Ranza
Macaco
Não sei quanto ao baseball, mas já vi pessoal reclamar dos "modinha" que fica assistindo futebol americano e usava mais ou menos os mesmos argumentos desse cara, só que inverso.
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23 coisas que só um homem que não gosta de futebol vai entender
- Criador do tópico Beren
- Data de Criação
Fúria da cidade
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Esporte nos EUA é aquele coisa
Você pode não gostar do futebol com bola oval, mas a final do Super Bowl é o evento mais rentável do mundo.
Você pode não gostar de ver um carro correndo 500 milhas numa cansativa pista oval, mas eles lotam Indianapolis muito mais que qualquer estádio de futebol, já tendo levado mais de 250.000 pessoas.
Se tem uma coisa que não dá pra reclamar nunca deles é saber transformar um esporte num grande evento e ao mesmo tempo fazê-lo ser rentável e lucrativo.
Com o futebol que eles chamam de "soccer" mesmo contratando um Beckham, Kaka, Pirlo em fim de carreira, eles conseguem fazer um torneio com boa rentabilidade, mas ainda estão longe de ser um celeiro formador de grandes jogadores (apenas no feminino) e não tem força pra bater de frente com um Barcelona pra levar Messi ou Neymar pra lá.
Você pode não gostar do futebol com bola oval, mas a final do Super Bowl é o evento mais rentável do mundo.
Você pode não gostar de ver um carro correndo 500 milhas numa cansativa pista oval, mas eles lotam Indianapolis muito mais que qualquer estádio de futebol, já tendo levado mais de 250.000 pessoas.
Se tem uma coisa que não dá pra reclamar nunca deles é saber transformar um esporte num grande evento e ao mesmo tempo fazê-lo ser rentável e lucrativo.
Com o futebol que eles chamam de "soccer" mesmo contratando um Beckham, Kaka, Pirlo em fim de carreira, eles conseguem fazer um torneio com boa rentabilidade, mas ainda estão longe de ser um celeiro formador de grandes jogadores (apenas no feminino) e não tem força pra bater de frente com um Barcelona pra levar Messi ou Neymar pra lá.
Haran
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Esses brasileiros não são conservadores por causa disso, simplesmente não gostam de futebol americano e quiseram conversar a respeito (provavelmente jocosamente). E é extremamente natural que ao discutir futebol enquanto esporte compará-lo com outros esportes, e não é surpresa que no texto do americano esses outros esportes sejam os esportes mais famosos dos Estados Unidos.
De novo, o que passa na cabeça do americano ao escrever o texto é irrelevante. Mas acho muito mais provável que ele simplesmente não goste de futebol - como muita gente ao redor no mundo, inclusive brasileiros, do que tenha sentimentos nacionalistas e conservadores a respeito. E mesmo se tiver, o texto não tem, então quem liga?
E por que, se é uma palavra bastante usada no país do escritor para se referir ao que chamamos aqui de futebol?
Última edição:
Neithan
Ele não sabe brincar. Ele é joselito
Furia, o que quero dizer é que são esportes apenas locais, tornando-os chatos. Não existe por exemplo uma "Copa do Mundo da Baseball". Se tiver, é tão bosta que pouca gente acompanha. Baseball, roquei no gelo e """Futebol""" americano são apenas deles. Só basquete tem ligas fortes fora de lá, e vôlei (aliás, volei é americano? 
). Automobilismo é "universal", e por mais que Nascar e Indy juntem bons públicos, não tem a força de uma F1. Até porque na Europa tem competição de GT legal também, tipo a DTM.
Por exemplo, mesmo no Brasil sendo pouco popular, Copa do Mundo de Rugby é o terceiro evento esportivo mais visto do planeta. Atrás apenas de Copa do Mundo e Olimpíadas. É um esporte admirado na Europa, Oceania, Ásia e Africa, e um pouco na Argentina e Canadá. É um esporte globalizado, onde rolam rivalidades entre países, além das locais.
E podem falar o que quiser, não existe competição esportiva mais legal que Copa do Mundo FIFA. A mobilização mundial é incrível. Países dos 5 continentes se matando pelas 32 vagas, etc... é incomparável no mundo dos esportes.
