelhem adaptações ao clima e outras variáveis ambientais de diferentes partes da Terra. Assim como a cor da pele, as características morfológicas humanas dependem da expressão de um nú- mero pequeno de genes e refletem a variação em apenas alguns milhares entre os bilhões de nucleotídeos no genoma humano. Em resumo, as diferenças icônicas de “raças” correlacionam-se bem com o continente de origem (já que são selecionadas), mas não refletem variações genômicas generalizadas entre os grupos."

Ou seja, a cor da pele, que costuma ser uma das características mais usadas para separar seres humanos em diferentes raças é determinada por algo entre 4 e 6 genes, dentre 25 000 (vinte e cinco mil!) genes que compõem o genoma humano. Ou, simplificando mais ainda, todas essas características que a gente usa pra separar ou rotular humanos em diferentes raças não se traduzem em nenhuma variabilidade genética.

Biologicamente falando, a máxima 'Somos todos iguais' faz um sentido danado.

Ótimo post! Enquanto lia fiquei imaginando que, mesmo que a humanidade colonizasse Marte e vivesse lá, talvez fossem necessário milhares de anos de adaptação e mutação para originar uma espécie humana totalmente diferente em termos genéticos da existente na Terra. Só nascer em solo marciano não bastaria para ser extraterrestre.

E, concordo com o Haran. Não percebi nenhuma forma de insulto proposital, mas é preocupante. Se aqui na Valinor há essa confusão sobre o termo "raça humana", imagina nas escolas? É triste quando matérias como História, Biologia, Química e Física não tem a mesma atenção do Governo como a Matemática em suas chamadas.
 
O conceito de raça é ultrapassado. Simples assim. Ficou insuficiente para explicar o mundo lá na primeira metade do século XX e desde então outras categorias para analisar e subdividir a espécie humana foram criados. O conceito de etnia, por exemplo, é muito mais amplo, pois além de levar em conta categorias fenotipicas (como a cor, no caso das categorias "raciais) busca entender também outras complexidades, como lingua, cultura, religião entre muitos outros.

Exemplos concretos: Existe "raça" europeia? Os latinos europeus (franceses, italianos, espanhóis, portugueses e romenos) são da mesma "raça" dos anglo-saxões? Ou dos germanos? Eslavos? Pode se dizer que todos são brancos, mas árabes são brancos também. Como colocar todos esses grupos em uma só definição como "brancos" sem levar em conta seu idioma, sua cultura, suas tradições, suas religiões e etc?

Em relação aos negros: como afirmar que a "raça" negra é uma coisa só? O que um africano da etnia Bantho, vivendo numa tribo la na Ruanda tem de parecido com um negro em Salvador, além da cor? O negro de Salvador é muito mais próximo de mim e de todos aqui nesse fórum do que de um africano tribal.

Os homens no mundo são de fato muito diferentes mesmo. Aborigenes são totalmente diferentes de berberes, africanos são diferentes de mongóis, chineses tem pouco ou nada em comum com portugueses, mas não por serem de "raças" diferentes, mas porque são de povos, culturas diferentes.

Mas para mim está bem claro que a duvida do camarilha que criou o tópico é sobre pq afirmar distinções em padrões estéticos entre os povos está "fora de moda", afinal, ele acha bastante evidente que uma atriz loira é mais bonita que uma negra (o que em si não é problema nenhum, mas basta ler a forma com o Esgaroth se pronunciou para perceber os significados mais profundos dessa afirmação) ou que um povo não miscigenado possa ser considerado "puro", como se pureza tivesse alguma coisa haver com tudo isso.

Enfim, recomendo aos interessados ler autores como Nina Rodrigues, um dos grandes expoentes do racialismo (que sim Esgaroth, é uma forma de racismo) e suas teses sobre a superioridade branca brasileira e a necessidade de evitar a micigenação no Brasil para não criamos uma nação de "incompetentes e impuros". Em contraposição ao médico brasileiro, temos o grande antropólogo e político Darcy Ribeiro e seu livro "O Povo Brasileiro", onde ele afirma que o Brasil criou um gênero humano novo ao mundo, da mistura de raças e etnias, formando assim um "novo homem", que é o brasileiro.
** Posts duplicados combinados **
E só um adendo sobre o pq dividimos cães em raças e humanos não: Pq cães não tem cultura, não tem idioma, não criam religiões e não se distinguem de nenhuma outra maneira a não ser pelas características externas. Nós, pobres humanos, fazemos todas essas outras coisas e por isso não precisamos nos apegar as trivialidades como cor da pele.
 
