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A Roda do Tempo - Robert Jordan

  • Criador do tópico Criador do tópico Clara
  • Data de Criação Data de Criação

Clara

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Só fiquei sabendo dessa série porque o primeiro livro publicado no Brasil estava em promoção no site brasileiro da Amazon (Kindle).

Robert Jordan (cujo nome verdadeiro é James Oliver Rigney, Jr) começou a escrever a série (The Wheel of Time) em 1984, e o primeiro livro O Olho do Mundo (The Eye of the World) foi publicado em 1990.
Ao que parece o autor planejava escrever seis livros, mas acabou se estendendo por doze volumes.
O autor faleceu quando começava a escrever o décimo segundo (e que seria o último livro da saga) e as anotações foram entregues a outro escritor e fã de Robert Jordan, Brandon Sanderson que acabou por desmembrar o último livro em três.
A série ficou então composta por um total de quatorze livros.
Fonte, Wiki

A editora Intrínseca promete publicar todos os livros da série, dois por ano.
A tradução parece ser bem cuidada, como a gente pode ver em parte da entrevista abaixo, com perguntas de fãs feitas para editora:

P.:Afora a grande quantidade de livros, a série A Roda do Tempo também é famosa pelos termos e expressões coloquiais inerentes ao mundo criado por Robert Jordan (pseudônimo de James Oliver Rigney, Jr., 1948-2007). Quais as maiores dificuldades encontradas na tradução para o português até o momento?

R.:A dificuldade inegável na edição de A Roda do Tempo é mesmo a extensão da série. A tradução da terminologia própria desse universo, mencionada na pergunta, por exemplo, torna-se mais complexa porque ao traduzir cada termo escolhido pelo autor precisamos considerar não só o contexto do livro no qual estamos trabalhando, mas também o dos livros que estão por vir. Um exemplo disso é o termo “Wisdom”, um título atribuído a mulheres, que, no primeiro livro da série, seria traduzido como “Sábia”. Porém, umas duas mil páginas adiante na saga, há a expressão “Wise Ones”, para a qual “Sábias” também seria uma escolha apropriada. Por conta disso, após deliberações entre tradutor, copidesque e editores, “Wisdom” foi traduzido como “Sabedoria”. Em muitos casos ao longo do livro, demorou até que todos se dessem por satisfeitos. Conseguir olhar de perto cada detalhe e, ao mesmo tempo, manter a distância necessária para enxergar a saga como um todo é um desafio gigantesco que estamos trabalhando duro para superar.

P.: Houve uma preocupação em pesquisar como as edições francesa, espanhola e portuguesa (dentre outras) traduziram alguns dos mais difíceis termos? Ou ainda, foi feita alguma consultoria com fãs para a tradução de termos como balefire, Sitters, Amyrlin Seat, etc.?

R.:A obra de Jordan está publicada há bastante tempo, há edições estrangeiras, companion books, fóruns e wikis de fãs em diversas línguas, e tudo isso foi material de referência para a tradução e a edição de O Olho do Mundo. Entram na conta também a bagagem profissional dos editores, dos colaboradores de texto e do tradutor Fábio Fernandes, que também é autor e acaba de voltar do disputado Clarion West Writers Workshop, em Seattle, um programa de escrita criativa dedicado unicamente a fantasia e ficção científica, que este ano teve entre seus instrutores Neil Gaiman.

P.: Ainda sobre a tradução, tendo em vista que é lugar-comum no Brasil aportuguesar nomes de lugares e, às vezes, até de personagens, foi feito algo do gênero no caso dessa tradução ou os nomes originais foram mantidos (por mais que a sonoridade de alguns deles possa parecer estranha para os brasileiros)?

R.:Cada obra impõe à tradução diferentes necessidades e limites, e, infelizmente, nem sempre significado e sonoridade vão transitar juntos de uma língua para outra. Um dos caminhos para a edição é tentar identificar o que, em um determinado termo, é mais relevante para a experiência do leitor: o significado ou a sonoridade. Em O Olho do Mundo, muitos nomes de lugares foram, sim, traduzidos, como o Mar do Mundo, os Dois Rios e a Grande Praga — esses são nomes que, no original, entregam uma informação ao leitor, e o mesmo tem de ocorrer na tradução. Já, por exemplo, Shayol Ghul, nome que no original desperta estranheza, foi mantido, para também despertar estranheza em português. Seguindo essa lógica, Moiraine é Moiraine, Shai’tan é Shai’tan, mas Artur Hawkwing é Artur Asa-de-gavião. É um quebra-cabeça de pesquisa, experimentação e bom senso. E certamente, livro após livro, afinaremos cada vez mais essas escolhas.