E, especialmente falando do """Futebol""" americano, é chato pra kct sim. Por mais que venham falar das estratégias, táticas, blablabla o negócio para a cada 10s. Muita frescura, muita flor e enrolação. Se tivesse metade da fluidez de Rubgy seria muito mais legal.
Americanos são 3x mais bairristas que você.
). Automobilismo é "universal", e por mais que Nascar e Indy juntem bons públicos, não tem a força de uma F1. Até porque na Europa tem competição de GT legal também, tipo a DTM. Por exemplo, mesmo no Brasil sendo pouco popular, Copa do Mundo de Rugby é o terceiro evento esportivo mais visto do planeta. Atrás apenas de Copa do Mundo e Olimpíadas. É um esporte admirado na Europa, Oceania, Ásia e Africa, e um pouco na Argentina e Canadá. É um esporte globalizado, onde rolam rivalidades entre países, além das locais.
E podem falar o que quiser, não existe competição esportiva mais legal que Copa do Mundo FIFA. A mobilização mundial é incrível. Países dos 5 continentes se matando pelas 32 vagas, etc... é incomparável no mundo dos esportes.
E, especialmente falando do """Futebol""" americano, é chato pra kct sim. Por mais que venham falar das estratégias, táticas, blablabla o negócio para a cada 10s. Muita frescura, muita flor e enrolação. Se tivesse metade da fluidez de Rubgy seria muito mais legal.
Americanos são 3x mais bairristas que você.
Sentinela
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Existe Copa do Mundo de Beisebol, mas não é reconhecido pela Major League, então... Mas beisebol é muito popular na América Latina, no Japão e na Coreia do Sul, é longe de ser exclusividade dos EUA. Na Venezuela e em Cuba, por exemplo, é o esporte mais popular. Hóquei também é popularíssimo na Rússia e no Canadá. Na verdade, entre os que você citou só o futebol americano é algo pouco popular no resto do mundo, mas até isso está mudando.
Sobre o futebol, a galera adora citar partidas emocionantes para pregar a paixão, mas esquece de fazer uma média de qualidade das partidas. Vai assistir todas as partidas do Brasileirão, do Inglês, do Espanhol etc, e vê se em metade dos jogos você não vai preferir tirar um cochilo. Já ouvi várias pessoas falando isso e eu concordo: futebol, na maioria das vezes, só tem graça se você torcer por um time. Apenas apreciar o jogo é muito difícil porque o esporte ficou muito defensivo com o passar dos anos.
Ranza
Macaco
Claro que o hóquei e muito popular no canada, ele é um esporte canadense.
E discordo quanto ao campeonato inglês, e muito raro ter um jogo ruim naquele campeonato, o futebol Ingles e simplesmente incrível de ser assistido. E veja bem, você não precisa torcer para um time para que seja bom assistir, tanto é que, o futebol europeu e transmitido para o mudo inteiro. A CL e assistida em bares em BH, e mesmo que a galera não torça pra nenhum dos times, muitos simplesmente param para ver como o jogo está. A verdade e quem gosta do esporte, assiste a maioria dos jogos sem reclamar. E partidas ruins existem em qualquer esporte.
Se na maioria dos jogos as pessoas simplesmente preferissem tirar um cochilo, este não seria o esporte mais assistido do mundo.
Sentinela
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Estava respondendo a fala do Neithan, então esse argumento só vem confirmar o que disse.
Ver como o jogo está e assistir uma partida são duas coisas distintas. E a maioria das pessoas que acompanha campeonatos do exterior tem um time de preferência pra tornar a coisa mais interessante. Mas em outros esportes como basquete ou futebol americano, como o jogo é muito mais dinâmico, não preciso nem escolher um time para me divertir com o jogo.
Isso se deve ao fator tradição, ou sendo mais direto, à inércia. Como vários dos pontos citados na lista do primeiro post, as pessoas são levadas a aceitar o esporte mais popular do meio só como forma de inserção social, apreciar mesmo o esporte são poucos que apreciam. Pega o beisebol como exemplo. Nos EUA, muitos adoram falar como o beisebol é chato, com poucas pontuações, muito defensivo, parado no tempo, mas mesmo assim é o esporte mais popular em muitos dos estados e é transmitido em TV aberta.
