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A Chama Imperecível

  • Criador do tópico Criador do tópico Eönwë
  • Data de Criação Data de Criação
Eu nego os fatos que acontecem fora de Eä tais como são descritos. Pois são descritos como ações e padrões do mundo que existe (Eä). Mas não nego o que acontece dentro da própria Eä.

Ou você acha mesmo que Eru levantou a mão na hora da música? Se Eru realmente tinha uma mão ali, fora de Eä, então sim, o Silmarillion perde todo o seu sentido.
Sim, eu acho, vc acha por acaso que existem orcs, dragões e elfos? É literatura, naum física ou biologia.

Bom galera muitas vezes eu pensei bastante também sobre esse assunto, no meu ver a Chama imperecivel nada mais é que a vida... como no biblia, onde eu não sei< fala que Deus criou um exercito com ossos de pessoas que haviam morrido, ele fez a carne do barro e misturado a agua fez o sangue e por ultimo lhes soprou a vida que simbolicamente o vento, sei que se seguirmos o raciocinio elementar nos somas feitos dos quatro elementos terra, fogo, água e ar. Mas ainda acho que essa Chama imperecivel a qual Tolkien falou, era nada menos que o conhecimento de tudo, do inicio ao fim, vida, morte, bom, mal... então ele escondeu longe de todos no lugar mais improvavel, que eu acho ser a nossa alma ou Fëar, to certo? e Melkor ficou doido procurando o que ele já possuia!!!!

bom é isso!!!
Bela colocação, a Chama como CIência, o que nos lembra do evento no Éden.
 
Essa igualdade (analogia, se você preferir este termo) não fez o menor sentido pra mim. Nunca pensei em comparar a Chama com o Deus Filho ao ler a mitologia, sempre a imaginei em analogia com o livre arbítrio ou até mesmo com o Espírito Santo.
 
Última edição:
Essa igualdade (analogia, se você preferir este termo) não fez o menor sentido pra mim. Nunca pensei em comparar a Chama com o Deus Filho ao ler a miologia, sempre a imaginei em analogia com o livre arbítrio ou até mesmo com o Espírito Santo.


Eu concordo com o Vilya, embora se saiba que Tolkien odiava alegorias, acho que acaba ficando muito claro (principalmente pelo fato de ele ser bastante religioso) que existe uma certa ligação com a Igreja e coisas do tipo. Mas acho que não é para tanto tembém.
 
Sim, eu acho, vc acha por acaso que existem orcs, dragões e elfos? É literatura, naum física ou biologia.

E dentro da ficção existe aquilo que é real, e o imaginário. E o Ainulindalë ao meu ver é um mito sobre a criação, talvez os elfos o acreditassem como real, mas nao necessariamente o seja, e eu não vejo como possa ser.

Tolkien afirma categoricamente que o Tempo existe apenas em Eä. Só com isso creio que a cena da música seja impossível tal como foi descrita.

No mundo real (não o imaginário de Tolkien) é comum em todos os povos e culturas a criação de mitos para explicarem sua origem. Muitos se adequam a um e o consideram como verdadeiro, o que torna religioso. Eu posso acreditar na origem do mundo pela explicação cristã, assim como não posso. O mesmo para o hinduísmo, ateísmo, xamãnismo, xintoísmo, etc.

Alguns desses mitos são hoje em dia unanimente considerados como mito (os gregos, por exemplo), mas em sua época foram tidos como verdade.

Quando não se tem compreensão nem capacidade de explicar algo, o ser humano usa do mito para tal. Não vejo porque seria diferente com os elfos, visto que seu destino estava instrínseco a Arda, portanto não tinham compreensão sobre o que estava fora dela. Os homens ainda tinham a esperança de atingirem essa compreensão pós morte, mas os elfos não.
Um universo fora do tempo e fora do espaço não é compreensivo para um ser que só existe no tempo e espaço. Então ele usa de mitos, meios metáfóricos para tentar explicar o que aconteceu, nos padrões de seu mundo, que são completamente diferentes do mundo fora de Eä. Então esse acontecimento é descrito no tempo e espaço para retratar aquilo que ocorreu fora disso.
Eru não teria como ser personificado fora de Eä, não teria como ter uma mão e erguê-la, pois esse conceito só passou a existir e Eä, e somente dentro dela.
O máximo que eu consigo ver é que fora de Eä existe apena a consciência (de Eru e dos Ainur), nada além de pensamento. Mas mesmo isso ainda é uma visão mundana e terrana que nós temos, talvez a verdade em absoluto do que se passou lá seja completamente incompreensível para nós humanos, enquanto vivos e ligados ao mundo terreno, e ao elfos, para sempre.

