Só fiquei sabendo dessa série porque o primeiro livro publicado no Brasil estava em promoção no site brasileiro da Amazon (Kindle).
Robert Jordan (cujo nome verdadeiro é James Oliver Rigney, Jr) começou a escrever a série (The Wheel of Time) em 1984, e o primeiro livro O Olho do Mundo (The Eye of the World) foi publicado em 1990.
Ao que parece o autor planejava escrever seis livros, mas acabou se estendendo por doze volumes.
O autor faleceu quando começava a escrever o décimo segundo (e que seria o último livro da saga) e as anotações foram entregues a outro escritor e fã de Robert Jordan, Brandon Sanderson que acabou por desmembrar o último livro em três.
A série ficou então composta por um total de quatorze livros.
Fonte, Wiki
A editora Intrínseca promete publicar todos os livros da série, dois por ano.
A tradução parece ser bem cuidada, como a gente pode ver em parte da entrevista abaixo, com perguntas de fãs feitas para editora:
E, ainda de acordo com a entrevista acima, que pode ser lida na íntegra neste endereço, manterão as capas padrão da série, com o símbolo da Roda do Tempo:
(Que olhando de longe lembram o Mickey. )
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Sobre O Olho do Mundo (The Eye of the World) que acabei de ler na semana passada.
Como foi escrito acima é uma série de fantasia, que se passa em um mundo próprio, com sua história e idiomas próprios.
Então é claro que a comparação com Tolkien é inevitável.
No começo da história confesso que fiquei bem incomodada, quase irritada mesmo, com as semelhanças de O Olho do Mundo com O Senhor dos Anéis.
Trollorcs/ Orcs; camponeses adolescentes/hobbits; Campo de Emond/o Condado; Meio-homens/Nazgul; Lan/Aragorn; Magos (Istari)/Aes Sedai; Homem Verde/Barbárvore etc. (põe bastante etc, viu?).
É muita coisa parecida. =/
Mas se você conseguir deixar isso de lado e mergulhar na história penso que vale a pena ler as cerca de 800 páginas do livro (Tudo isso? Ler no kindle engana a gente mesmo!) porque Robert Jordan sabe escrever uma história de aventura.
Principalmente nas partes de ação e/ou fugas; na descrição dos sonhos nos quais o Tenebroso (vilão maior da história) aparece pra alguns personagens, fica aquela vontade de não parar mais de ler, de saber o que acontece depois e essas coisas bacanas que a gente só encontra em boas histórias.
A história de Olho do Mundo tem começo, meio e fim.
Mas fica evidente que existe uma continuação, mesmo que o leitor não saiba que é uma saga, no final ele vai saber que tem continuação sim, ou melhor, precisa ter uma continuação.
Tentei não inserir spoilers nas observações abaixo, mas se alguém não quiser saber nada, nada mesmo da história antes de ler, melhor evitar o texto que segue:
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Coisas bacanas: os sonhos com Ba´alzamon (o Tenebroso); a cenas de fuga e lutas; os Mantos-branco, espécie de cavaleiros Templários e Santa Inquisição (ao mesmo tempo); os amigos dos lobos; as Aes Sedai.
Coisas chatas: personagens e situações tolkenianas demais; a Sabedoria (ô mulézinha chata!); as historias de amor (muito nhé, sem sal nem açúcar) algumas explicações sobre motivações de personagens bem mixurucas; e principalmente:
Robert Jordan (cujo nome verdadeiro é James Oliver Rigney, Jr) começou a escrever a série (The Wheel of Time) em 1984, e o primeiro livro O Olho do Mundo (The Eye of the World) foi publicado em 1990.
Ao que parece o autor planejava escrever seis livros, mas acabou se estendendo por doze volumes.
O autor faleceu quando começava a escrever o décimo segundo (e que seria o último livro da saga) e as anotações foram entregues a outro escritor e fã de Robert Jordan, Brandon Sanderson que acabou por desmembrar o último livro em três.
A série ficou então composta por um total de quatorze livros.
Fonte, Wiki
A editora Intrínseca promete publicar todos os livros da série, dois por ano.
A tradução parece ser bem cuidada, como a gente pode ver em parte da entrevista abaixo, com perguntas de fãs feitas para editora:
P.:Afora a grande quantidade de livros, a série A Roda do Tempo também é famosa pelos termos e expressões coloquiais inerentes ao mundo criado por Robert Jordan (pseudônimo de James Oliver Rigney, Jr., 1948-2007). Quais as maiores dificuldades encontradas na tradução para o português até o momento?
R.:A dificuldade inegável na edição de A Roda do Tempo é mesmo a extensão da série. A tradução da terminologia própria desse universo, mencionada na pergunta, por exemplo, torna-se mais complexa porque ao traduzir cada termo escolhido pelo autor precisamos considerar não só o contexto do livro no qual estamos trabalhando, mas também o dos livros que estão por vir. Um exemplo disso é o termo “Wisdom”, um título atribuído a mulheres, que, no primeiro livro da série, seria traduzido como “Sábia”. Porém, umas duas mil páginas adiante na saga, há a expressão “Wise Ones”, para a qual “Sábias” também seria uma escolha apropriada. Por conta disso, após deliberações entre tradutor, copidesque e editores, “Wisdom” foi traduzido como “Sabedoria”. Em muitos casos ao longo do livro, demorou até que todos se dessem por satisfeitos. Conseguir olhar de perto cada detalhe e, ao mesmo tempo, manter a distância necessária para enxergar a saga como um todo é um desafio gigantesco que estamos trabalhando duro para superar.