Ranza
Macaco
Aí e que ta, o cara pode até ter um time lá fora, mas ele simplesmente assiste a maioria dos jogos da CL, pelo simples fato de gostar de assistir futebol. E quem disse que ele gosta de um time pra deixar as coisas mais interessantes? Ele pode simplesmente achar o esporte interessante, e com o tempo passar a gostar de um time.
Muito legal seus dados, eles provam muita coisa.
Ninguém e levado a nada, as pessoas fazem porque querem. A tradição pode contar e muito, mas se o esporte não fosse interessante e algo que gera entretenimento, as pessoas iriam simplesmente parar de assistir. Se a paixão e porque existe um determinado entretenimento.
O fato de que muitas pessoa mais gostarem do esporte, não significa que ele é desinteressante, lento ou chato, significa que temos opiniões diferentes. O fato deu não ter a mínima paciência para ver basquete, não muda o outro fato, que o basquete ser um esporte dinâmico, com muita emoção, essa características estão ali, eu apenas não aprecio.
Quanto ao baseball, você começa a falando que muitos no país não gostam, mas e o esporte mais popular em determinados estados, sua segunda frase não se contrapõe a primeira. Se em alguns estados ele for o terceiro esporte, já terá muita gente que não gosta do esporte, e em termos nacionais a MLB é a segunda franquia mais assistida, perdendo para a NFL.
Não existe um esporte bom ao ponto de todos gostarem, e acredito que um esporte que seja em sua maioria de jogos desinteressante, seria o mais assistido no mundo.
http://m.extratime.uol.com.br/nfl-c...canos-segundo-pesquisa-da-harris-interactive/
Sentinela
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Desde moleque seu pai te põe uma camisa do seu time, te leva para o estádio, te faz gritar gol, você o vê fazendo hora com os amigos e discutindo sobre futebol. Isso tudo é fixado na sua mente, e sair é muito difícil. Esse fim de semana eu tive um bom exemplo disso. Minha irmã comprou uma camisa do Atlético-MG para dar para minha avó e eu, torcedor do Cruzeiro, fiquei sentindo uma repulsa inexplicável quando vi aquilo dentro da minha casa. Ainda mais quando minha mãe pôs a camisa para experimentar. Eu me perguntei: "E daí? É só uma camisa." Mas aquilo está impregnado no seu subconsciente. Até quando morrer eu não vou gostar de camisas com listas verticais pretas e brancas.
Veja bem, eu estou falando que futebol é mais chato do que basquete e futebol americano, mas isso não quer dizer que não assisto. Só que quando comparo a qualidade média dos jogos, a diferença é enorme. Por causa desse fator tradição que o beisebol, que se tornou chato para muitos, vem perdendo fãs nos EUA, mas muito lentamente, porque são poucos que param de passar a tradição para os filhos.
Concordo.
Eu falei que beisebol é o mais popular em vários estados, não nos Estados Unidos como um tudo. É só olhar a lista dos times mais populares em cada estado, levando em conta todos os esportes, que tem uma meia dúzia de times de beisebol.
Fúria da cidade
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Acho que um fator muito importante pra ter feito o futebol ser o esporte mais popular e sobressair sobre os demais, é que além da paixão pelo time que você torce, é o que consegue promover as maiores rivalidades entre torcidas mundo afora, seja entre cidades, estados, províncias e países com uma infinidade enorme de dérbis e confrontos considerados "clássicos" pelo mundo inteiro seja com clubes ou seleções.
Por mais que existam grandes clássicos também no basquete, rugby, hóquei e tantos esportes, não há uma quantidade tão rica e diversa de confrontos com uma carga de rivalidade tão grande quanto no futebol.
Por mais que existam grandes clássicos também no basquete, rugby, hóquei e tantos esportes, não há uma quantidade tão rica e diversa de confrontos com uma carga de rivalidade tão grande quanto no futebol.
Haran
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Einstein disse certa vez que, se não fosse físico, seria violinista. Em uma entrevista do João Carlos Martins, ele me solta que se não fosse pianista, seria... jogador de futebol. 