Não que com isso eu negue a existência de Eru ou dos Ainur, ou da criação do mundo por estes. Mas não vejo como ela possa ter acontecido da forma em que foi narrada (pelos elfos). Aquilo pra mim é mito, metáfora. Demonstra que tudo teve sua origem em Eru, que é onisciênte, que os Ainur foram seus intrumentos, e que Melkor ja demonstrava um comportamento atípico. Mas não que eles possuíam formas humanóides, que cantavam com vozes audíveis e que sentavam-se em cadeiras e que ocupavam salões de pedra. Isso tudo faz parte de Eä e não de fora dela. É a visão mítica que os habitantes de Eä tem.

Quando Melkor vagava pelo vazio, ele não estava andando no meio do nada, mesmo porque, é o nada, não tem como estar presente no nada, pois se é nada não tem tempo nem espaço, simplesmente não é. Eu vejo essa passagem como sendo o pensamento de Melkor buscando novas idéias, e o nada deixa de ser nada quando essas idéias surgem. O único conceito de Eä que consigo transpor para fora dela é esse, o da consciência, do pensamento. Mais que isso acho pura figuração dos Eldar para explicarem sua própria existencia. Como todos os povos já o fizeram.

Claro que tudo isso é subjetivo, é uma visão minha. É bastante lógico pensar na Chama como sendo o Espírito Santo, como também Arpérion, talvez também seja lógico pensar como o Cristo (embora eu ainda não tenha visto essa lógica) e acho que todas as interpretações são válidas, mesmo porque não existe uma resposta para isso. Mas eu prefiro pensar desse jeito. Para mim as coisas funcionam melhor dessa maneira.
Acho que não foi a toa que Tolkien escreveu o Silmarillion como visão dos elfos, e não dele próprio. Essa subjetividade da perspectiva dos personagens é mostrada claramente em muitos de seus textos.
 
Essa igualdade (analogia, se você preferir este termo) não fez o menor sentido pra mim. Nunca pensei em comparar a Chama com o Deus Filho ao ler a miologia, sempre a imaginei em analogia com o livre arbítrio ou até mesmo com o Espírito Santo.

Eu concordo com o Vilya, embora se saiba que Tolkien odiava alegorias, acho que acaba ficando muito claro (principalmente pelo fato de ele ser bastante religioso) que existe uma certa ligação com a Igreja e coisas do tipo. Mas acho que não é para tanto tembém.

Não quis forçar nada aqui, como se Tolkien tivesse quisto colocar dessa forma, mas percebo sim essa analogia. Leiam o Prólogo do Evangelho de São João e comparem com o Ainulindalë.

E Finarfin, entendi sua posição, talvez tenha mesmo razão. Fui ingênuo em não considerar dessa forma, o que só aumenta a discussão sobre a Chama.

Talvez Ela não existisse fazendo parte do Ainulindalë, que pode ser ficção dentro de Eä, assim essa discussão é inútil. Mas se queremos mesmo falar sobre a Chama, presente na Canção, ou consideramos o Ainulindalë real ou convencionamos que estamos falando do mito Ainulindalë. Agora, se a Chama for algo apenas simbólico de algo objetivo e universal, concordo contigo.
 
Kkkkkk, então vc nega todo o Silmarillion, Morgoth, as Silmarils, Valinor? Nega a existência do Anel, de Sauron, de Númenor? O que foi a Terceira Era então? Gondor era o quê? Um sonho? OS ELFOS, LENDAS?

Desculpa, acaba por aqui. Isso naum faz sentido nenhum.

Que má vontade para interpretar o post do colega. Afirmar que, no legendário, não haja sucessão de fatos ou que não haja corpos fora de Eä não equivale nem de longe a negar a existência de elfos, do Anel, e etc (dentro do próprio legendário, claro) - é essa comparação extrema que "naum faz sentido nenhum". O fator da "pseudo-autoria" do texto é um fator literário importante e que deve ser levado em conta, o que o Finarfin fez de forma coerente.

