Maborosi - a fotografia, que deveria ser extraordinária e que contaria a história e simbolismo do filme sem necessidade de palavras, é fraca. Pálida. O filme não tem energia nenhuma, muito menos sentimentos. É como o D'Angelo diz, uma galeria de imagens bonitas mas sem emoção.
É exatamente esse o objetivo do filme. Mostrar o contexto de frieza da personagem central. Nesse caso, o cinema vai ao espectador e cria uma das melhores experiências cinematográficas que já tive. Belíssimo...
Oito e Meio - nem me pergunte, assisti a muito tempo atrás, não lembro de nada. Eu preciso re-assistir os filmes do Fellini que já vi, mas não gosto muito do diretor.
Re-Assista então.
E vc tah sendo muito antipático com o Fellini. Vc já me explicou pq naum gostou de Amarcord, mas seus argumentos não chegam ao núcleo do filme, que é justamente tirar um pouco de sarro de todos nós... E o mundo Fellianiano é totalmente extravagente, hilário e sensível. Dê mais uma chance pro gênio, Folco!
Gritos e Sussurros - tipo, eu respeito o filme imensamente, a fotografia vermelha é muito linda, as personagens se interagindo, os momentos sangrentos e dolorosos, eu gosto muito disso. Mas, eu só vi o filme uma vez, e essa assistida me deixou um pouco cansado e em alguns momentos eu senti tédio.
Também dê mais uma chance pro Cries & Whispers... Só esses momentos de rara beleza no filme já são suficientes para tirar o tédio. No momento que vc entra na alma dos personagens, nada mais é tedioso. Experimente assistir o filme sem critica-lo, simplesmente deixe Bergman te levar... Não é tão fantpastico como Persona, mas dê mais uma chance...
Nostalgia - O pior do Tark até agora, que não é necessáriamente ruim. É decente, mas eu também senti um pouco de tédio na única vez que vi, assim como em Gritos e Sussurros. E o filme se perde um pouco tentando explicar a trama e sentido, fica meio que um exercício de fotografia do Tarkovsky. Mas tem momentos fodas, e isso vale.
Esse foi um comentário bem estranho...
Para começar, o filme não tem uma trama ou história, muito menos um sentido. É só sentar, aproveitar e sentir a beleza da arte, que segundo o Tarkovsky, é o único objetivo do cinema (alguém aí leu o livro dele, "Esculpir o Tempo"? Eu recomendo fortemente...). Aquelas cenas da água caindo são tão fortes, tão relaxantes, tão profundas... E tambpem tem pérolas de di(mono)logos, como: "Listen to what they're saying in the pool. I must be somewhere else form here"... Mais uma vez, dê outra chance...