E, ainda de acordo com a entrevista acima, que pode ser lida na íntegra neste endereço, manterão as capas padrão da série, com o símbolo da Roda do Tempo:

rodadotempo.webp

(Que olhando de longe lembram o Mickey. :lol: )

7932486.webp

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Sobre O Olho do Mundo (The Eye of the World) que acabei de ler na semana passada.

Como foi escrito acima é uma série de fantasia, que se passa em um mundo próprio, com sua história e idiomas próprios.
Então é claro que a comparação com Tolkien é inevitável.

No começo da história confesso que fiquei bem incomodada, quase irritada mesmo, com as semelhanças de O Olho do Mundo com O Senhor dos Anéis.
Trollorcs/ Orcs; camponeses adolescentes/hobbits; Campo de Emond/o Condado; Meio-homens/Nazgul; Lan/Aragorn; Magos (Istari)/Aes Sedai; Homem Verde/Barbárvore etc. (põe bastante etc, viu?).
É muita coisa parecida. =/

Mas se você conseguir deixar isso de lado e mergulhar na história penso que vale a pena ler as cerca de 800 páginas do livro (Tudo isso? Ler no kindle engana a gente mesmo!) porque Robert Jordan sabe escrever uma história de aventura. :yep:

Principalmente nas partes de ação e/ou fugas; na descrição dos sonhos nos quais o Tenebroso (vilão maior da história) aparece pra alguns personagens, fica aquela vontade de não parar mais de ler, de saber o que acontece depois e essas coisas bacanas que a gente só encontra em boas histórias.

A história de Olho do Mundo tem começo, meio e fim.
Mas fica evidente que existe uma continuação, mesmo que o leitor não saiba que é uma saga, no final ele vai saber que tem continuação sim, ou melhor, precisa ter uma continuação.

Tentei não inserir spoilers nas observações abaixo, mas se alguém não quiser saber nada, nada mesmo da história antes de ler, melhor evitar o texto que segue:
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Coisas bacanas: os sonhos com Ba´alzamon (o Tenebroso); a cenas de fuga e lutas; os Mantos-branco, espécie de cavaleiros Templários e Santa Inquisição (ao mesmo tempo); os amigos dos lobos; as Aes Sedai.
Coisas chatas: personagens e situações tolkenianas demais; a Sabedoria (ô mulézinha chata!); as historias de amor (muito nhé, sem sal nem açúcar) algumas explicações sobre motivações de personagens bem mixurucas; e principalmente:

o bocó do Rand nunca, em momento algum, perguntar o motivo de o símbolo da garça em sua espada causar tanto furor por onde ele passava.
Moleque trouxa! :gotinha:
 
Última edição:
Comprei ontem o livro e comecei a ler hoje. As comparações com Tolkien são inevitávies, afinal, os volumes de HoMe são praticamente os pilares da Fantasia moderna. Até mesmo o vilarejo de Dois Rios tem uma mistura de Bri com O Condado.

Hoje em dia, já não me incomoda mais essas semelhanças e o fato de já ter todos os volumes completos já é um alento para quem acompanha a saga da Guerra dos Tronos e fica a ver navios de quando o próximo será lançado :lol:

E pretendo acompanhar essa saga, também.
 
Queria saber se alguém me recomenda comprar a edição em português da Intrínseca. Tô com medo de acontecer com essa série aquela coisa comum de começarem a publicar um volume, depois outro e aí parar de vez.
 
Olha, @Bruce Torres , isso aí aconteceu com a editora anterior à Intrínseca, que só traduziu os volumes 1 e 2.
Mas acho que a Intrínseca entrou nessa justamente pra fazer o que a outra não fez... Seria muita queimação de filme de uma editora grande abandonar o projeto. Eu recomendaria, sim, a compra. Inclusive também quero comprar (apesar de ter os dois volumes da outra edição aqui à disposição...)
 
É; vou acabar comprando, mas por ora não tenho pressa.
Quero ainda ler O Senhor dos Anéis e depois, se pá, A Guerra dos Tronos.
Só mais tarde eu me aventuro nisso aí.
 
É; vou acabar comprando, mas por ora não tenho pressa.
Quero ainda ler O Senhor dos Anéis e depois, se pá, A Guerra dos Tronos.
Só mais tarde eu me aventuro nisso aí.

OSdA tá em casa. Não li nem O Hobbit. Shame on me.
Vou comprar esse pela Martins Fontes, que é onde tá mais barato.
ACdGeF vou ler só depois q tiver tudo lançado. :lol:

EDIT: Exemplar comprado, @Calib Kérberos Kupo . ;)
 
Última edição:
Fiquei também interessado nessa série. Vi que o segundo volume já está a venda.