E esse fator é tão importante que, como vemos aqui, Tolkien até toma o cuidado de justificar a publicação de versões posteriormente ultrapassadas de O Hobbit, justificar como vieram a ser escritas e existir - o que, de versões ultrapassadas publicadas por Tolkien, passa a ser versões falsas publicadas por Bilbo.

É esse mesmo fator que é levado em conta, quando, por exemplo, fala-se que não há bolsas falantes no legendário, embora Bilbo tenha assim escrito, ou quando fala-se que a origem dos orcs não são elfos deturpados, embora consta no Silmarillion essa versão dos elfos. Já quanto a questão que foi tratada aqui, o próprio Silmarillion retrata o fato de que os ainur só tomaram corpos quando entraram e Eä (qual o sentido de Eru ter um corpo e os ainur não?) ou que a criação de Eä equivaleu-se ao início dos tempos (Logo não havia Tempo antes de Eä, como Eru levantaria a mão? Precisaria ao menos de dois instantes: a mão abaixada e a mão levantada, acho que tanto os elfos quanto Tolkien perceberam isso, de forma que pode-se interpretar essas ações como formas poéticas de descrever fatos que escapam a imaginação).
 
Compreendi agora, fui meio apressado mesmo. E isso só indica a genialidade do professor e reforça aquela tese de Tolkien como 'criador de mitologias'.
Abraços filosofais...
 
Essa discusão pode remeter a mitologia grega, onde Cronos, o Tempo, nasce de Urano e Gaia, após alguns fatos (como o nascimento de Urano, que era filho de Gaia). Nós da atualidade, podemos apreciar a história como mera fantasia, coerente dentro de si mesma, ou como uma visão de certa forma incoerente dos gregos a respeito de fatos que não compreendiam.

Em Tolkien, podemos interpretar o Ainulindalë dessas duas formas: como um fato do legendário coerente em si mesmo (assim como é fato dentro do legendário que Fëanor criou as silmarilli, ou que os ainur moldaram o mundo), ou uma visão ingênua que os elfos realmente levavam a sério.

Porém, há uma terceira opção: que tratam-se de uma visão poética, e não exatamente ingênua, de fatos que os elfos não compreendiam - o que tem sido dito até aqui. Isto é, os elfos, não podendo conhecer e racionalizar fatos além do Tempo, optaram por uma linguagem mítica e poética para descrever limitadamente esses fatos.

Quem realizou isso foi Ferécides de Siros, figura ligada aos filósofos jônicos (Tales, Anaximandro, Anaximenes), quando a filosofia começava a se afirmar - é visto, muitas vezes, como uma ponte entre o misticismo e a filosofia, pois, a partir de uma teogonia (como a de Hesíodo) introduz idéias filosóficas. Ele coloca, por exemplo, Chronos (o Tempo - esse Chronos não é o titã e ganha um H) como um deus primordial, que juntamente com Ctônia e Zás (matéria e "princípio motor"), existiram sempre e nunca nasceram. Os órficos também fazem algo semelhante, colocando Adrastéia (a Necessidade) e Chronos como as divindades primordiais. Sendo relatos (semi-)filosóficos, não tinham tanta popularidade se comparado a Hesíodo por exemplo.

Talvez o Ainulindalë seja desse tipo, afinal, ele mesmo traz que o início dos tempos é em Eä enquanto descreve temporalmente os fatos, ou que Eru tem mão enquanto os ainur só assumiram corpos em Eä - ele ousa descrever poeticamente aquilo que, dentro do próprio escrito, pode ser visto como licensa poética. Na série HoME, o autor de Ainulindalë é apenas um: Rúmil de Tirion, o que beneficia essa visão, pois há espaço para um conteúdo mais filosófico ou mais racional, o que não aconteceria se fosse um escrito formado pelo imaginário coletivo de um povo. Além disso, os elfos de Tirion estavam muito longe de indivíduos "primitivos", poderiam criar visões mais racionais de mundo (mesmo porque tinham influência dos criadores do mundo que estavam ali do lado), embora não necessariamente filosófica. Teria sido Rúmil, através de relatos (diretos ou indiretos) dos ainur que fizera um retrato poético do que fora o Ainulindalë, dentro das limitações de sua mente que não concebe o não-espaço e o não-tempo.
 
