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Críticas AdoroCinema
Snoopy e Charlie Brown - Peanuts, O Filme
3,0
Uma lembrança
De Lucas Salgado
Cartunista mais bem sucedido da história, Charles M. Schulz criou Snoopy e companhia em 1950 e desenhou todas as tirinhas, especiais e filmes dos personagens até sua morte, em 2000. Foram 50 anos dedicados aos personagens. Em uma clássica entrevista ao apresentador Charlie Rose pouco antes de sua morte, Schulz afirmou que não via outras pessoas continuando seu trabalho, afinal ele era a essência de seus personagens. E isso realmente aconteceu no que diz respeito às tirinhas. Hoje em dia, muitos jornais republicam clássicas tiras com os personagens, sendo que algumas passam por um processo coloração, mas não há ninguém escrevendo novas histórias envolvendo Charlie Brown e sua turma.
Por muitos anos, a família de Schulz foi procurada para levar os personagens de volta aos cinemas e sempre disse não. Até que por volta de 2007, Craig Schulz, filho de Charles, decidiu que era hora de ele mesmo revisitar a obra do pai. Mantendo o negócio em família, ele chamou o próprio filho, Bryan Schulz, para ajudar no desenvolvimento do roteiro.
O envolvimento da família garantiu um grande respeito a obra de Schulz, o que é ótima. Ao mesmo tempo, o envolvimento no roteiro de pessoas com pouquíssima experiência na área na podia resultar em algo extraordinário. E foi o que aconteceu com Snoopy e Charlie Brown - Peanuts, O Filme, que é a definição em todos os sentidos do filme-médio.
Uma palavra que define bem o longa é FOFO. É bonitinho. Difícil não se tocar em alguns momentos ou não abrir um sorriso em outros. Mas fica nisso, é o clássico filme três estrelas. Não compromete, mas também não empolga. Vai agradar quem está vendo, mas será esquecido pouco depois.
O sentimento de nostalgia e o carinho pelos personagens até podem fazer muita gente gostar mais do filme, mas a verdade é que falta algo. Não há nada de novo. Nada de especial.
Na trama, Charlie Brown e sua turma são surpreendidos com a chegada na cidade de uma nova criança, a garotinha de cabelo vermelho. Brown logo se encanta pela jovem, mas ao mesmo tempo não acha que seja bom suficiente para estar ao seu lado. É legal reencontrar Linus, Lucy e companhia, mas o personagem do Snoopy acaba desperdiçado com uma fantasia bobinha com a Fifi.
Dirigido por Steve Martino, dos fracos Horton e o Mundo dos Quem e A Era do Gelo 4, Peanuts é divertidinho e tem tudo para agradar as crianças. Mas os verdadeiros fãs dos personagens irão sentir falta de uma maior complexidade no estudo da vida infantil. No final das contas, a sensação é de que falta conteúdo para um filme de quase 90 minutos de duração.
Snoopy e Charlie Brown - Peanuts, O Filme
3,0
Uma lembrança
De Lucas Salgado
Cartunista mais bem sucedido da história, Charles M. Schulz criou Snoopy e companhia em 1950 e desenhou todas as tirinhas, especiais e filmes dos personagens até sua morte, em 2000. Foram 50 anos dedicados aos personagens. Em uma clássica entrevista ao apresentador Charlie Rose pouco antes de sua morte, Schulz afirmou que não via outras pessoas continuando seu trabalho, afinal ele era a essência de seus personagens. E isso realmente aconteceu no que diz respeito às tirinhas. Hoje em dia, muitos jornais republicam clássicas tiras com os personagens, sendo que algumas passam por um processo coloração, mas não há ninguém escrevendo novas histórias envolvendo Charlie Brown e sua turma.
Por muitos anos, a família de Schulz foi procurada para levar os personagens de volta aos cinemas e sempre disse não. Até que por volta de 2007, Craig Schulz, filho de Charles, decidiu que era hora de ele mesmo revisitar a obra do pai. Mantendo o negócio em família, ele chamou o próprio filho, Bryan Schulz, para ajudar no desenvolvimento do roteiro.
O envolvimento da família garantiu um grande respeito a obra de Schulz, o que é ótima. Ao mesmo tempo, o envolvimento no roteiro de pessoas com pouquíssima experiência na área na podia resultar em algo extraordinário. E foi o que aconteceu com Snoopy e Charlie Brown - Peanuts, O Filme, que é a definição em todos os sentidos do filme-médio.
Uma palavra que define bem o longa é FOFO. É bonitinho. Difícil não se tocar em alguns momentos ou não abrir um sorriso em outros. Mas fica nisso, é o clássico filme três estrelas. Não compromete, mas também não empolga. Vai agradar quem está vendo, mas será esquecido pouco depois.
O sentimento de nostalgia e o carinho pelos personagens até podem fazer muita gente gostar mais do filme, mas a verdade é que falta algo. Não há nada de novo. Nada de especial.
Na trama, Charlie Brown e sua turma são surpreendidos com a chegada na cidade de uma nova criança, a garotinha de cabelo vermelho. Brown logo se encanta pela jovem, mas ao mesmo tempo não acha que seja bom suficiente para estar ao seu lado. É legal reencontrar Linus, Lucy e companhia, mas o personagem do Snoopy acaba desperdiçado com uma fantasia bobinha com a Fifi.
Dirigido por Steve Martino, dos fracos Horton e o Mundo dos Quem e A Era do Gelo 4, Peanuts é divertidinho e tem tudo para agradar as crianças. Mas os verdadeiros fãs dos personagens irão sentir falta de uma maior complexidade no estudo da vida infantil. No final das contas, a sensação é de que falta conteúdo para um filme de quase 90 minutos de duração.