P.: Houve uma preocupação em pesquisar como as edições francesa, espanhola e portuguesa (dentre outras) traduziram alguns dos mais difíceis termos? Ou ainda, foi feita alguma consultoria com fãs para a tradução de termos como balefire, Sitters, Amyrlin Seat, etc.?
R.:A obra de Jordan está publicada há bastante tempo, há edições estrangeiras, companion books, fóruns e wikis de fãs em diversas línguas, e tudo isso foi material de referência para a tradução e a edição de O Olho do Mundo. Entram na conta também a bagagem profissional dos editores, dos colaboradores de texto e do tradutor Fábio Fernandes, que também é autor e acaba de voltar do disputado Clarion West Writers Workshop, em Seattle, um programa de escrita criativa dedicado unicamente a fantasia e ficção científica, que este ano teve entre seus instrutores Neil Gaiman.
P.: Ainda sobre a tradução, tendo em vista que é lugar-comum no Brasil aportuguesar nomes de lugares e, às vezes, até de personagens, foi feito algo do gênero no caso dessa tradução ou os nomes originais foram mantidos (por mais que a sonoridade de alguns deles possa parecer estranha para os brasileiros)?
R.:Cada obra impõe à tradução diferentes necessidades e limites, e, infelizmente, nem sempre significado e sonoridade vão transitar juntos de uma língua para outra. Um dos caminhos para a edição é tentar identificar o que, em um determinado termo, é mais relevante para a experiência do leitor: o significado ou a sonoridade. Em O Olho do Mundo, muitos nomes de lugares foram, sim, traduzidos, como o Mar do Mundo, os Dois Rios e a Grande Praga — esses são nomes que, no original, entregam uma informação ao leitor, e o mesmo tem de ocorrer na tradução. Já, por exemplo, Shayol Ghul, nome que no original desperta estranheza, foi mantido, para também despertar estranheza em português. Seguindo essa lógica, Moiraine é Moiraine, Shai’tan é Shai’tan, mas Artur Hawkwing é Artur Asa-de-gavião. É um quebra-cabeça de pesquisa, experimentação e bom senso. E certamente, livro após livro, afinaremos cada vez mais essas escolhas.
E, ainda de acordo com a entrevista acima, que pode ser lida na íntegra neste endereço, manterão as capas padrão da série, com o símbolo da Roda do Tempo:
(Que olhando de longe lembram o Mickey. )
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Sobre O Olho do Mundo (The Eye of the World) que acabei de ler na semana passada.
Como foi escrito acima é uma série de fantasia, que se passa em um mundo próprio, com sua história e idiomas próprios.
Então é claro que a comparação com Tolkien é inevitável.
No começo da história confesso que fiquei bem incomodada, quase irritada mesmo, com as semelhanças de O Olho do Mundo com O Senhor dos Anéis.
Trollorcs/ Orcs; camponeses adolescentes/hobbits; Campo de Emond/o Condado; Meio-homens/Nazgul; Lan/Aragorn; Magos (Istari)/Aes Sedai; Homem Verde/Barbárvore etc. (põe bastante etc, viu?).
É muita coisa parecida. =/
Mas se você conseguir deixar isso de lado e mergulhar na história penso que vale a pena ler as cerca de 800 páginas do livro (Tudo isso? Ler no kindle engana a gente mesmo!) porque Robert Jordan sabe escrever uma história de aventura.
Principalmente nas partes de ação e/ou fugas; na descrição dos sonhos nos quais o Tenebroso (vilão maior da história) aparece pra alguns personagens, fica aquela vontade de não parar mais de ler, de saber o que acontece depois e essas coisas bacanas que a gente só encontra em boas histórias.
A história de Olho do Mundo tem começo, meio e fim.
Mas fica evidente que existe uma continuação, mesmo que o leitor não saiba que é uma saga, no final ele vai saber que tem continuação sim, ou melhor, precisa ter uma continuação.
Tentei não inserir spoilers nas observações abaixo, mas se alguém não quiser saber nada, nada mesmo da história antes de ler, melhor evitar o texto que segue:
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Coisas bacanas: os sonhos com Ba´alzamon (o Tenebroso); a cenas de fuga e lutas; os Mantos-branco, espécie de cavaleiros Templários e Santa Inquisição (ao mesmo tempo); os amigos dos lobos; as Aes Sedai.
Coisas chatas: personagens e situações tolkenianas demais; a Sabedoria (ô mulézinha chata!); as historias de amor (muito nhé, sem sal nem açúcar) algumas explicações sobre motivações de personagens bem mixurucas; e principalmente:
o bocó do Rand nunca, em momento algum, perguntar o motivo de o símbolo da garça em sua espada causar tanto furor por onde ele passava.
Moleque trouxa!
Moleque trouxa!
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