P.S.: @Clara V. e demais foristas que já leram o volume dois, o que acharam? O que me aconselham, será que vale a pena começar a ler esta enorme saga?
 
Ainda não li o segundo volume @Spartaco , estou esperando aparecer em oferta pra kindle, no site da Amazon. :dente:

E, tirando os pontos fracos que enumerei no primeiro post, acho que vale a pena ler sim.
Achei bem bacaninha. :yep:
 
@Clara V., acabei de ler o segundo livro (A grande caçada) e posso garantir que as semelhanças com a saga do anel desapareceram (ainda bem). Os personagens ficam mais interessantes, apesar de os garotos continuarem um tanto bobos, embora menos. Eu creio que, em breve, (no quarto ou quinto livro) eles terão amadurecido o suficiente, o que, a longo prazo, talvez se torne um ponto positivo para a série, pois desta forma o autor nos terá permitido acompanhar toda a evolução dos protagonistas...

Eu, francamente, gostei muito da série, da ambientação, dos personagens e do estilo do "Robert Jordan", que me parece uma mistura bem sucedida de Tolkien com Cristopher Paolini (guardadas as devidas proporções). O texto é bem fluído e, como você mesma disse, os trechos de ação são frenéticos e envolventes. É difícil parar de ler e é difícil voltar do mundo criado pelo autor depois que você entra nele.

Para aqueles que se queixaram do tamanho das obras (800 p OodM e 7oo p Agc), eu garanto que isso não será problema algum, pois a leitura é tão fluida e descontraída, que quase não percebemos o passar das páginas até alcançarmos os capítulos finais. Eu mesmo li os dois livros nestas duas últimas semanas de férias, isso porque eles demoraram uns 3 dias para chegar.

Concluindo, recomendo fortemente a série para quem gosta de literatura fantástica, sem restrição de idade ou de gênero.

Fiquei também interessado nessa série. Vi que o segundo volume já está a venda.

P.S.: @Clara V. e demais foristas que já leram o volume dois, o que acharam? O que me aconselham, será que vale a pena começar a ler esta enorme saga?

@Spartaco eu acabei de ler o segundo volume. Eu achei fenomenal. Tem bastante tensão e as partes de ação são bem bacanas. O ritmo do segundo volume é bem legal. Os personagens ficam mais interessantes. Você descobre muito mais sobre a trama. Mas ainda fica com um monte de perguntas (justamente como tem que ser). Resumindo: Recomendo fortemente, pois o segundo volume continuou a história do primeiro de forma bem orgânica, nada forçado!!!

Mal posso esperar pelo terceiro.
 
Última edição por um moderador:
Uma curiosidade: eu havia dito que o estilo do "Robert Jordan" parece uma mistura bem sucedida de Tolkien com Cristopher Paolini (guardadas as devidas proporções). Esta realmente foi uma das impressões mais nítidas que eu tive durante a leitura. Mas era apenas uma comparação, obviamente que com caráter meramente ilustrativo, ou seja, servia apenas para dar uma ideia do estilo de escrita do autor.

Mesmo assim, resolvi pesquisar se essa impressão tinha alguma base real, ... e não é que para minha surpresa descobri uma coisa interessante. Acontece que, conforme assumiram os autores, a principal influência de Jordan foi Tolkien, mas isso todo mundo já sabe, agora o curioso é que a principal influência do Cristopher Paolini (Eragon), foi justamente o Robert Jordan. Isso fecha o triângulo e resolve o motivo dessa impressão tão nítida que me arremeteu. Curioso né?!
 
Última edição:
Uma curiosidade: eu havia dito que o estilo do "Robert Jordan" parece uma mistura bem sucedida de Tolkien com Cristopher Paolini (guardadas as devidas proporções). Esta realmente foi uma das impressões mais nítidas que eu tive durante a leitura. Mas era apenas uma comparação, obviamente que com caráter meramente ilustrativo, ou seja, servia apenas para dar uma ideia do estilo de escrita do autor.

Mesmo assim, resolvi pesquisar se essa impressão tinha alguma base real, ... e não é que para minha surpresa descobri uma coisa interessante. Acontece que, conforme assumiram os autores, a principal influência de Jordan foi Tolkien, mas isso todo mundo já sabe, agora o curioso é que a principal influência do Cristopher Paolini (Eragon), foi justamente o Robert Jordan. Isso fecha o triângulo e resolve o motivo dessa impressão tão nítida que me arremeteu. Curioso né?!