Bom, deixe-me criticar com mais calma essa sua idéia.
Parece-me arriscado colocar que a Chama é a própria existência.
E de fato não o é.
A existência se devea ela, foi tudo criado A PARTIR dela.
Não é verdade. Jamais foi dito que Eru tenha criado qualquer coisa a partir da Chama, é dito explicitamente que Ilúvatar cria a partir do seu pensamento e inspira suas criaturas com a Chama.
Para reconciliar os homens consigo, Deus manda sua Palavra, pessoa da mesma divindade, encarnar como homem e através de sua vida, morte, ressurreição e ascensão reunir os homens no Seu Amor. Que amor? O amor de Cristo, que reconcilia os homens em Si, para ligá-los ao Pai.
Mas a chama é o justamente o que inspira a criatura, o que confere a obra vontade própria, o livre arbítrio. Não há encarnação de Eru na mitologia, Tolkien afirma que ele permanece fora da esfera do mundo, apesar de podermos pensar em Eru como o Deus católico sem qualquer tipo de prejuízo, não existe Jesus Cristo, o Redentor. Forçando muito a barra poderíamos comparar o papel de gandalf com o de Jesus (apenas traçar um paralelo).

Gandalf foi enviado pelos Poderes com a missão de salvar os homens e elfos da perdição, ele veio encarnado e limitado de sua essência angelical, sofreu e resistiu a tentação, inspirou os homens e elfos para seguirem o caminho correto, morreu em sacrifício, reencarnou e cumpriu sua missão.

Quando você afirma que
Eu te pergunto: Onde estão encarnação, sofrimento, tentação, sacrifício, morte, ressureição e etc?

A Chama não tem nada de parecido, nada mesmo, com Jesus, Deus Filho encarnado.
 
Não é verdade. Jamais foi dito que eru tenha criado qualquer coisa a partir da chama, é dito explicitamente que ilúvatar cria a partir do seu pensamento e inspira suas criaturas com a chama. (...)
mas a chama é o justamente o que inspira a criatura, o que confere a obra vontade própria, o livre arbítrio.
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Segundo isso como explica-se a Chama no Vazio originando Mundo?
Logo, eu [Eru] digo: Eä! Que essas Existam! E mandarei para o meio do Vazio a Chama Imperecível; e ela estará no coração do Mundo, e o Mundo Existirá; e aqueles de vocês que quiserem, poderão descer e entrar nele. - E, de repente, os Ainur viram ao longe uma luz, como se fosse uma nuvem com um coração vivo de chamas; e souberam que não era apenas uma visão, mas Ilúvatar havia criado algo novo: Eä, o Mundo que É.
[Ainulindalë, O Silmarillion, JRR Tolkien]

Para mim essa é a síntese de criação de Eru. Ele, individualmente, apenas com seu poder, parte de um cenário de inexistência, de nada, do que não É (Vazio) para colocá-lo num cenário de existência (Chama), do que É.
 
A existência se dá no Eä! Na ordem de Eru, na sua vontade sendo realizada, no poder de tornar seu pensamento realidade a partir do nada (como você bem ressaltou, Haran).

A Chama está no coração do mundo, sem dúvida, mas num sentido duplamente figurado, não só pelo fato do mundo não ter coração, mas pelo fato da Chama ser parte de Eru e o único ser indivisível, a Chama está no coração do mundo e de cada criatura, mas sem faltar a Eru. Ela não é acessível ao mundo ou à criatura, pois somente o é a Eru.

Tolkien em suas cartas afirma explicitamente que Eru permanece fora da esfera do mundo. Mas como Eru faz para estar fora do mundo e parte dele estar no mundo? A explicação está em dois conceitos: o da onipresença de Eru e no fato da Chama não ser algo material, ela não é matéria prima das coisas, Eru não carece de matéria prima para criar (criação verdadeira, que só ele possui), Eru cria a partir do nada pois ele é onipotente.

Podemos dizer, no sentido figurado também, que a Chama anima, aquece os corações, dá beleza às coisas, inspira as mentes e por aí vai. É somente naquele sentido duplamente figurado que podemos entender a Chama no coração do mundo.

