Oromë
Purge 'em all
Como eu disse, isso é discutível. Se eu forçar sobre a sua criação que se transforme, e com isso ameaçar o seu domínio, sim, de acordo. Mas Samael fere ao domínio de todos ao alterá-los com o envelhecimento e morte, e ceifar a vida das crias das demais divindades sem o consentimento delas.
Tomemos exemplos:
1) Um humano participa de uma guerra, e decorrente disso ele se torna paranóico, como se a guerra nunca tivesse acabado para ele. Em uma noite ele se assusta com um barulho, pega sua espada e mata sua família que resolveu dormir mais tarde por ter confundido com possíveis inimigos. A culpa é do Deus da Guerra?
2) Aracnel gerou crias, tais crias foram abençoadas posteriormente com o dom do lívre arbítrio por Nor'jahal, elas decidem decimar os humanos terminando prematuramente a vida destes. Aracnel é o culpado?
3) Um humano busca conhecimento para enganar a morte, e suplica a Horfael que o torne imortal, independe do preço a ser pago, abdicando de seu status de humano. Horfael é o culpado?
4) Uma divindade cria suas criaturas perfeitas, a Samael arbitráriamente impõe que eles devem morrer. O que Samael fez é correto?
Talvez exista uma confusão em relação a "domínio" que possivelmente vai travar o rpg e inevitavelmente dar todo o poder a Samael. Humanos são criaturas de Samael, os seres aracnídeos e formigas são criaturas de Aracnel. Humanos e seres da noite não são domínios, porque se fossem, seu dominadores os controlariam plenamente. Uma vez dado consciência e livre arbítrio a estes, eles não são mais dominados, mas dominadores, e deixam de fazer parte do domínio, e passam a ser simplesmente cria. O Domínio de Samael é Morte, Aprodecimento, Entropia e Destruição. Aracnel é Escuridão, medo e venenos. Nenhuma criatura se encaixa aí.
Possívelmente a minha divindade tomaria partido de defesa a Horfael nesse ponto. Ele concordaria que ele deveria ser preso mas pelo perigo que representa, pelo desejo de aniquiliar a obra de Nor'jahal. Não por ter concedido o desejo dos humanos, porque senão qualquer desejo concedido teria que ser considerado da mesma forma para o conselho/tribunal dos Finerim ser considerado justo/imparcial.
Como você mesmo disse, o Domínio de Samael é a Morte etc. Ele não invade domínio algum ao decretar que todas as criaturas devem morrer, bem pelo contrário. Essa autoridade foi concedida a ele, e ele a exerce na medida em que a considerar devida. Tampouco contém qualquer arbitrariedade, por menor que seja, uma vez que não apenas é o papel dele, como também se trata de algo imposto de acordo com a própria criatura em questão.
1) A culpa é dele pela mente fraca;
2) Ninguém é culpado se elas decidirem isso por conta própria. Trata-se de um assunto a se resolver entre as próprias criaturas de Garr. A culpa existiria apenas caso Aracnel encorajasse suas crias a tal ato;
3) Sim, porque ele efetivamente ensinou algo que não deveria ao humano em questão. Foi uma ação direta por parte dele, então ele detém a culpa. O humano implorando ou não, é responsabilidade dele por atender ao pedido. Agora, mesmo sendo Horfael a divindade da magia, se um humano descobrisse por conta própria uma maneira de se tornar imortal através dela, ele não teria responsabilidade alguma;
4) Como já dito antes, não é arbitrário. Em primeiro lugar, ele não apenas tem a autoridade para isso, como também se trata de seu próprio dever. Em segundo lugar, a morte é necessária não apenas para a sobrevivência da própria espécie em questão, como também das criações dos demais Finerim, uma vez que Garr não tem nem espaço e nem recursos ilimitados. E, por último, como também já mencionado, a decisão se baseia na criatura em si, e quanto tempo ela aguentaria permanecer viva antes que seu espírito se degenerasse.
Além disso, a morte não bota em risco, por si só, a existência das ditas criaturas como um todo. Elas nascem, se reproduzem e morrem, e seus descendentes seguem adiante, fazendo a mesma coisa.
Mas a tecnologia sempre foi introduzida lentamente, e muitas vezes consideradas magia. Tome por exemplo Golens. Um humano no momento atual pode explicar que ele nasceu da vontade de um Deus que deu vida a uma pedra, mas na verdade ele não passa de algo construído, um robô. A medida que a sociedade evolui, robôs. mais clássicos e modernos tomam o lugar e são explicados através da mecânica, sua capacidade de interação através da lógica e informática. Mas os 2 tiveram a mesma origem e foram feitos da mesma forma.
Golens e robôs são coisas distintas. Um golem é matéria inanimada que ganha uma pseudo-vida (por falta de termo melhor) por meio da magia. Já um robô é construído puramente com base na mecânica e na eletrônica. Um não é a versão moderna do outro. As fontes que os movem são distintas, e portanto eles são coisas distintas em si, mesmo que estejam juntos dentro de uma categoria mais genérica, como Construtos, por exemplo.
Além do que, a divindade da ciência saberia como melhor explicar isso para os humanos hava visto que ela é a responsável por disseminar o conhecimento, e isso deve ser feito de forma que a humanidade seja capaz de entender para poder evoluir.
Para as outras raças sim, mas se você pressupõe uma espécie cuja estrutura desde o princípio é composta por alta tecnologia, eles irão necessitar deste conhecimento para multiplicarem seus números. É aí que a coisa complica.
Pessoalmente, neste caso eu acredito que uma civilização de golens dê mais certo. Não apenas funde conhecimento mecânico com magia (já que eles seriam mais do que pedaços de barro que se movem

Aguardo Ansiosamente [2]
Quanto ao caos não combinar porque tem ordem, o caos não combina com o caos porque ele é ordeiro em buscar a destruição de tudo. Hoje é difícil agente conceber e definir caos porque a nossa mente é programa desde cedo a pensar logicamente, talvez um louco consiga compreender o que é o caos, mas talvez até ele tenha uma propriedade ordeira em nunca ser constante. Por isso a idéia de, caso eu vá pra esse caminho, buscar a idéia da força que permeia as outras forças e promove o equilíbrio, e não talvez da força que destrói, consome e deturpa tudo, inconstante e completamente mutável.
Eu não diria destruição, mas desordem. E eu não sei o quanto seria incapacidade de compreensão e o quanto seria apenas um labirinto conceitual criado por nós mesmos.
De qualquer maneira, como não resta muito tempo pra continuar escrevendo, vou apenas com o meu argumento anterior que trata justamente do que considero um dos pontos principais na hora da escolha: não consigo ver uma oportunidade interessante de interpretação com esse tipo de divindade. Se bem trabalhado, poderia ficar bacana como um NPC, mas não para um jogador.
Apenas minha opinião, é claro.
![Sorriso =] =]](/forum/styles/default/xenforo/smilies/happy.gif)
Enfim, eu dou meu voto pleno e consciente no Deus da Ciência.
