O mundo mudou. A beleza dos Elfos, filhos de Ilúvatar, apagou-se do mundo, destas terras, transformando-se em lenda, em mito, em sonhos. Mas nem sempre foi assim. Na Era das Estrelas, os Primogênitos despertaram, e por muitas seguintes habitaram os Altos-Elfos a Terra-média. Imortais e imutáveis encheram o mundo de música, de luz, de encantamento, pois tinham sido criados como os seres mais belos e sábios.
Outras duas raças despertaram. A dos Anões. Exímios mineiros e artífices que nas profundezas da Terra transformavam o ouro e as gemas em incontáveis tesouros.
E na Era do Sol surgiu o Homem. Muitas foram as estirpes desta raça. Umas fracas e corruptas, umas nobres e justas; os Homens mortais eram filhos da Criação.
E aconteceu que o Mal, ciumento do poderoso poder da vida, criou os seus próprios servos. Medonhos orcs gerados em casulos de dor e ódio.
E comandando as forças profanas o maior servo do Mal, o espírito Maia, Sauron, Senhor do Escuro. Sauron fez de Mordor sua fortaleza e lá construiu Barad-dûr, a Torre Escura. De lá quis sujeitar todos os povos livres ao jugo de sua escuridão. Disfarçando-se, convenceu os Elfos de Eregion a forjar grandes anéis de poder.
Três para os Elfos, sete para os Senhores Anões e nove para os reis dos Homens. E em cada anel foram incluídos muito da força e vontade para governar cada raça.
Mas secretamente, Sauron voltou à sua fortaleza de Mordor e nas fornalhas da Montanha da Perdição forjou um anel para si, o Um Anel, capaz de controlar todos os outros. Pois poder pode ser colocado no menor dos objetos e usado no maior dos males.
(Os versos do Anel são ouvidos na Língua Negra)
O SENHOR DOS ANÉIS
(Batalha)
E aconteceu que no final da Segunda Era uma grande batalha foi travada nas planícies de Dagorlad. A Última Aliança entre Homens e Elfos fez recuar os orcs de Sauron até os Portões Negros de Mordor.
Aiglos, a lança de Gil-galad e Narsil, a espada de Elendil, triunfaram e a escuridão fugiu ao poder delas. Mas a vitória foi perigosa, pois nas encostas de Orodruin, a Montanha da Perdição, foi o próprio Sauron encurralado.
(Elfos e Homens atacam Sauron)
E alguns nascidos para não morrer, a quem a idade e a doença não tocavam, encontraram a morte. Gil-galad foi morto. Elendil tombou.
(Cena idêntica a do prólogo oficial em que Isildur pega Narsil e corta os dedos de Sauron, que desaparece numa explosão de luz. Isildur pega o Anel para si.)
Alguns nascidos para exibir sabedoria e honra foram corrompidos pela malícia.
(Isildur sobe a encosta da Montanha da Perdição com Elrond. Lá dentro, o Meio-Elfo pede para Isildur jogar o Um nas Chamas da Montanha.)
Elrond:
“Jogue-o às chamas. Destrua-o!”
Isildur:
“Sauron está morto; por que destruir o Anel?”
Elrond:
“Enquanto existir o Anel o espírito dele sobrevive, e ele voltará!”
Isildur:
“Afaste-se de mim.” (Coloca o Anel e desaparece)
(Cena do prólogo oficial em que Isildur cavalga e é atacado por orcs. Ele cai ao chão e em meio à batalha coloca o Anel e desaparece. Como no prólogo da versão estendida, Isildur corre até o rio e joga-se na água. O Anel cai de seu dedo até o fundo do rio, fazendo Isildur visível. Os orcs o matam atirando suas flechas.)
E uma Terceira Era começou na Terra-média. A história tornou-se lenda, a lenda tornou-se mito e coisas que nunca deviam ter sido esquecidas, foram perdidas.