Curioso mesmo, Marcel.
Eu ainda não li nada do Paolini apesar de adorar as capas dos livros dele. :lol:

E fico contente em saber que o volumes seguintes da saga A Roda do Tempo as "referências" tolkenianas diminuem bastante.
 
@Spartaco eu acabei de ler o segundo volume. Eu achei fenomenal. Tem bastante tensão e as partes de ação são bem bacanas. O ritmo do segundo volume é bem legal. Os personagens ficam mais interessantes. Você descobre muito mais sobre a trama. Mas ainda fica com um monte de perguntas (justamente como tem que ser). Resumindo: Recomendo fortemente, pois o segundo volume continuou a história do primeiro de forma bem orgânica, nada forçado!!!

Mal posso esperar pelo terceiro.

Obrigado Marcel pelas respectivas considerações. Fiquei agora mais interessado em ler os dois volumes que comprei; só vou esperar terminar alguns outros livros que estou lendo para começar o primeiro volume.

Abraço.
 
Sem querer jogar muita água na fervura, talvez seja bom vcs saberem de antemão alguns probleminhas da série Wheel of Time que, entre os aficionados da fantasia que compravam os paperbacks , abundantes e fáceis de achar nas Siciliano na década de noventa, já foram tema de muita discussão e sátiras impagáveis como a desse site aí feito por um ex-entusiasta do material...


I got into the series late, sometime in 1995. I had stopped by the bookstore and saw that TOR was giving away free copies of the first half of "Eye of the World" (just like, as I would later reflect, A drug-dealer handing out free joints to school kids to hook 'em). Well, I bit. I took a copy and was drawn in. The next few months were spent reading these books. As I remember, Book 1 was excellent (though a little too much like the Lord of the Rings), Book 2 was good. Book 3: good. Book 4: Okay (At this point I began to wonder when the series was going to start winding down) Book 5: I scratched my head, pondering how there could be so many pages and yet so little happening. Anyway, at this point book six came out, and so I went out to buy it...in hardback.

I was reading LoC for about a day, when the moment came, and I reached THE SCENE. I can't find my copy of Lord of Chaos right now (hmmm...didn't I throw it away?) so I can't transcribe the scene exactly, but here is basically what happened:

É praticamente unânime entre meus conhecidos que leram a saga da Roda do Tempo que ela vai muito bem até o quarto livro mas , entre o quarto e o sexto a coisa tende a deteriorar e a catedral gótica de subplots meio que soterrou o andar da carruagem.

Virou anedótico como a leitura das resenhas dos livros nove ao 11 na Amazon eram mais divertidas do que os próprios livros pq, virtualmente, "nada" acontecia.

wheeloftimerankings.webp

Nas linhas gerais: Robert Jordan criou uma ambientação intensamente imersiva fazendo um World building digno de Tolkien e Frank Herbert ( as principais referências, junto com Fionnavar Tapestry do Guy Gavriel Kay e Brumas de Avalon) mas seus cacoetes como escritor e o que parece ter sido repercussões meio....lúbricas* da sua crise de meia idade transformaram os livros mais lá pra frente num novelão soap-opera meio "Kudzu plot" cheio de Claremontismos ( tiques do escritor de X-Men nos setenta e oitenta) onde novos itens, ambientes e histórias pipocando sem resolução dos componentes pré-existentes incharam a trama até um nível que faz Jogo dos Tronos parecer novelinha do Enrola e Desenrola.

*
Let’s face it, the writing in The Wheel of Time suggests that Jordan has an unhealthy obsession with spanking, a warped perception of what makes women strong, a typically pornographic and juvenile view of lesbian sex, and an unrealized dream of having 3 girlfriends who are cool with that. There are issues where women are punished with rape and men not at all. But, there are women in leadership, there are women in combat, and women exist as much more than an object for men.

Como vcs devem saber, Robert Jordan faleceu antes de concluir a saga e os últimos três ou quatro livros foram feitos pelo Brandon Sanderson em cima do plot deixado pelo autor.

Uma resenha feita por uma fã devotada pesa os prós e contras da epopéia toda não tem spoilers e vale uma conferida

Outras resenhas muito mais específicas e detalhadas aí

Review: The Wheel of Time by Robert Jordan and finished by Brandon Sanderson
 
Última edição:
Valeu pelo post, @Ilmarinen . Só comprei o primeiro até agora - e ainda não o li, rs -, mas acho que agora tenho uma ideia do que espera por mim. Veremos se estarei à altura do(s) desafio(s). :lol:
 

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