P*de pariu, acho de lascar tantas pessoas que têm em alta conta gente cuja principal habilidade é conduzir uma bola... Especialmente o futebol, que é o jeito mais besta de fazê-lo: com os pés... Em especial, acho de cair o c* da bunda quando vejo um assalariado com papos do tipo "Ixi, compraram o Fulano por X milhões? Pouco, deveriam comprá-lo por 10X!" para um profissional inútil de qualquer ponto de vista que se preze...
E pensar que é justamente o jogador de futebol que unifica todos os brasileiros, qualquer outra categoria é esculhambada por um nicho ou por outro... Os professores são esquerdistas, os cientistas são alarmistas ou não fazem nada de útil, os economistas são entreguistas ou rentistas elitistas, os médicos são gananciosos elitistas, os policiais são truculentos fascistas... Mas aos jogadores de futebol, especialmente os da seleção brasileira, a esses nenhuma crítica, todo apoio e take my money...
Nem nos meios nerds mais fanboys há uma condescendência análoga, não vejo gente falando que um ator ou escritor famoso ganha pouco e deveria ganhar mais em alguma transação ou pagamento...
E quem coroa essa unidade de admiração dos brasileros é justamente o Neymar, que é um sujeito bem simplório, para dizer o mínimo... Mas por ser hábil em uma atividade bem qualquer coisa, vira ídolo de uma molecada, e é colocado em um patamar superior a todas categorias que mencionei acima....
Nada contra o esporte, mas o ponto do esporte é praticar, não torcer, vejo uma diferença enorme entre as duas coisas, e não compro a ideia de que o futebol televisivo incentiva a educação física, assim como, sei lá, o pornô não incentiva o sexo saudável, os gladiadores da Antiguidade não incentivavam as artes marciais, o Carnaval não incentiva seja lá o que for, etc.... É só entreterimento vazio mesmo, que, no caso do futebol, incentiva nosso instinto de assistir treta ou de tretar, as diferenças entre o futebol, o Big Brother e a rinha de galo não são essenciais..
P*de pariu, acho de lascar tantas pessoas que têm em alta conta gente cuja principal habilidade é conduzir uma bola... Especialmente o futebol, que é o jeito mais besta de fazê-lo: com os pés... Em especial, acho de cair o c* da bunda quando vejo um assalariado com papos do tipo "Ixi, compraram o Fulano por X milhões? Pouco, deveriam comprá-lo por 10X!" para um profissional inútil de qualquer ponto de vista que se preze...E pensar que é justamente o jogador de futebol que unifica todos os brasileiros, qualquer outra categoria é esculhambada por um nicho ou por outro... Os professores são esquerdistas, os cientistas são alarmistas ou não fazem nada de útil, os economistas são entreguistas ou rentistas elitistas, os médicos são gananciosos elitistas, os policiais são truculentos fascistas... Mas aos jogadores de futebol, especialmente os da seleção brasileira, a esses nenhuma crítica, todo apoio e take my money...
Nem nos meios nerds mais fanboys há uma condescendência análoga, não vejo gente falando que um ator ou escritor famoso ganha pouco e deveria ganhar mais em alguma transação ou pagamento...E quem coroa essa unidade de admiração dos brasileros é justamente o Neymar, que é um sujeito bem simplório, para dizer o mínimo... Mas por ser hábil em uma atividade bem qualquer coisa, vira ídolo de uma molecada, e é colocado em um patamar superior a todas categorias que mencionei acima....
Nada contra o esporte, mas o ponto do esporte é praticar, não torcer, vejo uma diferença enorme entre as duas coisas, e não compro a ideia de que o futebol televisivo incentiva a educação física, assim como, sei lá, o pornô não incentiva o sexo saudável, os gladiadores da Antiguidade não incentivavam as artes marciais, o Carnaval não incentiva seja lá o que for, etc.... É só entreterimento vazio mesmo, que, no caso do futebol, incentiva nosso instinto de assistir treta ou de tretar, as diferenças entre o futebol, o Big Brother e a rinha de galo não são essenciais..
Última edição:
Fúria da cidade
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Isso acontece em função do patamar financeiro enorme que o futebol atingiu, especialmente na Europa que é disparado o principal mercado do mundo e lamentavelmente destoou demais do resto do mundo de uns 25 anos pra cá, quando o poderio financeiro de alguns clubes e ligas nacionais cresceu muito.