(Haran, acabei de perceber que interrompemos uma boa discussão aqui nesse tópico e nunca mais retomamos)
 
Achei interessante o Haran tocar no ponto do tempo.

Eu considero que a noção que os elfos faziam de tempo era mais desenvolvida do que a que um humano teria. A começar pela memória élfica que era muito mais eficiente na percepção e preservação dos fatos do que a memória de um homem ou anão.

Ao viver por milhares de anos, com a oportunidade de exercitar uma memória tão prodigiosa para detalhes (viver nas memórias), experimentar a magia como algo corriqueiro e podendo conversar com os seres velhos do mundo (Valar) eu concluo que a criação do mundo para os elfos não era totalmente mitologia, mas possuía muita verdade em si. Havendo o suficiente dela para explicar a natureza das coisas sem comprometer a vida eterna de um elfo com preocupações pouco naturais. De maneira que os relatos dos elfos tendiam a ser bem desenvolvidos.
 
A existência se dá no Eä! Na ordem de Eru, na sua vontade sendo realizada, no poder de tornar seu pensamento realidade a partir do nada (como você bem ressaltou, Haran).

A Chama está no coração do mundo, sem dúvida, mas num sentido duplamente figurado, não só pelo fato do mundo não ter coração, mas pelo fato da Chama ser parte de Eru e o único ser indivisível, a Chama está no coração do mundo e de cada criatura, mas sem faltar a Eru. Ela não é acessível ao mundo ou à criatura, pois somente o é a Eru.

Tolkien em suas cartas afirma explicitamente que Eru permanece fora da esfera do mundo. Mas como Eru faz para estar fora do mundo e parte dele estar no mundo? A explicação está em dois conceitos: o da onipresença de Eru e no fato da Chama não ser algo material, ela não é matéria prima das coisas, Eru não carece de matéria prima para criar (criação verdadeira, que só ele possui), Eru cria a partir do nada pois ele é onipotente.

Podemos dizer, no sentido figurado também, que a Chama anima, aquece os corações, dá beleza às coisas, inspira as mentes e por aí vai. É somente naquele sentido duplamente figurado que podemos entender a Chama no coração do mundo.

(Haran, acabei de perceber que interrompemos uma boa discussão aqui nesse tópico e nunca mais retomamos)
Ah tá, mas concorda que é o modo dele (a Chama) de dar a vida?
 
O que só reforça a tese trinitária. Assim como Cristo veio do pai, é consubstancial a Ele e ainda assim, uma pessoa diferente, hipóstase, a Chama vem de Eru apesar de sua indivisibilidade.

Vilya questionou sobre a vida de Jesus. Isso é óbvio: a questão do sofrimento é posterior à Guerra do Anel, como Tolkien já frisou. Mas Cristo é anterior á Encarnação, ou não seria Deus.

“No princípio era o VERBO (a Palavra de DEUS) e o VERBO estava com DEUS (o SANTO PAI, CRIADOR) e o VERBO era DEUS.
No princípio, ELE (o VERBO) estava com DEUS.
Tudo foi feito por meio DELE (do VERBO) e sem ELE nada foi feito de tudo o que existe.
NELE estava a VIDA (o ESPÍRITO SANTO, ESPÍRITO DE DEUS) e a VIDA era a Luz dos homens e a Luz brilha nas trevas, mas as trevas não a apreenderam.
Houve um homem enviado por DEUS. Seu nome era João. Este veio como testemunha, para dar testemunho da LUZ (JESUS e do seu ESPÍRITO SANTO), a fim de que todos cressem por meio dele. Ele não era a LUZ, mas veio para testemunhar da LUZ, a LUZ verdadeira que, vindo ao mundo, ilumina todo homem.
ELE (JESUS) estava no mundo e o mundo foi feito por meio DELE (do VERBO, PALAVRA DE DEUS) , mas o mundo (a humanidade) não O conheceu.
Veio (JESUS veio) para o que era seu e os seus não O receberam.
Mas a todos que O receberam deu o poder de se tornarem filhos de DEUS: os que crêem em seu nome, que não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem (porque são predestinados), mas de DEUS.
E o VERBO (JESUS) se fez carne, e habitou entre nós; e nós vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do PAI (FILHO DE DEUS), cheio de graça e de verdade.”(Jo 1,1-14)
- Esta apresentação quer realçar que o PAI, o FILHO e o ESPÍRITO SANTO, embora sejam Três Pessoas Divinas distintas, diferentes uma da outra, constituem Um Único e Mesmo DEUS, UNO E TRINO. Um Mistério de Fé que desafia o entendimento da humanidade.
Pela Vontade do SANTO PAI e ação do ESPÍRITO DE DEUS, o DIVINO FILHO veio até nós, encarnando-se no Homem JESUS DE NAZARÉ, com natureza humana e Divina, nasceu da VIRGEM MARIA, no meio da humanidade que ELE veio Redimir e Salvar, em cumprimento a uma sublime e extraordinária Missão de Amor.

