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Os 100 melhores livros do século XXI segundo o NY Times

  • Criador do tópico Criador do tópico Clara
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Clara

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O jornal The New York Times divulgou uma lista com os 100 melhores livros do século XXI.

Em colaboração com o Upshot, o jornal enviou uma pesquisa para 503 escritores de ficção e não ficção, poetas, críticos e amantes de livros pedindo que cada um listasse os 10 melhores livros do século 21.

Dentre os participantes que responderam a pesquisa estão: Stephen King, Sarah Jessica Parker, Bonnie Garmus, Claudia Rankine, James Patterson, Sarah MacLean, Min Jin Lee, Jenna Bush Hage, entre outros.

Fonte

Os dez melhores livros do século:

10. “Gilead”, de Marilynne Robinson
9. “Não me abandone jamais”, de Kazuo Ishiguro
8. “Austerlitz”, de W. G. Sebald
7. “The Underground Railroad: Os caminhos para a liberdade”, de Colson Whitehead
6. “2666”, de Roberto Bolaño
5. “As Correções”, de Jonathan Franzen
4. “O mundo conhecido”, de Edward P. Jones
3. “Wolf Hall”, de Hilary Mantel
2. “The Warmth of Other Suns: The Epic Story of America’s Great Migration”, de Isabel Wilkerson
1. “A Amiga Genial”, de Elena Ferrante
 
o meu problema com a lista foi autor repetido. eu seiiiiii que é lista de livro, não de autor, mas amiga genial e a história da criança perdida não poderia ser considerado uma coisa só? e dias de abandono é bom, mas melhor do século? eu trocava fácil dias de abandono por dept. of speculation da offill. mas o nyt não me chamou para opinar, então 🤷‍♀️

os meus lidos da lista deles:

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Mal ouvi falar de algum, que dirá ter lido. :dente: Quando tô sem algo pra ler, sempre miro nos clássicos do século XX.

O único de que ouvi falar, aqui mesmo no fórum, foi Tomorrow, Tomorrow and Tomorrow, e só ficou na minha cabeça porque achei engraçado lembrando de Closets, Closets, Closets, Closets.
 
eu seiiiiii que é lista de livro, não de autor, mas amiga genial e a história da criança perdida não poderia ser considerado uma coisa só?
No podcast do NYT sobre a lista eles até refletiram sobre considerar as obras como uma coisa só mas não foram além. Salvo engano, Septology, de Jon Fosse, é um conjunto de livros, não?

E da lista só li 2, Sonhos de Trem e A Vegetariana.
 
Apesar de ter alergia a livros de prosa corrida, eu realmente colocaria A Amiga Genial no pódio ou perto disso. Acho que a Ferrante faz um estudo extraordinário sobre um sentimento misto de inveja e admiração (ou, para citar uma ideia mais exata, daquilo que René Girard chama de "desejo mimético") que ilumina muita coisa hoje em dia...
 
Mal ouvi falar de algum, que dirá ter lido. :dente: Quando tô sem algo pra ler, sempre miro nos clássicos do século XX.

O único de que ouvi falar, aqui mesmo no fórum, foi Tomorrow, Tomorrow and Tomorrow, e só ficou na minha cabeça porque achei engraçado lembrando de Closets, Closets, Closets, Closets.

amanhã, amanhã e ainda outro amanhã é bom demais. compete com um lincoln no bardo? acho que não. mas foi uma experiência muito boa de leitura. :yep:


Haha bem lembrado. Casualmente eu li esses dias. Então eu li um da lista. E não o incluiria na lista. Mas né... Perguntaram pra pessoas bem aleatórias, como Sarah Jessica Parker... 🤷‍♂️

poderiam ter me chamado para organizar a bagaça, eu começaria explicando que ano 2000 não é século XXI, e depois falaria que não pode repetir livro do mesmo autor.

*****

se eu tivesse que indicar 10 para uma lista dessas, meu top10 seria:

1. A Amiga Genial (Elena Ferrante) - considerando conjunto da obra, já que meu favorito é o terceiro, mas ele só funciona como parte de um todo.
2. Lincoln no Bardo (George Saunders)
3. Cadáver Saboroso (Agustina Bazterrica)
4. O Vendido (Paul Beatty)
5. Departamento de Especulação (Jenny Offill)
6. Piranesi (Susanna Clarke)
7. O Sentido de um Fim (Julian Barnes)
8. Na Casa dos Sonhos (Carmen Maria Machado)
9. Não me Abandone Jamais (Kazuo Ishiguro)
10. A História do Amor (Nicole Krauss)

(em negrito os que também estão na lista do NYT)
 
Os oito títulos que eu já tenho comprados mas nunca me dignei a ler (com exceção d'A Vegetariana, que eu ganhei recentemente de presente e dei prioridade, em consideração rs). Alguns (como O Pintassilgo), já tenho há dez anos e nem tchum... Comprei na época do hype e hoje nem cogito dar uma chance; está pra venda.