Mas convém ressaltar que isso só diz respeito apenas a um universo pequeno de jogadores que pode desfrutar de altas cifras, pois a realidade do futebol pra enorme maioria dos jogadores mundo afora que jogam em equipes menores em divisões menos expressivas passa bem longe disso.
Pelo visto você não acompanha muito mesmo.
Já passou do tempo que brasileiro tinha uma paixão incondicional, cega e absoluta por seleção brasileira, pois durante muitos anos, tratavam-se de jogadores que passavam quase que a carreira inteira jogando aqui. Depois que eles começaram de forma cada vez mais prematura jogar na Europa, de uns 25 anos pra cá, já se formou toda uma geração com um bom número de gente que "tá cagando e andando" pra deixar de fazer alguma coisa importante e assistir amistosinho da seleção na TV.
Um amistoso dar 40 pontos ou mais de Ibope como dava nos anos 80? Provavelmente nunca mais. Jogo de eliminatórias em São Paulo por exemplo é sempre tenso porque se não se apresentar bem leva vaia sonora, porque o público paulista é muito exigente mesmo, pois muitos tem o senso crítico que é um bando de jogadores muito bem pagos que saíram cedo do Brasil e aí os caras ficam putos com isso e preferem jogar no Norte-Nordeste de preferência em praças onde o futebol é muito menos expressivo e o povo tem um comportamento mais "oba-oba" que teoricamente se encaixa mais nesse perfil que você refere. Só que até esse público "oba-oba" vem diminuindo, ficando mais restrito a época de Copa do Mundo mesmo.
Perfeito.. falta unidade nessas categorias reivindicar melhores e maiores ganhos.
Pelos motivos que já expliquei mais acima não dá pra generalizar. O Neymar não consegue atingir o respeito, admiração e idolatria que tinham o Rivellino, Pelé, Gerson, Tostão entre outros pra um imenso percentual da maioria da população brasileira na sua geração. Hoje se conseguir 1/3 dessa representatividade já tá bom demais.
O torcer é uma consequência do fato do esporte ser acima de tudo um enfrentamento competitivo entre pessoas e/ou equipes e isso acaba naturalmente ficando embutido no contexto, já que quem assiste tende a escolher um dos lados. O incentivo do entretenimento a prática é algo que vai apenas da decisão pessoal de cada um, pois no caso específico do futebol é a simplicidade de precisar basicamente apenas de uma bola e um espaço mínimo razoável pra jogar, que faz as pessoas pelo menos uma vez na vida nem que seja por mera brincadeira praticar.
Haran
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Vinte e duas pessoas, divididas em dois agrupamentos rivais, correndo como loucos no meio do mato, trombando o tempo todo, sob as vistas de uma multidão insana, que grita palavrões, troca ofensas, se agride fisicamente e até se mata. No meio delas, um sujeito nervoso, com apito irritante, julgando-se plenipotenciário, exigindo que todos ali façam o que ele julga certo. Qual o objetivo dessa confusão, dessa balbúrdia, desse mistifório? Enfiar um pedaço costurado e inflado de vaca, a pontapé ou cabeçada, num espaço retangular delimitado com um cano branco de ferro. O ajuntamento que fizer essa macaquice com mais frequência durante certa temporada ganha um pedaço de lata com formato de uma grande caneca, que ergue em delírio, sem nada dentro, como se tivesse derrotado trinta e dois exércitos numa campanha bélica. O futebol é das coisas mais bestas que há. Não dá para compreender por que seres humanos perdem tempo com isso. Tanta coisa boa para fazer...
Haran
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Surpreendentemente, quem tava na mesma vibe desse tópico e quem também meteu essa foi... Muammar Gaddafi.
Na "obra magna" dele, O Livro Verde, o último capítulo foi dedicado justamente a criticar o ato de torcer por times...! Olha o papo:O esporte pode ser praticado em privado como a oração que o crente reza sozinho no interior do seu quarto ou em público se for praticado coletivamente ao ar livre, como a oração que é rezada pelos crentes nos locais de culto. O primeiro tipo de esporte diz apenas respeito ao indivíduo que o pratica, mas já o segundo diz respeito a todas as pessoas. Esse segundo tipo de esporte deve ser praticado por todos, não devendo ser permitido a ninguém praticá-lo em nome da coletividade. Tal como não seria correto permitir às pessoas a entrada nos templos para assistir às orações dos crentes, também é absurda a presença de pessoas nos estádios para verem jogar um pequeno grupo. Num estádio deveriam ser elas próprias a jogar.
