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Melhores (e piores) leituras de 2020

Bruce Torres

Let's be alone together.
Não é sobre ter todas as pessoas do mundo pra si...
É sobre entender que não teve ano zoado maior que este, PQP...


Noutros tempos seria inglória a própria tarefa de ter que decidir dentre tantas leituras qual a que nos aprouve. Entretanto, o ano em si foi algo inglório, de música ruim nova do Justin Bieber a uma bactéria-fdp-micróbio-do-c******, tudo isso em meio a uma tempestade de lorotas, bravatas e canalhices de certos segmentos políticos destros ao redor do mundo. Mas como a arte é uma tentativa de escapar de tudo isso - embora nem sempre funcione, seja porque o absurdo da realidade nos transtorna a ponto de nos gerar déficit de atenção ou porque o autor parece ter escrito aquilo justamente para o momento -, a gente se refugia na literatura, para o bem ou para o mal - sim, Draccon vai lançar um quarto volume de Dragões de Éter.

Enfim, digam aí, meus viquingues-cangaceiros desta grande nave-mãe etérea valinoriana, que fantasias oníricas ou realismos displicentes dominaram vossas mentes neste ano de m****?
 
Última edição:
Em um ano bosta como esse, onde basicamente só li coisas pra faculdade, creio que o melhor livro de ficção foi o "Patriotismo" de Yukio Mishima. Este é um conto que vem num pequeno box publicado pela editora Autêntica. Nunca tinha lido nada deste autor e simplesmente me apaixonei.
A minha pior leitura, se pudermos levar em conta artigos, foi sem dúvida o "O estado de exceção provocado por uma emergência imotivada" do filósofo Agamben. Artigo horrível que demonstra que além do autor não saber nada sobre as ciências envolvidas na pandemia e áreas como filosofia da medicina e filosofia da biologia, me pareceu um texto que se trocasse o nome do autor por "Olavo de Carvalho" daria no mesmo.

 
Meu ritmo de leitura foi bem ruim este ano, e com a mudança da rotina de trabalho os meses correram de forma tão estranha que ao relembrar os acontecimentos parecem semanas. Parei de registrar minhas leituras, mas dos livros que eu acredito ter lido este ano, destacaria estes três:

O mestre e Margarida, (Mikhail Bulgákov), especialmente pelos capítulos sobre Pôncio Pilatos;
A montanha mágica (Thomas Mann), que li espaçadamente ao longo dos anos e tenho quase certeza de que terminei uns meses atrás;
Assim começa o mal (Javier Marías), que provavelmente foi minha leitura preferida do ano e mesmo assim eu já ia esquecendo.

Estou terminando de ler Musashi, do Eiji Yoshikawa, passando a metade do terceiro volume, e tem sido um leitura muito boa.

Acho que só li uma graphic novel, mas gostei bastante: Solitário, do Chabouté.

Dos livros ruins não me lembro.
 
Noutros tempos seria inglória a própria tarefa de ter que decidir dentre tantas leituras qual a que nos aprouve.

Eu sempre tento "rankear" as minhas leituras. Me divirto com essa inutilidade. :mrgreen:

O mestre e Margarida, (Mikhail Bulgákov), especialmente pelos capítulos sobre Pôncio Pilatos;

Esse está na minha lista pra 2021 - se tudo der certo. Assisti uma live sobre literatura russa e me interessei muito por esse.

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Pra mim, os 5 melhores livros:

1) A República dos Sonhos (Nélida Piñon);
2) O Sol é para Todos (Harper Lee);
3) O Cortiço (Aluísio Azevedo);
4) Verão no Aquário (Lygia Fagundes Telles);
5) Gabriela, Cravo e Canela (Jorge Amado).

Os 5 contos de que mais gostei:

1) Os Demônios (Aluísio Azevedo);
2) Emanuel (Lygia Fagundes Telles);
3) Olhos d'Água (Conceição Evaristo);
4) Um Coração Ardente (Lygia Fagundes Telles);
5) O cooper de Cida (Conceição Evaristo).

Piores leituras eu não vou rankear:

- "Memorial do Convento", minha primeira leitura do Saramago, foi decepcionante. Esperava ter gostado muito mais desse livro.
- "Los Cuentos del Abuelo José", do historiador argentino Felipe Pigna, foi aquela coisa... leitura instrutiva, mas bobinha.
- E a biografia do Itamar Franco - "O Real Itamar", de um autor que eu nunca lembro como se escreve o nome. Não porque a leitura em si não tenha sido prazerosa, interessante (ela foi)... mas porque o livro, enquanto biografia, tem algumas falhas que me incomodaram bastante.
 
