Melian
Período composto por insubordinação.
Vocês não sabem a felicidade que senti no dia em que entrei no fórum Valinor e vi que tinha mensagem privada e, quando conferi, vi que era uma listinha. Nossa, foi algo bem inesperado, sabe? E o que me deixou mais feliz foi o cuidado com o qual o Eruanno criou a listinha. Dá para perceber que ele fez com a maior boa vontade. E isso foi tão legal. Os textos dele estão tão claros. Ele colocou sentimentos em suas explicações mas tentou utilizar o máximo de clareza possível, ao fazê-lo. E tenho de admitir, eu me arrepio da cabeça aos pés com o início de O Silmarillion, que eu já devo ter comentado que é o meu preferido do Professor.
Achei interessante o comentário do Eruanno sobre Orgulho e Preconceito. Confesso que ri quando ele se recusou a falar sobre o IRRESISTÍVEL Mr. Darcy. Adoro o ar de mistério que ronda esse personagem. Adoro tudo no Mr. Darcy, até mesmo o que eu deveria odiar. Mas isso é tão clichê. Todas amam o Mr.Darcy.
A surpresa maior, para mim, ficou por conta de Guerra e Paz. O porquê da surpresa já explico: só chamo o Liev Tolstói de Leo ou de Leão. Não tenho costume de chamá-lo de Léon, embora seja o mais comum. E quando vi que o Eruanno também o chama de Leo, gostei bastante. E Guerra e paz é uma das obras que eu gostaria que todo mundo lesse. Assim como eu também gostaria que todos lessem Anna Karenina.
As outras duas obras da listinha, não poderiam faltar em uma listinha de um filósofo, né? É uma questão identitária até. Eruanno, te agradeço, imensamente, por ter enviado a listinha. Foi muito bom que você tenha sentido o desejo de compartilhar um pouco do seu vasto conhecimento conosco. Esperamos vê-lo em outros tópicos aqui do Literatura. Tenho certeza de que você acrescentará muito às discussões. E tenho certeza, também, de que vou adorar falar sobre o meu IDOLATRADO Kierkegaard (abri um sorriso imenso, aqui, quando ele foi citado) contigo.
Achei interessante o comentário do Eruanno sobre Orgulho e Preconceito. Confesso que ri quando ele se recusou a falar sobre o IRRESISTÍVEL Mr. Darcy. Adoro o ar de mistério que ronda esse personagem. Adoro tudo no Mr. Darcy, até mesmo o que eu deveria odiar. Mas isso é tão clichê. Todas amam o Mr.Darcy.
A surpresa maior, para mim, ficou por conta de Guerra e Paz. O porquê da surpresa já explico: só chamo o Liev Tolstói de Leo ou de Leão. Não tenho costume de chamá-lo de Léon, embora seja o mais comum. E quando vi que o Eruanno também o chama de Leo, gostei bastante. E Guerra e paz é uma das obras que eu gostaria que todo mundo lesse. Assim como eu também gostaria que todos lessem Anna Karenina.

As outras duas obras da listinha, não poderiam faltar em uma listinha de um filósofo, né? É uma questão identitária até. Eruanno, te agradeço, imensamente, por ter enviado a listinha. Foi muito bom que você tenha sentido o desejo de compartilhar um pouco do seu vasto conhecimento conosco. Esperamos vê-lo em outros tópicos aqui do Literatura. Tenho certeza de que você acrescentará muito às discussões. E tenho certeza, também, de que vou adorar falar sobre o meu IDOLATRADO Kierkegaard (abri um sorriso imenso, aqui, quando ele foi citado) contigo.
Eruanno Ifindë Sardillon disse:Aiya!
Achei muito interessante este tópico (já olhei todas as listinhas e procuro por novas sempre!) e quis enviar minha contribuição.
Como escrevi no meu goodreads:
"Favorite Books
Books that help me better understand and enjoy the world, and books that help me change myself into a better person (NOT self-help, though)"
O Silmarillion - John R. R. Tolkien
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"In the beginning Eru, the One, who in the Elvish tongue is named Ilúvatar, made the Ainur of his thought; and they made a great Music before him."
O Antigo Testamento da Terra-Média. O resumo que o Tolkien fez da mitologia do MUNDO. Com adições pessoais.
Existem religiões no mundo com menos riqueza que a Terra-Média. Riqueza de conteúdo, história, moral, arte, tudo.