Praticar um esporte é como comer ou rezar e a sua sensação assemelha-se à sensação de calor ou frio. É estúpido pensar num grupo de pessoas desejosas de entrar num restaurante para ver alguém comer. Igualmente estúpido seria uma pessoa aquecer-se ou refrescar-se por pessoa intermédia de outra. Neste sentido é ilógico que a sociedade permita que um indivíduo ou uma equipe monopolize os esportes, cujas despesas são pagas pelo povo, para benefício apenas dos que o praticam. O povo não deve democraticamente permitir que nenhuma pessoa ou grupo — seja ele um partido, uma classe, tribo ou parlamento — o substitua em decisões sobre a definição do seu destino e das suas necessidades.
O esporte privado diz apenas respeito àquele que o pratica sozinho e à sua custa. O esporte pública é uma necessidade coletiva em cuja prática o povo não deve aceitar ser representado, nem física nem democraticamente por ninguém. Fisicamente, o representante não pode transmitir ao representado a maneira como o seu corpo e a sua mente beneficiam do esporte. Democraticamente nenhum indivíduo ou grupo têm o direito de monopolizar o esporte, poder, riqueza ou armas para si próprio. os clubes desportivos constituem os meios organizativos básicos do esporte tradicional no mundo atual. São eles que se apropriam das facilidades públicas postas à disposição pelo Estado para o esporte.
Essas instituições são apenas instrumentos sociais monopolistas semelhantes aos instrumentos políticos ditatoriais que monopolizam a autoridade, aos instrumentos econômicos que monopolizam a riqueza e aos instrumentos militares tradicionais que monopolizam as armas. Tal como a era das massas vai fazer acabar com os instrumentos que monopolizam o poder, a riqueza e as armas, ela vai inevitavelmente destruir o monopólio da atividade social que é o esporte, equitação e outros. As massas que se empenham em votar num candidato que as represente para decidir o seu destino atuam na assunção impossível de que ele as representará e corporizará a sua dignidade, soberania e pontos de vista. Contudo, essas massas, privadas da sua vontade e dignidade, ficam apenas reduzidas a meros espectadores, vendo outra pessoa fazer o que naturalmente deveriam ser elas próprias a realizar.
O mesmo se aplica às multidões que não praticam o esporte devido à sua ignorância. Elas são enganadas pelos instrumentos monopolistas, destinados a diverti-los e estupidificá-los, levando-as a aplaudir em vez de praticar. O esporte, enquanto atividade social, deve ser para as massas tal como o poder, a riqueza e as armas que devem estar nas mãos do povo.
O esporte público é para as massas. Ele constitui um direito de todo o povo para a sua saúde e recreio. É pura estupidez deixar os seus benefícios apenas para alguns indivíduos e grupos que os monopolizam à custa das massas que para isso lhes dão facilidades e pagam as despesas. Os milhares de pessoas que enchem os estádios para ver, rir e aplaudir são idiotas que não souberam praticar essa atividade elas próprias. Acumulam-se nas bancadas dos estádios, praticando a letargia e aplaudindo os heróis que lhes roubam a iniciativa, dominam o campo e controlam o esporte, explorando as possibilidades que as massas nesse sentido lhes fornecem. Inicialmente os locais destinados ao público foram criados para demarcar a zona destinada às massas, da zona destinada aos jogos, i.é., para evitar que as massas invadam o centro dos estádios. Os estádios ficarão vazios e deixarão de existir quando as massas tomarem consciência de que o esporte é uma atividade pública que deve ser praticada e não aplaudida. A situação inversa, uma pequena minoria apática e sem recursos a olhar e a aplaudir, seria mais razoável.
(...)
Parece que ele chegou até a reprimir jogos em estádios lá na Líbia, o filho dele teria precisado intervir para flexibilizar isso, algo assim.
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