Vilya
Pai curuja, marido apaixonado
Você está correto, Finarfin.Mas Tolkien diz que Eru é o Deus católico. Não uma alegoria, nem uma comparação, mas o mesmo.
E ele também diz que o mundo da Obra é o mesmo mundo que o nosso, só que em eras mais antigas. Então, o Deus daquela época é o mesmo de hoje. Para Tolkien o Deus é o católico, então se baseou nesse. Eu posso não ser católico e crer num outro tipo de Deus e interpretar Eru de outra forma. Tenho total libedade para isso, mas não exclui o fato de que Tolkien o interpretou como o Deus em que acreditava. Apesar da ficção.
Então comparações com o catolicismo são bastante válidas. E uma vez que questões deixadas em aberto como essas dão margem à várias interpretações, as católicas são bem vindas, desde que bem justificadas.
Seria impossível a Tolkien amarrar toda a complexidade e enorme quantidade de visões a respeito do Deus católico que ele acreditava e colocá-las no personagem Eru. O que ele fez foi concretamente abordar pontos fundamentais dentro da mitologia, mas deixou um sem número de aspectos em aberto, limitando-se a dizer, fora do contexto das obras, que Eru poderia ser entendido sem prejuízo à obra como o Deus Católico.
A forma correta de se tentar completar as lacunas deixadas or Tolkien é, sem dúvida, qualquer forma que seja coerente. O autor nos dá esse direito quando deixa pontos em aberto. O que não podemos é afirmar que uma forma é a correta em detrimento das demais, no máximo, que uma forma é a que nos agrada. Agora, podemos, sim, dizer que uma forma está errada baseados, justamente, na falta de coerência do argumento.