A música dos Ainur, a maldição de Fëanor, a história de Beren e Lúthien, a história de Túrin Turambar, a Queda de Númenor... Tantas histórias épicas que por si só já seriam livros incríveis (e de fato algumas são), todas juntas em um só livro!
O Senhor dos Anéis pode ser a maior história que o Tolkien já contou, mas no Silmarillion está o mundo desta história.
Orgulho e Preconceito - Jane Austen
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"It is a truth universally acknowledged, that a single man in possession of a good fortune, must be in want of a wife."
Fascinante e muito espirituoso, este é tanto o mais engraçado quanto o mais amado romance da Jane Austen. Considerado sua obra-prima, é cheio de personagens interessantes, contando com a adorável e inesquecível Elizabeth Bennet (não vou falar do Mr. Darcy já que sou homem), e de engraçadíssimas caricaturas, no estilo de "crítica de maneiras" da autora. É tão espirituoso quanto Oscar Wilde e G. K. Chesterton, mas sem ser cínico ou cansativo.
Amado pelo público, está no topo de diversas listas de melhores livros já escritos ou de livros favoritos (inclusive perto do Senhor dos Anéis em algumas delas, como na minha), além de ser muito bem considerado pela crítica literária, por causa da "crítica social" (argh, esta expressão), uso da ironia e do discurso indireto livre. Que é uma outra maneira de dizer que o que a Jane Austen escreve é educativo para a vida, cheio de valores e moral, engraçado pra caramba e ainda fácil de ler!
Guerra e Paz - Leo Tolstoy
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Quase tão grande quando a Bíblia, esta obra de conteúdo e proporções épicas é considerada a obra-prima do Leo Tolstoy, junto de Anna Karenina, e um dos maiores livros do cânone ocidental. Uma mistura de romance, crônica histórica, discussão filosófica e muito mais, abordando guerra, história, religião, filosofia, drama familiar, romance... Temas demais para citar aqui. Mas mesmo com mais de 500 personagens, o Conde Pierre Bezukhov, Natasha Rostova, Napoleão e alguns outros ainda ficaram bem marcados na minha memória. O que mais me impressionou foi o drama pessoal do Pierre, completo: que atitude tomar em relação à guerra e à violência, crises existenciais, explorações religiosas e cristianismo, desejos, tentações, frustrações, estagnação etc... Sem contar que este livro mudou completamente a minha maneira de enxergar história.
Apologia de Sócrates - Platão
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Como filósofo amador que sou (afinal, filósofo significa "amante da sabedoria"), não poderia deixar de citar uma obra de pura filosofia. Achei que a melhor representante seria esta, que é mesmo uma das minhas favoritas, sobre a trágica morte do maior herói da filosofia.
Numa nota a parte, Søren Kierkegaard, outro grande admirador, chega a comparar aspectos da vida e morte de Sócrates a de Jesus.
Junto de outros diálogos de Platão, foi um dos primeiros livros de filosofia que li (sorte, não é?), durante a minha adolescência, e desde então nunca deixei de estudar filosofia, organizar meus conhecimentos de uma maneira racional e eficiente, e de examinar a minha vida para vivê-la de uma maneira melhor, seguindo os conselhos de Sócrates.
Confissões - Santo Agostinho
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Se Sócrates me converteu à filosofia, Santo Agostinho me reconverteu ao cristianismo. Enquanto eu ainda duvidava, neste mundo que antagoniza a Igreja, as confissões e os louvores de Santo Agostinho me puxaram de volta ao cristianismo. De uma maneira dolorosamente pessoal e carregada de emoção, nesta autobiografia Santo Agostinho narra a sua própria conversão, desde a infância e durante a sua vida de erro e pecados, passando pela dura batalha pessoal contra os vícios, da fé falsa para a fé corrupta até a fé verdadeira, sempre louvando a Deus, cuja glória é exaltada por estas confissões.
E como se não bastasse o testemunho pessoal e religioso, o livro ainda é carregado de filosofia e teologia, tendo sido muito importante e influente. Santo Agostinho foi importante na promoção da filosofia de Platão, na manutenção da luz que existiu durante a Idade Média, entre muitas outras coisas, com um bônus especial na antecipação do famoso "cogito, ergo sum": "Si […] fallor, sum".
Anexos
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