D. Gerrolt: Você tencionou em O Senhor dos Anéis que certas raças deveriam incorporar certos princípios: a sabedoria de elfos, a arte de anões, a administração e as batalhas dos homens, e assim por diante?
J.R.R. Tolkien: Eu não o planejei. Mas quando você tem esses povos nas mãos, você tem que fazê-los diferentes, não tem? Bem, é claro, como todos nós sabemos, no final das contas nós temos apenas a humanidade com quem trabalhar. Temos apenas o corpo humano. Nós todos... ou pelo menos a maior parte da raça humana... deveríamos gostar de ter maior poder mental, maior poder de arte, pelo que eu penso que a distância entre a concepção e o poder de execução deveria ser abreviado, e nós deveríamos desejar um tempo maior, se não um tempo indefinido, com o qual continuar aprendendo mais e fazendo mais.
Então fazemos os elfos imortais em uma lógica. Eu tive que usar imortal, mas não quis dizer que eles eram eternamente imortais, simplesmente que eles possuem vida muito longa e sua longevidade provavelmente dura enquanto durar a habitabilidade da Terra.
Os anões, é claro, são bem óbvios, você não poderia dizer que de várias formas eles lembram os judeus? Suas palavras são semitas obviamente, construídas para serem semitas.
Hobbits são apenas ingleses rústicos, feitas de baixa estatura porque isso reflete (no geral) o pequeno alcance de sua imaginação – não o pequeno alcance de sua coragem ou poder latente.