2666 ● Austerlitz ● The Line of Beauty ● A Visit From the Goon Squad ● The Goldfinch ● Persepolis ● The Vegetarian ● Station Eleven
 
Uma coisa que sempre me incomoda nessas listas de veículos de língua inglesa é justamente a predominância de livros de língua inglesa. Não só porque há um bias por causa do próprio veículo, mas muitas vezes por causa de quem eles chamam para a tal votação. Vejamos:

Dos 100 livros da lista, apenas 13 são de outra língua que não o inglês. E confesso que foi uma grata surpresa três deles estarem no top 10.

Dentre os participantes que responderam a pesquisa estão: Stephen King, Sarah Jessica Parker, Bonnie Garmus, Claudia Rankine, James Patterson, Sarah MacLean, Min Jin Lee, Jenna Bush Hage, entre outros.
Dos participantes citados, todos tem o inglês como sua língua principal. A Claudia Rankine é jamaicana de formação e naturalizada americana, e de toda forma o inglês é a língua materna dela. A Min Jin Lee é coreana mas também naturalizada americana, e escreve seus livros em inglês.

E a autoestima do Stephen King, que colocou um livro dele entre os melhores? :rofl:

Ver anexo 99402
Dos dez livros citados pelo King, todos são de língua inglesa. Poxa, será que não tem UM livro de outra língua que poderia se encaixar entre os dez melhores do século?

Não que devesse haver qualquer tipo de cota ou coisa parecida, mas acho que há uma clara indicação de que os autores e críticos de língua inglesa leem prioritariamente os livros escritos na mesma língua, o que, imagino, não ocorre nos demais países (talvez na França? não sei — da lista dos 100 melhores do século XX publicada pelo Le Monde, "apenas" 48 eram franceses; ainda bastante, mas bem menos que os 87 da lista do NYT). No Brasil mesmo acho que se lê muito pouco da literatura contemporânea brasileira, independentemente de sua qualidade; é basicamente o oposto do que ocorre nos países de língua inglesa.

Entendo a hegemonia dos países de língua inglesa (esp. dos EUA) na cultura e na mídia do séc. XXI, e entendo que isso influencia demais todo e qualquer papo sobre o assunto cultura e arte, mas bem que eles podiam fazer um esforçozinho, né...
 
Os oito títulos que eu já tenho comprados mas nunca me dignei a ler (com exceção d'A Vegetariana, que eu ganhei recentemente de presente e dei prioridade, em consideração rs). Alguns (como O Pintassilgo), já tenho há dez anos e nem tchum... Comprei na época do hype e hoje nem cogito dar uma chance; está pra venda.

2666 ● Austerlitz ● The Line of Beauty ● A Visit From the Goon Squad ● The Goldfinch ● Persepolis ● The Vegetarian ● Station Eleven

2666 eu estava gostando bastante, mas larguei na parte dos crimes, sempre na promessa de voltar, mas haja vida, né. dessa sua lista aí o que eu recomendaria sem nem piscar para fã de qualquer tipo de gênero é station eleven. esse livro é lindo. a série da HBO também.

Não que devesse haver qualquer tipo de cota ou coisa parecida, mas acho que há uma clara indicação de que os autores e críticos de língua inglesa leem prioritariamente os livros escritos na mesma língua, o que, imagino, não ocorre nos demais países (talvez na França? não sei — da lista dos 100 melhores do século XX publicada pelo Le Monde, "apenas" 48 eram franceses; ainda bastante, mas bem menos que os 87 da lista do NYT). No Brasil mesmo acho que se lê muito pouco da literatura contemporânea brasileira, independentemente de sua qualidade; é basicamente o oposto do que ocorre nos países de língua inglesa.

é exatamente isso. e como a lista é feita por um jornal anglófono com uma maioria absoluta de leitores anglófonos, segue a tendência do perfil do leitor típico daquelas bandas. vou ficar devendo dados dos EUA, mas os ingleses não ficam muito fora do perfil, e para lá tem matéria de 2016 do guardian falando que só 1,5% dos livros publicados na Inglaterra são traduções, enquanto alemanha, frança e itália passam da casa dos 10%.

é algo que parece estar mudando progressivamente - pelo menos de 2016 para cá eu vejo um interesse muito maior em traduzidos, as argentinas tipo mariana enriquez e samanta schweblin ganhando tradução mais rápido do que aqui no brasil, por exemplo. mesmo nossos brasileiros parecem estar ganhando mais atenção só recentemente (para além da gringa deslumbrada com o machado, semana passada mesmo tinha tradução de quincas borba saindo lá fora).

então no fim das contas é isso: é uma lista estadunidense que reflete os hábitos de leitura deles. quando eles falam de melhores livros do século XXI, dá para ler como "melhores livros do século XXI de acordo com um monte de estadunidenses"
 

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