Só uma duvidazinha rápida com relação à genética aplicada na definição de raças já que eu não sei nada sobre o assunto.
Lembro que nos auê de anos atrás da decodificação do genoma humano surgiram informações com relação a como os humanos não possuem um código genético tão distinto em relação a outros animais como ratos, porcos, até insetos. Não lembro da porcentagem, mas os números eram pequenos, diferenças abaixo dos 10% em alguns casos.
1) Essa informação que eu lembro é real mesmo ou coisa de jornalistas-"científicos" sensacionalistas?
2) Se for verdade, então 5, 10% não são exatamente desprezíveis, não?
3) Ou precisam ser diferenças em apenas trechos específicos do DNA para se definir?

As diferentes raças entre os cachorros apresentam distinções grandes nas suas genéticas? Tipo um labrador para um pequinês?



Pois acredito que a resposta pro tópico estaria mais no que disse o Felagund. O problema de se dividir em raças os humanos estaria mais em questões culturais, históricas e sociais do que em algum fator mais objetivo biológico. Do que esse tipo de divisão pode ter como consequências diferentemente do que aconteceria com qualquer outro animal não racional.
 
eu acho que valia uma consultada na etimologia da palavra raça, assim como seus significados em diferentes contextos, viu? não, não é minha área de estudos, só vou dar pitaco.

no caso do cachorro, acho interessante notar que em várias línguas o termo usado nem é raça propriamente dito. em inglês é breed (ao invés de race), e parece que em italiano é varietá, por exemplo. e a ideia de usar essa palavra é justamente de organizar pela aparência os variados tipos de cachorros. mas acredito que seja nomenclatura de criador de cachorro, não de biólogo, portanto não segue as regras de taxonomia da biologia. é tipo enólogo usando a palavra "corpo" para falar de vinho, um termo emprestado.

até por causa disso acho que a confusão toda ao meu ver é mais semântica do que qualquer outra coisa: a antropologia e mesmo a biologia não contavam com o conhecimento moderno de genética (a ciência, ela é uma coisa linda). são anos usando o termo raça, deu nisso. mas se pegar a regra da taxonomia, não tem nada que justifique a aplicação do termo raça para falar dos homens. lembrando da aulinha de bio (copiei de site educacional porque estou com preguizzz de elaborar) :

Os seres vivos são classificados da seguinte maneira: reino, filo, classe, ordem, família, gênero e espécie.

A espécie é a unidade taxionômica fundamental e agrupa seres vivos que possuem as mesmas características cromossômicas (n.º de cromossomos), anatomia semelhante, fisiologia e desenvolvimento embrionário idênticos entre si, além de um critério fundamental: o cruzamento de animais da mesma espécie deve originar um novo animal fértil.

notem que negros, brancos e asiáticos não diferem em nada nesses critérios e o cruzamento entre eles pode originar um novo animal fértil (eu sou um bom exemplo de animal fértil hehehehe). ou seja, não precisa de uma nova categoria ou subcategoria. portanto não há diferença do ponto de vista biológico. antropológico sim, mas aí entra a noção de etnia da qual o @Felagund falou, envolvendo muito mais aspectos culturais do que tom de pele.
 
Só uma duvidazinha rápida com relação à genética aplicada na definição de raças já que eu não sei nada sobre o assunto.
Lembro que nos auê de anos atrás da decodificação do genoma humano surgiram informações com relação a como os humanos não possuem um código genético tão distinto em relação a outros animais como ratos, porcos, até insetos. Não lembro da porcentagem, mas os números eram pequenos, diferenças abaixo dos 10% em alguns casos.
1) Essa informação que eu lembro é real mesmo ou coisa de jornalistas-"científicos" sensacionalistas?
2) Se for verdade, então 5, 10% não são exatamente desprezíveis, não?
3) Ou precisam ser diferenças em apenas trechos específicos do DNA para se definir?

As diferentes raças entre os cachorros apresentam distinções grandes nas suas genéticas? Tipo um labrador para um pequinês?



Pois acredito que a resposta pro tópico estaria mais no que disse o Felagund. O problema de se dividir em raças os humanos estaria mais em questões culturais, históricas e sociais do que em algum fator mais objetivo biológico. Do que esse tipo de divisão pode ter como consequências diferentemente do que aconteceria com qualquer outro animal não racional.

Para começar bem no assunto de DNA recomendo a leitura do Princípios de Bioquímica de Lehninger que aborda bem todos os fundamentos (ele inclui uma parte bem didática sobre exames diagnósticos e laboratoriais). Além disso o autor pareceu ser gente boa porque depois de ouvir meu caso na faculdade brasileira ele teve piedade e me ofereceu o livro gratuitamente.
 

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