Meu janeiro foi todo dedicado à leitura do Fausto, de Goethe. Fiquei tão impressionado e impactado que tal leitura condicionou todo o ano de 2020, tendo me levado a ler A Dupla Noite das Tílias, do Marcus Mazzari (uma exegese sobre o Fausto), Doutor Fausto, do Thomas Mann, e História do Doutor Fausto, a história original da lenda do Fausto do séc. XVI, organizada e traduzida por Magali Moura. Todas as leituras foram excelentes, em especial a do Mann, que já se tornou um dos meus livros favoritos.

Para 2021 já tenho aqui, sobre a mesma temática, A Trágica Histórica do Doutor Fausto, do Marlowe, O Mestre e Margarida, do Bulgakov, e Meu Fausto, do Paul Valéry.

Outros leituras de grande impacto foram Cinematographos, uma coletânea de críticas e crônicas do Guilherme de Almeida sobre cinema das décadas de 20, 30 e 40, Senhor das Moscas, do William Golding, e Libertinagem & Estrela da Manhã, do Manuel Bandeira; além da releitura do sempre excelente Dom Casmurro.

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A única leitura que eu poderia dizer que foi ruim foi A Vida Intelectual, do Sertillanges. Escrito na década de 20, é basicamente um manual de como se ter uma vida intelectual com base nos ensinamentos de São Tomás de Aquino. Pode-se extrair algumas coisas interessantes do livro, mas ele glorifica a intelectualidade de uma forma até soberba e demonstra certo desprezo por pessoas que não são "intelectuais", o que me incomodou muito. O livro talvez seja útil para quem queira ter uma formação "clássica" como antigamente, com aulas de latim, grego, música, filosofia, política etc., o que definitivamente não é o meu caso. Abandonei-o faltando umas 50 ou 70 páginas.

Uma leitura que não foi ruim, mas decepcionante, foi a de Felicidade Clandestina, da Clarice, de acordo com o livro escolhido no tópico da @Melian. Foi meu primeiro contato real com a Clarice, e acho que não nos demos bem. Tem alguns contos excelentes, mas achei o estilo extremamente carregado, intenso, introspectivo demais para o meu gosto, e a leitura ficou bem cansativa. Talvez com um romance eu tenha maior capacidade de apreciá-la.
 
fiz um post na redes sociais dia desses:

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Lições de português, Sousa da Silveira
Gramática do português culto falado, vol. sobre Palavras de classe aberta
Latim do zero, Frederico Lourenço
Historiadores latinos
O esmeril de Horácio, Érico Nogueira
Odes de Horácio
Eneida de Virgílio
Cartas a Lucílio
Lícidas, Leonardo Antunes
Evangelhos

ficou faltando o Esta casa malsã, do Sergio Maciel
 
Draccon vai lançar um quarto volume de Dragões de Éter.
No próximo ano? Todo mundo que pensou que 2021 seria um ano melhor foi trouxa.
A montanha mágica (Thomas Mann), que li espaçadamente ao longo dos anos e tenho quase certeza de que terminei uns meses atrás;
Um dos melhores livros do universo!
Assim começa o mal (Javier Marías), que provavelmente foi minha leitura preferida do ano e mesmo assim eu já ia esquecendo.
Javier Marías não tem erro.
Dos livros ruins não me lembro.
Eu comecei a ler um, que estava muito ruim (acho que vou terminar, porque sou curiosa), mas não dá para falar o nome dele por aqui, não, ele é livro para o CTI.
1) A República dos Sonhos (Nélida Piñon);
Como ousa mentir, na cara dura? Você falou, no outro tópico, que a Nélida Piñon foi a maior decepção literária do ano! :dente:
Meu janeiro foi todo dedicado à leitura do Fausto, de Goethe.
O meu foi dedicado à leitura dos quatro livros da Saga Crepúsculo. Quem é Fausto perto de Crepúsculo, gente? :rofl::rofl::rofl:
além da releitura do sempre excelente Dom Casmurro.
Menino Loveless é lúcido demais da conta!
Uma leitura que não foi ruim, mas decepcionante, foi a de Felicidade Clandestina, da Clarice, de acordo com o livro escolhido no tópico da @Melian. Foi meu primeiro contato real com a Clarice, e acho que não nos demos bem. Tem alguns contos excelentes, mas achei o estilo extremamente carregado, intenso, introspectivo demais para o meu gosto, e a leitura ficou bem cansativa. Talvez com um romance eu tenha maior capacidade de apreciá-la.
Com A Hora da Estrela não tem erro, Loveless! Estou lendo Um Sopro de Vida (CÊS NUM QUISERAM VOTAR NELE, SEUS MALDITOS!), pela primeira vez. Estou enfeitiçada! Pode ser que ele se torne o meu livro preferido da Clarice. Mas ele é bastante "fragmentado", então acho que é melhor você ir de A Hora da Estrela, mesmo.
 