http://apostolado.sites.uol.com.br/prol.htm
 
Não entendi o que Cristo tem a ver com Eru e a Chama.

Já adianto que se me disser que Eru é Deus e a Chama Cristo ou o Espirito Santo, nem vou ler.
 
Não entendi o que Cristo tem a ver com Eru e a Chama.

Já adianto que se me disser que Eru é Deus e a Chama Cristo ou o Espirito Santo, nem vou ler.

Se você quer saber a relação, leia. Se ler vai descobrir que sua suposição do que coloquei está correta e aí será tarde pra dizer 'nem vou ler', de modo que estamos num impasse.

Ninguém vos obriga a nada.
 
Não não Caio. Sério, há tempo que leio coisas sobre Tolkien e a Biblia. Nem to interessado em saber o que um tem do outro. A resposta disso está nas primeiras páginas do SdA

Sério, creio que a pergunta em questão é:

"Jamais foi dito que Eru tenha criado qualquer coisa a partir da Chama"

Então, Eru criava com o poder da Chama ou a Chama só era uma forma de expressão de Eru?
 
Ah tá, mas concorda que é o modo dele (a Chama) de dar a vida?
Se você entende que Eru usa a Chama para dar vida naquele mesmo sentido do Sopro Divino, sim. Se você entende que a Chama é matéria prima ou poder a partir dos quais Eru confere vida à criatura, nananinanão.

Caio, não há uma única palavra no texto que você trouxe que sustente a idéia de que a Chama é Jesus, a não ser quando pensamos na unidade da trindade. Antes de encarnar Jesus não pode ser percebido pelo homem apesar de já existir.

Outra coisa, apesar de você ser aberto, uma pessoa aberta à discussão, seus dogmas não são (com toda razão), tome apenas cuidado para não embasar a opinião dos seus posts nos seus dogmas. Eu, pelo menos, não vou mais discutir esse assunto contigo, pois chegamos ao ponto do dogmático e jamais vou questionar os dogmas de alguém (do ponto de vista lógico é um erro grave de coerência).

Sério, creio que a pergunta em questão é:

"Jamais foi dito que Eru tenha criado qualquer coisa a partir da Chama"

Então, Eru criava com o poder da Chama ou a Chama só era uma forma de expressão de Eru?
Eru criava com seu próprio poder, a onipotência é dele.

A Chama não é nada concreto, não é algo tangível ao homem. Ela certamente foi usada na criação, mas ela por si não basta, não é suficiente. Pense na Chama como o que está na sua mente e que te permite pensar livre da vontade de Eru, não no que está fisicamente no seu cérebro. Pense na Chama como a essência do que te move, não na matéria que compõe teu corpo. Pense na chama como essência da alma do ser vivo, não no maquinário biológico que o mantém vivo ou na sua alma propriamente dita.
 
Última edição:
Se você entende que Eru usa a Chama para dar vida naquele mesmo sentido do Sopro Divino, sim. Se você entende que a Chama é matéria prima a partir da qual Eru confere vida à criatura, nananinanão.

Entendo Vilya.
Bom, sendo honestissimo, desde a primeira vez que li o Silma eu me confundi muito com Eru e a Chama. Vezes achei até que a Chama era algo maior que Eru.
Mas, sim. Eu a encaro como um sopro divino. A forma "palpável" do poder de Eu.

Será que consegui me expressar bem? :think:
 

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