Não sou o único aqui!
Não mesmo, rs.
Sobre essa relação do trabalhismo com o fascismo ela não existe senão genealogicamente. Formalmente, o trabalhismo é uma ideologia nacionalista de esquerda, um socialismo não-marxista, como eram socialistas o nacional-socialismo hitlerista, o fascismo, o peronismo, o falangismo e toda uma miríade de ideologias e movimentos da chamada Terceira Via, ou Terceira Posição. Socialismo sim, mas não marxista nem internacionalista, socialismos nacionalistas. Nem de esquerda nem de direita, mas tentando superá-los em uma unidade nacional política e pragmática de enfrentamento das questões sociais e em desafio às alternativas marxistas e ao domínio do capital internacional.
O varguismo é herdeiro do castilhismo, uma filosofia política de cunho positivista, onde se postula o decisionismo político na figura de uma autoridade centralizadora e unitária que distribui racionalmente as unidades federativas e estaduais para o governo racional de técnicos, onde a própria ideia de política se mistura à de um racionalismo positivista e técnico-normativo de distribuição de competências organicamente integradas em torno de um plano de governo. É um tipo estranho, social, de liberalismo, que não elimina as liberdades individuais e econômicas mas as subordina aos interesses da nação.
Como se vê, o castilhismo não é um fascismo, mas pode ser elencado como um antecessor da versão brasileira do integralismo, ou mesmo um irmão mais novo do nacional-sindicalismo de um Georges Sorel, o avô dos nacionalismos de esquerda, proletários, anti-burgueses. Foi essa ideologia que inspirou Getúlio Vargas na sua cruzada contra as oligarquias agrárias brasileiras e o reacionarismo liberal paulistocêntrico e através de décadas de experimentação prática e ideológica, foi refinado pelo próprio Vargas no trabalhismo, herdado por Jango e finalmente por Brizola. A história do PTB e do PDT ilustram essa genealogia positivista do trabalhismo e sua purificação pelo fogo revolucionário dos nacionalismos leninistas com que este se ligou tantas vezes e tão profundamente.
Leiam mais aqui:
http://ressurreicaonacionalista.blogspot.com.br/2013/05/o-que-e-o-castilhismo-trabalhista_7572.html
Vale lembrar que a obra maior de Castilho era livro de cabeceira de Brizola desde seu apadrinhamento por Vargas até sua morte.
Não vejo o trabalhismo como marxista, nem como fascista. É uma ideologia autenticamente brasileira de Terceira Via, diferente do integralismo, mera adaptação chauvinista do integralismo lusitano, é um nacionalismo de esquerda, de matizes positivistas mas estritamente ligado ao sindicalismo.
Em certo sentido, Vargas foi o nosso Georges Sorel, uma figura, na nossa realidade, muito maior que a de Mussolini, Hitler, Codreanu, até mesmo que a dos comunistas nacionalistas, como Stalin, Fidel Castro, Mao etc.
Quero postar aqui alguns textos interessantes sobre o fascismo pra ilustrar isso melhor.
Que lindo! Suei virilmente pelos olhos.