A minha pior leitura, se pudermos levar em conta artigos, foi sem dúvida o "O estado de exceção provocado por uma emergência imotivada" do filósofo Agamben. Artigo horrível que demonstra que além do autor não saber nada sobre as ciências envolvidas na pandemia e áreas como filosofia da medicina e filosofia da biologia, me pareceu um texto que se trocasse o nome do autor por "Olavo de Carvalho" daria no mesmo.
Vi a Laura Erber (ou era Giovanna Dealtry?) comentando sobre esse artigo - sim, ela também detestou. Às vezes o cara fica louco na problematização...
 
Em um ano bosta como esse, onde basicamente só li coisas pra faculdade, creio que o melhor livro de ficção foi o "Patriotismo" de Yukio Mishima. Este é um conto que vem num pequeno box publicado pela editora Autêntica. Nunca tinha lido nada deste autor e simplesmente me apaixonei.
Doido pra ler esse e ver o filme que foi inspirado nele. Só lembro dos "bastidores" em Uma Vida em Quatro Capítulos, do Paul Schrader.
 
Meu ritmo de leitura foi bem ruim este ano, e com a mudança da rotina de trabalho os meses correram de forma tão estranha que ao relembrar os acontecimentos parecem semanas. Parei de registrar minhas leituras, mas dos livros que eu acredito ter lido este ano, destacaria estes três:

O mestre e Margarida, (Mikhail Bulgákov), especialmente pelos capítulos sobre Pôncio Pilatos;
A montanha mágica (Thomas Mann), que li espaçadamente ao longo dos anos e tenho quase certeza de que terminei uns meses atrás;
Assim começa o mal (Javier Marías), que provavelmente foi minha leitura preferida do ano e mesmo assim eu já ia esquecendo.

Estou terminando de ler Musashi, do Eiji Yoshikawa, passando a metade do terceiro volume, e tem sido um leitura muito boa.

Acho que só li uma graphic novel, mas gostei bastante: Solitário, do Chabouté.

Dos livros ruins não me lembro.

Leu qual edição do Bulgákov? Alfaguara ou 34?
Musashi tá na minha lista.
 
fiz um post na redes sociais dia desses:

Ver anexo 88842

Lições de português, Sousa da Silveira
Gramática do português culto falado, vol. sobre Palavras de classe aberta
Latim do zero, Frederico Lourenço
Historiadores latinos
O esmeril de Horácio, Érico Nogueira
Odes de Horácio
Eneida de Virgílio
Cartas a Lucílio
Lícidas, Leonardo Antunes
Evangelhos

ficou faltando o Esta casa malsã, do Sergio Maciel

Um dia quero essa cultura clássica do Mavericco para mim. 😍
 
Meu janeiro foi todo dedicado à leitura do Fausto, de Goethe. Fiquei tão impressionado e impactado que tal leitura condicionou todo o ano de 2020, tendo me levado a ler A Dupla Noite das Tílias, do Marcus Mazzari (uma exegese sobre o Fausto), Doutor Fausto, do Thomas Mann, e História do Doutor Fausto, a história original da lenda do Fausto do séc. XVI, organizada e traduzida por Magali Moura. Todas as leituras foram excelentes, em especial a do Mann, que já se tornou um dos meus livros favoritos.

Pegou o Urfaust também? Esse livro do Mazzari também tô de olho, o que me lembra que ele tinha traduzido A aranha negra, de Jeremias Gotthelf, que também é uma elaboração desse pacto na literatura suíça.
 
5 MELHORES LIVROS LIDOS EM 2020
1 - Flores para Algernon, de Daniel Keyes
2 - Hinos à Noite, de Novalis
3 - Outsider, de Stephen King
4 - O Homem que Caiu na Terra, de Walter Tevis
5 - 1980, de David Peace

Já as decepções foram Um estudo em vermelho (Arthur Conan Doyle) (o que salvou foi a edição ser comentada e anotada) e The frozen deep (Wilkie Collins e Charles Dickens).
 
Última edição:
A Yara Frateschi também tem um ótimo artigo sobre isso publicado no blog da boitempo. Vai saber no que passa na cabeça do cara.
Tenho pra mim que certos intelectuais não sabem os limites do próprio discurso. Curiosamente, tava lendo sobre isso há pouco em Afiadas, de Michelle Dean, em que Ralph Ellison contesta publicamente Hannah Arendt quando ela tenta comentar sobre a condição do negro americano e Dean comenta que isso ocorre porque a intelectual já estava agora prestigiada, daí se crer autoridade sobre tudo.
 
Última edição:
O melhor livro que eu li em 2020 foi O Senhor dos Anéis. Leio todo ano, então todo ano é o melhor livro que eu leio.

Não sei qual foi o pior, nem lembro direito o que eu li; dessa vez não fiquei anotando.
 
Piores (da menos pra mais pior)
5. O Vampiro de Curitiba
4. O Uraguai
3. Prosopopeia
2. Nós
1. Assim falou Zaratustra

Melhores (da mais pra menos melhor)
1. O Leopardo
2. Romanceiro da Inconfidência
3. Grande Sertão: Veredas
4. Duna
5. Getúlio (vol. 1)
 
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